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Análise Instrumental I
(QMC 162)
Caderno de relatórios
Santa Maria - RS
2023
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SUMÁRIO:
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1. Potenciometria
Dosagem de Ácido Acetilsalicílico (AAS) em medicamentos por
potenciometria.
7.1) INTRODUÇÃO
Os métodos potenciométricos de análises baseiam-se na medida do potencial de
células eletroquímicas. Sendo frequentemente utilizados para localizar o ponto final em
titulações, bem como para determinar constantes de equilíbrio termodinâmicas, tais como Ka,
Kb e Kps. Em técnicas mais recentes, as concentrações de espécies iônicas são medidas
diretamente a partir do potencial de eletrodos de membranas seletivas a íons, o que
constitui uma forma rápida, conveniente e não destrutiva de se determinar
quantitativamente inúmeros cátions e ânions importantes. Em uma titulação potenciométrica,
o potencial de um eletrodo indicador adequado é medido em função do volume do titulante.
As titulações potenciométricas oferecem vantagens adicionais sobre a potenciometria
direta. Como a medida é baseada no volume de titulante que provoca uma variação rápida no
potencial próximo do ponto de equivalência, as titulações potenciométricas não são
dependentes da medida de valores absolutos de Ecél. Essa característica torna a titulação
relativamente livre das incertezas do potencial de junção, pois este permanece relativamente
constante durante a titulação. Por outro lado, os resultados dependem muito do uso de um
titulante com uma concentração exatamente conhecida.
O instrumento potenciométrico sinaliza meramente o ponto final e comporta-se,
portanto, de modo idêntico a um indicador químico. Os problemas com o recobrimento da
superfície do eletrodo ou com a produção de respostas não nernstianas não são tão sérios
quando o sistema de eletrodos é empregado para monitorar uma titulação. Da mesma forma, o
potencial do eletrodo de referência não precisa ser exatamente conhecido e estável nas
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7.2) OBJETIVOS
Obter uma curva de calibração, determinar o volume do ponto de equivalência (P.E),
além de determinar e comparar a dosagem de AAS no medicamento.
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6
6
5
0,00 3,49 -
5
6
Conforme o gráfico 8, pode-se observar o ponto de inflexão da curva por volta de 5,80
e 6,20 mL.
Também obteve-se, a partir dos resultados, um gráfico ΔpH/ΔV x V (mL):
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7.6) CONCLUSÕES
De acordo com os resultados obtidos, a dosagem de AAS em medicamento por
potenciometria resultou em uma quantidade medida de 112,479 mg de AAS, com um volume
de 6,20 mL de NaOH no ponto de equivalência. A quantidade de amostra utilizada foi
exatamente 100 mg, resultando em um erro relativo de 12,47% em relação ao valor esperado.
Ao comparar esse valor com o indicado no rótulo do medicamento, podemos concluir
que os resultados não foram precisos. É importante ressaltar que a obtenção de resultados
precisos e confiáveis em análises laboratoriais depende de vários fatores, incluindo a técnica
de dosagem utilizada e a habilidade e experiência dos analistas.
É possível que os erros laboratoriais e as imprecisões do método tenham contribuído
para a diferença entre o valor obtido e o valor indicado no rótulo. Fatores como calibração
inadequada do pHmetro, erros de pipetagem, contaminação da amostra ou interferências
químicas podem afetar a precisão dos resultados.
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2. Potenciometria
Dosagem de Ferro em uma amostra real por potenciometria.
8.1) INTRODUÇÃO
Atualmente, classificam-se os eletrodos em dois grandes grupos: Eletrodos de
referência, que não mudam seu potencial medido, como por exemplo, o eletrodo de prata;
Eletrodos indicadores, que possuem variação no potencial de acordo com a variação da
concentração do meio em que estão inseridos (HARRIS, 2011). Os eletrodos podem ser
aplicados em análises como titulações potenciométricas, que se baseiam na leitura do eletrodo
indicador em relação ao eletrodo de referência, conforme é realizada a variação do volume do
titulante. Nas proximidades do ponto de equivalência, os potenciais sofrem variação
rapidamente. (HIGSON, 2009).
Medidas de potencial redox podem ser utilizadas basicamente de duas maneiras. Em
titulações, onde um eletrodo inerte (platina, por exemplo) juntamente com um eletrodo de
referência são usados para monitorar a variação do potencial durante uma titulação de
redução-oxidação (Fe2+ com Cr2O72- é um exemplo típico), num procedimento rápido,
confiável, robusto e de baixo custo. Neste caso a variação do potencial na vizinhança do ponto
de equivalência muda tão rápido e numa magnitude tal que a resposta do eletrodo é
satisfatória para atender a precisão desejada, pois são medidas relativas.
Para o experimento, um eletrodo inerte de platina responderá a concentração relativa
de íons férrico/ferroso em solução, de acordo com a equação Nernst:
[ 3+]
E = Eo Fe3+/Fe2+ + 0,059 . log
[ 2+]
Ao titular-se uma solução contendo íons Fe2+ com solução de um oxidante (no caso,
dicromato), o eletrodo de platina tomará o potencial do sistema férrico/ferroso até o ponto de
equivalência e, a seguir, o potencial do sistema titulante.
Em solução ácida, o íon dicromato, de cor laranja, é um oxidante forte, que é reduzido
ao íon Cr3+:
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8.2) OBJETIVOS
Obter as tabelas E x V(mL) de K2Cr2O7 0,0166 M, os gráficos E (mV) x V (mL) e
determinar a concentração de Fe2+ em uma solução de sulfato ferroso líquido por
potenciometria, usando o oxidante dicromato de potássio como titulante.
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● Agitador magnético
● Barra de agitação magnética
● Eletrodo de Pt (indicador)
● Eletrodo de Ag/AgCl (referência)
● Soluções de K2Cr2O7 (0,0166 M)
● Solução de H2SO4 1:4
● Solução de Sulfato Ferroso 125 mg/mL
● Água deionizada
0,00 422 -
1,00 435 13
2,00 444 9
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12
3,00 452 8
4,00 460 8
5,00 467 7
6,00 475 8
7,00 483 8
8,00 493 10
9,00 503 10
10,00 518 15
10,50 530 24
11,00 546 32
12,50 835 28
13,00 844 18
14,00 855 11
15,00 860 5
Tabela 11 - Valores do potencial aferidos pelo potenciômetro conforme o volume do titulante bem como a razão entre a
variação de potencial e a variação do volume.
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Conforme o gráfico 10, pode-se observar o ponto de inflexão da curva por volta de
11,00 e 12,00 mL.
Também obteve-se, a partir dos resultados, um gráfico ΔE/ΔV x V (mL):
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Segundo o gráfico 11, observa-se um refinamento da região o que permite inferir que o
volume do ponto de equivalência se encontra ao redor do máximo da curva, 12,00 mL.
Portanto, a partir do valor encontrado de volume gasto de titulante no P.E, obteve-se a
quantidade de Ferro presente na amostra.
Molaridade de K2Cr2O7 0,0166 M:
0, 0166 ��� � �� � −−−−− 1000 ��
2 2 7
� −−−−− 12, 00 ��
= 0, 0001992
2 27
= 0, 0011952
Massa molar de Ferro:
1 ��� �� −−−−− 55, 85 �
0, 0011952 ���� −−−−− �
= 0, 06675192 66, 751
Massa molar Sulfato ferroso:
55, 85 �� �� −−−−− 278, 00 �� ���� . 7� �
4 2
Concentração mg/mL
332, 26 �� �� ���� . 7� � −−−−− 3 ��
4 2
� −−−−− 1 ��
= 110, 75 / .7
4 2
8.6) CONCLUSÕES
A amostra utilizada e analisada na técnica continha 125 mg/mL de sulfato ferroso
heptahidratado, e a curva de titulação obtida resultou em uma concentração de 110,75 mg/mL
de sulfato ferroso heptahidratado.
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Com base nesses resultados, pode-se concluir que a dosagem de ferro por
potenciometria foi eficiente na determinação da concentração de ferro na amostra. A diferença
entre a concentração teórica e a concentração medida indica que a técnica utilizada apresenta
uma precisão satisfatória. No entanto, é importante considerar que pequenas variações podem
ocorrer devido a fatores como erros experimentais ou imprecisões na medição.
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3. Condutometria
Titulação Condutométrica de uma mistura de ácidos.
9.1) INTRODUÇÃO
A condutividade de uma solução é definida como o resultado do movimento de todos
os íons nela presentes sob a influência de um campo elétrico. A condutimetria é bem
conhecida entre as técnicas analíticas. As titulações condutométricas apresentam potencial
utilidade em qualquer reação onde o conteúdo iônico seja bem menor no ponto de
equivalência em comparação às outras etapas da titulação. Podem ser realizadas titulações
condutométricas de diferentes tipos de reação, entre elas as de neutralização e de precipitação.
No entanto, a pesquisa neste campo é limitada em relação ao desenvolvimento total
em eletroquímica. Por exemplo, comparando-se à potenciometria - sem dúvida a mais
importante das técnicas eletroquímicas - uma pesquisa na base de dados bibliográfica Scopus,
realizada em outubro de 2014, indica que desde 1950 o número de artigos indexados usando-
se a palavra-chave “potentiometry” é na ordem de dez vezes maior que os relacionados aos
termos “conductometry”.
Entretanto, particularmente neste exemplo, a detecção condutométrica apresenta
vantagens frente à detecção potenciométrica devido ao método empregado para determinação
dos volumes de titulante gastos na neutralização de cada um dos ácidos que compõem a
mistura. Na técnica condutométrica, aproveita-se a diferença de condutividade iônica à
diluição infinita, lo, dos íons H+ e OH- (349,6 e 198,0 .10-4 S.m2 mol-1, respectivamente)
frente a outros íons (por exemplo, Na+ e H3COO-, com o igual a, respectivamente, 50,1 e
40,9 .10-4 S.m2 mol-1), para obter segmentos lineares, cujos pontos de intersecção indicam,
com exatidão e precisão necessária, os dois pontos estequiométricos. O fato de não haver
necessidade de utilizar pontos experimentais na região do ponto estequiométrico se constitui
em uma das grandes vantagens da técnica condutométrica frente às titulações
potenciométricas.
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Figura 4 - Titulação condutométrica de 25,0 mL de solução (após diluição) de vinagre adulterado com ácido clorídrico, com
NaOH 0,1 mol L-1. Célula constituída por dois eletrodos de Pt com área de 1 cm2 , distanciados entre si por 1 cm
9.2) OBJETIVOS
Obter a curva de titulação e determinar a concentração de dois ácidos (HCl e HAc) por
titulação condutométria de neutralização, usando o hidróxido de sódio como titulante.
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Para o CH3COOH:
0, 1 ��� ���� −−−−− 1000 ��
� −−−−− 2, 80 ��
= 0, 00028
9.6) CONCLUSÕES
A mistura de ácidos analisada teoricamente possui uma relação de concentração de 1:1.
Durante a análise, foram obtidas concentrações de 0,006 mol/L de HCl e 0,0056 mol/L de
ácido acético. Com base nos resultados, pode-se concluir que a titulação condutométrica foi
eficiente na determinação das concentrações dos ácidos na mistura. A relação de concentração
teoricamente esperada foi confirmada, indicando que o método utilizado é confiável e preciso.
EWING, G. W.; Métodos Instrumentais de Análise Química, Ed. Edgard Blucher (13ª
impressão): São Paulo, Vol. 1, 2013.
ARROIO, A.; Rodrigues Filho, U. P.; da Silva, A. B. F.; Quim. Nova 2006, 29, 1387.
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4. Condutometria
Determinação de Cloreto em soro fisiológico com Sal de Prata.
10.1) INTRODUÇÃO
A determinação de cloreto em soluções, como o soro fisiológico, é uma análise crucial
em diversas áreas, incluindo a química analítica e o controle de qualidade. Nesse contexto, a
condutometria de precipitação se mostra como uma técnica eficaz para quantificar íons cloreto
presentes em uma solução, utilizando o sal de prata como reagente precipitante.
A condutometria de precipitação é baseada na medida da condutividade elétrica da
solução antes e após a formação de um precipitado. No caso da determinação de cloreto em
soro fisiológico, o sal de prata (AgCl) é adicionado à solução em incrementos conhecidos. À
medida que os íons cloreto reagem com os íons prata, forma-se um precipitado de cloreto de
prata, que é um composto pouco solúvel. A formação desse precipitado afeta a condutividade
elétrica da solução, proporcionando uma diminuição significativa na mesma. Ao medir a
condutividade antes e após cada adição do sal de prata, é possível obter uma curva de titulação.
Essa curva mostra a relação entre a quantidade de sal de prata adicionado e a condutividade da
solução em função da concentração de íons cloreto. A partir dessa curva de titulação, é
possível determinar a concentração de cloreto presente no soro fisiológico.
O ponto de equivalência é identificado graficamente, correspondendo à quantidade de
sal de prata necessária para reagir completamente com os íons cloreto presentes na solução.
Com base nesse ponto de equivalência, é possível calcular a concentração de cloreto na
amostra analisada.
É importante ressaltar que a determinação de cloreto em soro fisiológico por
condutometria de precipitação oferece vantagens significativas, como a simplicidade do
método, a rapidez na obtenção dos resultados e a precisão analítica alcançada. Além disso, a
técnica é amplamente utilizada em ambientes clínicos e farmacêuticos, uma vez que a
concentração de cloreto é um parâmetro essencial na avaliação de fluidos biológicos e na
preparação de soluções de infusão.
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10.2) OBJETIVOS
Obter a curva de titulação e determinar a concentração de cloreto em soro fisiológico
por titulação condutométria de precipitação, usando o Nitrato de Prata como titulante.
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� −−−−− 15, 50 ��
= 0, 0014762
3
Concentração %
0, 001476 ���� ���� −−−−− 10 ��
� −−−−− 100 ��
25
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= 0, 014762
Concentração %
1 ��� ���� −−−−− 58, 45 �
0, 001476 ���� ���� −−−−− �
= 0, 862851 100
10.6) CONCLUSÕES
No experimento realizado, obteve-se um resultado de 0,862851% de NaCl na amostra
analisada, enquanto o rótulo do soro fisiológico indicava uma concentração de 0,9% de NaCl.
Ao comparar os resultados obtidos com a concentração declarada no rótulo, observamos uma
diferença de aproximadamente 0,037149%. Essa discrepância pode ter várias origens, como
erros experimentais, imprecisões na medição ou até mesmo uma variação na concentração real
do soro fisiológico em relação à informação presente no rótulo.
É importante ressaltar que a confiabilidade do método de determinação de cloreto por
condutometria depende de fatores como a calibração correta dos equipamentos utilizados, a
precisão das medições realizadas e a correta preparação da amostra. Pequenas variações nos
resultados podem ocorrer devido a esses fatores, mas é necessário avaliar se a diferença
encontrada é aceitável dentro do contexto analítico em questão. Considerando a diferença de
concentração encontrada, é possível afirmar que o método de determinação de cloreto por
condutometria utilizado no experimento demonstra uma boa confiabilidade.
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11) Voltametria
Determinação simultânea de Zn, Cd, Pb e Cu
11.1) INTRODUÇÃO :
A voltametria é uma técnica analítica eletroquímica que envolve a aplicação de um potencial elétrico a
uma célula eletroquímica contendo uma solução eletrolítica. Durante o experimento, a corrente elétrica é
medida em função do potencial aplicado, fornecendo informações sobre os processos eletroquímicos que
ocorrem na solução. Essa técnica possui diversas aplicações, como a determinação de concentração de
espécies químicas, estudo de reações redox, análise de metais pesados, detecção de compostos orgânicos,
entre outros. Além disso, a voltametria pode ser utilizada na caracterização de materiais eletroquímicos,
como eletrodos modificados e filmes finos. Existem diferentes tipos de voltametria, como a voltametria
cíclica, voltametria de onda quadrada, voltametria de pulso diferencial e voltametria de redissolução anódica.
Cada uma dessas técnicas possui características específicas e pode ser selecionada de acordo com o objetivo
da análise.
11.2) OBJETIVOS:
O objetivo da técnica voltamétrica é investigar e caracterizar os processos eletroquímicos que ocorrem em uma solução,
através da medição da corrente elétrica em função do potencial aplicado.
11.3) MATERIAIS:
11.4) PARÂMETROS:
Amplitude de pulso : 50 mV
Tempo de pulso: 401 ms
Potencial de pré-concentração: – 1150 mV
Tempo de pré-concentração: 90 s
Velocidade de varredura: 60 mV/s
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Cu
CADMIO
Zinco
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