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FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM PSICANÁLISE CLÍNICA

EMPREENDEDORISMO

EM

PSICANÁLISE

Org. Prof.º ME. Ozias Figueiredo Gomes


1 4ª Aula do 5º Período, Empreendedorismo em Psicanálise
SUMÁRIO

PRIMEIRA PARTE DA AULA

1. EMPREENDEDORISMO

1.1 Conceitos fundamentais em empreendedorismo

a. Melanie Klein
……………………………………………………………………….…04

b. Donald Winnicott
…………………………………………………………………..… 05

c. Françoise Dolto
………………………………………………………………………. 05

1.1 PSICANÁLISE VERSUS PSICOTERAPIA


………………………………………... 06

1.2 O SINTOMA DA CRIANÇA E A CRIANÇA DO SINTOMA


…………………..… 07

1.2 DEMANDA E INDICAÇÃO PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL


……………... 09

SEGUNDA PARTE DA AULA

2. MANEJO CLÍNICO
…………………………………………………………………………. 10

2.1 O BRINCAR NA ATUALIDADE DO MUNDO DIGITAL


……………………..…. 10

2.2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO E O


PSIQUISMO INFANTIL ………………………………………………………………..…… 11

2.3 PRIMEIRO TEMPO DO BRINCAR


…………………………………...……………. 11

2.4 SEGUNDO TEMPO DO BRINCAR


………………………………………………… 11

2.5 TERCEIRO TEMPO DO BRINCAR ………REFERÊNCIAS


……………………………………………………………………………... 17

2
1 CONCEITO GERAL E DEFINIÇÕES

A raiz da palavra empreendedor remete-nos há 800 anos, com o verbo francês


entreprendre, que significa “fazer algo”. Uma das primeiras definições da palavra
“empreendedor” foi elaborada no início do século XIX pelo economista francês J.B. Say, como
aquele que “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um
setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento”.

O termo “entrepreneur” foi incorporado à língua inglesa no início do século XIX. Entre
os economistas modernos, quem mais se debruçou sobre o tema foi Joseph Schumpeter, que
teve grande influência sobre o desenvolvimento da teoria e prática do empreendedorismo. Em
seus estudos, ele o descreve como a “máquina propulsora do desenvolvimento da economia".

A inovação trazida pelo empreendedorismo permite ao sistema econômico renovar-se e


progredir constantemente.” De acordo com Schumpeter, “sem inovação, não há
empreendedores, sem investimentos empreendedores, não há retorno de capital e o capitalismo
não se propulsiona.”

Em minha longa jornada sobre este fascinante e absorvente assunto, resolvi adotar a
definição encontrada em um relatório da Accenture, resultado de uma pesquisa internacional
conduzida entre janeiro de 2000 e junho de 2001: “Empreendedorismo é a criação de valor
por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma idéia através da
aplicação de criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tomar aquilo que
comumente se chamaria de risco.”

De acordo com BARBOZA e SENTANIN (2005), o empreendedorismo é o


envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de idéias em
oportunidades, e a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de
sucesso.

O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para


capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.

Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se pelo menos, os seguintes


aspectos referentes ao empreendedor:

Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.

Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente


social e econômico onde vive.

Aceita assumir riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

O empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só, deve saber
persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores, convencê-los de que sua visão poderá
levar todos a uma situação confortável no futuro.

Um dos principais atributos do empreendedor é identificar oportunidades, agarrá-las


e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo. São considerados como
exemplo de empreendedores:
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Um indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;

Uma pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos,
seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir ou de fazer propaganda de seus
produtos e/ou serviços, agregando novos valores;

Um empregado que introduz inovações em uma organização, provocando o


surgimento de valores adicionais.

Em suma, pode se afirmar que o que conta não é ser o primeiro a pensar e ter uma idéia
revolucionária, mas sim o primeiro a identificar uma necessidade de mercado e saber como
atendê-la, antes que outros o façam.

‘’Uma ideia isolada não tem valor se não for transformada em algo viável de
implementar, visando a atender a um público-alvo que faz parte de um nicho de mercado
mal explorado. Isso é detectar uma oportunidade.’’

2 O PERFIL DO EMPREENDEDOR

O processo de empreender envolve todas as funções, atividades e ações associadas à


percepção de oportunidades e à criação de organizações que buscam organizadamente estas
oportunidades. Cinco elementos ou qualidades são fundamentais na caracterização de um
empreendedor:

2.1 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS EM UM EMPREENDEDOR

1. Criatividade e inovação:

a. Empreendedores conseguem identificar oportunidades, grandes ou pequenas,


onde ninguém mais consegue notar;

2. Habilidade ao aplicar esta criatividade:

a. Eles conseguem direcionar esforços num único objetivo;

3. Força de vontade e fé:

a. Eles acreditam fervorosamente em sua habilidade de mudar o modo como as


coisas são feitas e têm força de vontade e paixão para alcançar o sucesso;

4. Foco na geração de valor:

a. Eles desejam fazer as coisas da melhor maneira possível, do modo mais rápido e
mais barato;

5. Correr riscos:

a. Quebrando regras, encurtando distâncias e indo contra o status quo.

Algumas ideias equivocadas ainda existem no senso comum. Uma delas é a de que o
empreendedor é um herói solitário. Na realidade, colaboração é a palavra-chave,
empreendedores de sucesso se unem a grupos e seguem trabalhando unidos em direção a um
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único objetivo.

Esses cinco elementos do empreendedorismo têm mais força quando compartilhados


por um time ou dentro de uma organização.

Outro conceito errôneo é o de que um empreendimento necessariamente precisa ser


muito grande para ser considerado um sucesso. Muitas empresas que se encaixam no critério de
pequena e média são bastante empreendedoras.

A distinção está no resultado desejado: seus proprietários a administram com o


objetivo de manter seu estilo de vida e o da sua família, ou eles reúnem esforços a fim de
explorar oportunidades, criar novos produtos ou entregar serviços de modo inusitado?

Pequenos negócios desempenham um papel muito importante na economia. É por meio


da pequena empresa que obtemos os produtos e serviços já tradicionais.

Muitos donos de pequenas empresas possuem qualidades empreendedoras ao buscar


atender à demanda de produtos e satisfazer os clientes. Mas o conceito de empreendedorismo
está baseado em indivíduos que misturam inovação com as melhores práticas de
comercialização de novos produtos e serviços e que resultam em empresas de crescimento
acelerado.

Atualmente há psicanalistas que entendem muito da ciência e da técnica, mas


absolutamente nada de como usá-la de forma prática para gerar renda para si mesmos.
Compreender os aspectos mercadológicos é fundamental para desenvolver uma atuação
que beneficie tanto a sociedade quanto os profissionais da psicanálise.

Um psicanalista precisa, acima de tudo, conseguir “embalar” os serviços da psicanálise


de uma forma mais atrativa, não se trata de induzir as pessoas a contratar ou contratar nossos
serviços, mas de conscientizá-las para o cuidado com suas emoções e de mostrar como podem
ter uma vida muito mais saudável e significativas através do que oferecemos.

Assim, oferecer o serviço de psicanálise precisa partir do pressuposto de oferecer e


vender qualidade de vida à sociedade.

3 SETE DICAS IMPORTANTES PARA COMEÇAR EMPREENDER

De acordo com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, não existe uma


fórmula mágica quando se fala em empreender, o que conta mesmo é a força de
vontade e determinação do empreendedor, de acordo do a UTFPR, existem alguns
passos importantes quando se trata de empreender, dentre eles:

1. Aplique o que você sabe e aprende, mão na massa!

Isso vale para tudo na sua vida, não adianta de nada você ler 1000 livros, ou
fazer 100 cursos e não aplicar o conhecimento que você adquiriu. Tome o cuidado de
intercalar o aprendizado com a aplicação!

2. Valores de um time.

Se você está começando um negócio e está procurando sócios ou contratando


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pessoas, preste muita atenção nos valores dessas pessoas que irão trabalhar com
você. Uma grande diferença de valores é o que mais causa problemas para uma
empresa. Portanto, se você está montando um time procure pessoas com valores
alinhados aos seus, e, caso você já tenha uma equipe, tenha certeza de que os
valores dessas pessoas estão alinhados.

3. Perder faz parte!

Todo mundo gosta de ganhar e acertar no que está fazendo, mas não deixe o
medo de perder te travar, de arriscar e de tentar coisas novas. Quando você erra você
aprende muito mais do que quando acerta.

4. Não existe CNTP para empreender.

Diferente da engenharia, não existem Condições Normais de Temperatura e


Pressão (CNTP) para empreender ou para implantar novas ideias na sua empresa.
Se você ficar esperando a hora certa para começar, não vai começar nunca!

5. Empreendedorismo é um esporte coletivo.

Se você quer participar desse mundo de negócios, você vai precisar de uma
boa equipe. O relacionamento, o 1networking e as 2soft skills são fatores
extremamente importantes.

6. Esquece esse negócio de ideia inovadora!

Se você não tem uma ideia revolucionária para o seu negócio, não tem
problema nenhum. Faça algo que você gosta e é bom, ou algo que já existe, e
naturalmente você vai dando o seu toque e aprimorando o seu produto/serviço. Põe o
carro na rua, depois você ajusta.

7. Se o seu negócio está fora da internet, você não tem um negócio.

Atualmente, a atenção das pessoas está no celular. Em média o brasileiro fica


4 horas por dia no celular, se você tem um negócio ele precisa estar onde as pessoas
estão.

1
Networking é o compartilhamento de informações ou serviços entre pessoas, empresas ou grupos. É também uma
forma de os indivíduos desenvolverem seus relacionamentos para seus empregos ou empresas.
2
Soft skills é um termo em inglês usado por profissionais de recursos humanos para definir habilidades
comportamentais, competências subjetivas difíceis de avaliar. Também são conhecidas como people skills
(habilidades com pessoas) e interpersonal skills (habilidades interpessoais). Um conceito de habilidades pessoais
modernas.
Na era da informação e da transformação digital, o mercado de trabalho passa por um avanço de digitalização,
principalmente devido à Inteligência Artificial. Uma rápida mudança das indústrias tradicionais, estabelecidas durante
a Revolução Industrial, para uma economia centrada na tecnologia da informação] E nesse novo cenário econômico,
cada vez mais as habilidades técnicas (hard skills) são insuficientes para o profissional, sendo necessário ter “jogo
de cintura” em várias situações, além da habilidade com ferramenta e método.
Podemos citar alguns exemplos de soft skills: Criatividade, Persuasão, Colaboração, Adaptabilidade e Inteligência
Emocional. Essas 5 aparecem no topo das mais procuradas segundo o linkedin em uma pesquisa realizada no ano
de 2020. Criatividade e Adaptabilidade são importantes nos dias de hoje pois vivemos num período de mudanças, de
muita informação e, principalmente Inteligência Artificial.

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Entendendo que empreender se torna fundamental ao profissional da
psicanálise para se descobrir como psicanalista no mercado, é hora de pensar
algumas coisas sobre sua atuação no mercado de trabalho:

1. Qual será meu público alvo?

2. Como irei precificar meu trabalho?

3. Onde irei atuar como psicanalista clínico?

4. Vou abrir um consultório ou irei atender remotamente?

5. Quanto posso e quero investir no meu novo ramo de atividade?

6. Estou preparado para entrar no mercado de trabalho?

7. Estou preparado para perder tudo o que eu investir?

8. Quais as cinco principais estratégias irei utilizar para oferecer meus


serviços como psicanalista?

Respondendo todas essas questões podemos chegar a algumas conclusões,


se estou ciente de que agora devo me comportar não somente como psicanalista mas
como um novo empreendedor no ramo da saúde mental e mais ainda, que tipo de
serviço irei oferecer ao meu público.

Sempre é bom responder às seguintes questões:

1. Eu compraria o produto que estou vendendo?

2. Qual é o valor do meu produto para mim como profissional e como


empreendedor?

3. Qual é o valor social do que estou vendendo?

4. Como posso fazer com que todas as pessoas tenham acesso ao meu
produto, mesmo aquelas que não possuem condições socioeconômicas acessíveis?

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

1. CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO VALENCIANO SENTANIN, Luis


Henrique. Discente da Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerenciais/ACEG. E-mail:
rickvalenciano@yahoo.com.br BARBOZA, Reginaldo José. Docente da Faculdade de
Ciências Jurídicas e Gerenciais/ACEG. E-mail: reginaldoj3@hotmail.com. Ano V –
Número 9 – Dezembro de 2005 – Periódicos Semestral

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