Você está na página 1de 40

OXIGENOTERAPIA

INSTITUTO PEDREIRENSE DE EDUCAÇÃO E EXTENSÃO – IPEDE


DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA
PROFª. ENFª. ESP. BIANCA R LIMA
INTRODUÇÃO

 O oxigênio é uma necessidade básica para todos os seres humanos. O ar que respiramos
contém de 20% a 21% de oxigênio. Essa quantidade é suficiente para pessoas com pulmões
saudáveis e para muitas com doença pulmonar. Entretanto, algumas pessoas com doença
pulmonar são incapazes de obter oxigênio suficiente através de uma respiração normal e
precisam de oxigênio extra para manter as funções vitais normais.

 A oxigenoterapia, fornece ao corpo o oxigênio que não está recebendo quando uma
pessoa respira o ar. Isso é uma ajuda ao sistema respiratório, oferecendo oxigênio
suplementar. Quando a pessoa respira pela boca ou pelo nariz, o corpo absorve o ar. O ar
inspirado contém em média, 80% de nitrogênio e 20% de oxigênio. Os pulmões filtram o
oxigênio desse ar. Eles então enviam oxigênio através dos vasos sanguíneos para os órgãos,
tecidos e células.
INTRODUÇÃO

 Quando o paciente apresenta problemas


pulmonares, o oxigênio inspirado não é
suficiente para manter o corpo e os órgãos
funcionando como deveria. Se desenvolve
então, baixos níveis de oxigênio no sangue, o
que chamamos de hipoxemia.
 Com o tempo, se não for corrigido, a
hipoxemia pode levar a danos e falência de
órgãos. A falta de oxigênio pode ser fatal em
determinado momento.
TERMOS TÉCNICOS RELACIONADOS À
OXIGENOTERAPIA

• FiO₂: Fração inspirada de oxigênio (%).


• PaCO₂: A pressão parcial de CO₂ no sangue arterial. É usado para avaliar a adequação da
ventilação.
• PaO₂: A pressão parcial de oxigênio no sangue arterial. É usado para avaliar a adequação da
oxigenação.
• SaO₂: Saturação arterial de oxigênio medida a partir de amostra de sangue.
• SpO₂: Saturação arterial de oxigênio medida por oximetria de pulso.
• Filtro Heat Moisture Exchanger (HME): são dispositivos que retêm calor e umidade, minimizando
a perda de umidade para as vias aéreas do paciente.
• Alto fluxo: Os sistemas de alto fluxo, são dispositivos específicos que fornecem toda a demanda
ventilatória do paciente, atendendo ou superando a Taxa de Fluxo Inspiratório Máximo
(PIFR) do paciente, fornecendo assim uma FiO₂ precisa. Quando o fluxo total fornecido ao
paciente atingir ou exceder a taxa de pico de fluxo inspiratório, a FiO₂ fornecida ao paciente
será precisa.
TERMOS TÉCNICOS RELACIONADOS À
OXIGENOTERAPIA
• Umidificação: É a adição de calor e umidade a um gás. A quantidade de vapor de água que um gás pode transportar
aumenta com a temperatura.
• Hipercapnia: Aumento da quantidade de dióxido de carbono no sangue.
• Hipoxemia: Baixa tensão arterial de oxigênio (no sangue).
• Hipóxia: Baixo nível de oxigênio nos tecidos.
• Baixo fluxo: Os sistemas de baixo fluxo são dispositivos específicos que não suprem toda a necessidade ventilatória do
paciente, o ar ambiente é arrastado com o oxigênio, diluindo a FiO₂.
• Ventilação por minuto: A quantidade total de gás entrando e saindo dos pulmões por minuto. A ventilação minuto (volume)
é calculada multiplicando o volume corrente pela frequência respiratória, medida em litros por minuto.
• Taxa de fluxo inspiratório máximo (PIFR): A taxa de fluxo de ar mais rápida durante a inspiração, medida em litros por
segundo.
• Volume Corrente: A quantidade de gás que entra e sai dos pulmões a cada respiração, medida em mililitros (6-10 ml/kg).
• Ventilação – Perfusão (VQ) incompatibilidade: Um desequilíbrio entre a ventilação alveolar e o fluxo sanguíneo capilar
pulmonar.
 HXXXSDA
CONCEITO

 Consiste na administração de oxigênio, como


forma terapêutica, numa concentração de
pressão superior à encontrada na atmosfera
ambiental para corrigir e atenuar deficiência
de oxigênio.

 Sinais clínicos de hipoxemia incluem


alterações no estado mental (agitação,
desorientação, confusão, letargia e coma),
elevação da pressão sanguínea, alterações
na frequência cardíaca, arritmias, cianose
(tardia) e extremidades frias. Pao2 menor que
60mmHg e/ou SatO2 menor que 88-90% em ar
ambiente (FiO2 21%).
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO O2

 Melhora
da troca gasosa arterial pulmonar
pulmonar

 Melhora do débito
 Vasodilatação arterial cardíaco
pulmonar
 Diminuição do trabalho da
 Diminuição da resistência musculatura cardíaca
arterial pulmonar
 Vasoconstrição sistêmica
 Diminuição da pressão
OBJETIVO

 Corrigir e reduzir os sintomas relacionados à hipoxemia e melhorar a difusão


do Oxigênio;
 Melhorar a oxigenação tissular de pacientes com dificuldades de transporte
de oxigênio;
 Facilitar a absorção de ar nas cavidades orgânicas;
 Minimizar a carga de trabalho cardiopulmonar;
 Manter a SpO2 acima de 94%.
OBJETIVO

 Aumento da sobrevida  Diminuição da pressão da artéria


pulmonar e resistência vascular
pulmonar
 Aumento da tolerância ao exercício

 Melhora do desempenho psicomotor


 Diminuição do tempo de
hospitalização
 Melhora da qualidade de vida

 Diminuição da dispneia
INDICAÇÃO

 Ao considerar a aplicação de oxigenoterapia, é essencial realizar uma avaliação clínica


completa do paciente, verificar se há hipoxemia e outros fatores clínicos.
 Dessaturação de oxigênio transitória e autocorretiva que não têm outros correlatos
fisiológicos (por exemplo, taquicardia, cianose), podem não requerer terapia de oxigênio
rotineiramente na maioria dos casos.
 O limiar para oxigenoterapia, pode variar de acordo com o estado geral do paciente (se
adulto ou da criança), e o ponto da doença.
 Não há base fisiológica para a aplicação de oxigenoterapia de baixo fluxo em uma criança
com SpO₂ normal e aumento do trabalho respiratório.
 O tratamento de hipóxia ou hipoxemia documentada conforme determinado por SpO₂ ou
tensões inadequadas de oxigênio no sangue (PaO₂).
 Atingir a porcentagem desejada de saturação de oxigênio e evitar a hipóxia ou hipoxemia,
(de acordo com os valores normais, a menos que uma faixa alvo diferente seja especificada
no gráfico de observação).
INDICAÇÃO

O tratamento de uma situação aguda ou de emergência em que se suspeite de hipoxemia ou


hipóxia e se o paciente estiver com dificuldade respiratória manifestada por:

 dispneia, taquipneia, bradipneia, apneia


 palidez, cianose
 letargia ou inquietação
 uso de músculos acessórios: batimento de asas nasais (asa de nariz), recessão intercostal ou
esternal, puxão traqueal
 Terapia de curto prazo, por ex. pós procedimento anestésico ou cirúrgico
 Cuidados paliativos – para conforto
Qualquer paciente que desenvolva ou tenha um aumento em sua necessidade de oxigênio
deve ser examinado clinicamente em 30 minutos.
INDICAÇÃO

A oxigenoterapia deve ser iniciada ou aumentada se:


 SpO₂ é inferior a 92%, (PaO₂ inferior a 80 mmHg), em pacientes sem
cardiopatia cianótica.
 SpO₂ é inferior a 70%, (PaO₂ inferior a 37 mmHg), em pacientes com
cardiopatia cianótica submetidos a cirurgia cardíaca.
 SpO₂ é inferior a 60%, (PaO₂ inferior a 32 mmHg), em pacientes com
cardiopatia cianótica que aguardam cirurgia cardíaca.
 <91% em recém-nascidos prematuros e recém-nascidos.
 Persistentemente < 90% para lactentes com bronquiolite.
A oxigenoterapia deve ser reduzida ou interrompida se:
 SpO₂ é ≥ 92%

 SpO₂ é ≥ 90% para lactentes com bronquiolite

 A criança com cardiopatia cianótica atinge sua linha de base Sp0₂


INDICAÇÃO

 Parada Cardiorrespiratória;
 IAM;
 Intoxicação por gases (monóxido de carbono);
 Traumatismos graves;
 Angina instável;
 Recuperação pós anestésica;
 Insuficiência cardíaca congênita;
 Apneia obstrutiva do sono;
 DPOC;
 Fibrose pulmonar
SINAIS E SINTOMAS A SEREM OBSERVADOS

 Taquipnéia - quando o paciente passa a ter respiração acelerada .


 Cianose progressiva - coloração azul ou arroxeada da pele, unhas ou lábios,
causada por alterações na circulação do sangue ou na oxigenação da
hemoglobina.
 Taquicardia - aumento da frequência cardíaca, mais de 100 batidas por minuto.
 Bradicardia - ritmo cardíaco irregular ou lento, normalmente com menos de 60
batimentos por minuto.
 Hipotensão - pressão arterial cai a ponto de provocar sintomas como tonturas e
desmaios.
 Inquietação – paciente agitado, estado de preocupação; desassossego que
impede o repouso.
 Prostração - grande debilidade proveniente de doença ou cansaço;
enfraquecimento.
 A oxigenoterapia pode ser administrada usando um sistema de baixo fluxo ou alto fluxo.
Todos os sistemas de alto fluxo requerem umidificação. O tipo de dispositivo de
umidificação selecionado dependerá do sistema de fornecimento de oxigênio em uso e
dos requisitos do paciente. O umidificador deve sempre ser colocado em um nível abaixo
da cabeça do paciente.

 É importante lembrar que, ar frio e seco aumenta a perda de calor e fluido. Os gases
medicinais, incluindo o “ar comprimido” e o “oxigênio“, têm um efeito de secagem nas
membranas mucosas, resultando em danos nas vias respiratórias.
 As secreções podem se tornar espessas e difíceis de limpar ou causar obstrução das vias
aéreas.
 Em algumas condições, por ex. asma, a hiperventilação de gases secos pode agravar a
broncoconstrição.
O MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO DE
OXIGÊNIO SELECIONADO DEPENDE DE:

• idade do paciente

• necessidades de oxigênio/objetivos terapêuticos

• tolerância do paciente à interface selecionada

• necessidades de umidificação

 A oxigenoterapia não deve ser adiada no tratamento de hipóxia ou


hipoxemia com risco de vida.
SISTEMA DE BAIXO FLUXO

 Os sistemas de baixo fluxo incluem:


• máscara facial simples
• Máscara facial sem reinalação (máscara com bolsa de reservatório de oxigênio e válvulas
unidirecionais que visa prevenir/reduzir a entrada de ar ambiente)
• Prongas nasais (baixo fluxo)
• máscara de traqueostomia
• Traqueostomia Conector HME
• Isolette – recém-nascidos (geralmente para uso apenas na Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal)
 Na maioria dos sistemas de fluxo baixo, o fluxo é geralmente titulado (no medidor de fluxo
de oxigênio) e registrado em litros por minuto (LPM).
SISTEMA DE ALTO FLUXO

 Sistemas de alto fluxo incluem:


 Ventiladores

 Drivers CPAP/BiPaP

 Máscara facial ou máscara de traqueostomia usada em conjunto com um umidificador

 Terapia de Pronga Nasal de Alto Fluxo (HFNP)

 umidificação
MÉTODOS DE OXIGENOTERAPIA – CATETER NASAL

 É ofertado ao paciente uma concentração que varia


de 25 a 45% e com um fluxo de 0,5 até 5L/mim.

 Vantagens: Permite o paciente falar e se alimentar e


fazer atividades diárias sem interromper a
oxigenoterapia.

 Desvantagens: Não conhecer o fluxo exato da FiO2;


ressecamento da mucosa, irritação cutânea
(dermatites de contato) e vazamentos.

 Atenção: Para fluxos superiores à 4L/mim é


necessário utilizar umidificação.
MÉTODOS DE OXIGENOTERAPIA – MÁSCARA
FACIAL E NEBULIZAÇÃO

 Também não oferecem concentrações fixas de ar


inspirado. Devem ser anatômicas, transparentes e
resistentes.

 Vantagens: Consegue fornecer maiores


concentrações de oxigênio.

 Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados


diários e alimentação deve ser retirada e também
se o paciente apresentar claustrofobia.

 Máscaras com reservatório de oxigênio


MÉTODOS DE OXIGENOTERAPIA – MÁSCARA
COM RESERVATÓRIO DE OXIGÊNIO

 É uma máscara com as mesmas características da


máscara facial, porém com uma bolsa onde o oxigênio
é armazenado e liberado durante as inspirações do
paciente.

 Vantagens: Consegue fornecer maiores concentrações


de oxigênio.

 Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados


diários e alimentação deve ser retirada e também se o
paciente apresentar claustrofobia.
MÉTODOS DE OXIGENOTERAPIA – MÁSCARA DE
VENTURI
 Dos métodos de oxigenoterapia não invasivo, é considerado o método mais seguro, pois fornece uma
FiO2 conhecida.

 O sistema Venturi é baseado na passagem de um alto fluxo de oxigênio a orifícios no corpo da


máscara, cuja escala de concentração de oxigênio varia de 24% a 50% (FiO 2de 24, 28, 31, 35, 40 e
50%).

 Esse tipo de máscara é utilizado em ambiente hospitalar, principalmente pós extubação.

 Vantagens: Consegue fornecer uma FiO2 conhecida ao paciente.

 Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e também
se o paciente apresentar claustrofobia.
MÉTODOS DE OXIGENOTERAPIA – MÁSCARA DE
VENTURI
Conector Concentração Fluxo
Oxigênio Oxigênio
A máscara de Venturi fornece uma concentração
de oxigênio de 24% a 50%. Acompanha 6 diluidores
Azul 24% 4 lpm para diferentes concentrações de Fração Inspirada
de Oxigênio (FiO2). O fluxo geralmente utilizado é de 4
Amarelo 28% 4 lpm a 12 litros por minuto, conectada diretamente a rede
de oxigênio. A máscara é flexível, atóxica com
Branco 31% 4 lpm elástico para ajuste facial e orifícios laterais.

Verde 35% 6 lpm


Tem a vantagem de ser leve com alta tolerância
Vermelho 40% 8 lpm pelo paciente, protegendo contra dosagens nocivas
de oxigênio
Laranja 50% 12 lpm
MÉTODOS DE OXIGENOTERAPIA – TENDA FACIAL

 É uma máscara constituída de material


maleável e transparente, geralmente
utilizada com crianças, principalmente
neonatos.

 Este tipo de máscara oferece uma


concentração elevada de oxigênio.
MÉTODOS DE OXIGENOTERAPIA – CPAP

 É um aparelho que envia um fluxo de ar contínuo para as vias respiratórias, por meio de
uma máscara, evitando a apneia do sono. A quantidade do fluxo de ar enviado é
determinada pela pressão informada no exame de polissonografia.

 Vantagens: A autorregulação do fluxo de ar oferecido ao paciente. Por conta dessa


característica, o aparelho é indicado nos casos em que não há recomendação de uso de
uma pressão fixa, como acontece com a apneia obstrutiva do sono.

 Desvantagens: Precisa ser retirada para cuidados diários e alimentação deve ser retirada e
também se o paciente apresentar claustrofobia.
MÉTODOS DE OXIGENOTERAPIA – CPAP
MÉTODOS INVASIVOS PARA SUPLEMENTAÇÃO DE O2 -
TRAQUEOSTOMIA

 É uma pequena intervenção cirúrgica que


consiste na abertura de um orifício na traqueia
e na colocação de uma cânula para
passagem de ar.

 Vantagens: menos lesão da orofaringe e


traqueia do paciente , mais facilidade e
eficiência de limpeza e secreção de
aspirações.

 Desvantagens: Como todo procedimento


cirúrgico , por mais simples que seja, existe
possibilidade de distúrbios de cicatrização e
infecção local.
MÉTODOS INVASIVOS PARA SUPLEMENTAÇÃO DE
O2 – INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

 É um procedimento de suporte avançado de


vida onde o médico, com um laringoscópio,
visualiza a laringe e através dela introduz um
tubo na traqueia (tubo endotraqueal).

 Vantagens: Prevenir a aspiração de conteúdo


gástrico e de corpos estranhos. Possibilitar uso
de ventilação com pressões mais altas, sem
risco maior de distensão gástrica, facilitando
assim a ventilação e a oxigenação alveolar.

 Desvantagens: Lesões na mucosa.


FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO EM L/MIN

 1) Cateter Nasal: • Introduzido na cavidade nasal (distância = comprimento entre o


nariz e o lóbulo da orelha) • Removido e substituído a cada 8horas. • Fluxo: 1-5 L/min

 2) Cateter tipo óculos: • Fluxo 1-5L/min • Não há risco de reinalação de CO2 •


Confortável por longos períodos • Não impede a alimentação e fala • Irritação de
mucosa nasal;

 3) Máscara facial simples: • Fluxo de 4a 15L/min (acima de 8Lrepensar interface) •


Abrange nariz e boca

 4) Máscara com Reservatório: • Máscara acoplada a uma bolsa inflável (1 L) • Fluxo


7 a 10 L/min • Sistema de Reinalação Parcial ou Sem Reinalação
NEBULIZAÇÃO OU EROSSOLTERAPIA

 A medicação Inalatória utilizada na nebulização é aplicada através da boca, e/ou


cavidade nasal, ou por traqueostomia;
 Realizada através do ar comprimido;
 Fluxo de ar (fluxômetro) suficiente para produzir névoa;
 O sistema de nebulização pode ser acoplado em:
 • Máscara de Venturi
 • Máscara de TQT
 • Aparelho de ventilação não-invasiva (BIPAP)
 • Ventiladores mecânicos (final do ramo inspiratório, antes da conexão em Y)
 • Copinho do nebulizador ligado à extensão própria do ventilador no dispositivo de saída do
Ventilador Mecânico (acionar nebulização no ventilador)
NEBULIZAÇÃO OU EROSSOLTERAPIA

 Efeitos Positivos do Oxigênio:


 • Melhora da troca gasosa pulmonar
 • Melhora do débito cardíaco
 • Diminuição da pressão arterial pulmonar
 • Diminuição da resistência arterial
pulmonar
 • Diminuição do trabalho da musculatura
cardíaca
ORIENTAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: ENFERMEIROS,
TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM.

 Os profissionais de Enfermagem precisam ficar atentos ao uso de oxigênio pelos pacientes,


afinal de contas, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, trabalham diretamente
na administração e manutenção da oxigenoterapia.

 Tanto a hipoxemia quanto a hiperoxemia são prejudiciais. O tratamento com oxigênio deve
ser iniciado ou aumentado para evitar hipoxemia e deve ser reduzido ou interrompido para
evitar hiperoxemia
 Para os pacientes que recebem oxigenoterapia, as metas de SpO₂ variam de acordo com
a idade da criança, condição clínica e trajetória da doença. O tratamento com oxigênio
geralmente não é necessário, a menos que o SpO₂ seja inferior a 92%, ou seja, não
administre oxigênio se o SpO₂ for ≥ 92%, “a menos que tenha uma ordem médica para isso”.
ORIENTAÇÕES PARA A ENFERMAGEM:
ENFERMEIROS, TÉCNICOS E AUXILIARES DE
ENFERMAGEM.

 A oxigenoterapia (concentração e fluxo de oxigênio) pode variar na maioria das


circunstâncias sem ordens médicas específicas, mas ordens médicas substituem essas
ordens permanentes.

 Os profissionais de enfermagem podem iniciar o oxigênio se os pacientes estiverem com os


parâmetros de oxigênio abaixo do esperado. Logo após a enfermagem iniciar o oxigênio a
um paciente, é importante comunicar ao médico, porque uma avaliação médica é
necessário para ajustar os parâmetros e determinar sua conduta.
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

 A equipe de enfermagem deve ficar atenta para as recomendações a seguir


durante a assistência ao paciente que necessita de oxigênio suplementar.

 Avalie as vias aéreas e otimize a posição das vias aéreas (por exemplo, inclinação
da cabeça, elevação do queixo) conforme necessário.
 A avaliação clínica do sistemas cardiovascular, respiratório e neurológico, devem
ser feitas no início de cada turno e com qualquer alteração na condição do
paciente.
 Verifique e faça as anotações de enfermagem do equipamento de oxigênio
instalado no início de cada turno e com qualquer alteração na condição do
paciente.
 Verificações de hora em hora devem ser feitas para o seguinte: taxa de fluxo de
oxigênio, permeabilidade do tubo, configurações do umidificador (se estiver sendo
usado).
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

 Verificações de hora em hora dos sinais vitais devem ser feitas e registradas no
prontuário de observação do paciente, a menos que indicado de outra forma pela
equipe médica responsável.
 A monitorização da oximetria de pulso contínua, é recomendada para os
pacientes que estão gravemente indispostos e que provavelmente terão queda
rápida e clinicamente significativa na saturação de oxigênio quando a
oxigenoterapia for desconectada.
 A oximetria de pulso contínua pode não ser necessária no paciente estável
recebendo oxigenoterapia. É necessário avaliar a necessidade de fazer ou não o
monitoramento.
 Certifique-se de que os critérios individuais de MET, (MET é uma unidade de medida
que representa o consumo de oxigênio por unidade de tempo e quilo de peso),
sejam observados, independentemente dos requisitos de oxigênio.
DESMAME DO OXIGÊNIO

 A menos que contraindicado clinicamente, uma tentativa de desmamar da oxigenoterapia


deve ser tentada pelo menos uma vez por turno. Geralmente é utilizado os seguintes critérios de
desmame de oxigênio.

 O paciente deve apresentar-se clinicamente bem.


 Todos os sinais vitais devem estar dentro dos limites normais e de acordo com a clínica de cada
paciente.
 O desconforto respiratório (trabalho respiratório) deve ser leve ou não deve haver esforço
respiratório significante.
 Alimentar quantidades adequadas por via oral.
 Nível de consciência normal.
 Cessar totalmente a oxigenoterapia e manter a linha de visão por aproximadamente 5 minutos
nos parâmetros do paciente.
DESMAME DO OXIGÊNIO

 Manter a oximetria de pulso contínua por 30 minutos, após a interrupção da oxigenoterapia,


para avaliação clínica do paciente.
 Se a SpO₂ cair abaixo de 92%, ou alvo específico de acordo com a diretriz clínica relevante, ou
conforme prescrito pela equipe médica, reinicie a oxigenoterapia na taxa de fluxo mais baixa
necessária para manter o SpO₂ adequado.
 Se o desmame de oxigênio for bem-sucedido, execute a observação dos sinais vitais,
monitoramento intermitente de SpO2 por pelo menos 30 minutos depois e, a seguir, a cada hora
por 2 horas.
 A interrupção definitiva da oxigenoterapia será determinada pelo médico. Cada paciente terá
seus próprios critérios de acordo com a clínica.
 Quando o desmame do oxigênio for bem-sucedido, o monitoramento contínuo da oximetria de
pulso pode ser descontinuado. Se o paciente estiver internado em uma unidade de terapia
intensiva, pode ser que seja transferido para outro setor do hospital como uma enfermaria por
exemplo.
FIM

Você também pode gostar