Você está na página 1de 2

Princípios de Treino

1. Princípio da adaptação
O corpo precisa de um tempo para assimilar cada novo estímulo ou sobrecarga
que recebe para que haja recuperação para novos esforços. Quando o desafio
é a carga, os músculos respondem consoante a magnitude do desafio. Uma
sobrecarga de exercício provocará o rompimento de algumas fibras, impondo
alterações fisiológicas e hormonais, reorganizando os tecidos para vencer o
desafio. Esta resposta do nosso corpo leva à construção de mais fibras
musculares.
2. Princípio da continuidade
O estado dinâmico do nosso corpo leva a adaptações constantes, mas estas
adaptações podem não ser encaradas pelo nosso sistema como adequadas e
nesse caso vão sofrer nova mudança. A massa muscular é um tecido
dispendioso, energeticamente falando, e para o manter ele tem de ser
exercitado com regularidade, caso contrário será eliminado. O estímulo de
treino deve, por este motivo, ser repetido regularmente.
3. Princípio da especificidade
Um estímulo específico induz uma resposta ou adaptação específica. Isto quer
dizer que se quisermos uma otimização da resposta hipertrófica do músculo,
devemos dar um estímulo específico e não fazer, por exemplo, um treino
aeróbio e esperar que o músculo cresça. Cada treino deve ser específico em
função do objetivo que se pretende atingir.
4. Princípio da individualidade
Apesar da tendência geral dos seres humanos de responder da mesma forma
a um estímulo, existem características individuais que modelam essa resposta,
tais como fatores hormonais, genéticos ou mesmo anatómicos. Por esta razão,
apesar de esperarmos uma dada resposta ao treino, este pode ser limitado por
outros fatores.
5. Princípio da sobrecarga
Com as várias adaptações a ocorrer no nosso corpo, este fica mais apto a
superar os desafios impostos pelo treino e tendencialmente o estímulo deixa de
ser desafiante o suficiente. A maioria dos atletas vê este princípio como o
princípio da carga, apenas aumentando o peso dos exercícios, o número de
séries e repetições. Mas devemos ver muito além disso. A sobrecarga não
deve ser apenas quantitativa, mas também qualitativa como a amplitude de
movimento, forma de execução, cadências e tipos de contração, métodos de
treino e intervalos de repouso. A sobrecarga deve ser pensada com algum
cuidado, porque estímulos pouco significativos não produzirão o efeito
desejado e estímulos exagerados serão lesivos.
6. Princípio da reversibilidade
O princípio da reversibilidade guarda a seguinte ideia: “o que não se usa,
perde-se”. Este princípio assegura que as alterações corporais obtidas com o
treino físico são de natureza transitória. Assim, as mudanças funcionais,
morfológicas e de desempenho das capacidades físicas adquiridas voltam aos
níveis iniciais após a sua interrupção.
7. Princípio da variabilidade
Este princípio diz-nos que quanto maior o tempo que realiza o mesmo treino,
menos eficiente ele fica. Não importa o quão bom seja o treino, ele deve ser
executado por um curto período. Quando o individuo apresenta algum tipo de
melhoria deve-se trocar o treino, caso contrário ele ficará estagnado e não
alcançará seus objetivos. Outra vantagem deste princípio: evita a monotonia –
nunca se irá sentir desmotivado por ter que realizar novamente aquele treino
que já está a repetir há 4 semanas. O Princípio da Variabilidade potencializa os
resultados a curto, médio e longo prazo e diminui o tédio, um dos grandes
obstáculos para a motivação pessoal.

Você também pode gostar