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Faculdade Laboro

Curso de Psicologia – 5o período


Disciplina: Psicometria Docente: Marcos
Alunos: Alessandra Ribeiro, Daniela Fajardo, José Veriano, Luís
Guilherme, Sharlles Carneiro, Stephany Cristina; Wilka Fernanda.

Resenha: “Diretrizes para a Construção de Testes Psicológicos: a Resolução


CFP nº 009/2018 em Destaque”

O artigo "Diretrizes para a Construção de Testes Psicológicos" aborda de


forma abrangente e detalhada os principais aspectos psicométricos
considerados indispensáveis na elaboração de testes psicológicos. A partir da
Resolução CFP nº 009/2018, são discutidas evidências de
precisão/fidedignidade, evidências de validade e o sistema de correção e
interpretação dos escores, destacando a importância de cada um desses
elementos no processo de avaliação psicológica.
O texto disserta que a avaliação psicológica e a avaliação educacional
estão entre as contribuições mais importantes das ciências cognitivas para
nossa sociedade. Ambas as avaliações fornecem informações para a tomada de
decisões que impactam na vida de indivíduos, grupos e da sociedade como um
todo, onde podem ser citados: pais, familiares, estudantes, professores, gestores
educacionais entre outros que fazem parte do convívio direto e indireto dos
avaliados.
Tais instituições e indivíduos são beneficiados quando a avaliação os
orientem a alcance dos objetivos. A sociedade também é beneficiada à medida
que estas avaliações beneficiam a realização individual e consequentemente
alcance de objetivos das instituições.

Uma das questões centrais do texto é a necessidade de garantir a


qualidade dos testes psicológicos, o que envolve a obtenção de evidências de
precisão e validade. A precisão está relacionada à consistência e estabilidade
dos resultados obtidos pelo teste, enquanto a validade diz respeito à capacidade
do instrumento de medir aquilo que se propõe a medir. Ambas as evidências são
fundamentais para assegurar a confiabilidade e a validade dos resultados
obtidos.

Considerando que a testagem é um dos recursos para a avaliação, é


mister ressaltar que nem todos os testes são bem construídos, nem todas as
técnicas e práticas são adequadas ou benéficas de uma forma global e
generalizada. Neste sentido o aplicador deve ter propósitos bem definidos de
acordo com a especificidade do paciente/cliente. Levando em consideração que
tal procedimento é apenas uma etapa da avaliação.

Além disso, o texto destaca a importância do sistema de correção e


interpretação dos escores, ressaltando que falhas nessa etapa podem
comprometer seriamente a análise dos resultados. São apresentados três
possíveis sistemas de correção: referenciado à norma, à teoria e pontos de corte,
sendo o sistema referenciado à norma o mais utilizado, que consiste na
comparação dos escores brutos do indivíduo com a população de referência.

Outro ponto relevante abordado no artigo é a ênfase na justiça e proteção


dos direitos humanos no processo de avaliação psicológica. Argumenta-se que
a justiça é uma questão fundamental para a validade da interpretação dos
escores individuais, destacando a importância de considerar aspectos éticos e
de proteção dos direitos dos avaliados em todas as etapas do desenvolvimento
e uso dos testes.

A Resolução CFP nº 009/2018 traz avanços significativos em relação às


anteriores, estabelecendo critérios mais rigorosos para a avaliação da qualidade
dos testes psicológicos. A partir de estudos de estrutura interna e múltiplas fontes
de evidências de validade, a Resolução classifica os testes em diferentes níveis
de qualidade, visando garantir a excelência e a confiabilidade dos instrumentos
utilizados na prática psicológica.

O Satepsi por sua vez, destaca-se por ser um sistema informatizado que
tem por objetivo avaliar a qualidade técnico-científica de instrumentos
submetidos a apreciação da comissão Consultiva em Avaliação Psicológica –
CEP.

Assim, a partir de uma constante consulta de diretrizes do International


Test Comision, bem como aos Standards for Educational and Psychological
Testing buscou-se critérios psicométricos alinhados aos avanços técnicos e
científicos da área, considerando, no entanto, que a a área possui muitas
especificidades. Neste sentido o que se observa é que as áreas e avaliação e
aplicação estão em amplo desenvolvimento.

Considerando todas as possibilidades de construtos é assinalado que os


testes psicológicos, para serem reconhecidos como técnica fundamental de
informação para uso profissional devem possuir consistência técnico-científica.
Ainda existem requisitos mínimos que tais construtos devem apresentar são
eles:

I – Fundamentação teórica (ênfase na definição dos construtos).

II - Definição dos Objetivos do teste e contexto da aplicação.

III – Qualidade técnica dos estímulos utilizados.

IV – Apresentação de evidências empíricas sobre as características


técnicas dos itens do teste.

V – Apresentação da evidências empíricas da validade e estimativas de


precisão das interpretações para os resultados do teste.

VI - Apresentação do sistema de correção e interpretação dos escores


explicando a lógica que fundamenta o procedimento.

VII - Apresentação explícita da aplicação e correção para uniformidade


dos procedimentos.

É importante atentar ainda para a necessidade de uma formação


profissional adequada e constante atualização por parte dos profissionais da
Psicologia. Neste sentido, é de conhecimento que para uma atuação efetiva na
área de avaliação psicológica é necessário um amplo conjunto de competências
seja desenvolvido no curso de graduação e posteriormente em especializações.

Em suma, o artigo fornece uma visão abrangente e atualizada sobre os


principais aspectos a serem considerados na construção de testes psicológicos,
destacando a importância da qualidade, validade, justiça e proteção dos direitos
humanos no processo de avaliação psicológica.
Referências
American Educational Research Association – AERA, American Psychological
Association – APA, and National Council
on Measurement in Education – NCME. (2014). Standards for educational and
psychological testing. Washington,
DC: o autor.
Andrade, J. M., Laros, J. A., & Gouveia, V. V. (2010). O uso da teoria de resposta
ao item em avaliações educacionais:
diretrizes para pesquisadores. Avaliação Psicológica, 9(3), 421-435.
Andrade, J. M. de, & Sales, H. F. S. (2017). A diferenciação entre avaliação
psicológica e testagem psicológica: questões
emergentes. In M. R. C. Lins, & J. C. Borsa (Orgs.), Avaliação Psicológica:
Aspectos Teóricos e Práticos (pp. 9-22). Petrópolis: Editora Vozes.

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