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TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

Aula 5– Psicometria: padronização e intrepretação


PADRONIZAÇÃO
• Procedimentos amparados por um corpo de conhecimento científico;
• Não são formulados ao acaso;
• “a utilização de procedimentos padronizados com o propósito de que as
inferências e interpretações feitas sobre o fenômeno observado possam ser
cientificamente apoiadas (Rabelo, Brito & Rego, 2011; Urbina, 2007).”
• A prática da psicologia enquanto ciência;
• Modos corretos de se realizar observação, entrevistas, dinâmicas de grupos,
etc.;
• Respaldado pelo Código de Ética profissional (2005);
• Prepara do Material e do ambiente de testagem;
PADRONIZAÇÃO
• Uniformidade de procedimentos na aplicação e na pontuação do teste. Para
que os escores obtidos por pessoas diferentes sejam compatíveis, as
condições de testagem devem obviamente ser as mesmas para todas. Em uma
situação de teste, a única variável independente é frequentemente o indivíduo
que está sendo testado.
• A formulação das instruções é uma parte importante da padronização de um
novo teste. Ao dar instruções devemos considerar a velocidade com que se
fala, o tom de voz, as inflexões, as pausas e a expressão facial. A má aplicação
torna os dados inválidos, mesmo quando obtidos através de um teste de boa
qualidade. A má aplicação não invalida a qualidade psicométrica do teste, mas
torna o protocolo do sujeito inválido.
PADRONIZAÇÃO
• Para garantir uma boa administração dos testes psicológicos é preciso
atender a requisitos referentes aos temas:
• Material de testagem: qualidade dos testes e pertinência;
• Ambiente da testagem: físico- sem a presença de distratores ambientais; não
pode ser desconfortável, desmotivador e incômodo;
• Psicológico – o testando deve estar em condições de saúde física e
psicológica; compreender com clareza as instruções; bom rapport a fim de
reduzir o nível de ansiedade do testando. Em situações adversas (para fins de
periciais e para seleção), no entanto, o sujeito se encontra necessariamente
em condições psicológicas, e às vezes físicas, não satisfatória, está ali como
vítima ou numa alta competitividade.
PADRONIZAÇÃO
• Aplicador: Aparência- roupas adequadas e limpas...; Comportamento durante a
testagem;
• Um ponto importante na padronização de um teste é o estabelecimento de
NORMAS.
• Geralmente, o escore de teste do indivíduo é interpretado através de uma
comparação com os escores obtidos por outros no mesmo teste. Uma norma é
o desempenho normal ou médio.
• No processo de padronização o teste é aplicado a uma amostra grande e
representativa do tipo de pessoa para o qual foi planejado (amostra de
padronização), que serve para estabelecer as normas.
INTERPRETAÇÃO
• Normatização;
• A normatização diz respeito a padrões de como se deve interpretar um escore
que o sujeito recebeu num teste. O escore bruto produzido por um teste
necessita ser contextualizado para poder ser interpretado.
• A NORMA possibilita situar o escore de um sujeito, permitindo:
• determinar a posição que o sujeito ocupa no traço medido e comparar o
escore desse sujeito com o escore de qualquer outro.
• O critério de referência ou a norma de interpretação é constituído por dois
padrões: (1) o nível de desenvolvimento do indivíduo humano (normas de
desenvolvimento) e (2) um grupo padrão constituído pela população para a
qual o teste é construído (normas intragupo).
INTERPRETAÇÃO
• Normas Intragrupo – o critério de referência dos escores é o grupo ou a
população para a qual o teste foi construído. O escore dos sujeitos toma
sentido em relação aos escores de todos os sujeitos da população.
• Posto Percentílico – o escore do sujeito é expresso em termos de percentil. O
posto do sujeito indica quantos por cento dos sujeitos da população (amostra)
se situam abaixo dele.
• Escore padrão – Escores z
ESCORE BRUTO E PERCENTIL
Classificação Percentil Ens. Médio * Superior Geral
Inferior 1 7 08 7
5 11 17 13

Médio 10 13 18 15
Inferior 20 16 20 17
25 17 21 18

30 18 21 20
Médio 40 19 23 21
50 21 24 23
60 23 26 35
70 25 28 26

Médio 75 26 28 27
Superior 80 27 29 28
90 29 31 30

Superior 95 30 33 32
Muito 99 34 34 34
Superior

N 140 107 247


Média 21,15 24,18 22,46
Desvio Padrão 6,10 5,34 8,94
INTERPRETAÇÃO
• Normas de desenvolvimento – desenvolvimento progressivo nos vários
aspectos de maturação (psicomotora, psíquica, etc.) Para tal os critérios de
norma são três fatores: idade mental, série escolar, estágio de
desenvolvimento).
• Idade Mental: critério criado por Binet e Simon (1905), que falavam em nível
mental, depois popularizado para idade mental. Estes autores separaram
empiricamente uma série de 54 questões/tarefas em 11 níveis ou faixa de idade
cronológica "3 a 10 anos (oito níveis), 12, 15 anos e idade adulta. As questões
que eram respondidas corretamente pela média de crianças/sujeitos de uma
idade cronológica X definiam o nível idade mental correspondente a idade
cronológica. Assim, a um sujeito que respondia a todas as questões que
crianças de 10 anos de idade eram capazes de responder era atribuída a idade
mental de 10 anos.
INTERPRETAÇÃO
• Série escolar: critério utilizado para testes de desempenho acadêmico.
• Estágio de desenvolvimento: critério utilizado por pesquisadores na área da
psicologia da criança que estudam o desenvolvimento mental e psicomotor em
termos de idade sucessivas de desenvolvimento;
• Ex.: Gesell e cols. Desenvolveram normas para oito idades típicas (de 4
semanas a 36 meses) de desenvolvimento das crianças nas áreas de
comportamento motor, adaptativo, da linguagem social;
• Piaget e cols. Estudaram desenvolvimento cognitivo e estabeleceram uma
seqüência de estágios sucessivos deste desenvolvimento (sensório motor,
pré-operacional, operacional concreto, operacional formal).
CURVA NORMAL
REFERÊNCIAS
AMBIEL, R. A. M. Avaliação Psicológica: guia de consulta para estudantes e
profissionais de psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.
HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. Psicometria. Porto Alegre:
Artmed, 2015.
LINS, M. R. C.; BORSA, J. C. (Orgs.). Avaliação psicológica: aspectos teóricos
e práticos. Rio de Janeiro: Vozes, 2017.
PASQUALI, L. Técnicas de Exames Psicológicos – TEP: manual. São Paulo.
Casa do Psicólogo, 2001.

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