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PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO
1ª Edição
Indaial - 2022
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
S914a
ISBN 978-65-5646-368-1
ISBN Digital 978-65-5646-369-8
1. Prescrição do treinamento. - Brasil. II. Centro Universitário
Leonardo da Vinci.
CDD 796
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Princípios Gerais Da Avaliação E Da Prescrição
De Exercícios..................................................................................7
CAPÍTULO 2
Medidas E Avaliação.....................................................................39
CAPÍTULO 3
Prescrição Do Treinamento.......................................................81
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)!
Bons estudos!
C APÍTULO 1
PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Este primeiro capítulo será introdutório e servirá de base para que nos
aprofundemos na temática de avaliação física e prescrição de exercícios nos
próximos. A seguir, alguns conceitos introdutórios, tais como testar, medir, avaliar,
recomendar e prescrever, serão detalhados. Ao diferenciá-los, você perceberá
como a execução de cada um deles poderá contribuir e otimizar a sua prática
profissional.
2 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Ao longo dos estudos, você já deve ter se deparado com uma série de
palavras que costumam ser utilizadas com o mesmo significado. No entanto,
se estudarmos a fundo, cada um desses termos possui conceitos distintos e
corriqueiramente são aplicados de forma errônea. Na prática profissional na
área de Educação Física, existem alguns processos inerentes à nossa atuação,
dentre eles: testar, medir, avaliar, recomendar e prescrever. Você sabe qual é
a diferença entre eles? É importante que saibamos diferenciar o que cada um
desses procedimentos representa, pois os resultados de cada um deles serão
determinantes para o planejamento das estratégias de atuação. O Quadro 1
apresenta as diferenças conceituais de testar, medir e avaliar.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
FONTE: A autora.
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
3 AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE
SAÚDE E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Nesta seção, apresentaremos as diretrizes para a triagem e classificação do
risco de pré-participação a programas de exercício físico. Antes de iniciar qualquer
proposta, o profissional de educação física responsável por ela precisa conhecer os
candidatos à participação e identificar possíveis preditores de eventos adversos. Isso
porque o exercício físico pode elevar de maneira aguda e transitoriamente o risco de
morte cardíaca súbita e de infarto agudo do miocárdio (ACSM, 2007). Tipicamente,
tal prática não promove eventos cardiovasculares adversos. No entanto, a maioria
das pessoas não está ciente do seu risco de doença cardiovascular ou de outras
condições que podem ser afetadas pelo treinamento.
3.1 ANAMNESE
A primeira abordagem ao indivíduo que procura um profissional de educação
física deve ser iniciada no sentido de conhecer o histórico de saúde pessoal,
sinais e sintomas de doenças e características do estilo de vida da pessoa. Além
disso, as expectativas quanto à prática de exercícios físicos também devem ser
verificadas. Isso pode se dar por meio de uma anamnese, que é uma ficha com
tais informações.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
DESAFIO
Procure uma anamnese na internet. Analise-a e destaque os
pontos que você julga positivo. Aponte também aquilo que você
mudaria (retiraria ou inseriria). Esse exercício, além de familiarizar
você com esse tipo de instrumento, estimula a criticidade e a
criatividade para aproveitar aquilo que já existe de uma forma
otimizada a favor dos seus ideais.
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
Além disso, não há como aplicar testes de esforço para prevenir ou predizer
eventos cardiovasculares em praticantes assintomáticos. A opção pela não
liberação para a prática de atividade física deve ser feita quando a anamnese
contiver muitos relatos de saúde importantes, quando os instrumentos de
prontidão para a prática de exercício físico obtiverem respostas positivas ou
quando o risco de eventos cardiovasculares estiver classificado como moderado
ou alto. Nesses casos, a conduta do profissional de educação física deve ser a de
não iniciar as atividades até que seja apresentado atestado médico para tal, bem
como a construção de um planejamento cauteloso e específico para o indivíduo. A
sua segurança e a dos participantes, tanto física como legal, precisam sempre ser
garantidas e priorizadas.
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
avaliações, é amplamente aceito que isso seja feito. Essa pode ser uma garantia
útil a você, ao participante e ao estabelecimento onde essas avaliações serão
realizadas (por exemplo, na academia). Ele deve ser assinado antes da realização
dos testes e medidas. Dentre os aspectos que ele pode abordar, destaca-se:
• os objetivos da avaliação;
• a finalidade e explicação do desenvolvimento do teste;
• os riscos e desconfortos inerentes aos testes aplicados e como eles
podem ser minimizados;
• a informação de que o participante está ciente dos procedimentos e que
aceita, por livre e espontânea vontade, a realização;
• quais os benefícios esperados dessa avaliação;
• deve-se assegurar a confidencialidade dos resultados e garantir o
recebimento de uma cópia;
• para crianças e adolescentes, é necessária a autorização formal do
responsável legal.
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
4 ELEMENTOS E PRINCÍPIOS DA
PRESCRIÇÃO
Os benefícios do exercício físico já foram amplamente discutidos na literatura
nacional e internacional. Uma campanha lançada pelo ACSM em parceria com
a Associação Médica Americana (AMA) no ano de 2007 viralizou a expressão
“Exercício é remédio”. A ideia era tornar a avaliação e a promoção da atividade
física em um padrão de cuidados clínicos e avançar na implementação de
estratégias da atividade física baseada em evidência para promoção de saúde,
prevenção e tratamento de doenças crônicas. É sabido que o exercício físico
complementa e pode substituir, em parte, intervenções médicas tradicionais, além
de reduzir ou eliminar a necessidade de medicação.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
• F – frequência;
• I – intensidade;
• T – tempo;
• T – tipo;
• V – volume;
• P – progressão.
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
• Individualidade biológica
Além disso, cada pessoa tem um teto genético que limita o aperfeiçoamento.
Essa é a capacidade biotipológica, que é composta do fenótipo e genótipo. O
genótipo é o responsável pelo potencial do indivíduo. Isso inclui fatores como
composição corporal, biótipo, altura máxima esperada, força máxima possível,
percentual de fibras musculares dos diferentes tipos, entre outros. Já o fenótipo
responde pela evolução das capacidades envolvidas no genótipo. Nele, inclui-se
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
• Adaptação
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
• Sobrecarga
• Interdependência volume-intensidade
• Reversibilidade
• Especificidade
É esse princípio que explica por que um campeão de ciclismo não tem,
necessariamente, um grande desempenho em uma corrida ou em uma prova de
natação. Então, pensando em uma determinada modalidade, pressupõem-se que
o treinamento utilizado para o aprendizado e o desenvolvimento dos respectivos
gestos específicos deva ser priorizado.
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
Reflita
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, você viu que:
Até lá!
REFERÊNCIAS
ACSM. Diretrizes do ACSM para teste de esforço e prescrição. 8.
ed. Filadélfia: Lippincott Williams & Wilkins, 2010.
ACSM. Exercise and acute cardiovascular events: placing the risks into
perspective – a scientific statement from the American Heart Association Council
on Nutrition, Physical Activity, and Metabolism and the Council on Clinical
Cardiology. Circulation, v. 115, n. 17, p. 2358-2368, 2007.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 1 PRINCÍPIOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
STRAIN, T. et al. Use of the prevented fraction for the population to determine
deaths averted by existing prevalence of physical activity: a descriptive study. The
Lancet Global Health, v. 8, n. 7, p. e920-e930, 2020.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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C APÍTULO 2
MEDIDAS E AVALIAÇÃO
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Depois de identificar limitações ou restrições associadas à saúde e
determinar os objetivos do aluno com a prática de exercícios, chegou a hora de
realizar a avaliação do condicionamento físico. Portanto, este segundo capítulo
será destinado para a compreensão das medidas e avaliações que podem ser
utilizadas para tal.
Para isso, você contará com uma breve contextualização dos conceitos
básicos relacionados à cineantropometria, antropometria, validade,
reprodutibilidade e objetividade. Ainda, será apresentada a classificação dos tipos
e formas de avaliação. Além disso, aspectos sobre a validade, reprodutibilidade e
especificidade e critérios de qualidade de instrumentos serão detalhados.
2 CONCEITOS
Em todas as áreas de atuação dos profissionais de educação física, é
necessária a adoção de estratégias para averiguar se a proposta de trabalho
está atingindo os objetivos almejados. Para isso, são consideradas algumas
técnicas de medidas e avaliações. Aspectos relacionados às tais técnicas são
historicamente antigos, ainda que, com o passar dos anos, as formas e os critérios
de avaliação tenham se modernizado e sofrido aperfeiçoamento teórico. Nesse
sentido, inúmeros termos relacionados às medidas e avaliações têm surgido,
dentre eles: a antropometria e a cineantropometria.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
FONTE: A autora
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
Na prática, você deve ter clareza do que quer avaliar. A partir disso, você
deverá procurar testes específicos para tal finalidade. Os testes que são validados
costumam ser divulgados em formato de artigo científico e publicados em
periódicos de qualidade. Além disso, você pode buscar por referências que já
tenham aplicado o instrumento que você está considerando. Isso permitirá a você
ter um norte/modelo de como proceder, além de ter resultados semelhantes para
comparar com aqueles que coletou.
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
( ) Avaliação diagnóstica.
( ) Avaliação formativa.
( ) Avaliação somativa.
3 ANTROPOMETRIA
As medidas e avaliações são um universo complexo, sendo possível realizar
diferentes tipos de avaliação, entre elas a do crescimento físico. Para tal, recorre-
se às medidas antropométricas, que possuem especificidades em cada uma
delas. Precisaríamos de um livro inteiro muito maior que este para que todas as
possibilidades de tais medidas fossem abordadas. Ademais, haveria inúmeros
outros detalhamentos que seria oportuno realizar, como a apresentação e
caracterização dos instrumentos utilizados nos procedimentos, descrição e análise
de pontos anatômicos e outros mais. Como isso não é possível, estudaremos aqui
requisitos básicos para a obtenção dessas medidas, mas recomendo fortemente
que, caso seja de seu desejo especializar-se nessa temática, utilize mais fontes
de conhecimentos, como livros, artigos científicos, vídeos e cursos indicados ao
longo do capítulo para aprofundar-se nessa temática.
Existem dois perfis gerais adotados pela International Society for the
Advancement of Kinanthropometry (ISAK) para a avaliação física: o restrito (ou
curto) e o completo. O perfil restrito é composto de 17 variáveis, já o completo
inclui mais 25, totalizando 42 medidas. Além da massa corporal e estatura, o perfil
restrito considera dobras cutâneas, perímetros e diâmetros, enquanto o completo
inclui também alguns comprimentos (STEWART et al., 2011). Veja, nos Quadros 1
e 2, as variáveis que compões os perfis supracitados.
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
FONTE: <https://www.isak.global/Home/Index>.
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
Referências anatômicas
Ao programar uma avaliação física, você definirá as medidas
que deseja obter e preparar o protocolo que aplicará. Em seguida, já
com o avaliado, é preciso que você faça marcações de alguns pontos
anatômicos no corpo do avaliado. Eles servirão de referência para
a realização das medidas em seguida. Para isso, há uma série de
dicas e orientações que você deve seguir, que variam de acordo com
o autor do protocolo. Portanto, é preciso que você decida qual deles
você vai seguir e adote as medidas necessárias. Lembre-se sempre
de que a qualidade dos resultados é produto da qualidade do método
de avaliação.
3.1 ESTATURA
É a distância perpendicular entre os planos transversais que passam pelo
vértex (ponto superior da cabeça) e pela base inferior dos pés (solo) (SILVA et al.,
2021). É utilizada principalmente com a finalidade de acompanhar o crescimento
corporal e o desenvolvimento dos indivíduos. Costuma ser o maior indicador do
desenvolvimento corporal e do comprimento ósseo e pode também contribuir para
o diagnóstico de doenças, do estado nutricional e para a seleção de atletas. Para
a mensuração, é possível utilizar estadiômetro com cursor, paquímetro ou fita
métrica metálica adaptada com hastes. No entanto, as medidas realizadas por
esses diferentes instrumentos deverão apresentar valores semelhantes.
• Fique atento para que o avaliado não encolha o corpo quando o cursor
tocar em sua cabeça.
• Observe e tome nota do horário em que se realizou tal medida, pois
podem variar ao longo do dia, em razão de que a gravidade comprime
os discos vertebrais. O ideal é que as avaliações aconteçam sempre no
mesmo período do dia.
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
• Peça para que o avaliado não utilize cremes ou óleos corporais antes da
avaliação.
• Faça marcações no corpo do avaliado, utilizando caneta esferográfica
ou lápis dermatográfico, para lhe ajudar na localização dos pontos de
referência.
• Utilize preferencialmente o lado direito do corpo, ainda que o avaliado
seja canhoto. Realize todas as medidas no mesmo lado.
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
• Tríceps
• Subescapular
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
• Bíceps
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
• Crista ilíaca
• Supraespinhal
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
• Abdominal
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
• Coxa anterior
• Panturrilha medial
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
3.4 PERÍMETROS
Os perímetros são medidas circulares de segmentos do corpo, mensuradas
a partir do plano horizontal e perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo
(NORTON; ESTON, 2018). Os perímetros podem ser úteis para monitorar o
crescimento corporal e informar sobre o estado nutricional e os níveis de gordura.
Ademais, elas podem ser interpretadas sozinhas ou combinadas com as dobras
cutâneas do mesmo segmento do corpo, a fim de estimar a densidade corporal de
forma indireta.
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
• Braço relaxado
• Braço contraído
• Cintura
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
• Quadril
• Panturrilha
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
3.5 DIÂMETROS
Os diâmetros são definidos como a distância entre as proeminências ósseas
definidas por meio de pontos anatômicos (NORTON; ESTON, 2018). Pode-
se afirmar que são medidas transversais, com características lineares que são
realizadas no sentido horizontal. Para estabelecer tais medidas, são utilizados
paquímetros.
• Biepicondilar do fêmur
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
• Biepicondilar do úmero
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
( a ) Estatura. ( ) Adipômetro.
( b ) Massa corporal. ( ) Fita antropométrica.
( c ) Dobras cutâneas. ( ) Paquímetro.
( d ) Perímetros. ( ) Estadiômetro.
( e ) Diâmetros. ( ) Balança.
R.:____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
DESAFIO
Encontre familiares e amigos e convide-os para realizar uma
avaliação antropométrica no perfil restrito, conforme estudamos.
Lembre-se de seguir todos os passos, anotar os resultados e as suas
dúvidas. Você poderá, ao final, procurar elementos na web e com o
seu tutor para avaliar o seu desempenho e os pontos em que pode
melhorar.
4 COMPOSIÇÃO CORPORAL
O estudo da composição corporal tem como objetivo a quantificação dos
componentes do corpo humano, bem como as relações entre cada um deles
(SILVA et al., 2021). A quantidade absoluta e proporcional de diferentes tipos de
tecidos para o peso corporal total é o produto dessa avaliação. O tecido adiposo,
músculos, ossos, sangue, órgãos vitais e toda a água distribuída pelo organismo
somam a massa total ou peso corporal, porém cada tecido tem sua composição
específica.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
• Bioimpedância elétrica
• Ultrassonografia
• Antropometria
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
5 TESTES FÍSICOS
Para dar continuidade à avaliação dos demais componentes da aptidão
física, é preciso que realizemos testes físicos. No acervo nacional e internacional,
é possível encontrar uma infinidade de baterias de testes, sendo elas compostas
de, no mínimo, três ou quatro itens, quando se trata de componentes associados à
aptidão física relacionada à saúde, e de seis a oito quando envolver componentes
em termos do desempenho atlético. No que condiz aos testes que envolvem
os componentes da aptidão física relacionada à saúde, aponta-se que eles
representam um importante papel na prevenção, na conservação e na melhoria
da capacidade funcional das pessoas.
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
ser considerada válida, será utilizada como força máxima a maior carga levantada
em uma tentativa, sem auxílio dos avaliadores, dentre as três tentativas.
• Resistência abdominal
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
5.3 FLEXIBILIDADE
É a capacidade máxima de mover uma articulação por uma variação de
movimentos, como de uma posição de extensão para flexão ou vice-versa. Os
testes mais comuns são o de sentar e alcançar e o de mobilidade dos ombros.
• Sentar e alcançar
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
DESAFIO
Imagine um indivíduo procurando você para iniciar um programa
de exercício físico. Monte uma ficha de avaliação, estipulando a
idade do aluno e o objetivo almejado e justificando a escolha dos
testes.
Entrevista
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, você viu que:
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
REFERÊNCIAS
ACSM. Recursos do ACSM para o personal trainer. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011.
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Capítulo 2 MEDIDAS E AVALIAÇÃO
SIRI, W. E. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods.
1956. Nutrition, v. 9, n. 5, p. 480-491, 1993.
WELLS, K. F.; DILLON, E. K. The sit and reach: a test of back and leg flexibility.
Research Quarterly. American Association for Health, Physical Education and
Recreation, v. 23, n. 1, p. 115-118, 1952.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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C APÍTULO 3
PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo, abordaremos aspectos relacionados à prescrição de exercício.
O planejamento de um treinamento requer uma série de processos que vão desde
a organização da sessão de treino até a montagem da periodização. Nesta seção,
você encontrará suporte para realizar a prescrição de exercícios para a aptidão
cardiorrespiratória, aptidão muscular e flexibilidade, além de insights para ir além.
83
Avaliação Física e Prescrição de Exercício
É bom lembrar que somos todos seres únicos e complexos e que nada no
nosso corpo pode ser seccionado das demais esferas. Mas pensando em um
programa de treinamento regular para a maioria dos adultos, deve-se incluir
uma variedade de exercícios, além das atividades realizadas como parte da
vida cotidiana. Por isso, é usual que se direcione os componentes da aptidão
física relacionados com a saúde, que são o condicionamento cardiorrespiratório
(aeróbico), muscular (força e resistência), flexibilidade e o condicionamento
neuromotor (ACSM, 2014). No capítulo anterior, aprendemos como avaliar cada
uma dessas valências. Agora, chegou a hora de estudarmos como podemos
prescrever exercícios para melhorá-las.
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
2.1 PRESCRIÇÃO DE
EXERCÍCIOS PARA A APTIDÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
Você já sabe que a aptidão cardiorrespiratória ou aeróbia denota a
capacidade individual de realizar exercício físico dinâmico, com duração
prologada, em uma intensidade moderada a vigorosa. Além disso, sabe que o
VO2max é um componente da aptidão física adotado pela maioria dos profissionais
para quantificar essa aptidão. Agora, veja as diretrizes do ACSM (2014) para a
prescrição de exercícios aeróbios, baseadas em evidência nível A (ou seja, com
amplo e conciso suporte teórico), de acordo com o princípio FITT-VP.
• Frequência
• Intensidade
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
mais alto obtido durante o exercício máximo/pico ou pode ser estimado a partir do
teste de esforço submáximo. Veja na figura abaixo um resumo.
FONTE: A autora
Outra estratégia que pode ser utilizada são as medidas de esforço percebido.
Para as atividades aeróbias, a escala de Borg de percepção subjetiva de esforço
costuma ser utilizada (BORG, 1982). No entanto, esses métodos foram validados
para vários marcadores psicológicos, porém a evidência não é suficiente para
apoiar o uso como um método primário para a prescrição da intensidade do
exercício, mas para modular ou refinar a intensidade prescrita de exercício. Tal
escala possui boa correlação com marcadores de intensidade de exercício, como
lactato sanguíneo e consumo de oxigênio, mas ela precisa que os indivíduos
estejam familiarizados anteriormente com o seu uso.
Outra vantagem da escala de PSE é que ela é simples de usar, leva apenas
alguns segundos e custa pouco. Além disso, a prescrição do exercício com base
na PSE é particularmente útil para os indivíduos que utilizam medicamentos que
afetam a frequência cardíaca e que tenham doença crônica, como diabetes,
condições de saúde ou doença cardiovascular aterosclerótica que altera a
resposta da FC ao exercício (GARBER et al., 2011). Apesar de possuir várias
vantagens, a escala de PSE também apresenta limitações e problemas. Desse
modo, a medida da PSE deve ser evitada como método principal para a prescrição
da intensidade de exercício, podendo ser usada conjuntamente a medida de FC
para essa estimativa.
87
Avaliação Física e Prescrição de Exercício
• Tempo
A maioria dos adultos deve acumular 30 a 60 minutos por dia (somando ≥150
minutos por semana) de exercício de intensidade moderada ou 20 a 60 minutos
por dia (somando ≥ 75 minutos por semana) de exercício de intensidade vigorosa.
Essa quantidade recomendada de exercício pode ser acumulada em uma sessão
de exercício contínua ou em sessões ≥10 min ao longo do período de um dia.
• Tipo
• Volume
88
Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
• Progresso
INDO ALÉM...
O treinamento intervalado de alta intensidade é uma modalidade
que tem sido amplamente estudada e divulgada para a população em
geral devido aos seus efeitos positivos na aptidão cardiorrespiratória
e na composição corporal. Você pode saber mais sobre a temática
conferindo o estudo abaixo:
89
Avaliação Física e Prescrição de Exercício
2.2 PRESCRIÇÃO DE
EXERCÍCIOS PARA A APTIDÃO
MÚSCULOESQUELÉTICA
A prescrição de exercícios contra resistência deve ser dedicada para a
melhora do desenvolvimento muscular. A força está relacionada à capacidade
de exercer tensão muscular contra uma resistência, superando, sustentando ou
cedendo a ela. Já a resistência muscular localizada é a capacidade de um grupo
muscular realizar contrações repetidas contra uma carga ou manter a contração
por um período prolongado.
• Frequência
• Intensidade
90
Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
• Tempo
• Tipo
91
Avaliação Física e Prescrição de Exercício
• Volume
Cada grupo muscular deve ser treinado por um total de duas a quatro
séries. Essas séries podem ser derivadas a partir do mesmo exercício ou de uma
combinação de exercícios que afetam o mesmo grupo muscular. Um intervalo de
descanso razoável entre as séries é de dois a três minutos.
Cada série deve ser realizada até o ponto da fadiga muscular, mas não da
insuficiência, porque exercitar os músculos até o ponto da insuficiência aumenta
a probabilidade de lesão ou de dor muscular tardia, particularmente entre
os novatos. Se o objetivo do programa de treinamento contra resistência for
principalmente a melhora da RML (e não da força e da massa muscular), deve ser
realizada uma quantidade maior de repetições, de 15 a 25 por série, em conjunto
com intervalos de descanso mais curtos e menos séries.
92
Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
• Progressão
93
Avaliação Física e Prescrição de Exercício
• Frequência
• Intensidade
• Duração
• Tipo
94
Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
• Volume
• Progressão
95
Avaliação Física e Prescrição de Exercício
O ACSM (2014) recomenda a prescrição de dois a três dias por semana para
idosos e com possíveis benefícios para adultos jovens. A duração e a quantidade
de repetições desses exercícios não são bem conhecidas. Contudo, as rotinas de
exercício funcional com duração entre 20 e 30 minutos por sessão, somando 60
minutos por semana, parecem ser efetivas. Outros aspectos da prescrição – como
volume, progresso etc. – ainda precisam ser determinados.
96
Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
3 FASES DA ORGANIZAÇÃO DO
TREINAMENTO
Uma prescrição de exercícios é composta de uma sequência de sessões de
treinamento. Cada sessão, independentemente da valência escolhida, inclui três
fases (ACSM, 2014). Veja, na figura abaixo, essa divisão.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
FONTE: A autora
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
Façamos uma atividade: pense e escreva o que você pensa sobre exercícios
dinâmicos versus estáticos; multiarticulares versus uniarticulares; unilaterais
versus bilaterais. Agora, veja o quadro abaixo e compare com aquilo que você
havia elaborado. Como ficou? Há semelhanças?
Fato é que não há certo ou errado. Há diferentes formas que podem ser
utilizadas para diferentes fins. Pensando na saúde em geral, a variabilidade
sempre será bem-vinda, uma vez que aumenta o repertório de exercícios,
podendo fazer com que as prescrições fiquem mais atrativas, motivantes e
fáceis de executar. Ademais, pode-se pensar na utilização de equipamentos de
forma guiada (com polias), que fazem com que o indivíduo realize o movimento
padrão dado pelo aparelho, exigindo postura adequada. Eles costumam ser mais
seguros e têm maior possibilidade de incremento de quilagem. Já os exercícios
livres recrutam toda a musculatura do corpo para que haja estabilidade durante a
execução do movimento.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
E a respiração?
100
Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
Bom, você já sabe como uma sessão de treino precisa ser estruturada e
quais variáveis precisam ser levadas em consideração. Agora, vamos pensar
na montagem do programa de treino. Agora, falaremos especificamente
do treinamento de força, que atualmente exerce um importante papel no
condicionamento físico em geral. Há uma infinidade de técnicas de montagem de
treino, porém, de acordo com Uchida et al. (2006), as mais comuns são:
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FONTE: A autora
FONTE: A autora
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
FONTE: A autora
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
4 TIPOS DE PERIODIZAÇÃO E
ESTRATÉGIAS DE TREINAMENTO
O termo periodização tem como definição o ato de periodizar, ou seja, definir
períodos. No âmbito do exercício físico, periodizar significa planejar, organizar e
modificar as variáveis e fases de um programa de treinamento, visando alcançar
os objetivos do indivíduo (PRESTES et al., 2016). Ou seja, promover uma variação
sistemática na especificidade, intensidade e volume do treinamento, organizado
em ciclos ou períodos dentro de um programa geral (WATHEN; BAECHLE;
EARLE, 2008).
FONTE: <https://www.efdeportes.com/efd148/modelos-de-
periodizacao.htm>. Acesso em: 30 set. 2021.
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
4.1 PERIODIZAÇÃO DO
TREINAMENTO
A utilização de planejamentos com o objetivo de maximizar o desempenho
de atletas em determinado período (competição) é uma prática adotada há muito
tempo. Porém, somente no final do século XIX, com o início dos Jogos Olímpicos
da era moderna, o treinamento passou a ser uma estrutura sistematizada e
utilizada para elevar o rendimento esportivo. A periodização do treinamento
físico foi idealizada pelo cientista russo Lev Pavlovitch Matveev nos anos 1960,
baseando-se na teoria da síndrome geral da adaptação, proposta por Hans Selye,
a qual diz que o organismo se adapta em situações de estresse aumentado
(MINOZZO et al., 2008; PRESTES et al., 2016). Essa teoria passa por três
estágios (PRESTES et al., 2016):
FONTE: <https://www.efdeportes.com/efd148/modelos-de-
periodizacao.htm>. Acesso em: 30 set. 2021.
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
FONTE: A autora
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FONTE: A autora
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
Fonte: A autora
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Avaliação Física e Prescrição de Exercício
Saiba mais...
Strohacker e seus colaboradores conduziram uma revisão
sistemática com mais de vinte pesquisas existentes em que exercícios
aeróbicos ou resistidos foram prescritos para adultos inativos usando
métodos de periodização reconhecidos. Os resultados indicaram que
periodização parece ser um meio viável de prescrever exercícios
para adultos inativos em um ambiente de intervenção. Confira o
estudo na íntegra:
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
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Dica importante
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, você viu que:
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
REFERÊNCIAS
ACSM. ACSM's guidelines for exercise testing and prescription. 9. ed.
Filadélfia: Lippincott Williams & Wilkins, 2014.
FARUP, J. et al. Blood flow restricted and traditional resistance training performed
to fatigue produce equal muscle hypertrophy. Scandinavian journal of medicine
& science in sports, v. 25, n. 6, p. 754-763, 2015.
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Capítulo 3 PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO
ZOUHAL, H. et al. Exercise training and fasting: current insights. Open access
journal of sports medicine, v. 11, p. 1, 2020.
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