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FUNÇÕES

EXECUTIVAS
e sua prática no contexto escolar
MINHA TRAJETÓRIA
◦ Trabalhei como babá durante 8 anos.
◦ Entrei na faculdade no ano de 2014.
◦ No ano de 2016 iniciei meu estágio na Link Psicologia-( At interna/At externa/Aten social)
◦ Formei na UNA(2019-pandemia)
◦ Em 2020 entrei para a Equipe da Link Psicologia.
◦ FORMAÇÃO:
◦ Pós graduada em Análise do Comportamento Aplicada para pessoas com D.I
e TEA.
◦ Pós graduando em Desenvolvimento Infantil .
◦ CBI of Miami .

01/08/2022
MINHA ATUAÇÃO

Aconselhamento
Atendimento de Pais Supervisão aos
Reunião Escolar
ind/dupla Ats/Tei
(prático/teórico)

Reunião de Supervisora dos


Tutora
Equipe Ats internos
FUNÇÕES EXECUTIVAS
◦ As funções executivas (FEs) podem ser consideradas como habilidades, operações, processos ou
capacidades cognitivas que possibilitam ao sujeito identificar metas, planejar e executar tarefas com a
finalidade de conquistar um objetivo (Cypel, 2006; Malloy-Diniz, Paula, Loschiavo-Alvares, Fuentes &
Leite, 2010; Cosenza & Guerra, 2011).
Neuropsicologia das funções executivas
◦ As funções executivas apresentam desenvolvimento gradual, com amadurecimento consoante ao
desenvolvimento ontogenético. Nota-se que na infância as funções executivas não estão plenamente
desenvolvidas, e modificam-se significativamente até o fim da adolescência e inicio da fase adulta. .
Esta mudança acontece graças a uma característica plástica do cérebro, denominada
neuroplasticidade, ou seja, a capacidade que o sistema nervoso tem de se alterar em termos de
função ou estrutura como resposta às influências ambientais externas ou internas.(Cosenza & Guerra,
2011).
Neuropsicologia das funções executivas
◦ Com o avançar da idade observa-se significativa melhoria das FEs. Os principais saltos no
desenvolvimento das FEs ocorrem em três momentos de acordo com (Capovilla, et al, 2004):
◦ (1) do nascimento, 3 a 5 anos;
◦ (2) entre sete e nove anos;
◦ (3) entre 15 e 25 anos
◦ Na idade adulta as FEs se estabilizam e então, na velhice inicia seu declínio natural (Seabra & Dias,
2012; Malloy-Diniz, Sedo, Fuentes & Leite, 2008).

01/08/2022
Neuropsicologia das funções executivas
Localização das Funções Executivas
◦ As FE estão relacionadas ao córtex pré-frontal, que desempenha um papel fundamental mediando
diferentes aspectos envolvidos no funcionamento executivo. Mas embora o córtex pré-frontal tenha um
papel privilegiado, as FE são resultado da atividade de diferentes circuitos neurais, com a participação
de todo o cérebro na sua totalidade para um eficaz funcionamento das mesmas

01/08/2022
Desenvolvimento das Funções Executivas
◦ O modelo de desenvolvimento de Diamond (2013, 2014), entende as funções executivas como
conjunto de processos mentais top-down. Essas funções são habilidades essenciais para vários aspectos
da vida como manejo da saúde física e mental, sucesso na escola e na vida, e desenvolvimento
cognitivo, social e psicológico. Compõem as funções executivas, três núcleos de funções executivas
(Lehto et al. 2003, Miyake et al. 2000):
◦ Inibição (CI): controle inibitório, incluindo autocontrole (inibição comportamental) e controle de
interferências (atenção seletiva e inibição cognitiva);
◦ Memória de trabalho (MT);
◦ Flexibilidade cognitiva (FC): também chamada de mudança de cenário, flexibilidade mental ou
mudança mental intimamente ligada à criatividade.
Memória de trabalho
◦ A memória de trabalho está relacionada com a competência de reter e manipular a informação num
determinado período de tempo (Diamond, 2006, 2013). Este componente tem por principal função
prestar auxílio à atenção seletiva e assim, favorecer a representação mental da informação. A principal
característica da memória de trabalho é seu armazenamento temporário, que dura o tempo
necessário para que a informação seja manipulada durante o processamento de determinada tarefa
(Baddeley, 2007).
Memória de trabalho
Memória de trabalho
Memória de trabalho
Memória de trabalho
CONTROLE INIBITÓRIO
◦ A inibição refere-se à habilidade de controlar a atenção, comportamento, pensamentos e / ou
emoções para invalidar uma predisposição preponderante (interna ou atração externa) e, então, inibi-
la, fazendo o que é mais apropriado ou necessário no momento. Diamond, 2013).

Controle Inibitório Controle inibitório


interno externo
Controle de interferência externo
◦ Inibição de atenção: refere-se ao controle da interferência a nível da percepção. A atenção seletiva é
primordial para tal controle, pois ela filtra os distratores e seleciona os estímulos alvo. A inibição da
atenção pode ser voluntária, ou seja, é possível que se escolha deliberadamente qual estímulo inibir,
dependendo do seu objetivo (Theeuwes 2010). Leitura do ambiente.
Atenção concentrada ou seletiva
Atenção concentrada ou seletiva
Atenção concentrada ou seletiva
Atenção concentrada ou seletiva
Controle de interferência interno
◦ Inibição cognitiva: refere-se ao controle de interferências mentais, atuando na supressão de
representações mentais prepotentes como aprendizagens, pensamentos, memórias, inclusive o
esquecimento intencional (Anderson & Levy, 2009). Usualmente, a inibição cognitiva auxilia e da
suporte à memória de trabalho, tendendo a se relacionarem fortemente.
Atenção sustentada

01/08/2022
JARGÃO

E AGORA?!
CONTROLE DE IMPULSO
◦ Autocontrole: abrange o controle sobre o comportamento, e regulação emocional. Refere-se ao
controle de impulsos (ex: controlar a vontade de comer doces quando se está de dieta). Compreende
manter condutas socialmente corretas (ex: não furar a fila). Além disso, diz respeito a ter disciplina para
permanecer e completar uma tarefa, independente de distrações. Está relacionado com o aspecto
final do autocontrole - atrasar a recompensa (Mischel et al. 1989) - forçar-se a esquecer de um prazer
imediato por uma recompensa maior a longo prazo. Sem disciplina e capacidade de adiar a
recompensa, é impossível completar uma tarefa complexa e longa (ex: escrever uma tese).
CONTROLE DE IMPULSO
CONTROLE DE IMPULSO
CONTROLE DE IMPULSO
FLEXIBILIDADE COGNITIVA
◦ A flexibilidade cognitiva envolve diversos aspectos como (Diamond, 2013) cita:
◦ Mudança de perspectiva espacial: analisar um objeto/espaço/situação por novo ângulo. Por
exemplo: um determinado objeto muda caso seja visualizado por um ângulo diferente?

USO DOS VERBOIS MENTAIS


FLEXIBILIDADE COGNITIVA

◦ Mudança de perspectiva interpessoal: Por exemplo: tentar compreender o ponto de vista de outra
pessoa. Para alterar a perspectiva é necessário inibir a perspectiva anterior e ativar na MT elementos da
nova perspectiva. E é por tal motivo que considerando os componentes básicos das FEs, a flexibilidade
cognitiva é mais complexa e desenvolve-se após a MT e inibição (Davidson et al. 2006, Garon et al.
2008).
FLEXIBILIDADE COGNITIVA

◦ Ajuste de planos: envolve ser flexível o suficiente para se ajustar às prioridades, admitir erros, e
aproveitar oportunidades repentinas e vantajosas. Por exemplo: quando se tem um planejamento em
mente, e de repente surge uma oportunidade que o obriga a modificar o planejamento.
FLEXIBILIDADE COGNITIVA

Criatividade: usar a seu favor ideias inovadoras para uma situação, não ser monótono. Por exemplo:
utilizar novas estratégias de aprendizagem quando não se compreende um determinado assunto.

◦ Em suma, a flexibilidade cognitiva é o oposto de rigidez cognitiva, é a habilidade de se adaptar as


mudanças do ambiente. Possibilita ao sujeito lidar com situações novas, sem se apegar a padrões
comportamentais (Seabra, et al, 2012).
ESCADA DE DESENVOLVIMENTO
◦ As habilidades de MT, CI, FC são consideradas como funções executivas básicas. Estas funções dão
suporte para o posterior desenvolvimento de funções mais complexas como: raciocínio, planejamento,
tomada de decisão. Espera-se que ao término da adolescência já se tenha desenvolvido as funções
executivas básicas (Diamond, 2006).
◦ Memória de trabalho
◦ Controle Inibitório: Externo e Interno
◦ Controle de Impulso
◦ Flexibilidade Cognitiva
◦ Raciocínio
◦ Resolução de Problemas
◦ Planejamento
FUNÇÕES EXECUTIVAS
MOMENTO PERGUNTAS!!!!

Instagram: psicojessicasantana/linkpsicologia
EMAIL: psicojessicasantana@gmail.com
REFERÊNCIAS:

◦ Diamond, A. (2006). The early development of executive functions.. In.: Bialistok, E. & Craik, F. I. M. (2006).
Lifespan cognition: mechanisms of change. Oxford University Press. Diamond, A. (2013). Executive
functions. Ann. Ver. Psychol., 64, 135-168
◦ Avaliação das Funções Executivas na Infância: Revisão dos Conceitos e Instrumentos. Psicologia em
Pesquisa, 7(1), 13-22. Best, J. R. (2010). Effects of physical activity on children’s executive function:
Contributions of experimental research on aerobic exercise. Developmental Review, 30(4), 331-351.
Brocki, K. C., & Bohlin, G. (2004). Executive functions in children aged 6 to 13: A dimensional and
developmental study. Developmental neuropsychology, 26(2), 571- 593
◦ Damasio, A. R. (1996). The somatic marker hypothesis and the possible functions of the pre-frontal cortex.
Philosofical transactions of the royal society of London (series B), 351, 1413-1420.

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