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Resumo para prova

Neuropsicologia é um campo da Psicologia que tem como objetivo de análise o ser


humano
A relação do ser humano com seu entorno e consigo mesmo
A neuropsicologia tem uma visão bio-psico-social

O bio se refere principalmente ao Sistema Nervoso Central

Os três meios interagem e todos são igualmente importantes

A demanda do bio surge normalmente quando o psico-social não tem dado


resultado

Fundamentos da Avaliação
Neuropsicológica
“Neuropsicologia é a área de conhecimento que relaciona
comportamento humano com funcionamento cerebral” - Kolb e
Wishaw

Essa é uma área Interdisciplinar - trabalha-se com diversas outras profissões

Resumo para prova 1


“Avaliação neuropsicológica é um método de investigação para a
análise de distúrbios cognitivos e comportamentais produzidos por
lesões, doenças ou desenvolvimento anormal do cérebro” - Lezak,
2012

Exame neuropsicológico: objetivo


Esclarecer questões sobre os funcionamentos cognitivos, comportamental e
emocional (Malloy-Diniz, Mattos, Abreu, Fuentes. 2018)

Permite traçar inferências sobre a estrutura e a função do sistema nervoso a partir


da avaliação do comportamento do paciente em uma situação bem controlada de
estímulo-resposta

💡 Quanto mais afetiva é a memória mais forte ela é - ex do amor e ódio

Pressuposto teórico: Todo comportamento, processo cognitivo ou reação emocional


tem como base a atividade de sistemas neurais específicos.

4 pilares da Avaliação Neuropsicológica


1. Entrevista

2. Observação comportamental

3. Testes

4. Escalas de Avaliação de Sintomas

6 passos da Avaliação Neuropsicológica


1. Formulação de Hipóteses

2. Seleção de método

3. Aplicação dos testes

4. Análise correlacional dos resultados dos instrumentos

5. Laudo

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6. Devolutiva

Objetivo da AV Neuropsicológica
Qualificar e quantificar as funções mentais (conservadas e alteradas) através de
situações experimentais padronizadas que servem de estímulo ao comportamento

Av Neuro: bases

1. Cognição associada a base neural (conectomas);

2. Raciocínio clínico

3. A clínica é soberana

Aplicabilidade
diagnóstico quantitativo e qualitativo

diagnóstico diferencial

Visa estabelecer se as mudanças que a pessoa está apresentando constitui as


alterações normais que ocorrem durante o envelhecimento ou caracterizam um
processo demencial

peritagem (aposentadorias, seguradoras, etc)

Psicologia Forense;

Psicologia do Esporte

Outros

Metodologia:
Bateria neuropsicológica
Definição: conjunto de testes ou técnicas, incluídos no processo de avaliação
neuropsicológica para fornecer informações que permitam confirmar ou refutar as
hipóteses

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Screening neuropsicológico

Protocolos (flexíveis e semi-flexíveis)

Entrevista (diretiva e semi-diretiva)

Instrumentos Informatizados

💡 em uma avaliação é importante analisar o local, a duração, a importância da


equipe interdisciplinar a partir do método de análise de tarefa

Como montar uma bateria para a avaliação psicológica

Historicamente, a avaliação neuropsicológica serviu a pacientes com lesões


cerebrais. Com o avanço das neurociências, dos testes e das técnicas, foi
possível passar a abranger pacientes que sofrem de quaisquer distúrbios que
tenham o potencial de causar impacto nas funções cognitivas, bem como
avaliar o impacto do tratamento de outros transtornos da cognição

O exame neuropsicológico atende a seis objetivos:

diagnóstico

cuidados com o paciente

identificação de necessidades de tratamento

avaliação da eficácia do tratamento

pesquisa

resposta a questões forenses

a avaliação neuropsicológica deve ser iniciada após uma anamnese exaustiva


do paciente, investigando a fundo sua história de vida e seu desempenho,
levantando dados para formulação de hipóteses sobre sua condição

neste capítulo, são apresentadas as bases para a composição de uma bateria


neuropsicológica, incluindo-se o tipo mais apropriado para atender aos objetivos
da avlaiçaõa, com enfoque no contexto clínico.

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Baterias neuropsicológicas: por que utilizálas?
Até o período pós-guerra do século XX, a avaliação neuropsicológica tinha um
objetivo essencialmente diagnóstico e, a partir de pressupostos localizacionistas,
buscava identificar e catalogar os déficits decorrentes da lesão de regiões
específicas do cérebro.

Luria → estudou diversos processos cognitivos de maneira mais ampla e defendeu


que, na realidade, para a execução de determinada tarefa, diversas regiões do
cérebro funcionariam em conjunto, compondo sistemas funcionais. Luria trouxe a
compreensão de que era preciso ter noção do funcionamento cognitivo global do
individuo para compreender determinado quadro clínico em sua totalidade e, assim,
montou a primeira bateria completa de avaliação neuropsicológica, a investigação
neuropsicológica de Luria (INL), que serviu de base para a elaboração de muitas
outras.
O trabalho proposto por Luria, em especial a INL, serviu de base para o
desenvolvimento de uma bateria que pudesse congregar normatização e aplicação
de rotina, bem como ser capaz de gerar escore e quantificação.
Em 1975 foi desenvolvida uma bateria normatizada, a Luria-Nebraska → cobria os
domínios de atividade motora e percepção, linguagem expressiva e receptiva,
funções visuais, memória, além de habilidades de leitura, escrita e aritmética.

Havery (2012) sugere algumas dimensões importantes das baterias.

Em primeiro lugar: consistem em uma coletânea de testes que permitem avaliar


uma variedade de funções cognitivas, podendo abranger outras medidas de
desempenho e potencial acadêmico e cognitivo. (os resultados obtidos por meio
dessa testagem são considerados as informações mais confiáveis da avaliação
neuropsicológica)

Segunda vantagem das baterias: por darem acesso a diversos domínios


cognitivos simultaneamente, informam ao profissional tanto aspectos específicos
quanto globais do funcionamento neuropsicológico do paciente.

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Em termos intraindividuais, é possível comparar o desempenho do paciente nos
diferentes testes ou tarefas que compõem a bateria - importante para pacientes com
lesões ou comprimentimentos focais, nos quais funções específicas encontram-se
em nível de funcionamento notadamente inferior às demais e em casos de
comprometimento global, mas que requerem diagnóstico diferencial, como em
suspeitas de demência.

É esperado que os indivíduos apresentem variações em seu desempenho mesmo


quando saudáveis, e por isso é preciso se assegurar de que as diferenças
observadas entre os escores dos testes de fato se referem a um prejuízo cognitivo.

Baterias fixas e flexíveis

Após decidir-se pelo uso de baterias no exame neuropsicológico, ainda é


necessário escolher qual o tipo de bateria mais apropriado.

As baterias fixas são assim denominadas porque todos os pacientes,


independentemente da queixa inicial, responderão aos mesmos testes e tarefas - o
objetivo és a avaliação de áreas do funcionamento afetadas por lesões cerebrais
estruturais. Baterias fixas podem ser uma ferramenta interessante para avaliações
de rastreio, que sinalizam funções a serem mais bem investigadas com testes
específicos

As baterias flexíveis são compostas por uma bateria nuclear ou básica


complementada por testes especializados adequados aos motivos do
encaminhamento ou da investigação de um transtorno específico e, por isso, mais
aplicadas em contexto clínico.

Atenção

De maneira geral, essa função é definida como um sistema complexo que


possibilita ao indivíduo filtrar informações relevantes, por um período limitado.
Um déficit atencional pode afetar outras funções cognitivas importantes na vida
diária, o que pode acerretar uma série de sintomas → testes que medem o nível de
atenção não podem faltar em uma bateria neuropsicológica, pois é necessário
investigar sua relação com as demais funções.

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testes de atenção usados na prática clínica que podem ser inseridos em uma
bateria de avaliação neuropsicológica:

1. Teste de Atenção Visual (TAVIS IV)

2. Tarefa de Performanece Contínua - CPT

3. D-2 Atenção Concentrada

4. Atenção Concentrada - AC

Linguagem

A linguagem é uma função cortical superior de grande complexidade e relevância


para o ser humano, uma vez que permite a adaptação das pessoas ao ambiente em
que vivem via comunicação e socialização.

De maneira ampla, essa função é compreendida em duas classificações: linguagem


receptiva e expressiva.
Receptiva: refere-se à compreensão e à codificação do input linguístico e envolve
processos auditivos e de leitura
Expressiva: refere-se à capacidade do indivíduo de se expressar por meio da
escrita, da fala e da sinalização.

testes utilizados:

1. Teste de Nomeação de Boston

2. Teste de Fluência Verbal

3. Token Test

4. Tarefa de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras (TCLPP)

Memória

Os estágios de memória são os de aquisição (registro ou codificação) ,


consolidação (retenção ou armazenamento) e evocação (recordação ou
recuperação)
testes utilizados:

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1. Subteste Memória Lógica da Wechsler - Memory Scale

2. Subtestes Reprodução Visual (RV) I e II da Wechsler - Memory Scale IV

3. Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey

4. Figuras Complexas de Rey

Visioconstrução
É uma habilidade que está relacionada ao processo de juntar organizadamente
estímulos para formar um todo. Para realizar testes que avaliam essa função, é
necessário que o paciente apresente boa acuidade visual, consiga perceber os
elementos do modelo apresentado e suas relações espaciais e tenha destreza
motora.
testes utilizados:

1. Desenho do Relógio

2. Figura Complexa de Rey

3. Teste Gestáltico de Bender

4. Cubos (WISC - IV e WAIS - III)

Funções Executivas
São habilidades integradas que capacitam o indivíduo a tomar decisões, avaliar e
adequar seus comportamentos e estratégias em direção à resolução de um
problema.
Três componentes executivos: controle inibitório, memória operacional e
flexibilidade cognitiva.

testes utilizados

1. Subteste Dígitos das Escalas Wechsler de Inteligência (WISC/WAIS)

2. Cubos de Corsi

3. Teste de Trilhas

4. Teste de Categorização de Cartas Wisconsin (WCST)

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5. Iowa Gambling Task

6. Torre de Londres

7. Torre de Hanói

8. Teste dos Cinco Dígitos

Cognição social em baterias de avaliação neuropsicológica: indicação


baseada em evidências
A cognição social consiste em um conjunto de processos neurobiológicos
relacionados à percepção e à interpretação de informações extraídas a partir da
interação com outras pessoas e do conhecimento prévio de normas sociais, o que
possibilita a um indivíduo se comportar de maneira adequada e adaptada ao
contexto.
Em se tratando de funções tão relevantes para a adaptação social do indivíduo,
como explicar sua ausência nas baterias de avaliação tradicionais, principalmente
de adultos e idosos?

fala de estudos que falam a favor da inclusão de tarefas para avaliação da CS


em baterias de avaliação neuropsicológica, uma vez que auxiliam no
diagnóstico diferencial entre diversos quadros, podem predizer aspectos do
comportamento social e da funcionalidade, além de servir para planejamento e
avaliação da eficácia de tratamentos.

Um dos desafios encontrados ao se buscar instrumentos para avaliação da CS é a


dificuldade para separar seus componentes. Outro problema diz respeito à
escassez de estudos normativos para esses instrumentos.
Por fim, mesmo entre os instrumentos disponibilizados, é preciso sempre ter
cuidado ao afirmar que um indivíduo tem déficit em CS de forma generalizada, uma
vez que seus componentes funcionam de forma relativamente independente.
Alguns instrumentos existentes:

1. Reconhecimento de Emoções

2. Reading the Mind in the Eyes Test

3. Strange Stories Test

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4. The Hinting Task

5. The Awarness of Social Inference Test (TASIT)

6. A movie for the Assesment of Social Cognition (MASC)

O todo é sempre maior que a soma das partes: avaliando a pertinência das
baterias de avaliação neuropsicológica
Uma avaliação neuropsicológica completa é necessária para melhorar a precisão
diagnóstica e também para servir de parâmetro a reavaliações, considerando o
caráter heterotípico de determinados transtornos, com mudanças ao longo do
tempo resultantes da dinâmica desenvolvimental ou de influências de outro nível,
como ambientais ou decorrentes de intervenção.

Por fim, destaca os avanços recentes que pesquisas em neuropsicologia têm


trazido tanto ao campo da neuropsicologia cognitiva quanto ao campo da
neuropsicologia clínica, especialmente no que diz respeito as contribuições da
psicometria. Os testes neuropsicológicos estão mais fidedignos. Há um aumento na
disponibilização de testes no Brasil. A preocupação com a inclusão de elementos na
avaliação como a CS permite vislumbrar um horizonte de incremento na qualidade
das baterias a serem utilizadas. Em suma, elas são instrumentos úteis e
indubitavelmente necessários para uma avaliação eficaz.

Queixa → é o relato apresentado pelo paciente


O diagnóstico é um raciocínio maior - por isso não pode ser equivalente à queixa
O diagnóstico é uma interrelação de fatores

Informações levantadas precisam ser organizadas em bio-psico-social


Depois de organizados, o profissional os relacionará, dando funcionalidade a eles

O fator de proteção neutraliza o risco


Fator de risco é tudo o que intervém negativamente no desenvolvimento humano - o
que inclui questões sociais

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Fator de proteção é todo fator que favorece o desenvolvimento humano - como boa
alimentação, afetos familiares, estrutura física
Por vezes, um mesmo fator de proteção é também um fator de risco

A percepção do neuropsi também é importante na anotação das queixas

Intervenção neuropsicológica infantil: da estimulação precoce-preventiva à


reabilitação

Capítulo 1 - Avaliação neuropsicológica


e seu papel no direcionamento da
intervenção
Por Natália Martins Dias e Alessandra Gotuzo Seabra

A neuropsicologia infantil caracteriza-se por abordar especificamente a


compreensão da relação entre funcionamento neurológico e psicológico, com o
estudo das funções neuropsicológicas, desde o início do ciclo de vida até a
adolescência.
A avaliação neuropsicológica infantil tem especificidades tanto qualitativas como
quantitativas em relação à avaliação do adulto. É necessário conhecer
profundamente o desenvolvimento infantil e a variabilidade esperada em cada
àrea a ser avaliada. Adicionalmente, é preciso compreender como uma lesão ou
uma disfunção neurológica pode impactar o funcionamento cognitivo em cada
estágio do desenvolvimento, bem como o papel de fatores ambientais, sociais e
culturais sobre o desenvolvimento. Deve-se considerar o potencial de
plasticidade neurológica, ou seja, a capacidade de reorganização nesse sistema
ainda imaturo, o que torna a tarefa bastante complexa.

Demandas da avaliação neuropsicológica na


infância: queixas comuns e fontes de
encaminhamento
Queixas relacionadas aos sinais presentes nos diversos transtornos do
neurodesenvolvimento

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Uma das principais fontes de encaminhamento é a escola, no caso de crianças
e adolescentes que apresentam dificuldades de aprendizagem ou de
comportamento.
mesmo que a queixa não seja relacionada à fatores neuropsicológicos, a
avaliação neuropsicológica poderá contribuir para esclarecer a queixa e
orientar os encaminahmetnos necessários.
A família é outra fonte importante de encaminahmento.
se há divergência entre a queixa apresentada pela família e pela escola, isso
se dá devido a diferença contextual em que a criança está exposta nesses
dois ambientes
A avaliação será diferente a depender da idade do examinado.

Planejamento da avaliação e ferramentas do


processo: como coletar informações?
Antes mesmo de selecionar estratégias e instrumentos para o processo de
avaliação, é fundamental ter clareza de seus objetivos.

Exemplificação na atuação clínica:

1. Auxílio no diagnóstico nosológico

2. Maior compreensão da natureza e extensão dos comprometimentos


(cognitivos, emocionais e comportamentais) apresentados pelo indivíduo;

3. Mapeamento do funcionamento cognitivo do indivíduo por meio do


delineamento de seu perfil neuropsicológico (perfil de “picos e vales”);

4. Fundamentação e proposição de intervenções voltadas às necessidades e


aos comprometimentos específicos do paciente;

5. Acompanhamento e medida dos efeitos da intervenção neuropsicológica (ou


de outras, como as medicamentosas, cirúrgicas ou de outros profissionais),
podendo retroalimentar o processo e sugerir novos direcionamentos à
intervenção.

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Para além da testagem de hipóteses e levantamento de perfil, a avaliação
neuropsicológica é a primeira etapa do planejamento de intervenção.
Todo processo se inicia com a entrevista clínica ou anamnsese, prática
comum na área e que tem como objetivo principal conhecer e aprofundar a
demanda, assim como esclarecer a história clínica e todo conjunto de queixas
cognitivas, emocionais e comportamentais e seu impacto na vida do paciente,
além, claro, de levantar informações sobre o desenvolvimento e o
funcionamento do paciente.

No atendimento infantil, essa etapa é realizada com os responsáveis pela


criança. Nos adolescentes também, mas uma segunda entrevista é realizada
com eles para compreender melhor suas perspectivas.

Após a entrevista clínica o neuropsicólogo já tem o material que lhe permite o


levantamento de hipóteses. Testá-las é a segunda etapa do processo com a
aplicação de instrumentos para a avaliação de habilidades que iremos aqui
designar como etapa de testagem de hipóteses.

Testes ou tarefas neuropsicológicas


Permitem quantificar o desempenho da criança e interpretá-lo em relação a um
padrão normativo. É uma forma objetiva de avaliação, que se utiliza de materiais
e procedimentos padronizados.
Os resultados dos instrumentos padronizados devem ser interpretados de forma
convergente entre si e com as outras informações obtidas sobre a criança ou o
adolescente.

Uma estratégia possível é iniciar a avaliação com uma bateria de testes e, após
os primeiros resultados, aprofundar a avaliação em áreas específicas.

Medidas Funcionais
São medidas que tentam mensurar o comportamento em situações mais
rotineiras. Em geral, são escalas ou inventários padronizados que podem ser
respondidos por pais, professores e, em alguns casos, pela própria criança ou
adolescente. Essas ferramentas permitem avaliar a ocorrência e quantificar

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comportamentos, dificuldades específicas, sintomas, entre outros fenômenos
alvos da avaliação.
Conhecer o comportamento e a funcionalidade do indivíduo em suas atividades
cotidianas pode, inclusive, colaborar na delimitação dos alvos da intervenção:

Quais são suas dificuldades no dia a dia?

Quais são suas alterações cognitivas e como isso se associa às dificuldades


ou à incapacidade que ele experimenta nas atividades escolares ou nos
seus relacionamentos com colegas?

Qual é sua capacidade funcional?

Como a alteração cognitiva identificada impacta suas atividades diárias?

Observação
A tríade básica de um processo de avaliação se completa aqui: testes,
entrevistas e observação.
Ela pode ocorrer no próprio contexto clínico, durante a realização de atividades
para, por exemplo, verificar como a criança lida com problemas ou imprevistos
ou que tipo de estratégia usa para solucionar certo problema.
Além disso, podem ainda ser usados protocolos padronizados de observação,
que permitem mensurar frequência e intensidade de comportamentos
considerados relevantes frente a determinada queixa ou hipótese de
profissional.
Ainda é possível realizar a observação em outros ambientes, de modo a verificar
com a criança interage e lida com diferentes situações.
O processo, aqui descrito a partir das etapas mínimas de entrevista
clínica/anamnese e testagem de hipóteses é acompanhado e se encerra com
a apliação do raciocínio clínico, que inclui a interpretação quantitativa e
qualitativa e a articulação entre todos os achados, procurando corroborar ou
refutar as hipóteses delimitadas ao início do processo.
Feita essa análise, o neuropsicólogo está pronto para a elaboração do laudo e a
realização da devolutiva.

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A intervenção neuropsicológica com base na
avaliação: a importância do delineamento do perfil
neuropsicológico
Uma vez delimitado o perfil neuropsicológico do paciente, é possível
compreender não só seu padrão peculiar de habilidades e dificuldades, mas o
impacto dos déficit em seu comprotamento e em sua funcionalidade no dia a dia.
Tal perfil a ser traçado deve mapear tanto as forças como os pontos de
dificuldade.
O perfil pode ser representado pelo neuropsicólogo na forma de um gráfico,
para facilitar sua visualização.

Considerações Finais
Para planejar o processo de intervenção, é fundamental, antes, identificar os
alvos desse processo. Esse papel cabe à avaliação neuropsicológica, a qual
permite o levantamento detalhado das dificuldades e habilidades cognitivas,
emocionais e comportamentais do indivíduo, seu contexto e suas interações,
assim como seu funcionamento diário na realização de atividades.
A articulação dessas informações permite compreender de que maneira os
prejuízos observados na avaliação podem repercurtir no cotidiano do indivíduo e
se manifestam em seu comportamento. Esse amplo entendimento é elemento
inicial e fundamental do planejamento de intervenção. Aqui se delimitam as
habilidades-alvo do processo, o que possibilita pensar quais são os objetivos a
serem alcançados e, por conseguinte, as etapas e estratégias do processo
interventivo. Em suma, a avaliação neuropsicológica cumpre o papel de informar
e direcionar a ação interventiva do profissional.

O que é preciso considerar antes de uma


avaliação Psicológica?
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Conceituação clínica - etapa 1
Entrevista com paciente, familiares e/ou outros informantes

Observação do comportamento do paciente na consulta/outros ambientes

Existirá então a Hipótese a ser testada

Teste de hipóteses - etapa 2


Seleção e aplicação de testes e escalas de rastreio

Erros da avaliação Neuropsicológica


Testes não são os únicos instrumentos numa avaliação;

Testes não devem ser aplicados de forma aleatória

Importância da validade ecológica


a avaliação é um método controlado, então há um dilema entre controlar o
método e a garantia de que o comportamento apresentado na clínica
também seria o comportamento apresentado em um contexto diário
o grande desafio do ecológico é conseguir transportar as variáveis para um
ambiente controlado - pensar que o que se está avaliando é generalizável
para outros ambientes

Diagnósticos não podem ser feitos com base em resultados isolados de


testes

Não podemos reduzir a pessoa as dificuldades que ela apresenta → o


diagnóstico não vem antes da pessoa

É preciso caracterizar uma série de características como perfil cognitivo,


perfil comportamental e participação nas atividades

É importante compreender as características do sujeito e as barreiras do


contexto, assim como a relação dessas variáveis e como elas interferem na

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participação da pessoa na vida diária

Características do sujeito

Funcionalidade → como isso impacta no dia a dia do sujeito

Barreiras do contexto

Luria trouxe a compreensão de que não era preciso ter noção do funcionamento
Cognitivo global do indivíduo para compreender determinado quadro clínico em
sua totalidade
Dimensões das baterias neuropsicológicas
Baterias fixas

Protocolo de testes e tarefas ficos

Baterias abrangentes

Avaliação de rastreio que sinalizam funções a serem melhores investigadas


com testes específicos
Ponto forte: permite descobrir dificuldades e potencialidades não
contempladas pela queixa inicial

Baterias flexíveis

Protocolo básico complementado por testes específicos → motivo do


encaminhamento

Protocolo básico de avaliação: orientação, atenção, percepção, inteligência


geral, raciocínio, etc

Instrumentos
teste não é diagnóstico

Linguagem
A linguagem receptiva refere-se à compreensão e à codificação do input
linguístico e envolve processos auditivos e de leitura

Resumo para prova 17


A linguagem expressiva refere-se à capacidade do indivíduo de se expressar,
verbalmente ou não, por meio da escrita, da fala e da sinalização

teste de nomeação de Boston

teste de fluência verbal semântica (animais em 1 minuto)

teste de fluência verbal fonética (dizer palavras que iniciam com as letras F,
A e S)

teste de competência de leitura de pestoalavras e pseudopalavras (TCLPP)

Atenção
A atenção é definida como um sistema complexo que possibilita ao indivíduo
filtrar informações relevantes, por um período limitado
é dividida em voluntária (relacionada a formação reticular descendente) e
atenção involuntária (formação reticular ascendente)

Bateria Psicológica de Avaliação da Atenção (BPA)


faixa etária entre 6 anos e 82 anos
(atenção concentrada, atenção dividida e a atenção alternada)

Teste Tavis -4 - Teste de atenção visual

faixa etária entre 6 e 17 anos e 11 meses


(atenção seletiva, sustentada e alternada)

Memória

estágios: codificação - armazenamento/estocaem e retenção - recuperação,


decodificação e evocação

a mamória explícita ou declarativa consiste na lembrança consciente de


eventos pessoais e de fatos culturais aprendidos ao longo da vida

as memórias implícitas ou não declarativa envolvem processamento


automático

RAVLT- Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey

Resumo para prova 18


faixa etária entre 06 e 92 anos
(memória verbal, retenção de informações e memória de reconhecimento)

figuras complexas de Rey


faixa etária entre 04 e 88 anos (memória visual de curto prazo)

Visioconstrução
a visioconstrução é uma habilidade que está relacionada ao processo de juntar
organizadamente estímulos para formar um todo
é necessário que a pessoa apresenta boa acuidade visual, consiga perceber os
elementos do modelo apresentado e suas relações espaciais e tenha destreza
motora

figuras complexas de Rey

Cubos - subteste da escala Wechsler (habilidade visioconstrutiva)

uma avaliação neuropsicológica completa é necessária para melhorar a precisão


diagnóstica e também para servir de parâmetro a reavaliações, considerando o
caráter heterotípico de determinados transtornos, com mudanças ao longo do
tempo resultantes da dinâmica desenvolvimental ou de influências de outro
nível, como ambientais ou decorrentes de intervenção.

Avaliação neuropsicológica de adultos


Daniel Fuentes
Neander Abreu

Camilla Monti Oliveira


Cíntia Ribeiro Martins
Yuri Eduardo Gomes de Santana
Carla Jardim Serrano

Resumo para prova 19


O desenvolvimento cognitivo de adultos
A fase adulta, período que inicia aos 24 anos e se segue até os 60 anos.
É nesse período que se espera que o indivíduo se torne independente e,
perante a lei, é quando se torna capaz de responder por seus atos - mas
esse marco pode variar com o contexto regional e cultural. Nesse período as
funções cognitivas atingem seu auge e o cérebro, em relação a sua
formação, está maduro

Esse período proporciona um vasto campo para estudos específicos de


doenças e padrões comportamentais como vícios, transtornos psiquiátricos,
etc
Há diferenças significativas entre os brasileiros com relação a expectativa de
anos de estudos e a média de anos de estudo - compromete a capacidade
crítica e reflexiva dos sujeitos
A av. neuropsi. de adultos pode ocorrer em serviços de saúde pública,
hospitais, consultórios particulares, clínicas multiprofissionais, contextos
judiciais e em pesquisas.
Os principais objetivos de uma avaliação neuropsi são: o auxílio diagnóstico,
o prognóstico, o estabelecimento de um tratamento para o paciente e
pesquisa clínica

Quando fazer uma avaliação neuropsicológica em adultos


A avaliação deve ser realizada quando forem identificadas alterações
comportamentais, afetivas e na cognição que estejam comprometendo
relacionamentos, atividades do dia a dia, trabalhos e estudos. Mas também
pode ser realizada para descobrir o potencial cognitivo de um indivíduo
saudável.
As queixas variam, e os pacientes podem apresentar desde lesões cerebrais
decorrentes de acidentes, tumores cerebrais, quadros epiléticos, infecções
decorrentes de parasitas, doenças neurodegenerativas, acidente vascular
cerebral, dificuldades de aprendizagem e de concentração, casos em que o
paciente será submetido a um procedimento, etc.
Ao pensar em uma bateria de instrumentos neuropsicológicos, é preciso que
ao menos duas ferramentas sejam escolhidas para avaliar cada função, para

Resumo para prova 20


o caso de que seja necessário invalidar um dos instrumentos, ainda haveria o
outro disponível
Em seguida, os autores listam as principais funções cognitivas para
avaliação e sugestões de instrumentos que podem ser usado no exame das
respectivas funções:
EFICIÊNCIA INTELECTUAL

A inteligência é definida como a capacidade integrada do ser humano de


raciocinar, agir intencionalmente e lidar com o mundo a sua volta. Teoria
de Spearman - fator g- é uma das mais aceitas. a medida mais aceita é o
quociente de inteligência (QI).
Principais instrumentos para avaliação da eficiência intelectual:
Instrumentos mais conhecidos são Matrizes Progressivas de Raven,
Teste Não Verbal de Inteligência R1, Teste de Inteligência Geral Não
Verbal. Para uma avaliação da inteligência que se propõe a compreender
os QIs verbal e de execução, os instrumentos mais conhecidos são os da
Escala de Inteligência Wechsler para Adultos e a Escala de Inteligência
Wechsler Abreviada.
ATENÇÃO
É uma função necessária a qualquer atividade humana. Necessitamos de
nossa atenção para selecionar entre os estímulos que julgamos
interessantes e os que não são importantes. - Ressalta-se que a
avaliação da atenção realizada em consultório, onde há um ambiente
neutro e livre de estímulos, deve ser uma questão ponderada, pois tal
contexto influencia diretamente no desempenho do indivíduo
Atualmente a atenção é dividida em:

Atenção concentrada - capacidade de focar apenas um estímulo


diante de diversos estímulos distratores

Atenção dividida - capacidade de focar dois estímulos específicos ao


mesmo tempo

Atenção alternada - é a capacidade de focar diferentes estímulos ao


mesmo tempo diante de outros acontecimentos e eventos

Resumo para prova 21


Correlatos neuroanatômicos
o processo atencional apresenta como correlatos neuroanatômicos a
região superior do tronco encefálico, bem como a região frontal, o córtex
limbico e a formação reticular.
Principais instrumentos para avaliação da atenção
É necessário que, primeiramente, se considere qual tipo de atenção será
mensurada e compreendida. Exemplos: dígitos, cubos de corsi, Teste de
Desempenho contínuo, etc
FUNÇÕES EXECUTIVAS
As FE estão entre os processo cerebrais mais complexos e são definidas
como um conjunto de capacidades do indivíduo de se organizar, planejar
e se adaptar ante dificuldades para obter o que deseja;

Encontram-se comprometidas na maioria dos transtornos psiquiátricos


Geralmente são avaliadas as seguintes funções:

flexibilidade mental;

controle inibitório;

tomada de decisão;

planejamento;

velocidade de processamento;

memória de trabalho

Correlatos neuroanatômicos
córtex pré-frontal → devido a sua localização, observa-se que sua
comunicação com outras áreas cerebrais acaba por influenciar diversos
outros sistemas, como o sitema límbico, o hipotálamo, o corpo caloso e o
sistema reticular
Principais instrumentos para avaliação das funções executivas

Escala de Impulsividade de Barrat


LINGUAGEM

Resumo para prova 22


A linguagem envolve a capacidade de comunicação do ser humano por
meio de signos comuns, podendo ocorrer de diferentes maneiras:
auditiva, visual e tátil - deve-se verificar a língua de origem do avaliado,
pois ela influencia diretamente o desempenho dele.
Correlatos neuroanatômicos

Broca e Wernicke foram os primeiros a encontrar localizações cerebrais


específicas referentes à linguagem, e tais localizações tornaram-se
conhecidas pelos nomes deles.
Instrumentos para avaliação da linguagem
A entrevista de anamnese costuma ser o primeiro registro de avaliação da
linguagem do paciente.

Teste Token

Instrumento de Avaliação Neurológica Breve (NEUPSILIN)

Boston Diagnostic aphasia Examination

MEMÓRIA
É permeada por diversas funções, como a atenção e a aprendizagem. Ela
envolve a codificação, o armazenamento e a capacidade de evocar
informações armazenadas em outro momento.

Há diferentes tipos de memória:

Memória de trabalho: envolve a capacidade de guardar informaç~´oes


e manipulá-las mentalmente

Memória de curto prazo: é a memória utilizada para guardar e reter


informações por um período curto de tempo

Memória de longo prazo: relaciona-se com a capacidade de reter


informações por um período duradouro de tempo

Também é divida em declarativa e não declarativa


Correlatos neuroanatômicos
A memória de longo prazo tem seu centro no hipocampo, porém o lobo
temporal medial influencia a aquisição da memória explicita, enquanto o

Resumo para prova 23


núcleo estriado, o neocórtex, as vias reflexas, a amígdala e o cerebelo
interferem na aquisição de memórias implícitas.
Instrumentos

Escalas de memória Wechsler

Como fazer uma avaliação neuropsicológica em adultos


ENCAMINHAMENTO
A prática inicia no encaminhamento que é realizado para o neuropsicólogo
por outro profissional - neurologista, psiquiatra, fonoaudiólogo ou terapeuta
ocupacional - ou por livre demanda do paciente. Quando pedido de
avaliação é realizada por algum profissional de saúde, normalmente, a
necessida é de ajuda para esclarecimento diagnóstico.
O INÍCIO DA AVALIAÇÃO
É preciso esclarecer ao paciente o objetivo da avaliação e esclarecer suas
dúvidas e precoupações
ENTREVISTA DE ANAMNESE

O objetivo consiste em verificar com o paciente ou seu cuidador o que


motivou a procura do profissional que o encaminhou, quais as hipóteses
diagnósticas que foram levantadas, quais as queixas apresentadas, qual o
histórico médico do paciente, o histórico familiar, o nível de alfabetização, o
histórico acadêico e de ocupações laborais, atividades de rotina do paciente,
sua dominância manual e o que é esperado da avaliação neuropsicológica,
bem como orientar o paciente sobre a duração das atividades. Nesse
momento já é iniciada a observação clínica do paciente .
O USO DE INSTRUMENTOS
O neuropsi pode utilizar diferentes instrumentos para avaliar as funções
relacionadas às queixas apresentadas. O mais importante é que o avaliador
elabore uma bateria de testes flexível, escolhendo os instrumentosa a partir
das queixas apresentadas pelos pacientes, conforme as especificidades de
cada caso.
é necessário que o avaliador verifique as condições físicas do paciente.

Resumo para prova 24


É importante que, durante a aplicação dos instrumentos, o neuropsi
permaneça atento ao paciente, obserando como ele se organiza para realizar
as atividades, que estratégias utiliza - dados qualitativos de análise
O número de sessões para uso dos testes não é fixo

é importante alternar entre tarefas que avaliam a mesma função e tarefas


verbais e não verbais.
O RELATÓRIO
A interpretação dos resultados alcançados nos testes não é o que define a
avaliação neuropsicológica, mas sim a relação de tais resultados com as
observações clínicas feitas pelo neuropsi.

ENTREVISTA DEVOLUTIVA
Após a confecção do relatório, o neuropsi deve convocar o paciente para
explicar os achados do processo de avaliação, bem coo sugerir possíveis
seguimentos terapêuticos.

Caso clínico

Relevância
O conteúdo aborda de maneira abrangente e detalhada o desenvolvimento
cognitivo de adultos, a relevância da avaliação neuropsicológica nesse
contexto e como realizar essa avaliação de maneira eficaz. Aqui estão alguns
comentários sobre a relevância e os pontos abordados no conteúdo:

1. Relevância do Desenvolvimento Cognitivo Adulto: O


desenvolvimento cognitivo na fase adulta é uma área de grande
importância, já que nesse período as funções cognitivas atingem seu
auge e o cérebro está maduro. Isso influencia diretamente a
independência, as relações sociais, o trabalho e a qualidade de vida dos
indivíduos adultos. Explorar essa fase contribui para compreender como

Resumo para prova 25


as capacidades cognitivas se relacionam com diferentes aspectos da
vida adulta.

2. Importância da Avaliação Neuropsicológica: A avaliação


neuropsicológica em adultos desempenha um papel fundamental na
identificação de alterações comportamentais, afetivas e cognitivas que
podem impactar relacionamentos, trabalho, estudos e vida cotidiana.
Além disso, a avaliação pode ser útil para descobrir o potencial cognitivo
de indivíduos saudáveis. Identificar problemas neurológicos, traumas
cerebrais, transtornos psiquiátricos e outras condições permite um
diagnóstico preciso e direciona o tratamento adequado.

3. Abordagem Multifuncional: O conteúdo destaca a variedade de


situações em que a avaliação neuropsicológica pode ser aplicada,
incluindo serviços de saúde pública, hospitais, consultórios particulares,
clínicas multiprofissionais e pesquisas. Isso reflete a abrangência da área
e como os resultados podem ser relevantes em diversos contextos.

4. Funções Cognitivas Avaliadas: O texto explora diferentes funções


cognitivas que podem ser avaliadas, como eficiência intelectual, atenção,
funções executivas, linguagem e memória. Cada uma dessas funções
desempenha um papel crucial no funcionamento cognitivo global de um
indivíduo e pode fornecer insights importantes sobre o seu estado de
saúde mental.

5. Correlatos Neuroanatômicos: A ligação entre as funções cognitivas e


as áreas do cérebro é abordada, destacando como diferentes regiões
cerebrais estão associadas a diversas capacidades cognitivas. Isso
realça a complexidade das funções cognitivas e como diferentes partes
do cérebro contribuem para essas capacidades.

6. Processo de Avaliação: O conteúdo oferece um roteiro claro sobre


como conduzir uma avaliação neuropsicológica em adultos. Desde o
encaminhamento inicial até a entrevista de anamnese, a seleção de
instrumentos e a interpretação dos resultados, cada etapa é
detalhadamente explicada.

7. Personalização da Avaliação: A importância de personalizar a


avaliação neuropsicológica com base nas queixas e nas necessidades

Resumo para prova 26


específicas de cada paciente é destacada. Isso enfatiza a abordagem
individualizada e adaptativa que é necessária para obter uma
compreensão abrangente da saúde cognitiva de um indivíduo.

8. Relatório e Devolutiva: A ênfase na interpretação dos resultados e na


relação entre os achados da avaliação e as observações clínicas ressalta
a importância de avaliar os resultados no contexto do paciente como um
todo. A devolutiva ao paciente, explicando os resultados e sugerindo
possíveis caminhos terapêuticos, fecha o ciclo de avaliação de maneira
eficaz.

No geral, o conteúdo oferece uma visão detalhada e instrutiva sobre o


desenvolvimento cognitivo adulto e a avaliação neuropsicológica nessa fase
da vida. Ele destaca a relevância dessa área para a compreensão da saúde
mental e fornece informações úteis para profissionais da área de saúde
mental, pesquisa e tratamento.

Comentários

O conteúdo apresentado aborda de forma minuciosa e esclarecedora o


desenvolvimento cognitivo de adultos e a importância da avaliação
neuropsicológica nesse contexto. Ele oferece uma visão abrangente das
diversas áreas que envolvem essa temática, desde a definição da fase adulta
até a metodologia de condução de avaliações neuropsicológicas.
Um aspecto notável é a maneira como o conteúdo detalha as diferentes
fases do desenvolvimento cognitivo adulto, ressaltando a importância da
independência e da maturidade do cérebro nesse período. Além disso, a
menção às variações culturais e regionais é relevante, uma vez que esses
fatores podem influenciar significativamente as expectativas e marcos do
desenvolvimento.
A discussão sobre a relevância da avaliação neuropsicológica é articulada de
forma clara e convincente. O texto destaca a ampla gama de contextos em
que essa avaliação pode ocorrer, abrangendo desde serviços de saúde
pública até pesquisas. A abordagem multifuncional da avaliação
neuropsicológica é ressaltada, ilustrando como ela pode oferecer insights em

Resumo para prova 27


diferentes domínios, desde diagnósticos até a identificação de potencial
cognitivo.
A exploração detalhada das funções cognitivas a serem avaliadas, como
eficiência intelectual, atenção, funções executivas, linguagem e memória,
enriquece o conteúdo. Além disso, a ligação entre essas funções e suas
correlações neuroanatômicas fornece uma base sólida para entender como o
funcionamento cognitivo está enraizado em diferentes áreas do cérebro.
A abordagem passo a passo para realizar uma avaliação neuropsicológica é
um dos pontos altos do conteúdo. O processo é dissecado em detalhes,
desde o encaminhamento até a entrevista de anamnese, a seleção de
instrumentos, a aplicação dos testes e a interpretação dos resultados. Essa
sequência lógica permite ao leitor compreender a complexidade envolvida na
avaliação neuropsicológica.
A ênfase na personalização da avaliação, adaptando-a às necessidades e
queixas específicas de cada paciente, ressalta a importância da
individualidade no campo da neuropsicologia. Isso enfatiza a necessidade de
uma abordagem holística que leve em consideração o contexto único de
cada indivíduo.

A discussão sobre a interpretação dos resultados, a elaboração de relatórios


e a entrevista devolutiva ao paciente fecha o conteúdo de maneira bem
estruturada. Isso reforça a ideia de que a avaliação neuropsicológica não se
limita aos resultados numéricos, mas sim à compreensão global do indivíduo
e à comunicação eficaz desses resultados para a melhoria da saúde
cognitiva.
Em resumo, o conteúdo é altamente informativo e bem organizado. Ele
explora várias facetas do desenvolvimento cognitivo adulto e da avaliação
neuropsicológica, fornecendo um guia valioso para profissionais e
interessados no campo da neuropsicologia.

Avaliação neuropsicológica do envelhecimento


por Mattos e Coutinho

O aumento da população da faixa etária com idade igual ou superior a 60


anos aliado ao consequente crescimento do número de indivíduos com

Resumo para prova 28


demência, se associa a maior demanda para avaliação neuropsicológica.
Quadros clínicos como demências não resumem todos os desafios
observados na avaliação de idosos. Idosos que buscam avaliação em
consultórios podem fazer parte de diferentes faixas etárias e apresentar
diferentes perfis de queixa;
Outra dificuldade enfrenta é a frequente necessidade de múltiplos
informantes (devido a variações de nível de consciência sobre os déficits),
que nem sempre apresentam concordância no relato.
É importante, também, determinar se há perda de independência de
atividades de vida diária (AVDs) - sejam elas básicas (ABDV’s) ou
instrumentais (AIVDs) - além da necessidade de determinar se o déficit
ocorre devido a declínio cognitivo ou a outros fatores, como limitações
físicas ou sintomatologia psiquiátrica;
Entende-se que a avaliação do idoso demanda a integração de diferentes
fontes de informação para a elucidação de um quadro clínico que
represente os déficits e permita tratamento adequado - sendo importante
ressaltar que a identificação de etiologia em estágios anteriores à
demência pode ser um desafio extra para o clínico.
A avaliação de um idoso demandará exame clínico, cognitivo e funcional,
bem como a integração dessas etapas.
É necessário estimar o nível prévio de funcionamento durante a
entrevista, considerando aspectos como atividades exercidas
anteriormente e nível de desempenho profissional, hábitos, atividades de
lazer, nível de independência atual e pretérito, entre outros
A população traz consigo algumas expectativas quanto ao desempenho
de idosos em provas cognitivas e em atividades cotidianas. Sempre que
houver qualquer tipo de preconceito, vale atenta a dois fatos que devem
ser equilibrados em nossa prática: (1) frequentemente cidadãos comuns
justificam déficits graves com base na crença equivocada de que a idade
seria uma justificativa (2) nós, clínicos, podemos cair em armadilha
semelhante, mas por uma razão distinta: com frequência entendemos
como adequados para a idade comportamentos que claramente
representam declínio, algo intimamente associado ao viés amostral de

Resumo para prova 29


nossa observação, uma vez que lidamos com indivíduos que buscam
atendimentos por problemas cognitivos em detrimento de indivíduos sem
queixas

o encaminhamento e o relato
O percurso natural de um paciente até um serviço de avaliação
neuropsicológica frequentemente passa pela percepção subjetiva de
declínio cognitivo - ou percepção de parente próximo. Em nossa
experiência clínica, a busca por atendimento médico é seguida por
encaminhamento para um serviço de avaliação. Alternativamente, um
médico aventa um possível declínio cognitivo em um paciente que buscou
atendimento por outras razões e realiza o encaminhamento para um
serviço de avaliação.
O resultado desses diferentes “percursos” até a avaliação
neuropsicológica pode representar dificuldades para o clínico ao coletar o
relato. A frequente discordância entre as fontes de informação parece ser
um dos grandes desafios.
É notório que pacientes idosos e mesmo seus familiares apresentam
dificuldade em discernir qual domínio cognitivo é responsável pelo mau
funcionamento.
Por exemplo, é comum um paciente queixar-se de problemas de
memória ao referir-se a déficits claramente associados a declínio da
linguagem, da mesma forma que podem atribuir à memória déficits de
orientação espacial.
Em grandes partes das situações, o próprio clínico pode ser o
responsável pela percepção de declínio cognitivo, independetemente do
relato do paciente e de outros informantes, sobretudo nos casos em que o
acompanhamento já ocorre há certo tempo - algo pouco provável no
contexto de avaliação neuropsicológica, porém esperado no caso de
reabilitação ou acompanhamento médico ou psicoterápico.
o caso clínico apresentado representa situação em que o relato é
extremamente impreciso e o clínico deve utilizar o máximo de exemplos
possíveis para elaborar suas hipóteses.

Resumo para prova 30


Observou-se que, apesar das queixas cognitivas, o relato acerca da
cognição era impreciso e, quanto maior a tendência a minimizar os
déficits, maiores as chances de conversão para demência no seguimento.

histórico clínico/desempenho
A elaboração de uma hipótese neuropsicológica e a escolha dos
instrumentos a serem utilizados dependerão também de uma coleta de
informações bem realizada. No caso da avaliação de idosos, é notória a
necessidade de informações sobre o funcionamento pretérito que guiarão
o entendimento de um possível declínio com base em exemplos do
funcionamento atual. Além desses aspectos, diferentes processos de
envelhecimento podems e associar a uma variedade de alterações
comportamentais de grande valor clínico. Por fim, os achados
neuropsicológicos quantitativos devem ser entendidos e integrados a
todos os aspectos mencionados.

desempenho pré-mórbido
uma avaliação neuropsicológica de indivíduos dessa faixa etária não se
resume, exclusivamente, a uma comparação entre o desempenho do
examinado e o do grupo normativo. Conforme já descrito, um achado de
normalidade não necessariamente exclui a possibilidade de declínio, da
mesma forma, resultados abaixo do esperado para a faixa etária não
obrigatóriamente representam perda ante o nível prévio estimado.
Naturalmente, existem alguns bons instrumentos para a avaliação de
nível pré-mórbido que podem ser úteis para guiar o entendimento clínico
do caso. Exemplo do teste de vocabulário de bateria WAIS-III

relação entre AVDs e cognição


A coleta de informações sobre o desempenho atual do paciente segue os
princípios de uma avaliação clínica que, conforme abordado
anteriormente, demandará alguns cuidados e uma ampla busca por
exemplos de situações do cotidiano que permitam julgamento clínico

Resumo para prova 31


sobre a relação entre funcionamento cognitivo e AVDs. Conforme
mencionado anteriormente, a avaliação costuma contemplar tanto ABVDs
como AIVDs.
ABVDs são aquelas atividades associadas a autocuidado básico, como
alimentar-se, vestir-se, locomover-se, fazer as necessidades e cuidar da
higiene. Por sua vez, AIVDs demandam habilidades cognitivas mais
compelxas e são de extrema importância para que o indivíduo tenha vida
independente na comunidade, em casa e para lidar com as diferentes
demandas cotidianas. Em suma, as AIVDs são aquelas que permitem que
o indivíduo interaja com o meio. Como exemplos, é possível citar tomar
medicação, cozinhar, utilizar meios de comunicação, gerenciar finanças,
usar meio de transporte, entre outros aspectos
As atividades mais complexas serão as primeiras afetadas pelo declínio
cognitivo, da mesma forma que o declínio cognitivo mais restrito a
determinados grupos de funções pode representar piora mais restrita a
determinados desfechos ou comprometimento em uma série de
atividades no caso de declínio cognitivo mais amplo.

exame cognitivo quantitativo e qualitativo


assim como qualquer outro tipo de avaliação neuropsicológica, o exame
do idoso provavelmente demandará uso de instrumentos quantitativos.

possíveis manifestaçõs clínicas associadas a domínios cognitivos


específicos

atenção

funções executivas

memória

linguagem

Considerações finais
A avaliação do idoso demandará do clíncio diferentes
habilidades/conhecimentos, que podem variar da psicometria à

Resumo para prova 32


neurologia.

Resumo para prova 33

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