Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Neurociência
Aplicada à
Educação e
Aprendizagem 3
módulo
Vamos começar?
9
Inteligência
Avaliação da Inteligência
Figura 1 - WISC-IV.
Fonte: PEARSON
(2021).
Outras formas:
• CPM RAVEN – Matrizes Progressivas de Raven -
Escala Geral;
• CPM RAVEN – Matrizes Progressivas de Raven -
Escala Avançada.
Figura 2 - CPM-
RAVEN. Fonte:
PEARSON (2021).
12 As Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (CPM) têm por
objetivo mensurar a inteligência de crianças (Fator g). Além
disso, fornecem informações sobre a habilidade das crianças
para gerar novos insights, ou seja, ir além da informação dada
para perceber o que não é imediatamente óbvio. Os testes
de Raven também são considerados padrão-ouro mundial
para avaliação da inteligência. O público-alvo das Matrizes
Progressivas Coloridas abrange crianças de entre 5 a 11 anos
de idade.
Figura 3 - Colúmbia.
Fonte: PEARSON
(2021).
Critérios diagnósticos:
i. Atraso no funcionamento intelectual
Avaliação da Inteligência na DI: na avaliação da DI, o
critério para o déficit se caracteriza por um QI com dois
desvios padrão menor do que 70 (considerado limítrofe)
em testes cuja média é 100 e o desvio-padrão é igual a 15
(APA, 2013). Ou seja, QI menor ou igual a 40. Entretanto, a
avaliação da inteligência não se resume à identificação de
déficits. A partir dos resultados obtidos nos instrumentos
de avaliação, deve-se também apontar as habilidades
preservadas do indivíduo. Na verdade, essas habilidades
irão nortear o planejamento das atividades de intervenção
que deverão ser realizadas;
ii. Dificuldade na funcionalidade
Além do funcionamento intelectual, existe um segundo
critério para o diagnóstico da deficiência intelectual. Esse
critério corresponde à avaliação da funcionalidade ou do
comportamento adaptativo. O instrumento mais utilizado
para esta avaliação é a Vineland Adaptative Behavior
Scale, já na segunda versão, Vineland II (SPARROW;
CICHETTI; BALLA, 2005). Esta escala permite medir
déficits em quatro grandes domínios do comportamento
adaptativo:
1. Comunicação receptiva, expressiva e escrita;
2. Habilidades de vida diária, pessoais, em casa e na
comunidade;
3. Habilidades sociais, relacionamentos interpessoais,
habilidades para brincar e lazer;
4. Coordenação motora grossa e fina.
15 Através desta escala, podemos verificar qual é a fase do
desenvolvimento em idade e meses em que a criança/
adolescente se encontra para cada habilidade específica.
O questionário é realizado com os cuidadores e as
respostas são dadas em função da frequência com que
a criança/adolescente apresenta o comportamento
(SEABRA et al., 2014).
b. Transtornos do Espectro do Autismo (TEA)
Critérios diagnósticos:
• inabilidade persistente na comunicação social,
manifestada em déficits na reciprocidade emocional e
nos comportamentos não verbais de comunicação usuais
para a interação social;
• padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividade, manifestados por movimentos,
falas e manipulação de objetos de forma repetitiva e/ou
estereotipada, insistência na rotina, rituais verbais ou
não verbais, inflexibilidade a mudanças, padrões rígidos
de comportamento e pensamento; interesses restritos e
fixos com intensidade; hiper ou hipo atividade em relação
a estímulos sensoriais;
• os sintomas devem estar presentes no período
de desenvolvimento, em fase precoce da infância,
mas podem se manifestar com o tempo conforme as
demandas sociais excedam as capacidades limitadas;
• todos esses sintomas causam prejuízos significativos
no funcionamento social, profissional e em outras áreas
da vida da pessoa com TEA (DSM-V).
TEA e Inteligência:
Um estudo de Munson e colaboradores (2008) mostrou a
existência de quatro subgrupos de crianças com TEA, de
2 anos a 5 anos e 6 meses, a partir das diferenças no perfil
cognitivo. Este estudo utilizou a Escala de Mullen para a
identificação dos perfis cognitivos.
• Grupo 1: Deficiência intelectual severa (59%): prejuízos
severos nas habilidades verbais e não verbais, com
escores muito abaixo dos esperados;
16 • Grupo 2: Grandes discrepâncias entre habilidades
verbais e não verbais, com maior prejuízo nas habilidades
verbais (12,5%);
• Grupo 3: Prejuízo leve a moderado em ambas as
habilidades (21,7%);
• Grupo 4: Desempenho médio em todas as habilidades
(7%).
a. Stroop
b. Wisconsin