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! Para lembrar
. Principal fator de risco é o Tabagismo
. Outros fatores: exposição a biomassa, ambiental, ocupacional, baixo nível
socioeconômico, histórico de TB, doenças respiratórias na infância, fatores
genéticos e relacionados ao sexo
Tabagismo: no estudo PLATINO a prevalência em São Paulo foi 23,9%,
predominando em homens. Maior prevalência de início do consumo entre 10-19
anos.
Fator genético.
Exposição passiva à fumaça de tabaco é um fator de risco para DPOC em
indivíduos não fumantes.
Exposição a Biomassa: ocorre principalmente na América Latina e Ásia.
Estudo PREPOCOL observou que indivíduos com exposição à fumaça de
lenha ≥ 10 anos um maior risco de desenvolver DPOC.
Histórico de Tuberculose: PLATINO mostrou uma prevalência de limitação ao
fluxo de ar de 30,7% entre indivíduos que tiveram TB em comparação a 13% entre
aqueles sem história prévia.
Infecções respiratórias e Tosse recorrente na infância: presença de infecções do
trato respiratório inferior na infância estão relacionadas à presença de sintomas
respiratórios na idade adulta e ao aumento da probabilidade de desenvolver DPOC.
Contaminação ambiental e Exposição ocupacional
Deficiência de α1 Antitripsina
Genética: a importância do fator genético ou suscetibilidade para a doença está
baseada na existência de dados sobre a maior probabilidade de DPOC em irmãos
não fumantes.
Baixo Nível socioeconômico
Sexo
Patogenia
! Para lembrar
. A DPOC é uma doença inflamatória que afeta as vias aéreas, os alvéolos e a
circulação pulmonar.
. A inflamação crônica produz: espessamento da parede brônquica com
diminuição do calibre e destruição alveolar com dilatação dos espaços aéreos e
perda das estruturas brônquicas.
. As consequências funcionais são a obstrução ao fluxo de ar, o colapso
expiratório da árvore brônquica e a perda do recolhimento elástico.
. A inflamação da DPOC afeta as vias aéreas, os alvéolos e a circulação
pulmonar.
. Os brônquios com diâmetro inferior a 2,0 mm e a estrutura elástica dos
pulmões, são os locais mais afetados.
. Os diversos agentes agressores inalados desencadeiam um processo
inflamatório crônico persistente no tempo.
. O resultado final da inflamação crônica é o espessamento da parede
brônquica com diminuição do calibre e a destruição alveolar com
dilatação dos espaços aéreos e a perda das estruturas brônquicas.
. A inflamação é um mecanismo ativo e progressivo com picos de aumento
durante as exacerbações da DPOC. Desativar este mecanismo é cada vez
mais difícil a medida que a doença progride e estabeleça a lesão
estrutural.
. As mulheres apresentam maior comprometimento brônquico e os homens,
maior comprometimento alveolar com igualdade de exposição.
. DPOC há evidências de inflamação sistêmica, com aumento nos níveis
circulantes de Citocinas (IL-8, fator de necrose tumoral alfa, IL-1β),
Quimiocinas (CXCL8), Proteínas de fase aguda (PCR).
Fatores individuais
Bases celulares e bioquímicas da doença pulmonar obstrutiva crônica, J. bras.
pneumol. vol.32 no.3 São Paulo May/June 2006 - Rogério Rufino; José Roberto Lapa e Silva.
Evolução clínica
! Para lembrar . A DPOC é uma doença evitável e tratável, razão pela qual o diagnóstico precoce
é fundamental para determinar seu prognóstico.
. Qualquer paciente com exposição aos fatores de risco, mesmo que
assintomáticos, podem ter DPOC e devem ser estudados.
. Evolução lenta, sabendo que pode chegar a incapacitar o paciente.
. Episódios de agravamento dos sintomas (exacerbações)
. Fumante “suscetíveis” à DPOC podem apresentar declínio acelerado da
função pulmonar – que geralmente se manifesta (DPOC) a partir da 4ª
década de vida.
. Parar de fumar precocemente, diminuia velocidade de queda do VEF 1 e a
mortalidade.
Critérios de consulta ao especialista em pneumologia em
pacientes com DPOC
Sinais:
. Exame físico pode ser normal nas fases iniciais.
. Cianose
. Respiração com lábios entreabertos
. Uso de músculos acessórios Hiperinsuflação pulmonar
. Tempo expiratório prolongado Comprometimento do VD por HP
. Tórax em barril
. Limitação para expansibilidade do tórax
Teste de Avaliação da DPOC (COPD Assessment Test – CAT) Pontuaç
ão
Nunca tenho tosse 0 1 2 3 4 5 Estou sempre a tossir
Não tenho nenhuma O meu peito esta
expectoração (catarro) 0 1 2 3 4 5 cheio de expectoração
no peito (catarro)
Não sinto nenhum Sinto grande aperto no
0 1 2 3 4 5
aperto no peito peito
Quando subo uma
Não sinto falta de ar ao
ladeira ou um lance
subir uma ladeira ou 0 1 2 3 4 5
de escadas, sinto
um lance de escadas
bastante falta de ar
Não sinto nenhuma Sinto me muito
limitação nas minhas 0 1 2 3 4 5 limitado nas minhas
atividades em casa atividades em casa
Não me sinto nada
Sinto me confiante para confiante ao sair de
sair de casa, apesar da 0 1 2 3 4 5 casa, por causa da
minha doença pulmonar minha doença
pulmonar
Não durmo
Diagnóstico
Gasometria Arterial:
. Avaliação inicial em pacientes com doença grave e muito grave
. Pacientes com manifestações clínicas de hipoxemia, para determinar a
necessidade de oxigenoterapia ambulatorial.
. Estágios avançados a hipóxemia associa-se com frequência a hipercapnia.
Teste de Caminhada de 6 minutos:
. Sua expressão como a maior distância percorrida (em metros) durante esse
período de tempo reflete a capacidade funcional do paciente.
. Avalia tolerância ao exercício, medir o efeito do treinamento nos programas de
reabilitação pulmonar e outras intervenções terapêuticas.
Hemoglobina e Hematócrito:
. Avaliar presença de Policitemia, associada à hipoxemia.
. Dosagem dos níveis de Alfa 1 antitripsina (<15-20% do valor de referência).
Índice de BODE:
. A junção de algumas variáveis já expostas pode ser expressa pelo índice
multidimensional BODE (B= IMC; O= obstrução; D= dispnéia; E=
exercício).
. Prever com maior certeza a mortalidade na DPOC.
. Utiliza uma escala de 1 – 10.
Índice de BODE
BODE
Sobrev
ida em
04
anos
0–2 Quartil 1 85%
3–4 Quartil 2 70%
5–6 Quartil 3 60%
Estratificação da gravidade
GOLD 2016
Avaliação objetiva de sintomas
e exacerbações
(C) (D)
GOLD 4
≥2
GOLD 1
zeroRisc
isc o
Sintomas / Dispneia
o Exa
mi MRC 0−1 CAT <10 MRC > 2 CAT > 10
cer
baç
Global Strategy for Diagnosis, Management and
Prevention of COPDCombined
Assessment of COPD
When assessing risk, choose the highest risk
according to GOLD grade or exacerbation history
Educação:
. Individual ou em grupo, a família do paciente deve ser considerada.
. Abordar: conceitos do DPOC, seu tratamento, uso correto das medicações,
reconhecimento das exacerbações, técnicas para minimizar a dispnéia, uso do
oxigênio, complicações.
Vacinação:
. Antigripal e Antipneumocócica.
. Objetivo: utilizando ambas as vacinas, tem efeito aditivo, reduzindo as
exacerbações de uma forma mais eficaz.
Medidas Gerais e de Prevenção:
Exposição á fumaça de biomassa:
. Evitar a fumaça com a colocação de exaustores ou chaminés ou preparação
culinária em ambientes abertos.
Suporte Nutricional:
. Obesidade: Dieta hipocalórica + Exercícios.
Objetivo: redução da dispnéia e probabilidade de SAHOS.
. IMC < 20 kg/m2 (VEF1 < 50% previsto): educação nutricional e alimentação
adequada.
Atividade Física:
. Regular, pelo menos 3x/semana e ao menos 30 minutos.
Medidas Gerais e de Prevenção:
Cessação do tabagismo:
. Intervenção com maior custo efetividade na prevenção e no desenvolvimento da
DPOC.
. É uma doença crônica e recorrente que pode ser tratada com ferramentas de
eficácia comprovada.
. A intervenção mínima (aconselhamento médico) deve ser aplicada a todos os
fumantes.
. A dependência da Nicotina poder ser estimada ou avaliada utilizando o Teste de
Fagerström.
Tratamento Farmacológico:
≥2
GOLD 3
! Para lembrar . Evento agudo caracterizado por aumento da dispnéia, tosse e/ou expectoração
(volume ou purulência.
. As exacerbações agravam a história da doença.
. A principal causa de exacerbação é a infecção respiratória.
Definição e impacto:
Evento agudo na evolução da DPOC caracterizado por aumento na dispnéia, tosse e/ou
expectoração (volume ou purulência) basal do paciente, além de variações diárias e
suficientes para requerer modificação do tratamento regular.
Agravam a evolução natural da doença, compromete a qualidade de vida e a função
pulmonar, aumentam a mortalidade e os custos.
Prevenção:
Cessação do tabagismo; Exercício físico; Reabilitação.
Tratamento adequado da DPOC estável.
Imunizações (influenza e pneumocócica).
Cirurgia de redução pulmonar em casos selecionados.
Etiologia:
Infecção respiratória – principal causa de exacerbação.
Má adesão ao tratamento.
Fatores ambientais (exposição ao dióxido de enxofre, ozônio).
Baixas temperaturas.
Diagnóstico Diferencial:
Doenças pulmonares:
Pneumonia, derrame pleural, pneumotórax, tromboembolismo pulmonar, obstrução
das vias aéreas superiores, aspiração recorrente.
Doenças Não pulmonares:
Arritmias cardíacas, cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, distúrbios da
ansiedade e pânico.
Outros:
Medicamentos (ex.: β-bloqueadores não seletivos e Sedativos)
Classificação da gravidade da
exacerbação
! Para lembrar . Não existe critério absoluto para classificar a gravidade da E-DPOC.
. Nível de atenção requerida para seu tratamento: Ambulatorial, Internação ou
Internação em UTI
. Existem critérios para hospitalização e internação em UTI para E-DPOC.
E-DPOC
Tratamento Ambulatorial
! Para lembrar . Descontinua tratamento regular, inicia se tratamento com Bd. de curta duração
em aerossol ou NBZ (SBPT recomenda manter o tratamento regular).
. Iniciar antibiótico IV.
. Iniciar esteroides sistemicos.
. Oxigenoterapia (Sp.O² <90% ou PaO² <60 mmHg).
. Iniciar VNI em pacientes com IR hipercápnica que não respondem a terapia
convencional.
E DPOC - critérios para internação:
História clínica completa:
Descartar diagnósticos diferenciais e determinar se a internação deve ser feita em enfermaria ou UTI
Gasometria arterial:
Em ar ambiente, avaliar IR e determinar a necessidade de suporte ventilatório.
Radiologia torácica:
Diagnóstico diferencial com outras condições, tais como, pneumotórax, pneumonia, edema pulmonar,
TEP e derrame pleural.
Eletrocardiograma:
Avaliar arritmias e cardiopatias isquemicas.
Cultura de escarro:
Pacientes graves com risco de infecção por Pseudomonas.
Teste de função pulmonar: (não utilizar na E DPOC)
Exacerbações frequentes
Risco de infecção por Pseudomonas
Insuficiência respiratória.
NÃO SIM
Cultura de escarro
Otimização de broncodilatadores
Corticoides sistemicos
Antibióticos / Oxigênio
Parada respiratória
Sinais progressivos de fadiga respiratória
Coma ou piora do estado de consciência
Instabilidade hemodinâmica
Comprometimento das trocas gasosas, apesar do
tratamento médico máximo
Falha no tratamento ou nenhuma tolerância à VMNI.