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Prescrição de exercícios

parte 1
Thalissa Melo
CONCEITOS INICIAS
BIOENERGÉTICA:

Processo metabólico pelo qual as células utilizam a


energia necessária obtida pela conversão dos nutrientes
alimentares (CHO, gordura e proteína) em forma de
energia biologicamente utilizável.
BIOENERGÉTICA
● Reações químicas que acontecem em todo o organismo a
todo tempo;
○ METABOLISMO:
■ Anabolismo;
■ Catablismo.
ATIVIDADE FÍSICA:

Qualquer movimento do corpo produzido pela


musculatura esquelética responsável por gerar gasto
energético.
EXERCÍCIO FÍSICO:

Atividade física com o objetivo de melhorar algum


componente da condição física.
QUILOCALORIA:
● Unidade de medida da energia nos sistemas
biológicos;

● Energia necessária para elevar em 1 ºC 1 kg de água.


FONTES DE ENERGIA:
● Carboidratos:
○ Principal fonte energética;
○ Glicose → Glicogênio.
● Gordura:
○ Utilizada em exercícios de baixa intensidade e longa
duração;
○ Ácido graxo → Triglicerídeos.
● Proteínas:
○ Depleção severa dos demais substratos;
○ Aminoácidos → glicose
PRODUÇÃO DE ATP
ATP:
● Adenosina trifosfato.
● Molécula de alta energia
produzida pelo organismo.
● A energia está armazenada
nas ligações dos fosfatos.
● A quebra das ligações
libera 7,3 e 7,6 kcal/mol.
PRODUÇÃO DE ATP
● Sistema ATP- PCR;

● Sistema glicolítico;

● Sistema oxidativo.
● Anaeróbio
● Ressintetiza ATP
Sistema ATP- ● Primeiro a ser ativado
PCr ● Não gera ácido lático
● Produz apenas 1 mol
de ATP a partir de 1
mol de PCr
(fosfocreatina)
● Quando o corpo necessita de energia imediata a enzima
ATPase quebra a molécula de ATP presente na célula
formando ADP + Pi;
● Então a enzima CK (creatinaquinase) quebra a molécula de
CP (fosofocreatina) liberando creatina + Pi que se une ao
ADP e forma um novo ATP;
● Esse sistema consegue fornecer energia por pouco tempo (só
enquanto durar a CP).
SISTEMA ATP-PCr
SISTEMA ATP- PCr
● Via anaeróbia lática;
SISTEMA ● Para curta duração e

GLICOLÍTICO alta intensidade;


● 1 glicose (C6H12O6)
→ 2 piruvatos
● Produto final: 2 ATP +
lactato.
SISTEMA GLICOLÍTICO
CORRENTE
Quebra da glicose NAD LACTATO
SANGUÍNEA

● Utilizo 2 ATPs ● 2 NAD captam ● Os NADH se ● O lactato


● Produzo 4 os H+ ligam ao possui peso
ATPs tornando-se piruvato molecular
● Saldo total: 2 NADH. resultante da suficeinte
ATPs ● O NADH não quebra da para sair da
● Liberação de possui peso glicose e célula e ir
2H+ na célula molecular forma o para a
● Ácido suficiente para lactato corrente
sair da célula sanguínea.
● Produz muito ATP,
porém com uma
SISTEMA velocidade mais lenta;

OXIDATIVO
● Possui 3 fase:
○ Glicólise
○ Ciclo de Krebs
○ Cadeia respiratória
SISTEMA GLICOLÍTICO
SALDO DO CICLO DE KREBS:

(por cada piruvato)

2 CO2

3 NADH

1 FADH2

1 ATP
SISTEMA GLICOLÍTICO
CADEIA RESPIRATÓRIA:

● Utiliza os FADH2 e NADH para produzir energia


SISTEMA GLICOLÍTICO
● Na membrana interna (crista) da mitocôndria existem
diversas proteínas denominadas CITOCROMOS e uma
proteína especial denominada ATP SINTASE.
● Cada NADH fornece 3 H+
● Cada FADH2 fornece 2 H+
● Ao passar pela ATP sintase, o H induz a FOSFORILAÇÃO. Ou
seja, os ADP soltos na célula recebem energia e se ligam a
um Pi formando 1 ATP.
E O OXIGÊNIO???
● O oxigênio se liga a 2H+ e a 2 elétrons que estam nos
citocromos, liberando a via para que mais elétrons
possam soltar e formando água.
SIATEMA GLICOLÍTICO
GLICÓLISE
FORMAÇÃO
ACETIL -COA
CICLO DE
KREBS
RESPIRAÇÃO
CELULAR
TOTAL:

2 ATP 2 acetil-coA 4 CO2 10 NADH = 30 ATP 38


2 NADH 2 CO2 6 NADH 2 FADH2 = 4 ATP
2 NADH 2 FADH2 ATPs
2 ATP
Por que retomar as vias metabólicas?
Determinação da zona de treinamento - maior eficiência e máxima segurança
Condicionamento cardiorrespiratório
Componentes de
um programa de
treinamento Fortalecimento muscular

Especificidades de acordo com a


população
Modelo trifásico
Fase I: 40-60% VO2máx
ou 60-70%FC de reserva

Fase II: 60-80%VO2máx


ou 70-90%FC de reserva

Fase III: acima de 80% do


VO2max ou acima de 90%
da FC de reserva
VO2max é a quantidade de oxigênio que um indivíduo consegue captar
do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e
utilizar a nível celular na unidade de tempo (Marins,1998).
Prática:

Determinação da FCmáx; Determinação da FC de reserva; Cálculo das zonas de treino.

(Reserva cronotrópica)
Prática:

Determinação da FCmáx; Determinação da FC de reserva; Cálculo das zonas de treino.

FC de treino = (% da intensidade x FC reserva) + FCrepouso


Formas de determinação do limiares de
treino
1. Teste de Esforço Cardiopulmonar (TECP);
2. Teste ergométrico;
3. Análise do lactato;
4. Glicemia capilar;
5. Variabilidade da FC;
6. Velocidade Aeróbica Máxima (VAM);
7. Teste de caminhada (TC6’) e Teste do Degrau (TD);
8. Percepção subjetiva de esforço;
9. Talk Test
Teste Cardiopulmonar
Teste ergométrico
- Teste máximo;

- Protocolos;

- Especificidade do ergômetro

- Negativo x positivo
Análise de lactato
Glicemia capilar
- Queda da concentração de glicose sanguínea até o limiar de lactato;
- Feedback com glicogenólise = aumento da taxa sanguínea;
Limiar glicêmico

Metodologia utilizada por Simões et al. (2003): esteira


ergométrica (Movement LX-150) a 1% de inclinação,
com velocidade inicial de 65% da Vm3km, com
incremento de 0,5km/h a cada três minutos. Era
realizado intervalo de 30 segundos para coleta de 5 µL
de sangue do lóbulo da orelha.

O LG foi identificado como sendo a velocidade


correspondente ao momento em que a glicemia
apresentou seu valor mínimo durante o teste.
Velocidade aeróbica máxima
T5: percorrer a maior distância possível no tempo de 5 minutos

Vmáx(m/min) - distância / tempo | converter o tempo em segundos

Ex: Indivíduo que percorreu 800m em 5 minutos

800m / 300s = 2,6m/s convetendo em km/h = 9,6km/h

(Dabonneville et. al., 2012)


Teste incremental na esteira - Vmax
predita
Protocolo:

- Aquecimento: 5 minutos a 5km/h;


- Subir 2km/h para início do teste;
- A cada 2min subir 1km/h e avaliar;
- Vmáx será o último estágio completo.
TC6’ e TD4’

TECP:
LA1= 92bpm e LV2=113bpm

TC6’: FCmax= 94bpm

TD: Fcmáx= 110bpm


Percepção subjetiva de esforço (PSE)
Talk test

DE LUCCA, Leonardo et al . Talk test como método para controle da intensidade de exercício.
Rev. bras. cineantropom. desempenho hum., Florianópolis , v. 14, n. 1, p. 114-124, 2012
Adaptações metabólicas às diferentes
intensidades
“Leve” * Moderado Intenso

- aumento da atividade de - redução da FCrepouso; - aumento da capacidade


enzimas oxidativas; anaeróbia de trabalho;
- cap. vasodilatadora;
- capilarização capilar; - reservas tamponantes;
- aumento do VO2pico;
- densidade mitocondrial; - aumento fibras tipo II;
- aumento fibras tipo I;
- desempenho aeróbio. - quebra da homeostase
- aumento da tolerância
aos esforços.
Prescrição de treino
- Sessão de treino

Duração, modalidade, intensidade do esforço, intensidade do repouso e


volume total de treino.

- Microciclo;
- Macrociclo;

Populações especiais com suas especificidades + reavaliação + ajustes.


Casos Clínicos

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