Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Diagnóstico
• Ocorre por meio de uma radiografia coronal
da coluna total, onde haja uma curva com
ângulo de Cobb ≥ 10 graus. 4-6
Consequências
• A escoliose acarreta em deformidades
corporais, as quais podem interferir na
Qualidade de Vida relacionada a saúde dos
pacientes portadores da deformidade. 7
OBJETIVO
HIPÓTESES:
• Hipótese nula de que não houvesse correlação entre o ângulo de Cobb e a qualidade de vida;
• Hipótese alternativa de que houvesse uma correlação inversamente proporcional entre o ângulo de
Cobb e a qualidade de vida.
Materiais e Métodos
Desenho do estudo
Estudo transversal retrospectivo, com dados cedidos por uma clínica especializada em
Escoliose em São Paulo- SP. N. CAAE 63843922.6.0000.5512.
Amostra
Critérios de Inclusão:
(1) Escoliose idiopática maior igual a 10º;
(2) sem tratamento prévio;
(3) com idade de 10 a 16 anos.
Materiais e Métodos
Avaliação
Estudo da Qualidade de Vida
transversal
retrospectivo, com dados
cedidos por uma clínica
especializada em Escoliose em
São•Paulo- SP.
Questionário Scoliosis Research Society-22 que contém 22 perguntas, agrupadas em 5 domínios:
(1) Autoimagem e aparência;
(2) função e atividade;
(3) dor;
(4) saúde mental; e
(5) satisfação com o tratamento.
O escore total do SRS-22 varia de 0 a 5 pontos, quanto maior a pontuação, melhor é a qualidade de vida. 7
RESULTADOS
Prontuários coletados
N= 603
Excluídos:
-Duplicatas: 10
-Pós operatório de escoliose: 23
-Escoliose Neuromuscular: 25
-Escoliose Congênita: 14
N= 531
531
N 75 285 126 45
13,0 (1,64)
Idade (anos) 12,8 (1,77) 13,1 (1,63) 13,0 (1,60) 12,9 (1,69)
Peso (kg) 49,0 (9,39) 40,3 (10,76) 50,8 (7,33) 45,3 (9,24) 55,5 (14,98)
Altura (m) 1,58 (0,08) 1,57 (0,09) 1,59 (0,07) 1,58 (0,11) 1,56 (0,07)
IMC 15,1 (2,86) 14,6 (2,92) 15,1 (2,92) 15,3 (3,11) 15,5 (3,35)
Maior Curva ( grau) 39,8 (14,39) 18,00 (4,40) 36,2 (5,37) 50,0 (3,55) 70,4 (9,10)
Legenda : Todas as variáveis contínuas foram reportadas como média ± desvio padrão.
RESULTADOS
Correlação entre o Ângulo de Cobb da Maior Curva e o valor total do score do Questionário SRS-22.
110.00 5
100.00 4.5
90.00
4
80.00
3.5
70.00
3
60.00
2.5
50.00
2
40.00
1.5
30.00
1
20.00
10.00 0.5
0.00 0
Leve Leve-Moderao MoeradoModerado-Grave Grave Grave Muito Grave Muito Grave Muito Grave
- É plausível que pacientes com curvas muito graves apresentem menor qualidade de vida22, uma vez que, o
ângulo de Cobb está correlacionado diretamente com assimetria corporal e que a gravidade da escoliose é um
fator preditor da qualidade de vida.
- A correlação indiretamente proporcional encontrada nesse estudo corrobora com os achados da literatura em
outras populações.
- Os resultados desse estudo apontam como hipótese que se a qualidade de vida em pacientes com curvaturas
graves não é influenciada pela magnitude da curva, talvez faça sentido a tentativa do tratamento conservador
antes da cirurgia.
DISCUSSÃO
Pontos fortes:
- O presente estudo apresentou dados brasileiros robustos sobre qualidade de vida e escoliose idiopática de adolescente.
- Foram avaliados 531 pacientes de todas as regiões do país, o que representa um percentual alto, já que a prevalência da
EIA na população brasileira é de 1,5%.
- O questionário utilizado para avaliar qualidade de vida foi específico e validado para pacientes com escoliose.
Futuros Estudos:
- Comparar com grupo controle de adolescente não portadores de escoliose e avaliar a real implicação da escoliose na
qualidade de vida;
- Acompanhar estes pacientes por determinado tempo, por exemplo em um ano, e incluir análises controlando as
variáveis confundidoras.
CONCLUSÃO
1. Weinstein SL. The Natural History of Adolescent Idiopathic Scoliosis. Journal of Pediatric Orthopaedics. 2019 Jul 1;39(6):S44–6. doi:
10.1097/BPO.0000000000001350.
2. Weinstein SL, Dolan LA, Cheng JC, Danielsson A, Morcuende JA. Adolescent idiopathic scoliosis. Vol. 371, The Lancet. Elsevier B.V.; 2008. p. 1527–37. doi:
10.1016/S0140-6736(08)60658-3.
3. Weinstein SL, Dolan LA, Wright JG, Dobbs MB. Effects of bracing in adolescents with idiopathic scoliosis. N Engl J Med. 2013 Oct 17;369(16):1512-21. doi:
10.1056/NEJMoa1307337. Epub 2013.
4. Negrini S, Donzelli S, Aulisa AG, Czaprowski D, Schreiber S, de Mauroy JC, et al. 2016 SOSORT guidelines: Orthopaedic and rehabilitation treatment of
idiopathic scoliosis during growth. Vol. 13, Scoliosis and Spinal Disorders. BioMed Central Ltd.; 2018. doi: 10.1186/s13013-017-0145-8.
5. Penha PJ, Ramos NLJP, de Carvalho BKG, Andrade RM, Schmitt ACB, João SMA. Prevalence of adolescent idiopathic scoliosis in the state of São Paulo,
Brazil. Spine. 2018;43(24):1710–8. doi: 10.1097/BRS.0000000000002725.
6. Zhang J, Lou E, Shi X, Wang Y, Hill DL, Raso J v, et al. A Computer-aided Cobb Angle Measurement Method and its Reliability J Spinal Disord Tech. 2010 (6):383-7. doi:
10.1097/BSD.0b013e3181bb9a3c .
7. Rosanova GCL, Camarini PMF, Gabriel BS, Oliveira AS de. Caracterização da qualidade de vida de adolescentes com escoliose idiopática. Fisioterapia em Movimento.
2013 Mar;26(1):63–70. ISSN 0103-5150.
Análise de Correlação entre Ângulo de Cobb e Qualidade
de Vida em Adolescentes com Escoliose Idiopática
Profª Orientadora: Drª Cintia Domingues de Freitas