Você está na página 1de 44

OXIGENIOTERAPIA

`Profa. Fabiana Palma


21%-O2

78% - N2

Ar 0,03% - CO2

inspirado 0,93% outros gases - argônio (Ar), neônio


(Ne), radônio (Rn), hélio (He), criptônio (Kr) e
xenônio (Xe),

PaO2 normal – 80 a 100mmHg


PaO2 ideal é medida de acordo com a idade
PaO2 = 104 – (0,27 X idade))
OXIGENIOTERAPIA

Definição

Consiste na administração de oxigênio, como forma


terapêutica, numa concentração de pressão superior à
encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar
deficiência de oxigênio. Administração de oxigênio acima da
concentração do gás ambiente (FiO2 21%)
Termos clínicos:

• Hipoxemia: Redução anormal de O2 no sangue arterial.

• Hipóxia: Deficiência de O2 nos órgãos e tecidos.

• Hiperóxia: Quantidade aumentada de O2 nos órgãos e


tecidos.

• Insuficiência respiratória aguda (IrpA): Síndrome que


tem como a característica principal a deficiência da
realização da troca gasosa pelo sistema respiratório.
Hipoxemia

Falta ou entrega reduzida de O2,


acarretando PaO2 < 60 mm Hg ≈ Sat O2 <
90% .
Sinais clínicos de Hipoxemia
1. Agitação;
2. Cianose de extremidades ou central;
3. Sat. de O2 < 90%.
4. PaO2 < 60 mmHg.
OXIGENIOTERAPIA

Objetivos

1. Corrigir e reduzir os sintomas relacionados à hipoxemia e melhorar a Difusão


do O2 ;
2. 2. Melhorar a oxigenação tissular de pacientes com dificuldades de transporte
de O2 ;
3. 3. Facilitar a absorção de ar das cavidades orgânicas;
4. 4. Minimiza a carga de trabalho cárdio-pulmonar.
5. 5. Manter PaO2 entre 80-100mm Hg Sat O2 de 90 a 100%.
OXIGENIOTERAPIA

Indicações

 Hipoxemia comprovada

 Situações agudas com suspeita de hipoxemia

 Traumatismo grave

 IAM
OXIGENIOTERAPIA

Precauções e Complicações

o Depressão ventilatória (pact. Crônicos)

o Atelectasia (FIO2 > 0,5)

o Intoxicação por O2

o Depressão ciliar
QUANDO ACONTECE EFEITO TÓXICO

• Terapia maior que 50%;

• Período superior à 48horas;

• Fisiologia da toxidade

Não é bem definida:

• Relacionada com a destruição e diminuição Surfactante;


• Formação da membrana hialina e ao desenvolvimento do edema
pulmonar sem origem cardíaca.
OXIGENIOTERAPIA
Resposta fisiológica a 100% de Oxigênio
TEMPO DE EXPOSIÇÃO RESPOSTA FISIOLÓGICA

Função pulmonar normal


0 -12 Traqueobronquite
Dor torácica subesternal

12 - 24 Diminuição da capacidade vital

Diminuição da complacência pulmonar


24 - 30 Diminuição da PO2 no exercício
Aumento da D(A-a)O2

30 - 72 Diminuição da capacidade de difusão

Jenkinson, SG; Respir care; 28: 614 – 617; 1983


Avaliação da PaO2

Gasometria arterial

• Avaliar equilíbrio ácido-básico;

• Avaliar as trocas Gasosas (PaO2, PaCO2)

PH- 7,35 a 7,45 BE--2 a + 2

PCO2- 35 a 45 mmhg PO2- 80 a 100 mmhg

HCO3- 22 a 26 mEq/L SO2- 90 - 97%


Avaliação da PaO2

Oximetria de Pulso

Método não invasivo, que mostra a porcentagem que está a


hemoglobina carreando o oxigênio (SAT O2).

O aparelho mede a luz infravermelha que atravessa os tecidos do dedo ou lóbulo da


orelha, o que reflete na concentração de oxigênio existente no sangue.
Oximetria de Pulso

Indicações:
• Monitorização da adequação da saturação arterial à oxi-
hemoglobina
• Quantificação da resposta da SATO2 à intervenção
terapêutica, ou procedimentos diagnósticos (como
broncoscopia).
Limitação
• Pulsação periférica do paciente.
• PA, coloração da pele , coloração de esmaltes , arritmias
PERFIL DE PACIENTE x SATO2 ALVO

Uma das estratégias mais utilizadas para estabelecer o fluxo ideal para a administração do oxigênio é
basear-se na Saturação de Oxigênio.

Recomendação recentemente publicada pela American Association for Respiratory Care (AARC).

PERFIL DE PACIENTE SATO2 ALVO


Pacientes que necessitam de oxigênio 94-98% 92-96%
Pacientes com DPOC que necessitam de oxigênio 88-92%
Pacientes que necessitam Fio2 acima ou igual 70% 88-93%

Fonte: Piraino T et al. AARC Clinical Practice Guideline: Management of Adult Patients With Oxygen in the Acute Care
Setting. Respir Care 2022;67(1):115–128
O que temos de atual?

Apesar das pessoas se preocuparem muito com a queda da saturação (hipóxia) muitos artigos
mostram que a hiperóxia parece ser bem pior.

O grande problema é que um paciente com SpO2 99% não incomoda ninguém (ou quase ninguém),
e aí temos um erro que passa batido e está associado a piores desfechos.

Neste estudo, pacientes com hipóxia (PaO2<60) tiveram menor mortalidade que pacientes com
hiperóxia (PaO2>120). Além disso, hiperóxia foi fator preditor independente de mortalidade
hospitalar com OR 1,95
Modos de administração

1. Sistemas de baixo fluxo;


2. Sistemas de alto fluxo;
3. Sistemas com reservatório.
Sistemas de Baixo Fluxo

O fluxo de O2 é baixo e não definido;

Há diluição do gás inspirado;

Fornece FiO2 baixa e variável dependendo do VC.


DISPOSITIVOS DE BAIXO FLUXO

DISPOSITIVO FLUXO FiO2 VANTAGEM DESVANTAGEM

Fácil utilização Instável


Boa tolerância Desconfortável
CATÉTER NASAL 0,5 – 8 l/min 22 – 45%
Baixo custo Ressecamento
Descartável Oclusão do fluxo

Fácil utilização Inserção


Boa estabilidade Alto fluxo
CÂNULA NASAL 0,5 – 8 l/min 22 – 45% Baixo custo Vômito
Descartável Obstrução

 Irritação nasal Alto custo


CATÉTER > aceitação Infecções
0,5 – 4 l/min 22 – 35%
TRANSTRAQUEAL  Auto imagem Tampão mucoso

Scanlan, C. Wilkins, RL; Stoller, JK; Fundamentos da terapia respiratória de EGAN


Como titular a FIO2 nos sistemas de
baixo fluxo?

Fio2 = 20 + 4x litros/min
OXIGENIOTERAPIA
DISPOSITIVOS DE BAIXO FLUXO
Máscara facial simples

Empregado quando o
paciente requer uma
concentração média ou baixa
de O2. Serve como veículo
para administração de
medicações inaláveis e
umidificar as vias aéreas.
Máscara simples

1) O corpo da máscara coleta e


armazena oxigênio entre as
inspirações do paciente.
2) Variações de fluxo de 5 à 12
lpm.
3) Fornece FiO2 variavéis:
- Fluxo de entrada;
- Coletor da máscara;
- Padrão ventilatório
OXIGENIOTERAPIA
DISPOSITIVOS DE ALTO FLUXO
Dispositivos de alto fluxo

1. Fornece O2 em fluxos iguais ou superiores ao fluxo


inspiratório máximo do paciente;

2. FiO2 fixa;

3. Utiliza orifícios de tamanhos diferentes com fluxos


de O2 variáveis para ajuste da FiO2.
Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de
oxigênio, sem considerar a profundidade ou freqüência da respiração.
Máscara de Venturi
OXIGENIOTERAPIA
DISPOSITIVOS FLUXO ELEVADO

Mácara de Venturi
Sistemas com reservatório

Coletam e armazenam O2 entre as inspirações do


paciente;

O paciente utiliza o suprimento de reserva quando seu


fluxo inspiratório for maior que o fluxo de O2;

Oferecem FiO2 maiores que os sistemas de baixo fluxo.


Sistemas com reservatório

Máscara de reinalação parcial;

Máscara de não reinalação.


Sistemas com reservatório

Máscara de reinalação
parcial:

• Sem válvula anti-retorno


• FiO2 de 60 – 80%
• Reinalação parcial do CO2
expirado no reservatório;
Sistemas com reservatório
Máscara de não reinalação

• Com Válvula anti-retorno


• FiO2 de até 90%
• Não há reinalação do CO2
expirado
Sistemas de cercadas
1) Capacetes ou Halos
- Cobre somente a cabeça;
- Oxigênio liberado por nebulizador;
- Fluxo de O2 de acordo com o tamanho.

2) Incubadoras:
- Combinam o aquecimento com a
complementação de O2;
- Concentração de oxigênio variável.
Material necessário

CILINDRO DE OXIGÊNIO

TORPEDO DE OXIGENIO
OXIGENIOTERAPIA
CENTRAL DE GASES
OXIGENIOTERAPIA
TORPEDOS
OXIGENIOTERAPIA
CONCENTRADORES
OXIGENIOTERAPIA
OXIGÊNIO LÍQUIDO
OXIGENIOTERAPIA
HIPERBÁRICA
Considerações finais

1. Reconhecer a oxigenoterapia;
2. Reconhecer os possíveis riscos;
3. Reconhecer e saber manusear os sistemas de oferta
de O2;
4. Gerenciar os gastos com O2;
5. Saber o momento certo de utilizar e suspender
(Adequada avaliação clínica)
https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/12222/mod_resource/content/3/un01/top02p01.html

Você também pode gostar