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Conceito

O conceito "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista Joseph Schumpeter, em


1945, como a base de sua teoria da Destruição Criativa. Segundo Schumpeter, o empreendedor é
alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalista, que
consegue reunir recursos financeiros, organizar as operações internas e realizar as vendas da sua
empresa[3]. De fato, Schumpeter chegou a escrever que a medida para uma sociedade ser
considerada capitalista é saber se ela confia seu processo econômico ao homem de negócios
privado.[4]
Mais tarde, em 1967, com Kenneth E. Knight, e em 1970, com Peter Drucker, foi introduzido ao
empreendedorismo a ideia da necessidade de arriscar em algum negócio para montar
organização. Já em 1985, com Gifford Pinchot III, foi introduzido o conceito de intra-
empreendedor, ou seja, uma pessoa empreendedora, mas que trabalha dentro de uma
organização[5].
Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso Robert D. Hisrich, em seu
livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o processo de criar algo diferente
e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros,
psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação
econômica e pessoal.

Definição
Empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento econômico e social de um
país. O papel do empreendedor é identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para
transformá-las em um negócio lucrativo.
Em 1993, Regina Silvia Pacheco, faz um dos primeiros usos da palavra "empreendedorismo" na
língua portuguesa[6], se referindo às novas estratégias econômicas adotadas, até então, em cidades
estrangeiras.
O empreendedor tem como característica básica o espírito criativo e pesquisador. Ele está
constantemente buscando novos caminhos e novas soluções, sempre tendo em vista as
necessidades das pessoas. A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e
oportunidades, além da preocupação com a melhoria do produto.
Mario Manhães Mosso, porém, volta à definição original de empreendedor, do grego, condutor,
mostrando que o empreendedorismo tem mais chances de sucesso através do empresarismo, quer
dizer, não basta o gosto por assumir riscos, é importante um comportamento de empresário, que
organiza, planeja e estuda profundamente o assunto para ter uma atividade com sucesso
consistente. Por isso ele distingue empreendedorismo de empresarismo, e afirma que a mistura é
mais saudável e promissora.[7]
Deve o empreendedor ser uma pessoa com autonomia, autoconfiança, tem que acreditar que
pode mudar as coisas, que é capaz de convencer as pessoas de que pode ainda possuir a
capacidade de convencer as pessoas de que sua idéia é ótima e de que todos vão beneficiar-se
dela. Enfim, deve saber persuadir terceiros a ajudarem-no a realizar o seu sonho. É o que Filion
chama de Liderança.
E, lógico, exige-se de tal pessoa Conhecimento do Setor em que vai atuar.
Por fim, Filion fala da Visão Complementar, que trata da gerência da empresa, da organização e
controle das diversas atividades administrativas, financeiras, de pessoal etc. Através da visão
complementar é que vai ser criada a estrutura para que o produto seja vendido aos clientes, da
forma mais eficar possível, gerando os resultados esperados: viabilidade, consolidação,
crescimento, altos lucros.

O empreendedorismo é um conjunto de comportamentos e hábitos. Até pouco tempo, se


imaginava que o empreendedor nascia empreendedor, mas hoje é sábido que as características de
um empresário de sucesso podem ser adquiridas com capacitação adequada.
Quem deseja abrir o próprio negócio deve se informar, antes de mais nada. É preciso conhecer o
mínimo a respeito da atividade que se pretende desenvolver e do mercado no qual quer se
envolver. Familiarizar-se com aquilo que se deseja vender, seja o que for, é essencial. Ou seja,
dominar o ramo de atividade.
Parte desta capacitação vem da organização dos recursos do negócio. Todos eles: humanos,
financeiros e materiais. Um exemplo. O empreendedor não pode confundir o dinheiro da
empresa com o seu dinheiro pessoal. Segundo especialistas, esse é um erro comum. É preciso
atentar, também, para a escolha do sócio, discutir as expectativas e o papel de cada um no
empreendimento.
Abaixo, Sergio Diniz, consultor do Sebrae-SP, lista as principais características que um
empreendedor deve ter, se preza pelo sucesso de seu negócio. São elas:
1. Iniciativa: a busca constante por oportunidades de negócios. Estar sempre atento ao que
acontece no mercado em que vai atuar;
2. Perseverança: as dificuldades vão acontecer, até porque o empresário de micro e pequena
empresa muitas vezes é solitário.
3. Coragem para correr riscos: arriscar-se faz parte do ato de empreender. Diniz ressalta que
correr riscos é diferente de correr perigo. O empreendedor corre perigo quando está
desinformado. Se tem as informações, pode tomar decisões complexas com risco calculado;M
4. Capacidade de planejamento:ter a visão de onde está, onde quer chegar e o que é preciso
fazer. Criar planos de ações e priorizá-las dentro do negócio. Monitorar, corrigir e rever. Isso
pressupõe que se avalie as melhores alternativas para alcançar seus objetivos estabelecidos
durante o planejamento.
5. Eficiência e qualidade: as pequenas empresas dispõem de menos recursos, então precisam
garantir que eles sejam bem aproveitados. É preciso conquistar o cliente, o público alvo e
direcionar os esforços;
6. Rede de contatos: é importante participar de eventos e feiras relacionados ao seu produto.
Lembre-se também de que ambientes informais ajudam a formar bons contatos.
7. Liderança: O empreendedor deve ser o líder na sua empresa. Ele deve ser um bom ouvinte e
deve saber estimular permanentemente a equipe, motivá-la e deixá-la comprometida.

ESTUDO DA VIABILIDADE DE NEGÓCIOS


A característica principal dos empreendedores é sua obstinação em gerar novos negócios e
produtos. Sem empreendedores, uma nação cairia no ostracismo económico. Poderíamos dizer
que os empreendedores são o pulmão económico de uma nação.
Entretanto, por falta de preparo ou de erros de avaliação, muitos novos negócios ou produtos
geram enormes prejuízos para o investidor. Como minimizar o risco de um empreendimento?
Além dos aspectos gerais envolvidos (tecnologia disponível, mercado consumidor, logística e
distribuição, etc.), no plano financeiro posso citar que a viabilidade de um negócio é determinada
por:
1. Lucratividade (Preço - Custos), em relação aos produtos ou serviços concorrentes ou similares.
2. Necessidade de Capitais (Giro e Fixo) adicionais para o novo negócio ou produto.
Normalmente, no plano "lucratividade", pode-se ter a impressão que todo produto é lucrativo,
pois a visualização geral do mercado ("eles estão no mercado há décadas e ainda estão
vendendo") falseia a análise.
Lucratividade não é uma avaliação subjetiva, depende dos fatores preço e custo. E, no custo, é
que se encontram os maiores erros de avaliação, esquecendo-se de computar custos indiretos ou
invisíveis, como custo de capital (juros), tributos, aumento dos custos fixos (aluguéis,
instalações, administração, etc.), despesas de promoção e lançamento, etc.
Nem sempre um produto que está no mercado gera lucros suficientes. Ocorre que grandes
corporações mantêm produtos com diferentes lucratividades - um produto mais lucrativo
subsidiando outro não tanto - estrategicamente estabelecido para evitar novos concorrentes (é
que eu chamo de "guerra de preços preventiva").
Quanto à necessidade de capitais para um novo empreendimento (ou a pesquisa, lançamento e
produção do novo produto ou serviço), há empreendedores que deixam este assunto para o
"departamento financeiro" resolver, e quando chega a hora... dívidas e mais dívidas para bancar o
investimento, a juros altíssimos!
O gestor contábil tem muito a colaborar com o empreendedor, nesta tarefa. Pode ele, com sua
experiência, listar os itens de custos mais comuns de um empreendimento, tentando mesurá-los
de forma adequada (como aluguéis, energia, salários, encargos sociais, supervisão,
comunicações, taxas, impostos, administração). Um bom gestor contábil utiliza-se de elementos
históricos presentes na contabilidade da organização para facilitar sua tarefa. Para aqueles itens
que não há base histórica, pode utilizar-se de previsões orçamentárias, obviamente respaldadas
em opiniões profissionais (como engenheiros de produção).
Júlio César Zanluca é Contabilista e autor do Manual de Contabilidade Gerencial.

Negocio

Segundo Peter F. Drucker , Em economia, negócio, é referido como um comércio ou empresa,


que é administrado por pessoa(s) para captar recursos financeiros para gerar bens e serviços, e
por consequência proporciona a circulação de capital de giro entre os diversos setores. Em
apertada síntese, podemos dizer que, entende-se por negócio toda e qualquer atividade
econômica com o objetivo de gerar lucro.
Etimologicamente, e num sentido mais alto, a palavra negócio deriva do latim, e quer dizer a
negação do ócio. Negócio não trata apenas de negócio financeiro ou comercial, mas sim toda a
atividade humana que tem efeitos jurídicos.

A Finalidade de um negócio

A teoria económica vigente sobre a missão de uma empresa e do comportamento empresarial, a


maximização dos lucros (que é simplesmente uma forma complicada de formular a velha
máxima de comprar barato e vender caro), pode explicar bastante bem como é que os negócios
se faziam no passado, no entanto, diz pouco como é que os negócios funcionam ou deviam
funcionar.

O Conceito dos lucros é, na realidade, insignificante para Peter F. Drucker. O perigo do


conceito de maximização dos lucros é que faz com que o conceito de rentabilidade possa ser
desvirtuado pelo lucro abusivo em determinadas situações, por exemplo. No entanto , o lucro e a
rentabilidade são cruciais para a sociedade ainda mais do que para um negócio individual.

Todavia, a rentabilidade não é a finalidade de, mas um fator limitativo para a empresa e para a
atividade empresarial. Os lucros não são a explicação, a causa, os fundamentos lógicos do
comportamento empresarial e das decisões de negócio, mas sim um teste à sua validade. Se se
sentassem arcanjos em vez de empresários nas cadeiras de direção, eles também teriam de se
preocupar com a rentabilidade, apesar da sua total falta de interesse em gerar lucro. É o cliente
que determina o que é um negócio. Apenas o cliente, cuja disposição para pagar por um bem ou
serviço converte recursos econômicos em riqueza e coisas em bens. Aquilo que o cliente compra
e considera de valor nunca é apenas um produto. Tem uma utilidade, i.e., o que o produto ou
serviço faz por ele.

Assim a finalidade última de um negócio é criar um cliente.

Mercado
Conceito de Mercado – Em economia, o termo mercado designa um local, físico ou não, no qual
os compradores e os vendedores se confrontam (…)
Conceito de Mercado
Em economia e nas ciências económicas e empresariais em geral, o termo mercado designa um
local, físico ou não, no qual os compradores e os vendedores se confrontam para estabelecer o
preço e a quantidade de um determinado bem que pretendem transaccionar.
Em qualquer mercado, o mecanismo regulador é o preço (ver mecanismo de mercado): se
comprador e vendedor chegam a acordo no preço relativamente a determinado bem, isso
significa que para o comprador o bem vale tanto ou mais do que o preço estabelecido e que para
o vendedor o bem vale tanto ou menos do que o preço estabelecido. Além disso, os preços
estabelecidos no mercado funcionam como verdadeiros sinais para toda a economia: se, por
exemplo, os consumidores aumentarem o seu desejo por determinado bem, o preço
desse bem tem tendência a aumentar, dando assim um sinal aos produtores que devem produzir
mais quantidade desse mesmo bem. O inverso acontecerá se os compradores passarem a desejar
menos quantidade do bem.
Quando se fala em mercado, pode-se falar em mercado de bens de consumo (por exemplo,
mercado das batatas) ou mercado dos factores produtivos (por exemplo, mercado petrolífero,
mercado financeiro ou mesmo mercado de trabalho). As leis e mecanismos que se aplicam ao
mercado dos bens de consumo e ao mercado dos factores produtivos são as mesmas: por
exemplo, no mercado de trabalho também existe um encontro entre a oferta
(famílias/trabalhadores) e a procura (empresas/empregadores), formando-se um preço que
regulará esse mercado (o salário); da mesma forma, no mercado financeiro existe o encontro
entre quem tem dinheiro para emprestar ou aplicar e quem dele necessita, formando-se
um preço que é a taxa de juros.
Noutros contextos, o termo mercado pode ser entendido como o conjunto de consumidores
potenciais do produto ou serviço oferecido por determinada empresa ou, em termos mais gerais,
ao conjunto de consumidores actuais e potenciais de um determinado sector de actividade ou
conjunto de concorrentes.

Produto, em administração e marketing, é um conjunto de atributos, tangíveis ou intangíveis,


constituído através do processo de produção, para atendimento de necessidades reais ou
simbólicas, e que pode ser negociado no mercado, mediante um determinado valor de troca,
quando então se converte em mercadoria.
Portanto, como produtos, consideramos bens físicos (furadeiras, livros, etc), serviços (cortes de
cabelo, lavagem de carro, etc.), eventos (concertos, desfiles, etc.), pessoas (Pelé, George Bush,
etc.), locais (Havaí, Veneza, etc.), organizações, (Greenpeace, Exército da Salvação, etc.) ou
mesmo idéias (planejamento familiar, direção defensiva, etc.)
Segundo Kotler e Armstrong, produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado
para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer um desejo ou necessidade.
O produto é o primeiro elemento do composto mercadológico: todos os demais componentes
dependem do estudo e conhecimento do produto. A propaganda, o preço e a distribuição só
podem ser definidas após um estudo do produto e da identificação de seu mercado-alvo. Assim
os fatores diretamente relacionados a oferta de marketing são aqui estudados.
Quais produtos produzir e vender, quais novos produtos acrescentar, quais abandonar, em que
estágio do ciclo de vida o produto se encontra, quantos produtos o portfólio deve ter, são apenas
algumas das preocupações encontradas na Gestão de Produto
O consumidor optará pelo produto que considerar como o de maior valor, e para isso levará em
consideração aspectos tangiveis e intangiveis que merecem a atenção dos profissionais de
marketing.

Classificação de produtos
A gestão de produtos envolve o desenvolvimento de estratégias e táticas que aumentaram a
demanda do produto (chamada de demanda primária) em relação ao Ciclo de Vida do Produto.
Uma técnica útil para entender um produto é o Sistema de Classificação Aspinwall. Ele
classifica e atribui nota ao produtos baseado em cinco variáveis:
 1) taxa de reposição - qual a frequência que o produto é recomprado.
 2) margem bruta - quanto lucro é obtido de cada produto (preço médio de venda menos
custo unitário médio).
 3) ajuste de objetivo do comprador - qual a flexibilidade dos hábitos de consumo dos
compradores em relação à esse produto.
 4) duração da satisfação do produto - por quanto tempo o produto irá produzir benefícios
ao usuário.
 5) duração do comportamento de busca do comprador - quanto tempo eles demorarão
para comprar o produto.
Níveis de produtos
Um produto oferecido aos clientes pode ser visto em diferentes níveis:
 Produto núcleo ou central: é o serviço essencial que o comprador está de fato adquirindo.
 Produto tangível : é constituído por suas características, estilo, qualidade, marca e
embalagem.
 Produto ampliado : é o produto tangível somados os diversos serviços que o
acompanham, tais como: garantia, instalação, manutenção, entrega gratuita e outros.
Há também a classificação em: benefício central, produto genérico, produto esperado, produto
ampliado e produto potencial.
Tipos de produtos
Existem vários tipos de produtos:
 produtos ao consumidor (ou bens de consumo) - usados por usuários-finais
 produtos industriais - usados na produção de outros bens
 bens de conveniência - adquiridos frequentemente e com um esforço mínimo
 bens de impulso - compra por estímulo sensorial imediato
 bens de emergência - bens necessários imediatamente
 bens de compra comparada - alguma comparação com outros bens como carros e TVs.
Ou seja, são produtos que exigem um alto esforço do consumidor para comparar os
requisitos e fazer uma escolha que atenda às suas necessidades.
 bens de especialidade - comparação extensiva com outros bens e uma longa busca por
informações
 bens não procurados - ex. vagas em cemitérios, seguros
 bens perecíveis - bens que se deteriorarão rapidamente mesmo sem uso
 bens duráveis - bens que sobrevivem à ocasiões de múltiplo uso
 bens não-duráveis - bens que serão consumidos em um única oportunidade
 bens de capital - instalações, equipamentos e construções
 partes e materiais - bens que são agregados a um produto final
 abastecimento e serviços - bens que facilitam a produção
 commodities - bens indiferenciáveis (ex. trigo, ouro, açúcar, etc)
 produtos intermediários - resulta da fabricação de outro produto
As três características básicas de um produto
Como visto, as variaveis envolvidas no Produto são muitas. Contudo existem três pontos chaves
que são de inegável importância em qualquer oferta:
 Qualidade: Tem a ver com o quão perfeitamente seu produto satisfaz um desejo ou
necessidade do cliente. Pesquisa e Desenvolvimento podem colaborar com a crescente
qualidade de um produto. Eliminação de deficiências e fortalecimento de pontos fortes
influênciam a qualidade percebida de seu produto favorecendo sua aceitação.
 Apresentação: A apresentação pode ser o diferencial numa escolha entre concorrentes.
Um produto não só deve ter qualidade como deve também aparentar ter qualidade. Cores,
embalagem, exposição, sem dúvida alguma influenciam na decisão de compra. A
apresentação não deve apenas ser esteticamente agradável, mas deve também ser coerente
com seu público-alvo.
 Marca: A construção de uma marca forte para seu produto é consequência de um
relacionamento satisfatório com seu mercado-alvo. Quando esta identificação positiva se
torna forte o bastante, sua marca passa a valer mais do que o próprio produto oferecido.
Branding é como é chamado o conjunto de práticas e técnicas que visam a construção e o
fortalecimento de uma marca.
Etapas para o desenvolvimento de produto
 Identificação de oportunidade
 Análise do problema (levantamento de informações)
 Geração de idéias
 Triagem
 Desenvolvimento e teste do conceito
 Desenvolvimento da estratégia de marketing
 Análise financeira/comercial
 Desenvolvimento do produto
 Teste de mercado
 Comercialização
Estas etapas são exploradas em mais detalhes em Metodologia de projeto.

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