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Ventilação não

invasiva (VNI)
R1 PEMI GUSTAVO CARDOZO L. AVILA
História do
Oxigênio:
 Oxigênio foi primeiramente descoberto pelo
sueco Scheele em 1772, Posteriormente em
1774, o inglês Joseph Priestley obteve o
oxigênio através do aquecimento de óxido
vermelho de mercúrio num cilindro. Mas só
foi denominado oxigênio em 1778 por
Antoine Laurent de Lavoisier, que após
seus estudos sobre esse gás concluiu que ele
era uma substancia simples, que estava
presente em todos os ácidos (o que depois se
comprovou ser uma conclusão errada, mesmo
assim o nome permaneceu).
 Priestley , Lavoisier e Seguin, os quais
descreveram seu efeitos tóxicos em 1789.
 Mas somente em 1796, foi publicado o
primeiro livro sobre as aplicações do
oxigênio, por Beddoes e Watt.
Oxigenioterapia;

Tipos de Fluxo de O2;

VNI;
Oxigenioterapia;

• ADMINISTRAR O2 NUMA CONCENTRAÇÃO DE PRESSÃO


SUPERIOR À ENCONTRADA NA CONCEITO ATMOSFERA
PARA CORRIGIR E ATENUAR O DÉFICIT, APLICADA TANTO
EM SITUAÇÕES CLÍNICAS AGUDAS QUANTO CRÔNICAS.
Formas de administração
Dependem:

• Cavidade oral e nasal Fluxo;


• Grau de desconforto respiratório;
• Gravidade da hipoxemia;
• Necessidade de umidificação;
• Tolerância do paciente.
Sistemas de baixo fluxo:
- Catéter nasal / óculos

Formas de administração:
- Máscara facial simples
- Máscara com Reservatório
- Máscara de traqueostomia
- Sistema de alto fluxo Máscara de Venturi
2) Cateter tipo óculos:

Fluxo 1-5L/min

Não há risco de reinalação de CO2

Confortável por longos períodos

Não impede a alimentação e fala

Irritação de mucosa nasal/ deve ser substituído a cada 8 horas


3) Máscara facial simples:

Fluxo de 4 a 15L/min
(acima de 8L repensar interface)

Abrange nariz e boca


4) Máscara com
Reservatório:
Máscara acoplada a uma bolsa inflável
(1 L)

Sistema de Reinalação Parcial ou Sem


Reinalação

- O corpo da máscara coleta e


armazena oxigênio entre as inspirações
do paciente.
- Variações de fluxo de 5 à 12 lpm.
- Fornece FiO2 variavéis: - Fluxo de
entrada; - Coletor da máscara; - Padrão
ventilatório.
5) Máscara de traqueostomia:

Fluxo de 1 a 15L/min

Adequar e trocar fixação de máscara

Correta higienização

Verificar integridade da pele

Permite utilizar sistema de Venturi


Sistemas de Alto fluxo:

- Mascara Venturi;

- ONAF;

- VNIPP - CPAP, EPAP, BIPAP e RPPI


1) Máscara de Venturi:

Entregam um fluxo ≥ demanda ventilatória FiO2 fixa:


(24-50%) 40 a 78L/min

Não reinala CO2 -> orifício de saída no corpo da máscara

Necessidade de umidificação -> nasofaringe não umidifica altos fluxos


-> O2 entregue diretamente na traqueia.
ONAF:
SISTEMAS DE CERCADAS:

1) Capacetes (HOOD)ou Halos - Cobre somente a cabeça; -


Oxigênio liberado por nebulizador; - Fluxo de O2 de acordo com
o tamanho.

2) Incubadoras: - Combinam o aquecimento com a


complementação de O2; - Concentração de oxigênio variável.
Juggernaut aposentado!
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VNI

 PEEP Fisiológica “Durante a expiração a glote reduz sua abertura criando, uma
resistência a saída de ar dos pulmões, ou seja, retardando o fluxo expiratório”. (Presto)

 - O volume contido nos pulmões, corresponde CRF, equivale a uma pressão chamada de
Peep fisiológica;
 - Peep fisiológica = 3-5 cmH2O
VNI

 Atualmente os aparelhos mais utilizados são os ventilados a pressão positiva, são eles:
CPAP, EPAP, BIPAP e RPPI

 O intuito é de aumentar a ventilação alveolar.


 A pressão positiva oferece uma ajuda parcial ou quase total aos músculos respiratórios
para gerar a pressão total suficiente para vencer os componentes resistivos elásticos do
sistema respiratório.
 Na insuficiência respiratória hipoxêmica, a pressão positiva atua de forma a reduzir ou
reverter a causa que levou ao desequilíbrio das trocas gasosas
VNI

 A reabertura de unidades colapsadas através da pressão positiva no final da expiração


permitem a reversão do quadro de shunt provocado por atelectasias e das áreas de baixa
V/Q provocadas pelas unidades instáveis.
 A reabertura das vias colapsadas promovem redistribuição do fluxo sanguíneo pulmonar.
VNI

 Indicada:
 Desconforto respiratório acompanhado de dispnéia (fazendo o uso de musculatura
acessória)
 Acidose hipercápnica com PaCO2 > 45mmHg com pH entre 7,10 - 7,35
 FR acima de 25rpm
 Os critérios de exclusão estão relacionados com a estabilidade clínica do pct.
VNI

Indicação:
Hipercapnia: Hipoxemia:
•Agudização do DPOC Edema Agudo Pulmonar Cardiogênico
•Mal Asmático SARA
•Doenças Neuromusculares Ins. Resp Pós Operatória
•Alterações da col torácica – cifoescoliose Ins. Resp. Pós Broncoscopia
•Pós extubação Pcte Terminais, Desmame
•Agudização da Fibrose Cística Pcte para transplante pulmonar
VNI

 BIPAP ou Bilevel é um aparelho com dois níveis pressóricos diferentes, o IPAP, pressão
na inspiração e o EPAP, pressão na expiração muito utilizado na hipoventilação da
obesidade.
VNI

 RPPI corresponde a respiração por pressão positiva intermitente, como exemplo o


reanimador de Muller, este manda um fluxo na fase inspiratória que é controlado pelo
fisioterapeuta sendo capaz de comandar e coordenar a frequência respiratória do paciente
e a fase expiratória é realizada passivamente sem fluxo adicional o que difere do CPAP.
VNI

 O CPAP é composto por uma máscara: facial, nasal ou


oronasal, um fixador e uma demanda de fluxo contínuo
adicional na fase inspiratória e na fase expiratória, o
paciente deve possuir drive respiratório para iniciar a
respiração, esta facilitada pelo fluxo adicional
VNI

Critérios absolutos de exclusão:


 Evidencias de isquemia ou arritmias ventriculares
 - Encefalopatia grave
 - Pct não cooperativo
 - HDA (Hemorragia digestiva alta)
 - Cirurgia facial recente
 - Trauma craniofacial
 - Risco de broncoaspiração
 - Tosse ineficaz
 - Anomalias anatômicas nasofaríngeas

 Falha de extubação - Não deve ser utilizada como método de resgate na IRA hipoxêmica
VNIPP - DPOC
VNIPP - DPOC
Preditores de sucesso do VNIPP

 No início:
 FR < 30/min
 APACHE II
 PH > 7.30
 Escore de coma de Glasgow = 15
 Ausência de pneumonia ou SARA
Monitorização da resposta:

Após 1-2 horas:


 Redução da FR e desconforto
 Melhora do PH
 Melhora da Oxigenação
 Redução da PCO2
Máscara de oxigênio tipo ambú:

 Dispositivo de borracha que se ajusta firmemente, envolvendo nariz e boca, geralmente


adaptada ao Ambú (sistema bolsa-máscara).
 Fornece alta concentração de oxigênio (90 a 95%) com fluxo de 8 L/min. Vantagens: É
leve e fácil de usar Proporciona umidade adequada e alta concentração de oxigênio.

 Desvantagens: As mesmas da máscara facial de oxigênio (vedação)


Acoplagem?
VNI – Lesão Medular:

 C1-C2: Perda quase completa da função dos músculos respiratórios (ventilatórios).


 C3-C5: Compromisso significativo da Inspiração.
 C3-C8: Compromisso dos músculos expiratórios
VNI – Lesão Medular:

 Perturbação da ventilação.
 Perda da eficácia da tosse
 Alteração de trocas gasosas
 Estase e acumulação de secreções
 Necessidade de suporte ventilatório
VNI – Lesão Medular:

 Pre-disposição para colonização de Gran Negativos


 Granuloma com dificuldade na substituição da Cânula
 Hemorragias
 Estenose traqueal
 Obstrução de via aérea por Muco
Ventiloterapia:

 Normativa sobre cuidados respiratórios domiciliários: Nº.06/DSPCS07/06/06


Apneia do Sono e/ou em Alterações de caixa torácica ou neuromusculares, na presença de
pelo menos um dos critérios a seguir:
- PCO2 >45 mm Hg;
 Dessaturação Noturna com Sat O2 < 88% durante 6 min consecutivos;
 Capacidade vital forçada < 50% (valor prognosticado) e/ou uma pressão máxima
inspiratória < 60 cm H2O
Efeitos Deletérios do Oxigênio:
Toxicidade pulmonar :
- FiO2 > 60% por mais de 48 horas
- FiO2 = 100% por 12 horas
Depressão do sistema respiratório (Hipercapnia)
Atelectasias por absorção
Diminuição da relação V/Q
Diminuição do surfactante pulmonar
Efeito deleterio do Oxigênio
Efeitos Deletérios do Oxigênio:

Pacientes com DPOC: Ofertar O2 suplementar naqueles que a


saturação for menor que 90%

DPOC grave o uso de altos fluxos de O2 suplementar pode


levar a retenção de CO2 e piora da acidose respiratória
Efeitos Deletérios do Oxigênio:

RN Prematuro:

Retinopatia da prematuridade RPO)


Displasia broncopulmonar (DBP)
Referências Bibliográficas

GUYTON AC; HALL JE. Tratado de fisiologia médica


DAVID M.C; PINHEIRO C.T.S; SILVA N.B, et al AMIB
MACHADO MGR. Bases da Fisioterapia Respiratória Terapia Intensiva e Reabilitação. Guanabara Koogan
Diretrizes de Oxigenação Domiciliar Prolongada. 2010
WILKINS RL.; STOLLER JK; KACMAREK RM – Fundamentos da Terapia Respiratória
http://www.golddpoc.com.br/arquivos/Protocolo_DPOC_diario_oficial_Para.pdf
CONSENSO BRASILEIRO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA PROMOÇÃO Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia Associação de Medicina Intensiva Brasileira APOIO Sociedade Brasileira de Anestesiologia Sociedade Brasileira
de Pediatria Sociedade Brasileira de Fisioterapia Respiratória e Terapia Intensiva
2 aulas?

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