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PROF: RAQUEL TINOCO Treinamento Funcional | Portal Educação

NEUROPSICOLOGIA

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NEUROPSICOLOGIA

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MÓDULO I

1 INTRODUÇÃO À NEUROPSICOLOGIA

1.1 NEUROPSICOLOGIA – DADOS HISTÓRICOS

Dados de relatos sobre dificuldades de linguagem em um paciente com


lesão craniana já eram descritos nos papiros de Edwin Smith em 3500 a.C.
Desde então diversos estudos cognitivos vêm sendo descritos ao longo do
tempo.

 Gall (1809) – por meio de sua doutrina, a frenologia, defendia que


a superfície do cérebro fosse associada a diferentes órgãos cerebrais, tendo
cada um uma função e traços de caráter.
 Carl Wernicke (1874) - descreveu a relação entre lesão no giro
temporal dominante e a afasia sensorial ou de compreensão. Descreveu também
a afasia de condução, cuja lesão ocorre nas fibras que conectam o giro temporal
ao giro frontal no hemisfério esquerdo, com compreensão e expressão
preservadas de forma razoável no contexto de dificuldades de repetição de
palavras ou frases.
 Paul Broca (1961) - sugeriu que o hemisfério cerebral esquerdo
tinha relação com a linguagem, especificamente a fala e a dominância manual.
 1913 - o termo neuropsicologia surge pela primeira vez numa
conferência nos Estados Unidos, mencionado por William Osler. Em seguida é
citado na obra de Donald Hebb (1949), porém para a maioria dos pesquisadores,
essa especialidade teve início com os estudos de Paul Broca.
 Surgimento de uma nova escola: Localizacionista - devido às
pesquisas sobre subdivisão e localização de centros específicos da linguagem.
Outros estudos foram publicados associando áreas cerebrais a determinadas
funções cognitivas.

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- Panizza (1855) – relacionou o quadro de cegueira com a região
occipital.
- Jonh Harlow (1849) – descreveu alterações de comportamento no caso
Phineas Gage depois de uma lesão frontal.
 Fim do século XX e início do século XXI – Vygotsky e Luria
apresentaram uma proposta diferente da Localizacionista. Eles se basearam em
três princípios centrais das funções corticais: PLASTICIDADE, SISTEMAS
FUNCIONAIS DINÂMICOS E PERSPECTIVA A PARTIR DA MENTE HUMANA.
 A psicologia cognitiva (1950) - objetivou estudar os processos
cerebrais e cognitivos em indivíduos normais, incluindo a memória, linguagem,
pensamento e funções perceptivas.
 Fim da década de 1960 – surge na Inglaterra a neuropsicologia
cognitiva, a qual se baseou em paradigmas de processamento de informações
para a análise dos subcomponentes das habilidades cognitivas.
 No Brasil (1950) - o neuropediatra, também graduado em
psicologia, Antônio Frederico Branco Lefèvre do departamento de Neurologia da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) realizou os
primeiros estudos sobre neuropsicologia com enfoque na psicopatologia da
afasia em crianças. Sua esposa, Beatriz Helena Lefèvre, da Divisão do Instituto
Central do Hospital das Clínicas da FMUSP expandiu esses estudos.
 Em 1971 - a psicóloga Cândida Helena Pires de Camargo e o
neurocirurgião Raul Marino Jr. criaram a Unidade de Neuropsicologia da Divisão
de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da
FMUSP, objetivando auxiliar no diagnóstico, planejamento cirúrgico e
monitoramento dos pacientes com doenças neurológicas e neuropsiquiátricas.
 Em 2004, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) reconheceu a
neuropsicologia como especialidade da psicologia pela resolução nº002/2004.
(MIOTTO, 2012).
A neuropsicologia é a ciência que objetiva o estudo da relação entre o
cérebro e o comportamento humano (LURIA, 1981). Para Lezak (1995), a
neuropsicologia pode ser definida como a análise sistemática das alterações de
comportamento desencadeadas por lesões, doenças e malformações que
acometem o cérebro.

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A neuropsicologia é uma área relativamente nova. É a área da psicologia
e das neurociências que tem como objetivo estudar as relações entre o sistema
nervoso central (SNC), o funcionamento cognitivo e o comportamento. As
principais atuações se referem ao diagnóstico complementar e intervenções
clínicas voltadas para as várias patologias decorrentes de alterações no SNC,
bem como pesquisa experimental e clínica na presença ou não de afecções.
Possui uma inter-relação com as áreas de neurologia, psicologia, psiquiatria,
pedagogia, geriatria, pediatria, fonoaudiologia, forense e, recentemente com
economia e marketing (MIOTTO, 2012).

Vale salientar que a maior contribuição para a neuropsicologia se deu


com Luria (1966). A partir de uma base clínica e experimental, ele examinou
pacientes com lesões cerebrais adquiridas na Segunda Guerra Mundial. As
observações meticulosas e os estudos experimentais proporcionaram o
desenvolvimento de uma teoria das funções cerebrais e um método de
investigação significativo para o diagnóstico localizatório e a reabilitação.

Luria publicou um livro com o resumo de 20 anos de pesquisa no


ocidente. Essa obra forneceu subsídios para a avaliação neuropsicológica e para
a prática clínica a milhares de pessoas pelo mundo todo, inclusive no Brasil.
Possibilitou aqui no Brasil, a “entronação” definitiva da avaliação
neuropsicológica como parte do instrumento para auxílio ao diagnóstico e
planejamento cirúrgico dos pacientes com doenças neurológicas e
neuropsiquiátricas no início da década de 1970, na Divisão de Neurocirurgia
Funcional, do Instituto de Psiquiatria – Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo - USP (LURIA, 1966; CAMARGO,
BOLOGNANI e ZUCCOLO, 2008).

Os exames de neuroimagem também são fundamentais na avaliação


neuropsicológica, pois, permitem a visualização da localização de lesões e
disfunções sutis. A avaliação concentra o interesse também no estabelecimento
da extensão, do impacto e das consequências cognitivas, comportamentais e na
adaptação emocional e social que lesões ou disfunções cerebrais podem
ocasionar nos indivíduos (CAMARGO, BOLOGNANI e ZUCCOLO, 2008).

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A neuroimagem propicia o conhecimento de circuitos cerebrais que são
responsáveis por áreas específicas da cognição do ser humano. Permite a
visualização da estrutura e funcionamento do cérebro, podendo identificar a
anatomia de alguns distúrbios mentais (VIEIRA et. al., 2007).

As técnicas de neuroimagem possibilitam a diferenciação de doenças


psiquiátricas de outras patologias. Facilita a visualização para exclusão de
tumores, lesões isquêmicas que desencadeiam sintomas semelhantes dos
transtornos mentais. Facilita a pesquisa em relação a alterações estruturais ou
funcionais como fator primário de transtornos psiquiátricos com o auxílio da
morfologia e da fisiologia do encéfalo (VIEIRA et. al., 2007).

Os profissionais da educação e da saúde em geral têm percebido a


importância do entendimento em relação às alterações cognitivas. Eles têm se
deparado com cada vez mais solicitações para diagnóstico e cuidados que
excedem o que pode ser feito com base apenas nos métodos da medicina. Já
se sabe que algumas doenças têm impacto significativo em várias áreas do
funcionamento do indivíduo. O reconhecimento dessas dificuldades era
antigamente mais fácil nas doenças de impacto primário sobre o cérebro, porém
nos últimos anos essa identificação ou suspeita vem sendo feita em relação às
outras desordens, inclusive psiquiátricas e somáticas (TARTER, EDWARDS e
VAN THIEL, 1998; YUDOFSKY,1992).

FIGURA 1

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É importante salientar também que algumas doenças podem ter efeito
potencialmente adverso no funcionamento neurológico, tais como infecções,
traumas, exposição a agentes tóxicos, problemas renais, cardíacos, de fígado e
outros. Os efeitos neurológicos secundários dessas alterações podem afetar a
cognição e, consequentemente, a capacidade adaptativa do indivíduo,
ocasionando problemas no manejo agudo e em longo prazo, caso não sejam
reconhecidos (TARTER, EDWARDS e VAN THIEL, 1998).

O neuropsicólogo atua na avaliação (exame, avaliação neuropsicológica)


e no tratamento (reabilitação neuropsicológica) no que se refere às disfunções
ou sequelas do SNC. Essas sequelas ou alterações podem estar associadas ao
desenvolvimento anormal do sistema nervoso central como, por exemplo,
transtorno do déficit de atenção/hiperatividade, esquizofrenia, dislexia ou as
sequelas adquiridas em algum momento da vida representadas por: traumatismo
cranioencefálico, acidente vascular encefálico, demências (COSENZA,
FUENTES e MALLOY-DINIZ, 2008).

Nos últimos anos vários estudos vêm mostrando os benefícios da


identificação e do diagnóstico precoce de déficits cognitivos e emocionais por
meio da avaliação neuropsicológica nos quadros neuropsiquiátricos. A
identificação com precisão dos componentes com déficits, das forças cognitivas
e da personalidade e da forma como se articulam auxilia a tomada de decisões
e o manejo a curto e longo prazo, portanto a investigação do funcionamento e
dos sintomas por meio de uma vasta avaliação que integre dados de várias áreas
do conhecimento se faz necessária (CAMARGO, BOLOGNANI e ZUCCOLO,
2008).

1.2 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

O objetivo da avaliação neuropsicológica consiste em:


 A quantificação e a qualificação detalhadas de alterações das
funções cognitivas, objetivando diagnóstico ou detecção precoce de sintomas

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em quadros neurológicos e transtornos psiquiátricos, tanto em clínica como em
pesquisa.
 Investigar a natureza e o grau de alterações cognitivas e
comportamentais.
 Monitorar a evolução de quadros neurológicos e psiquiátricos,
tratamentos clínicos, medicamentosos e cirúrgicos.
 Planejar programas de reabilitação voltados para as alterações
cognitivas, comportamentais e de vida diária.
 Avaliação com foco para os aspectos legais, gerando informações
e documentos sobre as condições ocupacionais ou incapacidades mentais de
pessoas que sofreram algum dano cerebral ou doença, afetando o sistema
nervoso central (MIOTTO, 2012; MÄDER-JOAQUIM, 2010).
A avaliação é realizada por meio da aplicação de entrevistas, testes
neuropsicológicos quantitativos e qualitativos das funções cognitivas (atenção,
percepção, memória, linguagem e raciocínio). Alguns métodos já são utilizados
há algum tempo, porém outros estão ainda em construção (MÄDER-JOAQUIM,
2010).

É importante lembrar que a avaliação neuropsicológica não é somente a


aplicação, correção e interpretação de testes de cognição. Ela contribui para o
raciocínio, baseado em hipóteses diagnósticas, possibilita a identificação de
maneira pormenorizada o tipo e a extensão da alteração cognitiva, enfatiza as
funções cognitivas preservadas e comprometidas, a presença de alterações do
comportamento e de humor, bem como o impacto destas nas atividades de vida
diária, ocupacional, social e pessoal do indivíduo. A avaliação consiste também
investigar as alterações de humor e do comportamento por meio de escalas
(MIOTTO, 2012).

A avaliação neuropsicológica é indicada em indivíduos com alterações


cognitivas devido a eventos que atingiram primária ou secundariamente o SNC.
São os traumatismos cranioencefálicos (TCEs), tumores cerebrais (TUs),
epilepsias, acidentes vasculares encefálicos (AVEs), demências, desordens

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tóxicas, doenças endócrinas ou desordens metabólicas, deficiências vitamínicas
e outras desordens (CAMARGO, BOLOGNANI e ZUCCOLO, 2008).

QUADRO 1- AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

Em algumas circunstâncias, o prognóstico do paciente vai depender de seus recursos


cognitivos e emocionais prévios e remanescentes. A avaliação neuropsicológica pode
identificar esses recursos com bastante precisão, mapeando as forças e as fraquezas
cognitivas e assim contribuindo para prever o que esperar quanto à evolução.

FONTE: Neuropsicologia: Teoria e Prática, 2008 (Fuentes, Malloy-Diniz, Camargo, Cosenza e


cols) – O exame neuropsicológico e os diferentes contextos de aplicação. (pp.110).

A avaliação neuropsicológica também é indicada nas situações em que


os recursos cognitivos e adaptativos não são suficientes para o manejo da vida
prática acadêmica, profissional ou social pela questão dos indivíduos
apresentarem a organização de suas funções mentais de formas diferentes ou
discrepantes do que é habitual. Os portadores do transtorno específico do
desenvolvimento, os transtornos globais do desenvolvimento, o retardo mental e
até mesmo quadros de transtornos de personalidade incluem a categoria dos
indivíduos que podem ter benefícios por meio da avaliação e posteriormente uma
reabilitação objetivando uma melhor adaptação social. A dislexia, o transtorno
do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e o transtorno afetivo bipolar (TAB)
na infância e adolescência também se beneficiam com a avaliação, pois, a
mesma pode fornecer subsídios individuais que contribuem para o auxílio do
tratamento (CAMARGO, BOLOGNANI e ZUCCOLO, 2008).

As funções cognitivas fazem parte do nosso funcionamento e são


fundamentais para que possamos realizar as atividades do nosso dia a dia de
forma automática e com maestria, porém quando as mesmas estão alteradas
por algum motivo, começamos a entrar em contato com limitações que podem

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nos causar uma série de transtornos desde os físicos até emocionais. A seguir
veremos cada uma das funções cognitivas que fazem parte do nosso
funcionamento.

A seguir alguns testes neuropsicológicos – checar a padronização


brasileira, pois, nem todos os testes estão validados para uso no Brasil
(MIOTTO, 2012).

Funções intelectuais – WAIS-III, WISC-III, WPPSI, Stanford-Binet,


matrizes de Raven.

Memória de curto prazo ou operacional – Dígitos (WAIS-III E WISC-III),


Span Espacial (WMS-III), Sequencia Letra e Número (WAIS-III), WRAML,
NEPSY

Memória episódica verbal: evocação imediata, tardia e reconhecimento


– Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT), Hopkins Verbal Learning
Test-R (HVLT-R), memória logica (WMS-III), reconhecimento de palavras
(Warrington Recognition, Camden Memory Tests)

Memória episódica visuoespacial: evocação imediata, tardia e


reconhecimento – Brief Visual Memory Test-R (BVMT-R), figura de Rey,
evocação de figura (AMIPB), três figuras e três palavras, WRAML, NEPSY

Memória semântica – vocabulário e informação (WAIS-III), Pyramid


Palm and Trees, fluência categórica (Animais)

Memória implícita – figuras e palavras fragmentadas de Gollins

Linguagem – Boston Naming Test (Nomeação), Token Test


(Compreensão)

Habilidades acadêmicas – teste de desempenho escolar (leitura,


escrita e cálculo).

Funções visuoperceptivas e visuoespaciais – visual object and Spatial


Perception Battery (VOSP), completar figuras (WAIS-III), Hooper

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Praxias – Cubos – WAIS-III (praxia construtiva), desenho do relógio
e cópia de figuras bi e tridimensionais, imitação do uso de objetos (praxia
ideomotora), movimentos orofaciais (praxia bucofacial)

Funções atencionais – Wisconsin Card Sorting Test, estimação


cognitiva, semelhanças e arranjo de figuras (WAIS-III), provérbios, fluência
verbal nominal (FAS) e categórica (Animais), AC, D2, NEPSY.

Investigação de demência – MEEM – miniexame do estado mental,


Dementia Rating Scale, Escala Mattis, Clinical Dementia Rating (CDR)

Humor – SCID, escalas Beck (ansiedade e depressão), HADS, GDS

2 ATENÇÃO

Segundo Eysenck e Keane (1994), a atenção significa a capacidade de


selecionar parte de um estímulo para um processamento mais intenso, porém
pode também ser sinônimo de concentração ou estado mental.

D’Mello e Steckler (1996) defendem que “para um organismo aprender,


ele deve ser capaz de perceber os estímulos ambientais, realizar associações
entre esses estímulos e arquivar informações relevantes. No entanto, para
associar estímulos o organismo deve antes discriminar as diferenças entre esses
estímulos, e para arquivar informações o organismo necessita primeiramente
decodificar e alocar a informação em uma ou mais das muitas localizações
neuronais. A eficiência do aprendizado depende de fatores como motivação,
atenção, memória e experiência previa” (p.345).

A Segunda Guerra Mundial proporcionou a retomada de destaque no


campo das ciências em relação à atenção. A guerra desencadeou a necessidade
da operação de torres de controle e redes de comunicação mais eficientes,
porém percebeu-se por meio dessa tarefa que a capacidade do ser humano de
processar muitas informações era bastante limitada. Devido a isso, objetivou-se

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estudar como o indivíduo utiliza suas capacidades atencionais para criar
sistemas de comunicação que trabalhassem em harmonia com esta capacidade
limitada (NABAS E XAVIER, 2004).

A avaliação da atenção exige do examinador bastante cautela. É


necessária a investigação de vários fatores que podem influenciar o exame
dessa complexa função, como, por exemplo, cansaço, sonolência, o uso de
álcool, de substâncias psicoativas, etc. Outro dado importante para avaliação se
refere à importância da consideração sobre os níveis atencionais, pois, os
mesmos variam ao longo dos dias e, frequentemente ao longo de um mesmo
dia: o desempenho deficitário em um momento isolado não necessariamente
implica comprometimento significativo dessa função (COUTINHO et. al., 2010).

É válido ressaltar que o que se entende por atenção se refere a aspectos


cognitivos diferentes que podem exigir tarefas específicas para sua avaliação.
Para avaliar a atenção sustentada, por exemplo, é necessária a utilização de
testes mais longos (raramente encontrado na prática clínica). Alguns transtornos
primários de atenção, como no transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) são caracterizados pela variabilidade da resposta ao longo do tempo,
exigindo não apenas testes mais longos como também divididos em blocos para
análise comparativa. Por último, vale destacar que alguns autores consideram a
atenção ou pelo menos alguns de seus aspectos como uma função executiva
tendo a necessidade de ser interpretada no contexto nos demais déficits que
ocorrem nas síndromes disexecutivas (COUTINHO et. al., 2010).

A atenção tem papel significativo no nosso dia a dia. As atividades


mentais ocorrem no contexto de ambientes com muitos estímulos, importantes
ou não, que acontecem sem parar. Esses estímulos (olfatórios, visuais,
auditivos, etc.) normalmente são selecionados de acordo com os objetivos
pretendidos, conscientes ou não. Não podemos esquecer também que várias
funções cognitivas dependem da atenção, mais especificamente a memória.
Uma deficiência atencional pode então desencadear uma ampla gama de
sintomas e em grande espectro de áreas da vida diária (COUTINHO et. al.,
2010).

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Muitos autores vêm salientando que a atenção não se refere a apenas
uma percepção unitária, mas consiste de mecanismos distintos e, muitas vezes
que se completam.

Segundo Muir (1996), a atenção é dividida em três formas básicas que


são: atenção sustentada, dividida e seletiva.

Atenção Sustentada: capacidade de manter o foco em uma


determinada tarefa, assunto, etc.

Atenção Dividida: capacidade de alternar o foco em duas ou mais


tarefas.

Atenção Seletiva: capacidade de manter a atenção para um


determinado foco ignorando outros estímulos.

A literatura apresenta certa controvérsia em relação à definição de


atenção seletiva. Para Fuster (1995), por exemplo, defendeu que a denominação
de atenção seletiva significa uma redundância em relação ao próprio conceito de
atenção, já que a atenção é, por definição, seletiva, porém outros autores
argumentam que atenção seletiva é definida como a capacidade de selecionar
um estímulo particular. Normalmente, em tarefas utilizadas em estudos sobre
atenção seletiva existem estímulos irrelevantes (distratatores) que devem ser
ignorados, diferente das tarefas de atenção dividida, cujos estímulos são
relevantes (NABAS e XAVIER, 2004).

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FIGURA 2 – TESTE NEUROPSOCOLÓGICO PARA AVALIAR
ATENÇÃO

No que se refere à neurofisiologia da atenção, a mesma possui três


grandes circuitos, sendo o primeiro deles a Rede de Atenção Visual. Esse
circuito envolve o lobo parietal direito, os colículos superiores e o núcleo pulvinar
do tálamo. A Rede Executiva que envolve o giro do cíngulo é a segunda rede da
atenção. A Rede de Vigilância que é responsável pela manutenção do estado de
alerta é o terceiro circuito. Ele envolve os lobos frontal e parietal direitos. Essa
rede é ativada quando se aguarda sinais infrequentes e a rede executiva fica
hipofuncionante quando essa rede está em funcionamento (COUTINHO et. al.,
2010).

Os testes neuropsicológicos mais utilizados para avaliar a atenção são:


Teste de Stroop; Tavis-3; CPT-II; Teste de atenção concentrada (AC); Índice de
Resistência à distração do WISC (COUTINHO et. al., 2010).

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3 MEMÓRIA

Segundo Wilson (2011), memória é “a habilidade de adquirir, armazenar


e evocar informações”. A autora ainda completa que algumas pessoas têm a
tendência de comentar sobre a memória como se essa fosse somente uma
habilidade, dizendo, por exemplo: “Eu tenho uma péssima memória” ou “Ela tem
uma memória fotográfica”. Ela explica que existem vários tipos de memória.

Memória de curto prazo ou operacional

A memória de curto prazo pode ser dividida em subsistemas específicos


e independentes para diferentes modalidades de estímulos. Dois desses
estímulos foram identificados: o fonológico e o visuoespacial. Essa memória tem
a responsabilidade de armazenar informações na ordem de segundos ou de
poucos minutos. Ela também é responsável pela manutenção e manipulação da
informação para a realização de funções cognitivas superiores como a
linguagem, planejamento e solução de problemas, compreensão, etc. (MIOTTO,
2012).

Memória de longo prazo

A memória de longo prazo se divide em memória não declarativa ou


implícita, memória declarativa ou explícita, memória episódica e memória
semântica (MIOTTO, 2012).

- Memória não declarativa ou implícita: sistema que se relaciona a


aquisição de uma habilidade perceptomotora de forma gradual por meio de
exposição repetida. Abrange um conjunto de subsistemas incluindo preativação,
memória procedural e formação de hábito. Ela é chamada de implícita porque
independe da consciência e pode ser avaliada pelo desempenho (MIOTTO,
2012).

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- Memória declarativa ou explícita: sistema responsável pela
capacidade de armazenar e evocar (recordar) ou reconhecer fatos e eventos da
forma consciente (MIOTTO, 2012).

- Memória episódica: é responsável pelo armazenamento de


informações e eventos que o indivíduo vive em determinado tempo e espaço.
Essa memória nos permite a lembrança de informações como, por exemplo,
saber onde estivemos ou o que fizemos no último ano, Natal ou hoje pela manhã
(MIOTTO, 2012).

- Memória semântica: é o sistema responsável pelo processamento de


informações gerais sobre o mundo no que se refere a fatos, conceitos,
vocabulário. Ela acontece independentemente do contexto ou momento em que
essas informações foram memorizadas pela primeira vez. A memória semântica
permite saber que uma águia é um animal, mais precisamente um pássaro
(MIOTTO, 2012).

FIGURA 3 – TESTE DE MEMÓRIA

FONTE:: <http://www.casadopsicologo.net>

Acesso: 18 maio 2013.

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A memória é caracterizada por processos complexos, os quais
possibilitam o indivíduo se reportar a experiências impressivas, facilitando a
comparação com as situações do presente facilitando, proporcionando
programações futuras. A função da memória implica codificar, armazenar e
resgatar informações. O objetivo da codificação é o processamento da
informação que será armazenada. O armazenamento da informação que
também leva o nome de retenção envolve o fortalecimento das representações
enquanto estão sendo registradas e a recuperação é o processo de lembrança
da informação que foi armazenada anteriormente. A recuperação pode ser
realizada de forma consciente ou não, sendo a forma inconsciente ativada, por
meio de associações manifestas no contexto por semelhança ou necessidade
(ABREU e MATTOS, 2010).

FIGURA 4 – PROCESSOS DA MEMÓRIA

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4 LINGUAGEM

A definição da linguagem se dá a partir de aspectos biológicos e sociais


que exprimem seu caráter essencial de favorecer a adaptação do indivíduo ao
ambiente (MANSUR, 2010). Ela abrange diversos subcomponentes e níveis de
processamento fonológico, lexical, sintático e semântico. Clinicamente há a
possibilidade de avaliar os subcomponentes citados acima, considerando-se a
fluência do discurso, nomeação, a compreensão auditiva, a repetição, a leitura e
a escrita (MIOTTO, 2007).

A comunicação humana depende da utilização que a linguagem faz de


subsídios verbais, orais e gráficos. A linguagem não pode ser compreendida de
forma isolada e de fácil delimitação, pois, é uma função complexa (SOARES et.
al., 2012).

Universalmente, a linguagem é a principal forma de comunicação, pois,


por meio dela é que as pessoas se relacionam umas com as outras, porém
algumas doenças neurológicas adquiridas ou indivíduos que nascem com
deficiência auditiva promovem a alteração da linguagem.

Foi Paul Broca que descreveu a primeira relação cérebro-linguagem por


meio de estudos anatômicos (necropsia de um caso, o qual o paciente foi vítima
de um acidente vascular). O paciente só conseguia emitir o som ”Tan-Tan”
devido à afasia de expressão, sendo a fala localizada na parte posterior do lobo
frontal do hemisfério esquerdo (H.E.). Em 1974, Carl Wernicke descobriu a
compreensão da palavra no giro temporal superior esquerdo. As duas áreas
citadas são interconectadas pelo fascículo arqueado que é um feixe unidirecional
de fibras que tem como função conduzir informações da área de Wernicke para
a área de Broca (SOARES et. al., 2012).

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FIGURA 5 – CÉREBRO DO PACIENTE TAN-TAN DE PAUL BROCA

FIGURA 6 – PAUL BROCA

FONTE: Disponível em:


<http://mortenahistoria.blogspot.com.br/search/label/PAUL%20BROCA>.

Acesso em 18 maio 2013.

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FIGURA 7 - KARL WERNICKE

FIGURA 8 – ÁREA DE BROCA E WERNICKE

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FIGURA 9 – FASCÍCULO ARQUEADO

O hemisfério esquerdo é o hemisfério dominante para a linguagem em


98% dos indivíduos destros aproximadamente. Em 70% aproximadamente dos
sujeitos canhotos a linguagem é também no hemisfério esquerdo. Na população
restante a dominância é menos definida ou é no hemisfério direito. A
comunicação verbal ocorre quando o hemisfério direito (atua nos aspectos
paralinguísticos) completa o papel da linguagem do hemisfério esquerdo
(SOARES, et. al, 2012)

No que se refere à compreensão verbal, a mesma se divide em auditiva,


visual e tátil. A descrição das mesmas segue no quadro abaixo (SOARES, et al.,
2012).

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QUADRO 2 – COMPREENSÃO VERBAL

Via Compreensão verbal oral – entrada sonora. Os sons da fala são


Auditiva analisados acústica e fonemicamente no lobo temporal e na área de
Wernicke. Os aspectos sintáticos (lobo frontal) auxiliam na compreensão
do tema e a mensagem atinge o nível léxico-semântico.

Via Compreende a leitura verbal – os símbolos gráficos são processados


Visual nos lobos occipital, temporal inferior e parietal (áreas sensitivas
primárias e secundárias). A informação chega à área de Wernicke e
acessa o nível léxico-semântico.

Via Reconhece letras e palavras desenhadas na pele, sem auxílio da visão


Táctil (grafoestesia).

FONTE: Manual de Neuropsicologia – dos princípios à reabilitação, 2012 (Caixeta e Ferreira).


Avaliação cognitiva em fonoaudiologia. (pp.79-92).

O sistema cerebral da linguagem é associado com outros sistemas


cognitivos motores, porém dentro do cérebro podem ser encontradas áreas mais
específicas relacionadas. A alteração da linguagem pode ocorrer se houver uma
lesão focal em alguma área mais específica. A essa alteração podemos chamar
de afasia ou distúrbios motores da fala (dispraxia e disartria) (SOARES, et. al.,
2012).

Segundo Mac-Kay (2003), há alguns distúrbios de linguagem mais


específicos associados aos quadros de lesão do hemisfério esquerdo. Os
mesmos estão descritos no quadro abaixo:

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QUADRO 3 – DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM ASSOCIADOS AOS QUADROS
LESÃO NO HE

Perda total da linguagem.

Neologismo.

Disprosódia.

Manutenção da fala automática com redução da fala intencional.

Ecolalia.

Anomia.

Dificuldade de acesso no léxico ou recuperação de informação referente à função


léxica.

Agramatismo.

Parafasia.

Linguagem perseverativa na modalidade oral ou escrita.

Distúrbios pragmáticos ou discursivos.

Dislexia.

Disgrafia ou agrafia.

Níveis de comprometimento em relação à semiologia linguística do HE


(Mansur, 1996) são os descritos abaixo:

Linguagem oral e distúrbios (fluência, mutismo, repetição, palilalia, ecolalia,


estereotipia).

Aspectos morfossintáticos (paragramatismo ou dissintaxia, agramatismo,


aspectos lexicais, aspectos fonológicos, compreensão, aspectos fonéticos ou
relacionados à produção da linguagem oral).

FONTE: Afasia e Demências, 2003 (Mac-Pay) (pp.79).

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As alterações decorrentes de lesões ou distúrbios cerebrais em um ou
mais dos subcomponentes anteriores ocasionam os vários tipos de afasias hoje
conhecidas. Podemos encontrar a afasia de Broca (motora ou expressão) que
é caracterizada pela redução da produção oral, dificuldade de repetição e
nomeação, alteração sintática e simplificação gramatical e compreensão
razoavelmente preservada. Outra afasia que pode ocorrer é a afasia de
Wernicke (sensorial ou compreensão) que é a alteração da compreensão,
repetição e nomeação com alteração da produção oral no início do quadro
(jargão). A afasia transcortical motora é outra alteração. Ela é caracterizada
pela redução da produção oral e ocasional presença de perseverações e
ecolalia, com preservação da repetição, compreensão e leitura. Outro tipo de
afasia é a transcortical sensorial que se classifica pela alteração da
compreensão, nomeação e alteração da produção oral no início do quadro.
Nessa afasia a repetição se encontra preservada. A afasia de condução é
caracterizada pela dificuldade de repetição de frases e palavras, nomeação com
razoável preservação da produção oral e compreensão. A afasia anômica é a
alteração da capacidade de nomeação. Temos também a afasia global que é
caracterizada pelo prejuízo em todas as modalidades da produção oral,
compreensão, leitura e escrita (MIOTTO, 2007).

FIGURA 10 – TESTE DE LINGUAGEM

FONTE: Disponível em: <http://pocoescondido.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html>

Acesso em: 10 mar. 2013.

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No que se refere aos testes neuropsicológicos para a avaliação da
linguagem, os mesmos se dividem em quatro categorias (testes padronizados,
protocolos não padronizados, observação comportamental e escalas de
desenvolvimento). Os testes e os protocolos não padronizados têm o objetivo de
investigar as dimensões da linguagem (fronologia, sintaxe, semântica,
pragmática). Em relação à observação comportamental, utilizam-se as escalas
de desenvolvimento, pois, podem contribuir no direcionamento do diagnóstico e
do processo de intervenção. Ela tem o objetivo de analisar o comportamento
geral da criança em contextos naturais e não estruturados. Esse método é o que
melhor detecta as funções comunicativas da linguagem, pois, facilita o
entendimento da complexidade dos processos da aquisição da linguagem
(SOARES, et. al., 2012).

É importante ressaltar que uma avaliação da linguagem deve incluir a


análise da fala espontânea em situação de conversa, deve avaliar também a
fluência, a repetição de palavras, frases, sentenças, compreensão da fala,
nomeação, leitura, escrita, prosódia, análise dos elementos estruturais da fala
(sintaxe, semântica, fonologia, gramática), linguagem gestual e teoria da mente
(SOARES, et. al., 2012).

Os testes neuropsicológicos mais utilizados para avaliação da linguagem


são: Token Test; Teste de nomeação de Boston; F.A.S. ou COW; Fluência
Verbal; Prancha “Roubo dos Biscoitos”; Ditado e Cópia; Produção Oral; Leitura;
Escala Weschler (WISC e WAIS) e testes para avaliação da Teoria da Mente
incluídos na linguagem como, por exemplo: a estória de Sally e Ann (CAIXETA
e CAIXETA, 2005).

5 FUNÇÕES EXECUTIVAS

Entende-se como funções executivas “conjunto de processos cognitivos


que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar comportamentos a
metas, avaliar eficiência e a adequação desses comportamentos, abandonar

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estratégias ineficazes em prol de outras mais eficientes e, desse modo, resolver
problemas imediatos, de médio e de longo prazo” (MALLOY-DINIZ et al., 2008).
Mais especificamente o significado das funções executivas implica nas
habilidades necessárias para se criar objetivos, monitorar um comportamento,
planejamento e organização de ações desejadas, resolver novos problemas,
inibir ou iniciar determinados comportamentos em relação a um contexto,
raciocinar e abstrair, tomar decisões, etc. (MIOTTO, 2012).
As funções executivas são de extrema importância ao indivíduo, pois,
têm a finalidade de facilitar o gerenciamento no que se refere às outras
habilidades cognitivas (MALLOY-DINIZ et al, 2010). É um importante marco
adaptativo na espécie humana. Elas estão associadas a alguns componentes
universais de nossa personalidade como o altruísmo, a capacidade de imitar e
de aprender, a utilização de ferramentas, a capacidade de lidar com grupos
sabendo distinguir influências e manipulações (BARKLEY, 2001).
Segundo Goldeberg (2002), as funções executivas são resultados da
atividade dos lobos frontais (região pré-frontal). Atuam como um diretor
executivo do funcionamento da mente humana. Ele acrescenta ainda que os
lobos pré-frontais atuam como um maestro ou general que dirige outras
estruturas e sistemas neurais.

FIGURA 11 – O CÉREBRO HUMANO

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Se a área cerebral que compreende as funções executivas for afetada
de alguma forma o indivíduo pode sofrer várias alterações tanto no plano
cognitivo como no comportamental. O paciente pode apresentar alteração de
raciocínio, pensamento, impulsividade, apatia, autocrítica reduzida, ausência de
planejamento, e organização na sequência e realização de atividades diárias,
confabulação, desinibição, perseverança e agressividade (MIOTTO, 2012). No
que se refere à avaliação das funções executivas e atencionais alguns exemplos
de testes neuropsicológicos seguem abaixo (MIOTTO, 2012).

O teste de fluência verbal nominal e categórica (FAS, animais, itens de


supermercado) avalia a iniciação, aplicação de estratégia, inibição de respostas
irrelevantes. O Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Weigl, avaliam a
flexibilidade mental, planejamento, categorização e abstração. A inibição de
resposta irrelevante, atenção seletiva, sustentada e alternada são avaliadas
pelos Stroop Test, Trail Making, Color Trail, AC, D2, TEA, códigos. O teste
Behavioural Assessment of the Dysexecutive Syndrome (BADS) avaliam
resolução de problemas, aplicação de estratégia e monitoração de respostas. O
Hayling and Brixton Tests avalia a inibição, planejamento, monitoramento,
identificação de regras. Provérbios avalia a abstração verbal. Delis-Kaplan
Executive Function System (D-KEFS) avalia a atenção sustentada, alternada,
seletiva, planejamento, estratégia, flexibilidade mental e resolução de
problemas.

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