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ESTUDO DIRIGIDO 2 – MARIA CLARA PRADO

Técnicas de Exame Psicológico – TEP – Manual

Cap. 4 Padronização dos Testes Psicológicos – As Normas

1. Quando nos referimos ao conceito de “Teste Padronizado”, o que


queremos dizer?

O termo "Teste Padronizado" refere-se a um tipo de avaliação ou exame que é


administrado de acordo com um conjunto específico de instruções, condições e
critérios que são consistentes para todos os participantes. Esses testes são
concebidos para medir habilidades, conhecimentos, competências ou
características de uma maneira objetiva e uniforme. Eles são frequentemente
usados em contextos educacionais e de avaliação de desempenho, mas
também podem ser aplicados em diversas outras áreas, como recrutamento de
pessoal, avaliação de habilidades específicas, avaliação clínica e em pesquisas
acadêmicas.

2. Qual a diferença entre um instrumento padronizado e outro não


padronizado?

Um instrumento padronizado é mais estruturado, com procedimentos e critérios


bem definidos, facilitando a comparação entre diferentes participantes ou
grupos. Um instrumento não padronizado é mais flexível e pode ser adaptado
às necessidades específicas de um contexto, mas pode ser mais difícil de
comparar com outros contextos ou participantes devido à sua natureza menos
estruturada e à dependência de avaliação subjetiva.

3. Quando aplicamos um teste padronizado o que devemos


considerar na aplicação?

Quando aplicamos um teste padronizado, é importante considerar os seguintes


aspectos para garantir que a avaliação seja justa, precisa e que os resultados
sejam interpretados corretamente: Familiaridade com o teste; ambiente
adequado; instruções claras e consistentes; garantia de equidade;
administração padrão; evitar dicas ou sugestões; esclarecimento de dúvidas
conforme permitido pelo manual do teste; monitoramento do tempo; garantia de
integridade; confidencialidade dos resultados. Seguindo esses aspectos
resultará em resultados mais confiáveis e interpretáveis.

Cap. 2 Fundamentos Científicos dos Testes Psicológicos

1. O que estuda a psicometria?

A Psicometria é um campo científico da Psicologia, que busca construir e


aplicar instrumentos para mensuração de constructos e variáveis de ordem
psicológica, aliada à métodos de análise estatística, principalmente a partir do
refinamento matemático da análise fatorial, da modelagem de equações
estruturais e da Teoria de Resposta ao Item, além de outras técnicas
multivariadas, pelas quais são possíveis mensurar e analisar a estrutura de
constructos psicológicos, ou mais precisamente processos mentais.

2. O que é traço latente?

Traço latente é uma característica ou atributo que não pode ser diretamente
observado, mas é inferido a partir de observações ou medidas de
comportamentos e características observáveis. Eles são fundamentais na
compreensão e na modelagem de construtos psicológicos complexos.

3. Explique o que compreendeu da afirmação “O parâmetro


fundamental da medida psicométrica é a demonstração da
adequação da representação, isto é, a demonstração do
isoformismo entre a ordenação dos procedimentos empíricos e a
ordenação nos procedimentos teóricos do traço latente”.

A afirmação está enfatizando a importância de garantir que os resultados


obtidos através de medidas psicométricas correspondam de maneira precisa e
confiável aos traços latentes que estão sendo avaliados. Isso envolve
demonstrar que a ordem dos resultados observados reflete adequadamente a
ordem teórica dos valores subjacentes ao traço em questão. Essa validade e
precisão são fundamentais para garantir que os instrumentos de medida
psicométrica sejam confiáveis e úteis na compreensão e avaliação de
características psicológicas.

Psicometria - Coleção Avaliação Psicológica.

Capítulo 3 – Normas – pág. 45 a 53

1. Qual o objetivo de normatizar um teste?

É necessário haver uma normatização de interpretação dos escores, pois é por


meio deles que será possível atribuir significado aos escores obtidos pelo
sujeito. Para que o profissional possa classificar os escores (elevados, baixos,
medianos), ele precisa de um referencial, que é fornecido pelas normas, são
um referencial utilizado como comparação.

2. Como se pode normatizar um teste?

Através dos dados de desempenho de um grupo em teste específico que serão


utilizados como referência para a interpretação de escores individuais; O
grupo cujo desempenho é utilizado como referencial é chamado de
amostra normativa, composta por um grupo de sujeitos que têm desempenho
típico com relação à característica estudada, reproduzindo o comportamento da
população; Esses dados serão utilizados para contextualizar os escores
individuais no teste, com eles, os dados individuais serão comparados e
receberão sentido, esses dados são as normas.

3. Qual a semelhanças entre as normas intragrupo e as normas


desenvolvimentais?

Ambos utilizam como referência a amostra normativa.


4. Quais as dificuldades encontradas em se utilizar as normas
desenvolvimentais?

O ritmo do desenvolvimento não é o mesmo ao longo da infância, da


adolescência e da vida adulta. Isso traz alguns problemas à utilização desse
tipo medida, o que deve ser considerado para que o teste seja de interpretação
de maneira correta.

5. Quais são as vantagens em se utilizar os escores padrão?

Expressar o sentido do escore do sujeito em relação aos escores da amostra


normativa, mas evitando o problema da desigualdade das unidades do escore
percentílico.

6. Um problema prático: Foi aplicada uma prova em duas escolas,


mas na escola A a média dos alunos foi 50, e o desvio-padrão 10.
Na escola B a média foi 40 e o desvio padrão também foi 10. Um
aluno da escola A recebeu nota 45, na escola B, outro aluno obteve
um escore de 35. Ajude os avaliadores decidir qual dos dois alunos
se saiu melhor na prova (dica: calcular o escore Z de ambos pode
resolver o problema!).

O escore Z é uma medida padronizada que indica a localização relativa de um


indivíduo em relação à média e ao desvio-padrão de uma distribuição normal.

Para o aluno da Escola A, com nota 45, o escore Z é calculado pela fórmula: Z
= (x - média) / desvio-padrão = (45 - 50) / 10 = -0,5.

Para o aluno da Escola B, com nota 35, o escore Z é calculado pela mesma
fórmula: Z = (x - média) / desvio-padrão = (35 - 40) / 10 = -0,5.

Portanto, ambos os alunos obtiveram escores Z de -0,5. Isso indica que ambos
tiveram um desempenho abaixo da média em suas respectivas escolas, mas
não permite dizer qual deles se saiu melhor na prova, já que estão com
desempenho semelhante.

Capítulo 4 – Normas – pág. 55 a 68

1. Qual a diferença entre adaptar e construir um teste?

A construção de testes psicológicos permite que se aborde as particularidades


culturais de maneira específica. Deve resultar em um instrumento que
considere as peculiaridades e as especificidades de população para a qual
está sendo construído, tendo como desvantagem a complexidade do
procedimento e a dificuldade de produzir comparações transcendentais. Já o
procedimento de adaptação de testes favorece as comparações entre estudos
transculturais.

2. Quais as 5 questões que o pesquisador deve se preocupar antes de


decidor se vai construir um teste?

1. É necessária a construção do teste?

2. Há outros testes que medem a mesma variável?

3. Quais as vantagens apresentadas por esse novo teste?

4. O que esse teste visa medir?

5. Qual o seu objetivo?

6. Quem o utilizará?

7. Que qualificações são exigidas da pessoa que vai aplicá-lo?

8. Quem vai respondê-lo?

9. Como ele será administrado?

10. Como serão levantados os escores e atribuído sentido a eles?

3. Por que a avaliação dos juízes é importante no desenvolvimento de


itens?
É importante o uso de juízes na área no desenvolvimento dos itens a
serem avaliados, para discutir com eles e melhorar sua definição operacional, a
fim de aproximar ao máximo do traço latente.

Capítulo 5 – Validade – Pág. 71 a 82

1. O que é validade? Qual a diferença de validação?

A evidência de validade se refere à qualidade das inferências, conclusões e


decisões tomadas com base nos escores obtidos pelo uso de um instrumento.
Validação é o processo em que se buscam evidências de validade que apoiem
a adequação, o significado e a utilidade das decisões tomadas com base nas
inferências feitas a partir dos escores obtidos do teste.

2. Quais as formas de validade existente?

Existem quatro tipos ou categorias dentro da validade. Elas são: a validade de


conteúdo, a validade preditiva, a validade concorrente e a validade de
construto.

Capítulo 6 – Fidedignidade – pág. 85 a 94

1. Explique o que é fidedignidade. Por que ela é importante?

Fidedignidade, ou precisão, de um teste refere-se à estabilidade com que os


escores dos testandos conservam-se em aplicações alternativas de um mesmo
teste ou em formas equivalentes de testes distintos. Quanto mais similares
forem os escores dos testandos em aplicações distintas, maior será a
fidedignidade de um teste; quanto mais diferentes forem os escores dos
participantes, menor será a fidedignidade do teste. Em outras palavras, a
análise da fidedignidade dos escores de um teste permite estimar o grau de
flutuação esperado dos escores em aplicações subsequentes. Muitas variáveis
podem influenciar na flutuação dos escores ao longo do tempo (p. ex.,
aprendizado, lembrança das respostas anteriores).
Ela é importante porque a replicação de estudos é um quesito fundamental na
ciência. Logo, o instrumento de medida usado em pesquisa deve ser o mais
preciso possível, para garantir as condições necessárias para a adequada
replicação de resultados.

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