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TREINAMENTO DE FORÇA

UMA REVISÃO

Paula Parreiras Guimarães


MONTAGEM DE PROGRAMAS

 Objetivos
– Força muscular
– Potência
– Resistência muscular
 Coordenação
 Agilidade
 Equilíbrio
 Velocidade
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS

 Arte x ciência (Fleck & Kraemer, 1999)


 Componentes do planejamento de um
programa de treinamento de força:
– Análise das necessidades (Kraemer, 1983)
– Variáveis básicas do programa (Kraemer, 1983)
– Manipulação das variáveis básicas de um
programa
– Questões administrativas
ANÁLISE DAS NECESSIDADES

 Quais grupos musculares precisam ser


treinados?
 Quais as fontes básicas de energia precisam
ser treinadas?
 Que tipo de ação muscular?
 Quais os principais focos de lesões de um
determinado esporte ou histórico de lesão de
um indivíduo?
ANÁLISE DAS NECESSIDADES

 QUAIS GRUPOS MUSCULARES


PRECISAM SER TREINADOS?
– Articulação ao redor do qual ocorre o movimento.
– Amplitude do movimento da articulação
– Padrão de força por toda amplitude do
movimento
– Velocidade do movimento
– Tipos de movimento do membro (excêntrico,
concêntrico ou isométrico)
ANÁLISE DAS NECESSIDADES

 QUAIS AS FONTES BÁSICAS DE


ENERGIA PRECISAM SER
TREINADAS?
– Esportes e atividades usam as
três fontes de energia (FOX,
1979)
– Treinamento de força = vias
anaeróbias
ANÁLISE DAS NECESSIDADES

 QUE TIPO DE AÇÃO MUSCULAR?


– Isométricos (Permanente)
– Concêntricos dinâmicos (Dominante)
– Excêntricos dinâmicos (Cedente)
– Combinados

 Vantagens x desvantagens
 Levantadores de elite x Fitness
ANÁLISE DAS NECESSIDADES

 PRINCIPAIS LOCAIS DE LESÃO


– Pré-habilitação
– Reabilitação
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 Escolha dos exercícios


 Ordem dos exercícios
 Número de séries
 Período de descanso entre as séries e
exercícios
 Período de descanso entre as sessões de
treinamento
 Cargas utilizadas
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DO EXERCÍCIO
– Sobrecarga mecânica
– Primários x assistentes
– Músculos Multiarticulares x Uniarticulares
– Exercícios Multiarticulares x Uniarticulares
– Cadeia cinética aberta x Cadeia cinética fechada
– Barra x halter
– Pegadas
– Inclinações
– Limitações de alunos (equilíbrio, coordenação muscular)
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Tempo disponível do praticante
– Trajetória do movimento
 Análise do torque
– Pessoas mais baixas
– Agachamento
– Calço (muda o torque aonde)
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Compressão interdiscal
NACHEMSOM, 1970
TRIBASTONE, 2001
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– EMG profunda e de superfície
 Glúteo x IT
 Peitoral
– 2 Porções
 Clavicular (Flexora do ombro)

 Esternal
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Peitoral
Porção Clavicular

Inclinado Reto Declinado Desenvolvimento

Bamett, 1995
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Peitoral
Deltóide anterior

Inclinado Reto Declinado Desenvolvimento

Bamett, 1995
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Peitoral
Porção esternal

Inclinado Reto Declinado Desenvolvimento

Bamett, 1995
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Peitoral
 Cite um exercício que trabalharia mais a porção
clavicular.
 Aluno com discopatia que precise trabalhar ombros?
 Pullover no banco?
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Grande dorsal
Grande Dorsal

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Aberta Posterior Aberta anterior Supinada fechada Barra V

PORQUE? Signorile, 2003


VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Grande dorsal
 Origem
– Processos espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas
– Vértebras lombares
– Face dorsal do sacro
– Lábio externo da crista ilíaca
– Ângulo inferior da escápula
 Inserção
– Tubérculo Menor do úmero
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Grande dorsal
 Movimentos
– Extensão do ombro
– Adução do ombro
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Grande dorsal x Peitoral
Peitoral

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Aberta Posterior Aberta anterior Supinada fechada Barra V

PORQUE? Signorile, 2003


VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Pulley x Deltóide posterior
Deltóide Posterior

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Aberta Posterior Aberta anterior Supinada fechada Barra V

CUSTO X BENEFÍCIO? Signorile, 2003


VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Deltóide
 Porção clavicular
 Porção acromial
 Porção escapular
– Inserção = Tuberosidade do úmero
 Movimentos
– Abdutor (Quais porções)
– Flexão (Quais porções)
– Abdução Horizontal (Quais porções)
– Extensão (Quais porções)
VARIÁVEIS BÁSICAS DO
PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Deltóide
PORÇÃO ANTERIOR (EMG PROFUNDA)
Duração Ocorrênci
Pico (%CVM) (% acima a do pico
de 50%) (Graus)
Abdução no plano da escápula
72 ± 23 50 90-150
(30o de adução)
Flexão 69 ± 24 31 90-120
Desenvolvimento com halteres 62 ± 26 50 60-90
Abdução de ombros 62 ± 28 31 90-120
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Deltóide
PORÇÃO POSTERIOR (EMG PROFUNDA)
Duração Ocorrênci
Pico (%CVM) (% acima a do pico
de 50%) (Graus)
Abdução Horizontal 93 ± 45 63 90-120
Remada Unilateral (Aberta) 88 ± 40 57 90-120

Só entraram exercícios que passam de 40% (CVM)


VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Deltóide
PORÇÃO MEDIAL (EMG PROFUNDA)
Duração Ocorrênci
Pico (%CVM) (% acima a do pico
de 50%) (Graus)
Abdução no plano da
83 ± 13 70 90-120
escápula (30o de adução)
Abdução Horizontal 80 ± 23 38 90-120
Flexão 73 ± 16 31 90-120
Remada aberta 72 ± 20 43 90-120
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS


– Pegadas do bíceps
 Supinada
 Neutra
 Pronada
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 ORDEM DE EXERCÍCIOS
– Objetivo do programa
– Tamanho dos grupos
– Prioridade de treino
– Grupos musculares
– Sistemas de treinamento
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 NÚMEROS DE SÉRIES
– 3-6 séries para ganho de força corpo todo (Fleck, 1999)
– Sistema de múltiplas séries para força e resistência muscular
(Atha, 1981)
– Maior ganho que série única em velocidade (McDonagh e Davies,
1984)
– 1, 2 ou 3 séries não fazem diferença entre si quando não
periodizados para destreinados no ganho de força(Graves et. al.,
1988)
– Programas de séries únicas com volumes baixos para treinados
não fazem diferença no ganho de força (Willoughby, 1993)
VARIÁVEIS BÁSICAS DO PROGRAMA

 INTERVALO DE RECUPERAÇÃO
– Recuperação da fonte ATP-CP e concentração
de lactato no sangue
– Necessidade do indivíduo
– Treinamento anaeróbico (via energética)
Tipo de Programa Repetições I. R. Vel. Execução
Ativação I e II 12 a 18 30'' a 45'' 1/1: RML - 2/3: Hip.
Hipertrofia Geral 6 a 15 45'' a 1' 2/2 ou 2/3
Força Máxima 4a6 1:30'' a 3' 1/2 ou 1/3
Resistência de Força 15 a 30 * 15'' a 45'' 1/1 ou 2/2
* Super-séries a normativa deve ser considerada após a soma (15 + 15 = 30 rep- resistência de força).

Quilagem % Repetições IR Velocidade Qualidade Volume Total Capacidade


Força pura, pouca
95 - 100% 1a3 3' a 5' Explosiva ou nenhuma 2a6 Força Máxima
massa musc.
Força e alguma
90 - 95% 4a6 2' a 3' Explosiva 12 a 36 Força Máxima
massa musc.
Força e massa
80 – 90% 7 a 12 1,5' a 2' Lenta / Mod. 28 a 72 Hipertrofia
muscular.
Massa musc. c/
70 – 80% 10 a 15 1' a 1,5' Moderado 40 a 90 Hipertrofia
força.
Alguma massa c/
50 – 65% 16 a 25 45'' a 1' Moderado 96 a 200 Resistência
pouca força.
Resist. Musc. c/
45 – 50% 26 a 35 30'' a 45'' Rápido pouca força e 156 a 280 Resistência
massa.
Resist. Musc. e
< 45% > 35 30'' Rápido Cardiorrespiratória > 210 Resistência
.
( Michael Yessis, PhD - M&F Magazine - 1992 )
MANIPULAÇÃO DAS VARIÁVEIS

 Peso
 Repetições
 Série
 Ordem
 IR
 Velocidade
 Exercícios
QUESTÕES ADMINISTRATIVAS

 Disponibilidade do equipamento
 Deslocamento dentro do salão
 Mudança de posição
 Dependência do professor
OBRIGADA!

 paula@academiatotalfitness.com.br

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