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Prof. MsC Cláudio Diehl Nogueira
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À MEDIDA E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
A necessidade do homem de medir e avaliar o seu corpo e por conseguinte o seu desempenho físico,
surgiu desde a sua criação, em sua luta contínua entre a vida e a morte. Em um processo de seleção
natural, onde os mais fortes sempre se sobressaíam em relação aos mais fracos, através principalmente
da força física, estes garantiam a sua sobrevivência e reprodução. Podemos dar como exemplo disto a
atitude de Miron de Croton, que na Antigüidade Clássica, usava um novilho sobre os ombros para correr,
visando aumentar a sua capacidade conforme o animal aumentava seu peso, realizando assim, uma
avaliação de seu próprio estado.
No campo da Educação Física, surge a Medida e Avaliação, antiga Biometria, que quer dizer “medida
da vida” ou “medida dos fenômenos biológicos”, como método científico, que através de testes
escalonados de acordo com a individualidade biológica de cada indivíduo, com um sistema de medição
corporal e de rendimento bem padronizados, com uma avaliação de dados capaz de quantificar e/ou
qualificar cada indivíduo e com um critério de análise onde as interpretações dos dados possam ser
julgadas de acordo com as observações dos avaliadores, pode de fato, ajudar a determinar uma variação
no quadro do rendimento físico.
O termo Medida e Avaliação em Educação Física começou a surgir a partir do momento em que se
admite que o desenvolvimento físico desacompanhado do desenvolvimento intelectual e vice-versa não é
possível de ocorrer. Não se pode esquecer que tanto o físico, quanto o intelectual estão altamente
correlacionados com as estruturas psicológicas, sociais, emocionais e econômicas não só do indivíduo mas
de toda a sociedade. De acordo com RIZZO PINTO (1977), “o conceito de afastar o incapaz, de selecionar
o mais forte, perde seu sentido tornando-se necessário transformar o fraco em um forte e fazer de
ambos, elementos cada vez mais fortes e mais capazes”. É importante frisar que ao se mencionar
incapaz, não estamos nos referindo apenas àqueles que são excluídos pela sociedade por uma deficiência
física ou mental, mas sim aqueles que não podem por si próprio ter uma vida digna, entrosada no
contexto da sociedade.
Dentro desta visão de que a medida e a avaliação não pode excluir os indivíduos e sim de tentar
aproxima-los e de que a medida focaliza um conhecimento ou habilidade específica de um momento e a
avaliação é um processo dinâmico, uma mudança preferencialmente para melhor em um período de
tempo, é que este livro foi desenvolvido.
CONCEITOS BÁSICOS:
Como vimos, dentro da Educação Física, para comprovarmos as modificações corporais e físicas de
um programa de treinamento ou de atividade física usaremos técnicas e métodos capazes de nos
quantificar e/ou qualificar estes dados. Para isto estaremos sempre utilizando uma linguagem comum que
nos permite entender o que estamos fazendo.
No campo da Medida e Avaliação, a todo momento estamos testando, medindo, analisando e
avaliando , portanto sempre temos que ter em mente o por que, o como e o que medir.
Nós medimos por que queremos verificar as variações antropométricas, orgânicas e físicas de um
indivíduo diante de um programa elaborado para ele e de acordo com os seus objetivos, sem lhe causar
dano. O modo como medimos é realizado através de protocolos, testes padronizados, atribuindo notas ou
conceitos e sempre voltado para os objetivos da Educação Física. O que podemos medir é determinado
através do desenvolvimento orgânico, que inclui a condição ou a aptidão física propriamente dita, o
desenvolvimento psicomotor, as habilidades motoras (geral e/ou específica), o desenvolvimento afetivo, a
aprendizagem socializante das atividades físicas (escolar ou desportiva) e o desenvolvimento cognitivo,
através do conhecimento e compreensão relativa a exercícios em geral, e desportiva em particular.
Quatro palavras nunca podem deixar de ser lembradas a todo momento em que se trabalha com
Medida e Avaliação: teste, medida, análise e avaliação.
De acordo com RIZZO PINTO (1977), elas são:
TESTE – É uma pergunta ou um trabalho específico utilizado para aferir um conhecimento ou uma
habilidade de uma pessoa. Estamos testando nosso conhecimento ao respondermos a um questionário
previamente construído, a exemplo das provas realizadas em um vestibular, ou quando executamos um
trabalho físico qualquer, visando obter uma resposta a uma indagação que nos fazemos: por exemplo,
como está nossa força ? Sem o questionamento não há o teste. Para todo teste à ele se implica uma
resposta pessoal, de quem está sendo analisado ou avaliado. Uma questão importante, é o fato de que
muita das vezes consideramos o protocolo ( conjunto da descrição de uma atividade ) como sendo o
teste. Um protocolo é a descrição clara e objetiva dos procedimentos que devem ser tomados antes,
durante e após a realização de qualquer teste, devendo ser escrito com termos técnicos e sem deixar
margens à dúvidas. Um bom exemplo disto é quando se atribui erroneamente à técnica de somatotipo de
Heath-Carter a palavra teste quando queremos demonstrar a sua descrição. Não falamos teste de
somatotipo de Heath-Carter e sim técnica de somatotipo de Heath-Carter.
MEDIDA – É a quantificação da resposta do teste. É uma técnica capaz de nos dar, através de
processos precisos e objetivos, dados quantitativos que exprimam caracteristicamente, e em bases
numéricas, as qualidades que desejamos situar. Qual a minha estatura? Quanto obtive de índice na prova
de espanhol? Qual o meu QI? Qual o meu índice de força nos membros inferiores? Qual a minha
velocidade de deslocamento? Porém, simplesmente os dados numéricos podem não ser suficientes,
necessitando de acompanhamento qualitativo. Assim, à questão qual a minha estatura? Cabe uma
resposta: x m. Qual o meu tempo: y segundos. Porém nem sempre se poderá atribuir a resposta o seu
valor quantitativo e qualitativo, apesar de ser este um procedimento preciso e objetivo. Como poderemos
quantificar a motivação, atenção, liderança, estética e outros conceitos? Através de uma forma qualificada
de forma gradativa: muito, média, regular, fraco ou insuficiente.
ANÁLISE – São as técnicas que nos habilitam, comparando resultados, a situar-nos dentro da
realidade do trabalho que se desenvolve e da veracidade dos fatos que estudamos, criando-nos condições
para entender o grupo e situar um indivíduo dentro da totalidade do grupo, permitindo determinar pontos
fracos e fortes, positivos e negativos, estabelecendo a realidade do trabalho em um momento. A
classificação dos resultados são conseqüência de uma análise de resultados, de medidas ou conceito.
Fazemos isto, quando classificamos uma turma em função dos resultados da própria turma ou dos
indivíduos que a compõem. É a investigação científica dos fatos.
AVALIAÇÃO – É o processo pelo qual, utilizando medidas, podemos subjetiva e objetivamente
exprimir e comparar critérios e determinar a evolução de uma pessoa ou grupo numa linha de tempo,
seus avanços e retrocessos. Assim, por exemplo, ao iniciarmos um programa de treinamento ou de
atividade física e medirmos a situação em que se encontram nossos atletas ou alunos, poderemos,
posteriormente, após aplicar o nosso programa, repetindo os testes iniciais, comparar os dados e julgar
se estamos no caminho certo ou se necessitamos reformular, em parte ou no todo, o que vínhamos
usando, sabendo-se se o resultado foi positivo ou negativo.
Portanto, a avaliação é uma parte do processo avaliativo/educacional, que deve ser permanente
para nos criar condições de, partindo de valores básicos, determinar a ação, características, desvios e
toda a seqüência deste processo. Segundo KISS (1987), avaliação é o processo de delimitação, obtenção
e aplicação de informações descritivas e de julgamento concernente ao mérito de objetos, à medida que
revelados por suas metas, plano, implementação e resultados e para fins de tomada de decisões e de
responsabilidades. A avaliação não pode ser encarada como o fim de um momento mas sim o de um
período.
Resumindo, RIZZO PINTO (1997), define todo este processo como: “Enquanto a medida nos dá
uma informação, quantitativa ou qualitativa, de um fenômeno em um dado momento, a análise nos
fornece informações de alguém ou um fato, ante um grupo, também em relação a um instante, a
avaliação sempre nos posiciona dentro do fato numa linha de amplitude temporal. A análise nos informa
um momento do fenômeno, a avaliação nos revela uma mudança, uma evolução, para mais ou menos,
numa linha de tempo”.
MODELOS DE AVALIAÇÃO:
AVALIAÇÃO FORMAL:
Caracterizada por cuidados especiais na preparação e na execução, tais como, cronometragem,
marcação precisa dos resultados e padronização. As avaliações formais são construídas com grande
cuidado e sujeitas a testes para se ter certeza que todos os itens não são ambíguos e os resultados são
consistentes.
AVALIAÇÃO INFORMAL:
São em geral construídas localmente e raramente testadas durante o seu desenvolvimento. As
avaliações informais são construídas sem grandes cuidados e geralmente de momento, de acordo com a
situação.
TIPOS DE AVALIAÇÃO:
DIAGNÓSTICA:
É a avaliação que é realizada para conhecermos a situação em que se encontra determinado aluno
ou grupo, em relação a uma ou diferentes variáveis.
FORMATIVA:
Avaliação que procura, durante todo o decorrer do processo, saber e informar ao professor o que
está ocorrendo, a fim de dinamizar ao máximo o processo ensino-aprendizagem.
SOMATIVA:
É a avaliação que analisa o aluno, no final do processo, a fim de darmos um conceito ou uma nota.
EDUCAÇÃO E APTIDÃO:
EDUCAÇÃO – Processo de humanização, promovendo mudanças nos planos do conhecimento e no
da vivência de uma hierarquia de valores.
APTIDÃO – É aquele estado que caracteriza o grau pelo qual uma pessoa está habilitada a uma
função. Implica a habilidade de cada pessoa viver mais efetivamente o seu potencial. Habilidade para
funcionar dependente dos componentes físico, mental, emocional, social e espiritual, todos eles
relacionando-se uns com os outros e sendo mutuamente interdependentes.
APTIDÃO TOTAL – Refere-se à capacidade individual de sobreviver e viver efetivamente em seu
ambiente.
APTIDÃO TOTAL
UNIDADE II
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS DE UM PROGRAMA DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR
IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO:
O planejamento de um programa de medida e avaliação inclui teste, medida, avaliação e análise.
Para que um programa de medida e avaliação tenha sucesso, deve-se ter em mente certos
princípios que são fundamentais ao bom andamento do programa. A condução de um projeto que não
esteja de acordo com os princípios da própria Educação Física e com os dos avaliadores é o caminho certo
para o seu fracasso.
A avaliação é o controle de qualidade do planejamento. Nesta concepção entendemos que há uma
sinergia muito grande nos processos de avaliação e planejamento, embora a relação
planejamento/avaliação seja bastante complexa.
Antes de se administrar os testes, é preciso determinar os objetivos do programa para se poder
avaliar os resultados advindos de acordo com os objetivos propostos.
Para que esses objetivos sirvam de referência para o desenvolvimento do trabalho do professor de
Educação Física, é necessário saber os próprios objetivos da Educação Física, quando se tratar de medida
e avaliação.
> Avaliar o estado do indivíduo ao iniciar a programação.
> Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de superá-las.
> Auxiliar o indivíduo na escolha de uma atividade física que, além de motivá-lo, possa
desenvolver suas aptidões.
> Impedir que a atividade física seja um fator de agressão.
> Acompanhar o progresso do indivíduo.
> Selecionar elementos de alto nível para integrar equipes de competição.
> Estabelecer e reciclar o programa de treinamento.
> Desenvolver pesquisa em Educação Física.
> Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos nossos alunos.
De acordo com RIZZO PINTO (1977), existem três fases distintas, durante o planejamento, nas
quais devemos nos preocupar: fase de preparação, fase de execução e fase de análise.
FASE DE PREPARAÇÃO:
É a fase inicial do seu programa, também chamada de fase de pré-teste, onde deve haver uma
preocupação na elaboração do teste em si. Os cuidados desta fase são:
FASE DE EXECUÇÃO:
Também conhecida como fase de aplicação dos testes, é a fase responsável pelo desenvolvimento
do teste quando iniciado.
- ÚLTIMA REVISÃO:
Antes do início do teste, deve-se fazer uma última revisão em todos os itens da fase de preparação
junto com os líderes, testadores e registradores.
- EXPLICAÇÃO:
O testador, ao explicar o teste, deve complementá-lo sempre com uma demonstração, pois isto
auxiliará o testado na sua execução.
- AQUECIMENTO:
O aquecimento, além de proporcionar um melhor rendimento nos testes, é uma medida de
segurança para evitar lesões. Deve-se dar maior atenção aos testes que requeiram aquecimento especial.
- ADMINISTRAÇÃO:
o testador deve conduzir o teste de modo positivo e eficiente, mantendo o testado o mais ativo
possível, ocupando-o enquanto aguarda a vez, de modo a evitar aglomerações em torno das estações.
- MOTIVAÇÃO:
o avaliador deve instruir o testado sobre o desenvolvimento do teste e de sua utilização, procurando
estimulá-lo ao máximo rendimento. Essa motivação deve ser transmitida ao testado com entusiasmo.
- SEGURANÇA:
Algumas observações devem ser levadas em conta para prevenir acidentes:
- Antes da aplicação do teste, realizar um exame médico.
- Proporcionar um bom aquecimento.
- Manter a disciplina na turma.
- Atender às limitações físicas de cada um.
- Facilitar o fluxo de trânsito, mantendo desembaraçado o trajeto entre as estações,
FASE DE ANÁLISE:
É o momento da investigação científica, baseados nos resultados e comparações estatísticas, sendo
também conhecida como, fase de pós-teste.
- RECOLHIMENTO DAS FICHAS DE REGISTRO:
É importante de se tenha um responsável pelo recolhimento das fichas de registro para que
nenhuma se perca ou falte. É interessante que se faça a contagem das fichas de acordo com o número de
avaliados.
- COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS COM AS NORMAS E CONSTRUÇÃO DE PERFIS E
GRÁFICOS:
É a etapa em que faz a comparação dos resultados com critérios, ou referências escolhidos. É uma
das principais fases do processo, mas não é comumente realizada em nosso meio.
- ELABORAÇÃO DAS PRÓPRIAS NORMAS:
Segue os mesmos padrões do item anterior, porém está relacionado com a construção de critérios,
ou referências, à partir dos resultados da população específica em que se está trabalhando e quando as
normas utilizadas não se mostram atualizadas ou não se correlacionam com os objetivos do trabalho a ser
desenvolvido.
- INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS:
É o estudo dos resultados de forma coerente, utilizando informações científicas, geralmente
conseguidas por tratamento estatístico dos resultados, onde o coordenador juntamente com os
avaliadores, farão se necessário, mudanças de metas e remanejamento do programa, para que os
objetivos sejam alcançados.
Para que o seu programa funcione prontamente, é importante que a equipe de avaliadores tenha os
seguintes conhecimentos:
> DEVE-SE LEMBRAR SEMPRE A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE TESTE, MEDIDA, AVALIAÇÃO E ANÁLISE –
A avaliação, inclui testes e medidas. Entretanto, avaliar é muito mais amplo do que simplesmente
testar e medir. A avaliação, como um todo, é uma tomada de decisão. Os dados, coletados através
dos procedimentos de medidas são características que se devem fazer parte de um todo que é o
indivíduo.
> OS RESULTADOS DEVEM SER INTERPRETADOS EM TERMOS DO INDIVÍDUO COMO UM TODO: SOCIAL,
MENTAL, FÍSICA E PSICOLOGICAMENTE – Se um indivíduo sai-se mal num teste, o profissional
consciente irá verificar quais as razões que levaram a tal resultado e, na medida do possível e se
necessário, prover assistência especial a pessoa. As razões de resultados “fracos” em um teste físico,
podem ser várias; entretanto, se a razão for física, o bom profissional deverás descobrir qual o ponto
fraco do indivíduo e dirigir um programa para que ele possa superar tal deficiência.
> NENHUM TESTE OU MEDIDA É PERFEITO – Os profissionais, às vezes, depositam tanta confiança nos
testes e medidas que acabam acreditando que eles são infalíveis. Deve-se usar sempre o melhor teste
possível, mas ter sempre em mente que podem existir erros.
> TUDO O QUE EXISTE PODE SER MEDIDO – Em outras palavras, qualquer assunto incluído em um
programa de Educação Física deve ser medido. Existem, naturalmente, áreas da Educação Física que
ainda não estão muito bem definidas e por esta razão ainda não foram desenvolvidos testes para
medi-las, por exemplo, alguns testes de capacidades físicas ainda necessitam o desenvolvimento de
testes mais eficazes ou a reformulação de alguns já existentes.
> NÃO HÁ TESTE QUE SUBSTITUA O JULGAMENTO PROFISSIONAL – este talvez seja o mais importante
princípio da avaliação. Algumas vezes os profissionais tentam substituir medidas objetivas por
julgamentos, entretanto, as, primeiras não podem nunca tomar o lugar dos segundos. Se não
houvesse lugar para o julgamento, então o profissional poderia ser substituído por uma máquina ou
por um técnico. Por outro lado, julgamentos feitos sem dados substanciais são sempre inaceitáveis. As
medidas fornecem os dados que levam o profissional a fazer um melhor julgamento ou tomar uma
melhor decisão.
> DEVE SEMPRE EXISTIR O RETESTE PARA SE OBSERVAR O DESENVOLVIMENTO – Se a habilidade
inicial do indivíduo não for medida, então não se terá conhecimento sobre o seu desenvolvimento no
programa de Educação Física..Não é possível reconhecer as necessidades do indivíduo sem se saber
por onde começar, como, também não se pode determinar o que os indivíduos aprenderam ou
melhoraram, se não se souber em que nível eles estavam antes de começar o programa.
1. TENDÊNCIA CLÁSSICA/TRADICIONAL:
Na década de 30 surgem no Brasil as primeiras instituições formadoras de professores de educação
física, com caráter militarista, que priorizava o condicionamento físico e a disciplina. Esse enfoque no
condicionamento físico possibilitava a aplicação de uma avaliação que seguia uma tendência
fundamentada em medidas e que privilegiava os comportamentos humanos observáveis passíveis de
mensuração (avaliação clássica), ou seja, uma "verificação quantitativa da extensão de conteúdos
assimilados pelos alunos" (SOUZA e VOTRE, 1993, pg.122).
Conforme a evolução da educação física escolar surge novas exigências e, consequentemente, novos
objetivos, dentre eles o desenvolvimento motor e a esportivização (performance). Para tanto, a avaliação
quantitativa ainda supria as necessidades do processo avaliativo, no que Libâneo (citado por SOUZA e
VOTRE, 1993) denominou de tendência liberal tradicional e tendência liberal tecnicista.
De acordo com Resende (1995), os docentes que defendem estes paradigmas
(tradicional/esportivista/biologicista) limitam as suas preocupações avaliativas enfatizando o processo de
medição, o desempenho dos alunos nas capacidades físicas, habilidades motoras, conhecimento técnico,
medidas antropométricas, com o objetivo de conferir uma nota. Neste sentido, existe um modelo ideal e
um desempenho esperado, e os testes fornecem as informações quantitativas que devem ser comparadas
com uma norma, tabela ou padrão.
Historicamente, como ressalta o documento da CENP (1986) eram aplicados na rede pública os
famosos testes de suficiência física (início do ano) e eficiência física (final do ano), de tal forma
formalizada que os diários de classe dos professores já continham instruções para a sua utilização.
Constavam de testes de exercícios de verificação da força abdominal, força de membros inferiores
(canguru), força de membros superiores (flexão no solo, no banco, e barra) e coordenação geral
(burpee). Conforme a quantidade de repetições os alunos eram classificados em categorias: fraco,
regular, bom e excelente. Estes testes também eram conhecidos como bateria de testes de Kraus-Weber.
A aplicação destes testes era mecânica, descontextualizada e aleatória. Os professores não explicavam
para os alunos os objetivos da aplicação dos testes e tão pouco havia vinculação entre os testes e o
programa que era desenvolvido ao longo do ano. Os objetivos dos testes eram vinculados a proposta de
avaliar a aptidão física enquanto o conteúdo hegemônico das aulas era a aprendizagem dos esportes, e o
que é pior, esportes para os habilidosos e os que podiam representar a escola nas competições
esportivas. Todavia, todos os alunos eram submetidos aos testes e ao sentimento de incompetência e
vergonha, pois muitos nem participavam das atividades das aulas, mas precisavam ter uma “nota”. Então
qual era o valor deste modelo de avaliação?
Ao longo da história recente da Educação Física no Brasil não foram poucos os professores que
advogaram em prol desta perspectiva avaliativa. Andrade et alli. (1973) num livro intitulado
“Planejamento da 1a a 8a série até a cambalhota”, defendem a aplicação de testes na Educação Física
com vistas a torná-la mais “científica” e, portanto mais objetiva e quantitativa. Nas palavras dos autores:
“A aplicação de testes, como medida objetiva, indica não só uma tendência da obra educativa para
ingressar definitivamente no terreno científico, como também resultante dessa própria tendência. Não
podemos saber os resultados de nossos programas se não usamos as medidas, e sem estas, não
podemos saber se estamos atingindo os fins e objetivos da Educação Física” (p.46). Os autores desta
proposta continuam a mostrar a concepção do que estamos chamando de tradicional quando afirmam
que: “Sugerimos ao professor que, dispuser de tempo necessário e tiver interesse pelo assunto em
questão poderá estabelecer tabelas padrão com os dados obtidos, completando assim seu trabalho de
forma eficiente” (p.53).
No sentido de elaborar padrões e tabelas de classificação do desempenho dos alunos em testes de
aptidão física, Barbanti (1983), por exemplo, realizou uma pesquisa em que administrou, em uma
amostra de 2213 crianças de 7 a 14 anos, uma bateria de testes, sugerida pela AAHPERD (American
Alliance for Heath Pysical Education, Recreation and Dance) inaugurando, nas suas palavras “... uma nova
era na liderança da Educação Física escolar, com a promoção e avaliação da aptidão física da criança
escolar Itapirense” (p.3).
A perspectiva tradicional de avaliação, que infelizmente ainda frequenta a visão e a prática de
muitos professores de Educação Física, cometeu uma série de equívocos. Os principais são; - a noção de
que avaliação consiste em aplicar testes em prazos determinados, - que avaliação é algo que acontece
somente no final de um prazo; - que avaliar é atribuir uma nota ou um conceito; - que a avaliação é
punitiva; - que avaliação pode tomar o lugar do ensino, - que avaliação só é possível se for quantitativa e
envolver medição e que avaliação é um mero cumprimento de uma exigência burocrática
3. TENDÊNCIA HUMANISTA-REFORMISTA:
Na década de 70 surge a tendência humanista-reformista de avaliação, resultante de uma crítica à
esportivização priorizada até então nas aulas de educação física escolar. Nessa nova tendência a principal
preocupação passa a ser os aspectos internos ao indivíduo e a formação do ser humano integral. Para
tanto, novos enfoques são considerados, como o psicológico, o afetivo, o social e o desenvolvimento
cognitivo e crítico. Tais aspectos não podem mais ser mensurados quantitativamente. Cresce a
necessidade de outro instrumento de inferência da relação ensino-aprendizagem, e a avaliação qualitativa
ganha força. Passam a serem realizadas inúmeras críticas ao modelo tradicional de Educação Física na
escola, inclusive, quanto ao processo de avaliação que vinha sendo adotado.
O trabalho do Professor Lorenzetto (1977) é um bom exemplo. O autor foi um dos precursores dos
movimentos renovadores surgidos neste período, escreveu em crítica ao modelo tradicional e esportivista:
Dentro da perspectiva humanista a preocupação central da avaliação volta-se aos aspectos internos
do indivíduo, principalmente as dimensões psicológicas. Passa também a ser valorizada a prática da auto-
avaliação baseada no fato de que é só o indivíduo que pode realmente conhecer a sua própria experiência
e definir o que é, e o que não é significativo em termos de aprendizagem da tarefa (Souza, 1993).
Além disso, admite-se a avaliação qualitativa, julgando-a como uma permanente reflexão sobre a
atividade humana e que só pode ser captada através da vivência de cada um. As críticas ao modelo
tradicional, quantitativo, baseado em tabelas-padrão, foram tão profundas, que em alguns textos pode-se
perceber certa confusão, entendendo-se o processo de avaliação como sinônimo de medição. Estas
propostas chegaram a negar o valor da avaliação na Educação Física. O discurso mais representativo
desta negação pode ser verificado no documento elaborado pela Coordenadoria de Estudos e Normas
Pedagógicas do Estado de São Paulo (CENP, 1986): “Pode parecer estranho que, em nenhum momento
desta proposta, tivéssemos a preocupação de quantificar o comportamento, sequer de avaliá-lo. Quando
se mede o ser humano, deve-se estar consciente que se está medindo o imensurável”, (p.32).
Outra crítica realizada comumente ao modelo tradicional diz respeito ao fato da avaliação ter uma
preocupação apenas quanto ao domínio motor. A CENP (1986) ressaltou, por exemplo, que a Educação
Física implica não só o rendimento físico, mas as relações cognitivas, afetivas, e sociais subjacentes,
procurando, assim, enfatizar princípios que antes não eram observados. Além de haver certo mal
entendido quanto aos processos de avaliação e medição, alguns autores confundiram também avaliação
com atribuição de notas, para negá-la, como Freire (1989): “Em Educação Física o problema se agrava.
Se é difícil avaliar a aprendizagem da escrita e da leitura, do cálculo, da geografia etc, que dirá quanto à
aprendizagem da Educação Física? Como avaliar a aprendizagem do movimento quando sabemos a
infinidade de fatores nele envolvidos, tais como força muscular, resistência, agilidade, equilíbrio, ritmo,
sentimentos, cognição, afetividade etc?” (p.196).
Em crítica ao modelo tradicional de avaliação Lorenzetto (1977) lembra que o uso de testes na área
só tem servido para rotular os alunos em excelentes, bons, regulares e fracos, porque se baseia numa
competição pura e simples contra um cronômetro ou concorrente. Em sua opinião a avaliação deve ser
mais que uma tabela de pontos, pois isso contraria toda uma perspectiva que visa promover o ser
humano de acordo com suas condições individuais. O autor finaliza o texto sugerindo que: “Todas as
vezes que um professor verifica se os seus alunos estão se comportando com autonomia,
responsabilidade e alegria, ele está avaliando todo um processo educacional” (p.65).
1. TENDÊNCIA DESENVOLVIMENTISTA:
A avaliação na abordagem Desenvolvimentista pode ser verificada a partir da análise da proposta
elaborada por Flinchum (1981). A autora apresenta um programa de atividades motoras para os
professores de crianças pré-escolares, defendendo a importância do movimento no desenvolvimento da
criança. Discute e analisa os objetivos, conteúdos, estratégias e avaliação para o trabalho com pré-
escolares. No apêndice do livro apresenta alguns testes de habilidades motoras, como corrida de 32
metros, arremessos, chutes, saltos e outros e ao final apresenta uma contagem de pontos referente ao
desempenho dos alunos nos testes motores. Estas considerações nos remetem a um tipo de avaliação que
estamos denominando de tradicional. É importante ressaltar que o trabalho mais expressivo dentro desta
abordagem, Tani et alli (1988), embora apresente uma série de habilidades motoras e descreva a
sequência de desenvolvimento e os níveis de aquisicação de padrões motores, não faz referências
explicítas ao modelo de avaliação. Todavia, é possivel depreender que o papel do professor seja o de
observar qualitativamente a aquisição destas habilidades básicas.
2. TENDÊNCIA CONSTRUTIVISTA:
A proposta construtivista está explicitada principalmente nas propostas de Educação Física da
Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP, 1991) e em Freire (1989). Na orientação da
CENP, a meta da construção do conhecimento é evidente quando “... explorar a gama múltipla de
possibilidades educativas de sua atividade lúdica espontânea, e gradativamente propor tarefas cada vez
mais complexas e desafiadoras com vista a construção do conhecimento” (p.18).
Em muitos sentidos a proposta de avaliação dentro da concepção construtivista foi bastante
influenciada pela visão humanista. Ou dito de outra forma, através dos documentos da CENP (1991,
1993) e Freire (1989) parece não haver uma proposta de avaliação construtivista e sim um “resignificar”
da avaliação a partir da ótica do humanismo. No capítulo sobre a avaliação, o documento da CENP inicia a
discussão apontando a dificuldade que é avaliar o aluno, embora a reconheça como parte do processo
educacional. Afirma que não é possível adotar uma postura construtivista e promover avaliações
autoritárias, mecânicas e padronizadas.
Ainda em crítica ao modelo tradicional o texto afirma que: “... avaliar quantitativamente os alunos
requer muito mais tempo e nem sempre corresponde à realidade” (p.51), ou quando ressalta que o uso
da avaliação como um mecanismo repressor é um exercício de arbitrariedade e abuso do poder.
Sobre a avaliação como punição a proposta continua a revelar posições contrárias quando afirma
que: “..temos notícias de professores que, para castigar a indisciplina de seus alunos, promovem
verdadeiras maratonas de corrida em volta da quadra ou estabelecem a execução de um número absurdo
de exercícios abdominais” (p.52).
Assim como a abordagem humanista levanta a necessidade de avaliar para além dos parâmetros
motores, incluindo as dimensões cognitivas e também afetivo-sociais através da formação de atitudes e
aquisição de valores. Além disso, propõe um modelo de avaliação qualitativa, baseada na observação
sistemática. Freire (1989), além das críticas ao modelo tradicional, voltado ao rendimento e a visão
quantitativa, propõe o uso de sociogramas e questionários com questões abertas para avaliar o aspecto
social, cognitivo e moral vivenciado pelas crianças em situações de jogos, utilizando fichas individuais
para cada aluno, além da observação do desenvolvimento e aprendizagem da criança dentro das
atividades a partir do ponto de partida de cada um.
3. TENDÊNCIA CRÍTICO-SUPERADORA:
Baseado na justiça social. Valoriza a questão da contextualização dos fatos e do resgate histórico. É
um projeto político pedagógico. Político porque encaminha propostas de intervenção em determinada
direção. Pedagógico porque possibilita uma reflexão sobre as ações dos homens na realidade. Opõe-se ao
mecanismo. Nesta concepção devem-se transmitir os conteúdos simultaneamente, os mesmos conteúdos
devem ser trabalhados ao longo das séries, aprofundando-se a cada ano, porém sem a visão de pré-
requisitos.
A avaliação é criticada por estimular uma discriminação aos interesses da classe trabalhadora. A
avaliação segundo esta proposta apenas tem atendido as normas legais selecionando alunos para
apresentações e competições.
Leva os objetivos da Educação Física para níveis abstratos, deixando a atividade motora em terceiro
plano. Não interpreta o ser humano na sua individualidade e subjetividade, mas sim por classes sociais
(classe dominante x classe trabalhadora).
4. TENDÊNCIA SISTÊMICA:
Tem por objetivo introduzir o aluno no mundo da cultura física, formando o aluno que vai usufruir
partilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais da atividade física (o jogo, o esporte, a
dança, a ginástica).
A Educação Física sofre influencias da sociedade e influencia. Tenta garantir o movimento como
meio e fim da Educação Física. As habilidades motoras não são os únicos objetivos a serem alcançados
pela Educação Física Escolar. Por exemplo, não basta aprender as habilidades específicas do basquetebol,
é preciso organizar-se socialmente para jogar, compreender as regras com um elemento que torna o jogo
possível, aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não como uma adversário a ser
aniquilado pois sem ele o jogo não seria possível.
Enfatiza as vivências do aluno (experimentação de movimentos) que proporcionam conhecimentos
cognitivos e experiências afetivas ao aluno. O aluno deve incorporar o movimento para dele tirar o melhor
proveito possível, não apenas pela sua qualidade mas pela compreensão que pode trazer de si e dos
outros.
Apresenta diversidade de conteúdos proporcionando maior número de vivências e incorporação
destas atividades ao tempo livre de lazer oferecendo oportunidades para o alcance da cidadania. Baseia-
se no princípio da não-exclusão: o acesso de todos os alunos às atividades de Educação Física.
Não há uma proposta estabelecida de avaliação.
PESAGEM HIDROSTÁTICA:
A densitometria, também conhecida como pesagem hidrostática, baseia-se no Princípio de
Arquimedes, onde “todo corpo mergulhado num fluido ( líquido ou gás ) sofre, por parte do fluido, uma
força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo”. Assim, quando
um corpo é pesado dentro da água é possível obter seu volume e através da relação entre massa e
volume calcula-se sua densidade.
A determinação do volume se dá pela diferença entre o peso corporal do indivíduo fora da água e
completamente submerso na água. Considerando que corpos mais densos que a água tendem a afundar e
menos densos tendem a flutuar, quanto mais pesado for um corpo dentro da água em relação ao mesmo
volume, maior a sua densidade. Como a densidade da água sofre alterações em função da temperatura e
de impurezas e a densidade corporal é influenciada pelo volume de ar pulmonar e pelo ar que permanece
no aparelho gastrointestinal, o cálculo da densidade corporal deve levar em consideração todas essas
variáveis.
Uma vez calculada a densidade corporal, podemos converter este valor em porcentagem de gordura
corporal, que em última análise, é o resultado que mais nos interessa quando realizamos avaliações da
composição corporal. Esta conversão pode ser realizada através das equações propostas por SIRI ou
BROZEK.
A técnica da pesagem hidrostática tem sido utilizada como “gold standard”, ou seja, como método
padrão para a validação em estudos de novos métodos de avaliação da composição corporal.
Embora esta técnica apresente valores de densidade corporal muito precisos, somente indivíduos
com razoável adaptação ao meio aquático podem ser submetidos aos seus procedimentos, o que limita
enormemente sua utilização em análises rotineiras da composição corporal.
IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA:
A análise da composição corporal através da impedância bio-elétrica tem como base a medida da
resistência total do corpo à passagem de uma corrente elétrica de 500 a 800 microA e 50 kHz.
Os componentes corporais oferecem uma resistência diferenciada à passagem da corrente elétrica,
os ossos e a gordura, que contém uma pequena quantidade de água constituem um meio de baixa
condutividade, ou seja, uma alta resistência à corrente elétrica. Já a massa muscular e outros tecidos
ricos em água e eletrólitos, são bons condutores, permitindo mais facilmente a passagem de corrente
elétrica.
Segundo as leis de Ohm, a resistência de uma substância é proporcional à variação da voltagem de
uma corrente elétrica a ela aplicada, desta forma, através de um sistema tetrapolar, onde dois eletrodos
são fixados à região dorsal da mão direita e dois à região dorsal do pé direito do avaliado, o aparelho irá
identificar os níveis de resistência e reactância do organismo à corrente elétrica, analisando a quantidade
total de água no organismo e predizendo, através desta quantidade de água, a quantidade de gordura
corporal do indivíduo.
A velocidade e a relativa simplicidade de execução do método da impedância bio-elétrica
representam uma grande vantagem de sua utilização na academia, no clube ou na clínica. A principal
limitação deste método surge quando o avaliado apresenta alterações em seu estado de hidratação;
assim, a quantidade de alimentos e líquidos ingeridos pelo avaliado, bem como a atividade física realizada
no dia do teste, entre outros fatores como nefropatias, hepatopatias e diabetes podem influenciar o
resultado obtido. Deste modo, o avaliado deve:
- Não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste;
- Manter-se em jejum pelo menos nas 4 horas que antecedem o teste;
- Não ingerir bebidas alcóolicas nas 48 horas anteriores ao teste;
- Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste;
- Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste, e
- Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em decúbito dorsal, em total repouso antes
da execução do teste.
Além desses cuidados, o nível de desidratação e a temperatura ambiente podem apresentar alguma
influência na qualidade das informações.
MEDIDAS DE CIRCUNFERÊNCIAS:
Esse método é baseado no entendimento que é mais provável encontrar tecidos de gordura em
pontos corporais como o abdome, os quadris e as coxas, enquanto é mais provável encontrar os tecidos
musculares em pontos como antebraços, panturrilhas e bíceps, na porção superior do braço. As
estimativas da porcentagem de gordura corporal são baseadas nas razões das medidas de circunferência.
As medidas de perímetros (circunferências) são mais úteis para determinar padrões de distribuição
de gordura em uma pessoa, identificar mudanças no padrão de gordura de uma pessoa ao longo do
tempo e classificar os indivíduos dentro de um grupo de acordo com a gordura.
RAZÃO CINTURA/QUADRIL:
A gordura excessiva acumulada na região abdominal é mais perigosa do que a acumulada na região
glúteo-femoral. A gordura abdominal excessiva está associada com riscos elevados de doença arterial
coronariana, hipertensão e diabetes.
A razão cintura/quadril (RCQ) é uma ferramenta paralela rápida e fácil que é muito eficiente em
identificar pessoas com riscos de saúde elevados devido à gordura abdominal. A RCQ é simplesmente a
circunferência da cintura dividida pela circunferência do quadril.
A FORMA CORPORAL:
BIOTIPOLOGIA:
Em 1922 Nicola Pende, finalmente, define o conceito de biotipo. Para Pende, o biotipo é a resultante,
a síntese funcional da personalidade integrada, construída a partir da herança e expressa pelas vertentes
morfológica, funcional e temperamental. O temperamento, para Pende, depende da ação glandular ( sem
se perder de vista os parcos conhecimentos endócrinos da época ).
Para Pende, o biotipo nunca é algo pronto, mas em contínuo desenvolvimento. Como personalidade
integrada, construída a partir de uma base genética, traduz uma individualidade biológica, que ele
representa soba a forma de uma pirâmide, que SETE RAMALHO, assim descreve: o vértice seria a
personalidade integrada, a síntese funcional do biotipo, a herança seria a base e as três bordas a
resultante da: morfologia, desenvolvimento da massa corporal absoluta, desenvolvimento proporcional do
sistema vegetativo e de relação, dos comprimentos e larguras, do tônus e da elasticidade das formas
corpóreas, e desenvolvimento proporcional dos sistemas circulatório, hemolinfopoiético, muscular e
genital: funcionalidade, resultando de elementos neuro-químicos ( orientação metabólica, endócrina
e neurovegetativa, energia e velocidade das reações funcionais ): temperamento ou caracteres psíquicos,
desenvolvimento da inteligência geral, do instinto e do afetivo-ético, do tônus sentimental, das
sensibilidades psquícas, de atitudes sensorias, de atenção, de percepção e da mneumônica, do
desenvolvimento do pensamento da fantasia, do concreto e do abstrato, de atitudes volitivas e de
vocação e atitudes especiais.
Se a proposta de Pende, já na época, era revolucionária, a solução foi fraca, pois lista os homens em
dois tipos: longilíneo e brevilíneo, cada um dos tipos subdividindo em dois subtipos: estênico e astênico.
LONGILÍNEO ESTÊNICO – indivíduo comprido, alto, magro e forte.
LONGILÍNEO ASTÊNICO – indivíduo comprido, alto, magro e fraco.
BREVILÍNEO ESTÊNICO – indivíduo curto, baixo, gordo e forte.
BREVILÍNEO ASTÊNICO – indivíduo curto, baixo, gordo e fraco.
Pende tem, contudo, o mérito da concepção da personalidade individualizada, que será explorada
por outros autores. Até ser encontrada a solução para a expressão desta individualidade por Sheldon, em
1940.
SHELDON E O SOMATOTIPO;
Sheldon, em seu livro “The Varieties of Human Physique – na introduction to constituitional
psychology”, apresenta as primeiras conclusões sobre somatotipo, com estudos preliminares envolvendo a
descrição morfológica de 4.000 estudantes, recrutados em cinco estabelecimentos de ensino, observações
clínicas e anatômicas, a criação de uma câmara fotográfica e estudos antropométricos e de estatística.
Alicerçado nas necropsias e na análise fotográfica, chega ao conceito de somatotipo, que ele
fundamenta sobre os três folhetos embrionários: do endoderma deriva o endomorfismo, caracterizado
basicamente pelos órgãos da digestão; do mesoderma o mesomorfismo, manifestado pelos músculos,
ossos e tecidos conjuntivos, com predominância de ossos e músculos; e do ectoderma o ectomorfismo,
que é a predominância relativa do linear e da fragilidade, relacionado à superfície corpórea ampla, em
relação à massa, sobretudo nos mais importantes aspectos: cérebro e sistema nervoso central.
Portanto a definição de somatotipo, de acordo com Sheldon é: a quantificação dos três componentes
primários, determinando a estrutura morfológica de um indivíduo, expressos em uma série de três
numerais, onde o primeiro refere-se à endomorfia, o segundo à mesomorfia e o terceiro à ectomorfia.
Possibilita estabelecer biotipos praticamente individuais.
CLASSIFICAÇÃO DE SHELDON:
MESOMORFO DOMINANTE: Musculatura saliente, com músculos definidos, maciços e com fortes relevos
musculares; ossos longos, salientes e fortes, com maiores diâmetros transversos; tronco grande e
fortemente musculoso; membros musculosos, em toda a sua extensão; volume torácico dominando o
abdominal, com tórax mais largo no ápice do que na base; pélvis forte, quadris largos; forma cefálica
variável com ossos salientes; musculatura abdominal bem definida a nível de vizinhança com as cristas
ilíacas.
A TÉCNICA DE SHELDON:
Conceitualmente Sheldon havia encontrado a resposta ao problema de Pende: há uma personalidade
integrada, baseada no genotipo, e ela pode ser expressa de forma individual, quer no tocante ao
somático, quer no psicológico. Sua técnica de baseou no uso de fotografias e a tomada de medidas
antropométricas sobre ela. Porém apresentava um problema: a técnica era dispendiosa, demorada,
necessitava de ambiente adequado e, o mais sério, a possibilidade de erro, por parte de quem não
estivesse altamente treinado era grande.
A TÉCNICA DE HEATH-CARTER:
A solução prática do desafio, possibilitando ampla aplicação do conceito sheldiano, vai surgir em
1967, com a publicação, por Barbara Heath e Lindsay Carter, de um método simples de calcular o
somatotipo, culminando nas técnicas antropométricas ora em uso.
A novidade da metodologia se espalha, publicações são feitas constantemente e as aplicações vão
crescendo: na área desportiva, desde atletas olímpicos até equipes colegiais de diferentes modalidades;
na área da psicologia; na área médica, com a análise da epidemiologia das doenças isquêmicas; no
estudo de características regionais de grupos populacionais, de estudantes, de profissionais de várias
áreas, no entendimento de ajustamentos sociais, em resumo, a utilização generalizada trouxe
aplicabilidade ao conceito de Sheldon.
TÉCNICA:
Realizar as seguintes medidas:
- Estatura.
- Peso.
- Dobras Cutâneas de tríceps, subescapular, supra-ilíaca e perna.
- Diâmetro biepicondiliano de úmero.
- Diâmetro bicondilianos de fêmur.
- Perímetro de braço contraído,
- Perímetro de perna.
Cálculo do 1º componente: ( ENDOMORFIA )
IP = estatura
3 v peso
CLASSIFICAÇÃO
- ENDOMORFO EQUILIBRADO – 1º componente é dominante e o 2º e o 3º são iguais ou não
diferem de mais de meia unidade.
- MESOMORFO EQUILIBRADO – 2º componente é dominante e o 1º e o 3º são iguais ou não
diferem de mais de meia unidade.
- ECTOMORFO EQUILIBRADO – 3º componente é dominante e o 1º e o 2º são iguais ou não
diferem de mais de meia unidade.
- ENDOMORFO MESOMÓRFICO – 1º componente é dominante e o 2º é maior que o 3º.
- ENDOMORFO ECTOMÓRFICO – 1º componente é dominante e o 3º é maior que o 2º.
- MESOMORFO ENDOMÓRFICO – 2º componente é dominante e o 1º é maior que o 3º.
- MESOMORFO ECTOMÓRFICO – 2º componente é dominante e o 3º é maior que o 1º.
- ECTOMORFO ENDOMÓRFICO – 3º componente é dominante e o 1º é maior que o 2º.
- ECTOMORFO MESOMÓRFICO – 3º componente é dominante e o 2º é maior que o 1º.
- ENDOMESOMORFO – 1º e 2º componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade
e, são maiores que o 3º.
- ENDOECTOMORFO – 1º e 3º componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade
e, são maiores que o 2º.
- MESOEDCTOMORFO – 2º e 3º componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade
e, são maiores que o 1º.
- CENTRAL – Os três componentes são iguais, não diferindo um deles de mais de uma unidade
em relação aos outros dois, ficando em torno dos índices 3 e 4.
UNIDADE IV
AVALIAÇÃO DA POSTURA
A POSTURA
Uma boa postura é a atitude que uma pessoa assume, utilizando a menor quantidade de esforço
muscular e, ao mesmo tempo, protegendo as estruturas de suporte contra trauma.
Entre os indivíduos, existem variações consideráveis na quantidade de esforço muscular utilizado
durante e realização de tarefas idênticas. Algumas pessoas utilizam um determinado grau de esforço
muscular fora de proporção para o objetivo a ser atingindo. Em posições habitualmente tensas ou rígidas,
os músculos exercem desnecessariamente pressões levadas sobre as articulações e podem desencadear
alterações degenerativas precoces. Ao contrario, uma causa comum de distensão ligamentar é a postura
incorreta que envolve a não utilização da musculatura: em vez de utilizar os músculos posturais como
suporte, a pessoa mantém a postura “se apoiando sobre os ligamentos”.
O equilíbrio correto da coluna vertebral e a postura são pré-requisitos para o uso eficiente das
extremidades do corpo. Os desvios posturais podem acarretar conseqüências sobre as articulações.
A POSTURA NORMAL:
A posição ereta bípede do homem, resultou da evolução da espécie em milhões de anos de seleção
natural, segundo a concepção de Darwin, pela qual as espécies que apresentam variações favoráveis são
preservadas e as que apresentam mudanças desfavoráveis tendem a ser destruídas.
O homem é da família dos primatas, que inclui, entre outros, os macacos, e é de aparecimento
tardio na evolução, estando incluída a classe dos mamíferos.
Os primeiros mamíferos apareceram na Terra 90-50 milhões de anos atrás. Nesse período, os
mamíferos tiravam a sua alimentação das árvores altas, e assim tinham que desenvolver a agilidade e
destreza ocasionando em modificações que lhes permitissem a realizar estas tarefas, além de adotar a
postura ereta para a liberação dos membros superiores da locomoção, para a fabricação de objetos e
instrumentos de caça, além de aumentar o campo de visão. A postura ereta do homem só foi possível,
pelas modificações que surgiram na coluna. A cabeça teve que se equilibrar na porção superior da coluna
e, assim, permitir que os olhos pudessem ficar voltados para a frente; a cabeça e o tronco tiveram que se
equilibrar sobre os membros inferiores, por meio da cintura pélvica; e o corpo todo teve que se apoiar no
espaço ocupado pelas plantas dos pés, com isso modificando o centro de gravidade. Alguns autores
acreditam que a evolução da coluna vertebral, no homem, ainda não atingiu o estágio definitivo de sua
evolução.
Dessa forma, se todas as colunas vertebrais fossem anatomicamente idênticas, a postura normal
“idealizada” estaria correta quando uma linha de gravidade imaginária passasse pelos seguintes pontos:
- processo mastóide;
- ponto logo a frente das articulações do ombro;
- ponto logo atrás do centro das articulações do quadril;
- ponto logo a frente do centro das articulações do joelho;
- ponto logo a frente das articulações do tornozelo.
TRAUMATISMO:
Até certo ponto, as quedas e as colisões são inevitáveis, principalmente nos jovens. Pouco se sabe
sobre os efeitos a longo prazo sobre a coluna vertebral, quando de traumatismos.
O papel do traumatismo repetido é considerado como um fator importante no desenvolvimento de
problemas interarticulares da coluna vertebral, podendo também, causar microtraumas cujos sintomas
somente aparecerão num período mais tarde da vida.
DOENÇAS:
Algumas doenças, como a espondilite aquilosante, que começam caracteristicamente na
adolescência por razões ainda não claras, outras, como a artrite crônica juvenil e a tuberculose da coluna
vertebral, que são causadas por processos inflamatórios, podem causar sérios problemas de postura.
HÁBITOS DE POSTURA:
Qualquer postura sustentada apresenta implicações não saudáveis para o corpo.
POSIÇÃO SENTADA: A posição sentada prolongada é sem dúvida a menos saudável e uma das queixas
mais comuns de dores na coluna vertebral. No mundo industrializado de hoje, a tendência das pessoas é
passar a maior parte do dia sentadas. De qualquer maneira, no decorrer dos anos o corpo adapta-se a
qualquer postura que for utilizadas por longos períodos. Por esta razão, a postura sentada inadequada,
quando utilizada excessivamente, também influencia outras posturas, como a posição em pé.
POSIÇÃO EM PÉ: Quando ficamos em pé, a coluna varia de acordo com a maneira com que nos postamos.
A postura ortostática idealizada pode ser observada em poucos indivíduos se eles em pé por períodos
curtos, mas em períodos longos, como aguardando numa fila, as pessoas freqüentemente assumem
posturas assimétricas e longe de serem perfeitas.
POSIÇÃO DEITADA: As posições adotadas pelo indivíduo, na cama, também podem agravar ou aliviar
dores e problemas de coluna, principalmente. Uma posição que é inicialmente confortável, pode causar
dor se mantida por longo tempo. No geral, as posições que colocam as articulações em seu limite de
amplitude devem ser evitadas. Uma boa postura do pescoço durante o sono é extremamente importante
na prevenção dos distúrbios do pescoço.
IDADE:
Além da amplitude de movimentos gradualmente diminuir após os 25 anos, a coluna tem uma
capacidade impressionante de armazenar silenciosamente microtraumas antes que a dor seja percebida.
TIPOS DE EXAMES:
EXAME SUBJETIVO:
EXAME OBJETIVO:
ORDEM DE AVALIAÇÃO
1- Pés.
2- Joelhos.
3- Quadril.
4- Coluna.
5- Escápula.
6- Ombro.
7- Cabeça.
PÉS:
- Aduto – Projeção do Tendão de Aquiles para fora da linha média do corpo.
- Abduto – Projeção do Tendão de Aquiles para dentro da linha média do corpo.
- Equino – Calcanhar não encosta no chão, no momento em que fica na posição ortostática.
- Calcâneo – O ante-pé não encosta no chão, no momento em que se fica na posição ortostática.
- Varo – Projeção dos pés para fora da linha média do corpo.
- Valgo – Projeção dos pés para dentro da linha média do corpo.
- Plano – Perda parcial ou total da curvatura plantar do pé.
- Cavo – Aumento da plantar do pé.
JOELHOS:
- Varo ( genovaro ) – Projeção do joelho para fora da linha média do corpo.
- Valgo ( genovalgo ) – Projeção do joelho para dentro da linha média do corpo.
- Recurvato ( genorecurvato ) – Projeção do joelho para trás da linha de gravidade.
- Flexo ( genoflexo ) – Projeção do joelho para a frente da linha de gravidade.
QUADRIL:
- Desnivelamento – Linha imaginária formada pela união dos pontos ileo-cristais não paralela a
linha do solo.
- Antero-versão – Projeção do quadril para a frente da linha de gravidade.
- Retro-versão – Projeção do quadril para trás da linha de gravidade.
COLUNA:
- Escoliose simples – Apresenta uma única curvatura em uma das regiões da coluna vertebral.
- Escoliose total – Apresenta uma única curvatura ocupando mais de uma região da coluna
vertebral.
- Escoliose dupla – Apresenta duas curvaturas, uma em cada região da coluna vertebral.
- Escoliose tripla – Apresenta três curvaturas, uma em cada região da coluna vertebral.
- Hiperlordose lombar – Acentuação da curvatura da região lombar.
- Hiperlordose cervical – Acentuação da curvatura da região cervical.
- Hipercifose dorsal – Acentuação da curvatura da região dorsal.
- Costa plana – Diminuição ou inversão de quaisquer das curvaturas dos segmentos da coluna
vertebral.
ESCÁPULAS:
- Aladas – Projeção das escápulas para fora da linha média do corpo.
- Adutas – Projeção das escápulas para dentro da linha média do corpo.
OMBROS:
- Desnivelamento – Linha imaginária formada pela união dos pontos acromiais não paralela a
linha do solo.
- Antero-pulsão – Projeção dos ombros para a frente da linha de gravidade.
- Retro-pulsão – Projeção dos ombros para trás da linha de gravidade.
UNIDADE V
AVALIAÇÃO MOTORA
Dentro do conceito moderno de educação não podemos separar uma educação intelectual da
Educação Física. O processo educacional, iniciado praticamente por ocasião do nascimento, irá evoluir
durante toda a vida, influindo, através de conhecimentos e vivências, um modelo de homem. Um
indivíduo fisicamente educado mostra um aspecto de um cidadão que está efetivamente e totalmente
integrado na comunidade. Quando o objetivo da educação é atingindo, em todos os seus aspectos, o
resultado é uma pessoa liberalmente educada. Esta educação existe, por um progresso processual de
qualidade e de quantidade e se existe quantidade, pode ser medida.
Devemos lembrar que, se para efeito de medida, dividimos as qualidades educacionais em partes,
quando encerrado o processo analítico, juntarmos as partes para obter um todo, devemos esperar que
este todo seja mais que a soma das partes analisadas.
A meta é, pois, atingir a aptidão total. O ser apto, totalmente apto, reúne, na aquisição desta
aptidão, suficientes elementos que lhe permitam enfrentar e superar os problemas em todas as frentes:
física, mental, social, emocional, etc.
Somente com objetivos didáticos ou analíticos poderemos dividir esta aptidão global em partes e
mesmo subdividir estas partes. Torna-se necessário, contudo, ter sempre em vista que, na realidade, o
produto final será o ser integrado, total, resultante das influências adquiridas através dos estímulos
ambientais, emocionais, sociais, nutricionais, pelas vivências acumuladas em todas as esferas, agindo
estes fatores sobre uma carga genética pré-determinada.
AVALIAÇÃO MOTORA:
São passos a serem seguidos com a finalidade de se atingir o objetivo, que é a medição das
habilidades motoras.
- Determinar o objetivo do teste.
- Determinar as capacidades físicas que serão avaliadas.
- Critério para seleção e construção de testes.
- Confiabilidade.
- Validade.
- Objetividade.
- Viabilidade.
- Padronização.
- Normas.
- Discriminação.
- Ortogonalidade.
- Testadores treinados.
- Levantamento dos materiais e equipamentos disponíveis para a aplicação dos
testes.
- Determinar como será aplicada os testes. ( um dia ou dois dias ).
- Fazer um estudo piloto.
- Revisar o teste ou a bateria se necessário.
- Aplicar a bateria de testes.
- Elaborar um manual.
HABILIDADE MOTORA:
Conjunto de habilidades, inatas ou adquiridas, para realizar atos motores de natureza geral ou
fundamental. É formada por uma combinação de várias valências físicas ( força, potência, resistência
muscular, velocidade, agilidade, equilíbrio, flexibilidade, coordenação, percepção cinestésica, etc. ) que
dão ao homem condições de sobrevivência e o inter-relacionamento com os outros homens.
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO:
- Capacidade motora
- Percepção motora
- Educabilidade motora
- Aptidão motora
CAPACIDADE MOTORA
É a qualidade geral que indica o potencial de um indivíduo ou sua habilidade inata. Os fatores que
compõe a capacidade motora são passíveis de serem alterados coma a educação e não são ainda
totalmente reconhecidos e isolados.
PERCEPÇÃO MOTORA
Também conhecida como aprendizagem motora, é a capacidade do indivíduo em receber,
interpretar, analisar e reagir corretamente aos estímulos que sobre ele agem, externa ou internamente.
EDUCABILIDADE MOTORA
É a facilidade e a eficiência com que uma pessoa aprende a utilizar uma habilidade motora nova.
Relaciona-se altamente a fatores fisiológicos, sendo afetada pelo tamanho do corpo, constituição física e
maturidade.
APTIDÃO MOTORA
Também conhecida como habilidade motora, já mencionada anteriormente. É um mosaico
recebendo influência de vários lados ( força, agilidade, velocidade, etc. ), e por meio do desenvolvimento
destas qualidades é que o progresso motor geral poderá ocorrer e, devido a este aspecto de
multiplicidade de facetas, será medida através de baterias de testes.
UNIDADE VI
AVALIAÇÃO SOCIAL
O desenvolvimento social implica no grau de habilidade que um indivíduo desenvolve em seu contato
com os outros, ou seja o, o grau de sociabilidade de um indivíduo. Elementos como o desportismo, atitude
e apreciação fazem parte da personalidade global e do caráter da criança e contribuem para sua
realização social. A personalidade é o ponto de referência mais importante no julgamento do indivíduo.
Ela inclui a soma de todas as características e do comportamento do indivíduo, sua inteligência, seu
conhecimento, suas atitudes e interesses e suas respostas ao meio ambiente, bem como a sua interação
com o meio ambiente. O indivíduo bem ajustado se dá bem com os outros e tem um sentimento interno
de bem-estar, contentamento e satisfação.
COMENTÁRIO (ANEDOTÁRIO):
É um meio de registrar, de maneira objetiva, os incidentes reais de comportamento que ocorrem em
sua aula. A informação contida nestes relatórios podem contribuir bastante para a análise das
peculiaridades de conduta de certos alunos. Obviamente, o valor do registro aumenta com o número de
observações que forem registradas. Desta maneira, certas atitudes podem revelar padrões de
comportamento que darão ao professor maior conhecimento do aluno.
Como o programa de Educação Física da uma variedade de situações sociais, o registro anedótico
pode ser, no entanto, um instrumento de avaliação bastante útil quando usado apropriadamente.
Deve apresentar as seguintes características:
A anedota (comentário breve) deve ser registrada logo após o incidente. A demora pode levar a
inadequações e ao esquecimento de fatos pertinentes. A criança não deve saber que esta sendo
anotada.
Deve ser feito um relatório conciso e cuidadoso do comportamento da criança com um
comentário do professor.
Para que possa obter um válido “diário de comportamento”, as anedotas devem ser
continuamente registradas num determinado período de tempo.
O acontecimento deve ser registrado numa ficha a ser preenchida; ao menos duas vezes por
ano, um resumo dos comentários é aconselhável.
Exemplo:
06/03/03 – Hoje começou nossa unidade de handebol. José das Coves, muito pesado, foi
ridicularizado pela turma por não conseguir correr com a bola (drible). Logo após este episódio, José
pediu para se dispensado porque estava se sentindo enjoado. (José tem problema de obesidade e
também se sente inseguro quando tem que agir perante a turma.
SOCIOMETRIA:
É o método quantitativo de estudo de organização dos grupos, como meio que se tem para
apresentar de maneira simples e gráfica a estrutura completa de relações que existem num dado
momento entre os membros de um grupo. Quando novamente aplicados, permite ao professor notar
mudanças na situação do indivíduo e do grupo, apresentando, assim, evidência objetiva das mudanças de
comportamento concomitantes com a orientação e o manejo de aula.
Deve apresentar as seguintes características:
Ser baseado a partir de uma pergunta objetiva e específica.
Selecionar 3 nomes.
Ter certeza de execução, de uma escolha ser atendida e de dar sigilo na resposta.
Exemplo:
Com quem você mais gostaria de fazer a aula de educação física.
TAXIONOMIAS COGNITIVAS:
O criador de teste deve ser capaz de mostrar tanto o conteúdo quanto os níveis cognitivos incluídos
no teste. Caso contrário, não se pode saber ao certo se o teste é uma ferramenta de nível inicial avaliando
apenas os conhecimentos básicos de uma atividade ou se trata-se de um instrumento mais avançado
abrangendo alguns dos níveis mais elevados da taxionomia cognitiva , com a análise e a síntese de
conceitos de uma atividade esportiva.
TAXIONOMIA DE BLOOM:
Bloom et al, classificaram o domínio cognitivo em seis níveis: conhecimento, compreensão,
aplicação, análise, síntese e avaliação.
SÍNTESE: É o inverso da análise. Consiste em juntar as partes para recompor o todo. Novamente, a
sabedoria e o entendimento são as bases a partir das quais os fatos e as informações são combinados em
todos ou padrões, que são diferentes ou maiores do que qualquer parte única.
Os verbos utilizados para os testes de síntese são os seguintes; desenhar, integrar, formular,
propor, planejar, produzir, originar, sintetizar, desenvolver, modificar, combinar, estruturar. Os itens de
síntese testam a capacidade do aluno de juntar partes para formar um todo. O processo pode resultar em
um novo todo, logo, é um processo criativo.
Exemplo:
Qual conjunto de elementos combinados parece mais importante para o uso bem sucedido do plano
de rotação de cobertura de quadra no badminton?
A. Frente da mão forte, saque curto e desobstrução.
B. Movimentos rápidos, diálogo e execução.
C. Bom trabalho de pés e golpe de mão fechado.
D. Fôlego prolongado, prática e preseverança.
AVALIAÇÃO: É o nível mais elevado do domínio cognitivo de Bloom, já que é utilizado para formar
julgamentos a respeito do valor da informação disponível por meio de outros processos cognitivos.
Os verbos utilizados para testar a capacidade de avaliação são os seguintes; julgar, decidir,
comparar com um padrão, avaliar, argüir, validar, apreciar. Os itens de avaliação testam a capacidade de
se fazer julgamentos e tomar decisões.
Exemplo:
Você aceitou um desafio para uma partida de duplas mistas de badminton com os campeões da
cidade. Eles são bem conhecidos por sua destreza, perspicácia e consciência no jogo. Qual tipo de
cobertura de quadra seria prudente você selecionar para a melhor defesa?
A. Paralela.
B. Para cima e para trás.
C. Rotação.
D. Diagonal.
Espera-se, agora, que o professor possa ver como os testes são passíveis de penetrar nos vários
níveis de cognição dos alunos. A maioria dos testes provavelmente incluirá diversos itens avaliando a
facilidade com o conteúdo nos vários níveis da taxionomia. Nos testes para o nível iniciante em geral
predominam itens relativos ao conhecimento, à compreensão e à aplicação. Os testes intermediários e
avançados normalmente possuem menos itens nesses níveis, concentrando-se nos de analise, síntese e
avaliação. Quanto mais alto é o item na escala de taxionomia, mais difícil é elaborá-lo; a recompensa,
entretanto, é um teste melhor, com o qual se pode avaliar a cognição dos alunos.
EQUILÍBRIO DO CONTEÚDO:
O autor do teste deve relacionar as áreas de conhecimento a serem abrangidas e assinalar-lhes
certos pesos proporcionais no conteúdo geral. Esses pesos devem ser análogos aos de cada área
recebidos no trabalho instrucional.
Os equilíbrios sugeridos de conteúdo modificam-se de unidade em unidade e de atividade em
atividade. Na maioria dos casos, no entanto, as regras e a terminologia devem constituir não mais do que
um quarto do valor da pontuação do teste total. A ênfase deve estar na execução das habilidades e em
como aplicá-las. Alguns conceitos básicos a respeito dos equipamentos, aspectos históricos da atividade e
termos especiais parecem apropriados. Em algumas atividades, a segurança é um aspecto importante e é
digna de alguma ênfase de conteúdo em um teste.
O formato de múltipla escolha apresenta diversas formas. Uma é a forma de resposta correta, na qual
uma está correta e as outras, embora plausíveis, são definitivamente incorretas. As questões sobre regras
em geral, possuem esse formato, já que elas são afirmações de fatos e dessa forma não são discutíveis.
EXEMPLO:
O time de voleibol A saca no início da partida. O time B saca no início do segundo set. O resultado está
empatado em 1 set a 1. Qual time saca primeiro no set final da partida?
A. O time que primeiro sacou no primeiro set.
B. O time que venceu o segundo set.
C. Decidido por cara ou coroa.
D. O time visitante.
Uma outra variação é a questão de múltipla escolha com a melhor resposta. Nessa questão, uma escolha
é definitivamente preferível; as outras alternativas possuem um grau de acerto, porém não são as
melhores respostas. Perguntas sobre estratégias e técnicas de habilidade são apropriadas para esse
formato, já que é necessário um julgamento para se selecionar a melhor resposta.
EXEMPLO:
Qual é o fator mais importante ao se determinar a altura e a distância do vôo de uma bola de golfe?
A. O comprimento do cabo do taco.
B. O ângulo da face do taco.
C. O peso da cabeça do taco.
D. A força do jogador.
Você está posicionado atrás de seu parceiro de dupla de raquetebol, o qual oscila na direção da bola e a
perde. Ambos, os seus oponentes estão na parte de frente da quadra. Qual batida você deve utilizar?
A. Batida fulminante.
B. Passe cruzado na quadra.
C. Batida na parede de trás para um dos cantos.
D. Batida no teto.
O sistema de aglomeração, uma variação do formato de múltipla escolha com melhor resposta, é útil
para questões de análise e síntese que envolvem combinações de fatores.
EXEMPLO:
Qual combinação de elementos uma pessoa deve ter para ser considerada condicionada?
A. Agilidade.
B. Força.
C. Flexibilidade.
D. Perda de peso.
E. Resistência muscular.
F. Rápida recuperação da freqüência cardíaca.
G. Aumento do volume muscular.
H. Diminuição da freqüência cardíaca.
1. A, B, C, D
2. B, D, F, G
3. C, E, F, H
4. D, E, G, H
Em quais habilidades um jogador de voleibol irá melhorar a eficiência por meio do salto?
A. Defesa.
B. Voleio ofensivo.
C. Cortada.
D. Saque por cima da cabeça.
E. Bloqueio.
1. A, B, D, E
2. B, C, D
3. A, B, E
4. A, B
QUESTÕES DE EMPARELHAMENTO:
Os itens de emparelhamento são úteis para se avaliar conhecimento de definições, personalidades e
regras. Muitas variações são possíveis em questões de emparelhamento, incluindo as seguinte:
a) emparelhamentos perfeitos possuem o mesmo número de respostas e de itens a serem
emparelhados. Essa prática não é recomendada, já que algumas respostas podem ser
determinadas pelo processo de eliminação.
b) Emparelhamentos imperfeitos possuem mais alternativas do que o necessário. Pelo menos duas
alternativas extras devem ser incluídas.
c) Emparelhamentos múltiplos possuem duas colunas de respostas, e cada item a ser emparelhado
deve ser respondido por uma resposta de cada coluna.
As questões de emparelhamento devem ser homogêneas no conteúdo. Os termos não devem ser
misturados com as personalidades na mesma questão. É melhor ter duas seções curtas de
emparelhamento do que uma longa contendo uma mistura de conteúdos.
As questões de emparelhamento provavelmente medem apenas a memória em contraste com a
compreensão e o entendimento.
As questões de emparelhamento provavelmente incluem dicas para as respostas corretas.
A coluna de respostas deve ser organizada em uma ordem sistemática, como a alfabética ou a
cronológica.
Todas as partes da questão devem estar em uma página.
As questões de emparelhamento incluem pelo menos cinco e não mais do que quinze itens.
As respostas devem ficar na coluna à direita.
Deveriam ser incluídas pelo menos duas respostas plausíveis para cada pergunta na coluna de
respostas.
EXEMPLO:
Emparelhe (correlacione) cada item com a melhor definição. Indique a letra da resposta correta no
primeiro conjunto de espaços em branco no formulário de respostas.
1. Para baixo. A. Um golpe que faz com que seja possível uma rebatida.
2. Dentro. B. Saque perdido pelo primeiro sacador em duplas.
3. Fulminante. C. O lado de recepção.
4. Um para baixo. D. Uma falta.
5. Fora. E. Um golpe que inicia cada rally.
6. Saque. F. Um lançamento por cima.
G. Peteca.
H. O lado de saque.
I. A grande área de saque.
J. Perda de saque pela falha do lado de saque para pontuação.
CLASSIFICAÇÃO:
A classificação é um tipo de questão de emparelhamento, porém, com menos alternativas. Uma
alternativa pode ser utilizada de uma vez. Os testes de classificação se prestam à avaliação da capacidade
de organizar informações e entender a relação de informações simples com conceitos abrangentes.
Situação Regras
1. O time B saca. Os jogadores de meio de A. Ponto.
rede de ambos os times saltam para alcançar B. Bola fora.
a bola, e esta é segura simultaneamente. C. Falta dupla.
Qual é o procedimento correto, de acordo D. O jogo continua.
com as regras?
REAGRUPAMENTO:
As questões de reagrupamento enfatizam a ordem. A seqüência de execução de uma habilidade e a
ordem cronológica de eventos esportivos são exemplos de conteúdos apropriados para testes de
reagrupamento.
Os itens devem ser fornecidos bem fora de ordem.
A ordem não revelada de cada teste não deve seguir nenhum padrão.
É preciso cuidado ao pontuar as decisões, já que uma escolha incorreta da primeira resposta
pode fazer com que as respostas seguintes fiquem incorretas, embora em uma ordem lógica.
Provavelmente cada questão apresentará apenas um único valor. Qualquer erro na seqüência
significa uma questão perdida. Se a seqüência de uma questão com cinco partes é marcada com
cinco pontos, os pesos no equilíbrio do conteúdo estão provavelmente distorcidos.
EXEMPLO:
Os itens devem ser ordenados de maneira lógica. É recomendado que você comece um teste
com vários itens fáceis, os quais a maioria dos avaliados provavelmente responderá
corretamente. Isso tende a dar confiança aos alunos, e é um bom ponto de partida.
O teste deve ser digitado, revisado e reproduzido com cuidado.
Deve ser deixado um espaço duplo entre as questões.
Todas as partes de uma questão devem ficar na mesma página do texto.
O texto deve ter um título.
Devem ser colocadas instruções para o preenchimento das questões de forma cuidadosa e por
todo o papel do teste.
DURAÇÃO DO TESTE:
Os especialistas descobriram que os testes longos tendem a ser mais fidedignos do que os curtos.
Dessa forma, o número de questões do teste deve ser suficiente para assegurar algum grau de
fidedignidade, porém, não é preciso que haja questões demais a ponto de poucos alunos conseguirem
completar o teste no tempo determinado. Uma boa norma prática são 50 questões, sobretudo se a
maioria delas compõe-se de testes de múltipla escolha. Estima-se que, em média, os testes requerem 45
segundos para serem resolvidos. Dessa forma, um teste de múltipla escolha com 50 questões leva de 35
a 40 minutos para ser revolvido. Os testes de respostas alternativas requerem cerca de 30 segundos
cada.
CONTEÚDO:
O equilíbrio do conteúdo para um teste dissertativo deve ser semelhante ao de um teste objetivo.
Deve-se assemelhar às ênfases dadas aos vários aspectos do conteúdo durante a instrução. É provável,
no entanto, que o conteúdo nos níveis do conhecimento, da compreensão, da aplicação e da análise
possam ser medidos de forma mais eficiente por um formato objetivo. Nos níveis cognitivos mais
elevados da taxionomia, o formato dissertativo é especialmente útil.
TIPOS DE QUESTÕES:
COMPLETAR:
A questão de completar requer uma resposta de duas a três palavras na maioria das vezes. As
respostas mais longas resultam em uma nota menos objetiva e requer mais tempo para ser determinada.
Eis algumas sugestões para se escrever boas questões de completar:
Omita apenas palavras básicas significativas.
Inclua apenas um ou dois espaços em branco em qualquer afirmativa.
Posicione o(s) espaço(s) em branco próximo(s) do fim da afirmação.
EXEMPLO:
1. Escreva com suas próprias palavras a regra para uma passada faltosa no tênis.
Defina claramente o propósito da pergunta, utilizando verbos específicos. Discutir e explicar são
freqüentemente genéricos demais e não ajudam o estudante a entender o tratamento exato da
informação desejada.
Indique o valor da pontuação de cada pergunta para ajudar o aluno a entender a profundidade
do tratamento desejado.
Prepare o código de respostas cuidadosamente antes de administrar o teste. Essa preparação às
vezes pode lhe ajudar a identificar a resposta esperada
Inclua várias perguntas mais breves, em vez de apenas um ou dois itens longos.
Dê a todos os estudantes os mesmos itens. Se as notas devem ser utilizadas para comparar os
desempenhos dos estudantes, não devem ser permitidas escolhas, ou seja, não diga “responda
duas questões quaisquer das cinco seguintes”.
Estabeleça as regras gerais. O tamanho aproximado é útil e está normalmente correlacionado
com o valor da pontuação de cada item. Por exemplo: “Em não mais do que um parágrafo” ou
“Use meia página para”. Esclareça se a ortografia, a caligrafia e a gramática serão consideradas
na avaliação.
Avalie os testes de forma anônima, se possível.
Corrija uma questão de todos os estudantes antes de passar para a seguinte.
EXEMPLO:
1. Resuma os fatores que você consideraria na análise do seu saque de tênis caso ele fosse
constantemente longo. Reuna pelo menos cinco fatores. (5 pontos).
2. Explique a diferença entre uma quadra de tênis de superfície rápida e uma de superfície lenta, em
relação à jogada da bola especificamente e ao jogo em geral. Reuna pelo menos quatro fatores
relacionados a cada tipo de superfície. (6 pontos).
UNIDADE VIII
AVALIAÇÃO NOS DESVIOS DA NORMALIDADE
Os resultados da avaliação servirão como referenciais para a tomada de decisões de natureza
pedagógica. Após o dimensionamento das verdadeiras necessidades dos alunos e do conhecimento das
variáveis que dificultam ou facilitam sua aprendizagem, deve-se planejar o atendimento especializado,
não necessariamente em classes especiais. Ressalta-se que, em se tratando do processo ensino-
aprendizagem, a avaliação não pode ficar restrita ao aluno. Deve incluir o contexto, o professor, a
metodologia adotada, o ambiente familiar e o da escola. A metodologia e os procedimentos de avaliação
seguem os mesmos critérios utilizados em avaliações comuns.
TIPOS DE AVALIAÇÃO:
DIAGNÓSTICA: é um processo abrangente que identifica pontos fortes e fracos, a fim de determinar o
posicionamento e a intervenção apropriados.
FORMATIVA: são aquelas que ocorrem enquanto habilidades, conhecimentos e/ou atitudes estão
sendo formadas, e não ao final do programa.
SOMATIVA: são aquelas conduzidas ao término (soma) de um programa identificado.
ALEGRE, A. D. A avaliação em Educação Física: ação docente nas escolas oficiais de primeiro grau.
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