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TDAH

Conheço uma criança muito agitada!


Conheço uma criança muito avoada e que não obedece!

SERÁ QUE É TDAH?

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade


TDAH
Será que é TDAH?

Mariane Menezes Roldan


Revisado

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade


2022
É proibida a reprodução deste material com fins lucrativos. O
conteúdo deste e-book pode ser utilizado contanto que seja
citada a fonte e o nome da autora.
MARIANE MENEZES ROLDAN
PSICÓLOGA E NEUROPSICÓLOGA
CRP 06/130169

Santos-SP, BR

marianeroldanpsicologia@gmail.com

www.conhecerpsicologia.com.br

Quem sou
Psicóloga (Universidade Católica de Santos,
2016)
Especialista em Neuropsicologia - CFP (2019),
O QUE VAMOS VER:
UNIARA (2019) e IPq HCFMUSP (2020)*
Formação em Perícia Psicológia e
Neuropsicológica pelo NUFOR** no IPq
HCFMUSP (2020) 1 PARECE TDAH............................03
Mestra em Psicologia, Desenvolvimento e
Políticas Públicas (Programa de Pós-Graduação 1.1 Comportamento............................04
Stricto Sensu da Universidade Católica de 1.2 Sintomas........................................05
Santos, 2022) 1.3 Emoções........................................06
Atuo em consultório com psicoterapia e
avaliação psicológica e neuropsicológica

2 É TDAH?.....................................07
4 O QUE FAZER?...................15
2.1 Outros "problemas".......................07
4.1 Diagnóstico..........................15
2.2 Por que dar um nome?..................08
4.2 Intervenções.........................16
2.3 Há agitação e não obedece?
4.3 Direitos.................................17
Sabia que nem sempre é TDAH?..........10

5 O QUE VIMOS...................18 3 NEUROPSICOLOGIA...................11


5.1 Para as famílias e escolas....18 3.1 TDAH ou TPAC?..............................11
5.2 Considerações finais............19 3.2 Avaliação Psicológica e
5.3 Sobre o material..................20 Neuropsicológica..................................13
3.3 Aprendizagem auditivo-verbal......14
REFERÊNCIAS............................21

*Conselho Federal de Psicologia, Universidade de Araraquara e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
**NUFOR - Programa de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica no IPq HCFMUSP.
1 PARECE TDAH
Você já observou que as pessoas são diferentes umas das outras?
Mas as pessoas são diferentes uma das outras não somente na
aparência. São diferentes no modo como se comportam, pensam,
sentem, reagem e de outras maneiras.
Com as crianças não é diferente. Porém, alguns comportamentos
das crianças e dos adolescentes são esperados para a faixa etária
na qual se encontram. Mesmo entre crianças e adolescentes com as
mesmas idades, podemos ver diferenças, mas ainda podem ser
comportamentos e desempenhos dentro do esperado.

O TDAH é um transtorno do funcionamento mental que se chama


Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade pelo Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, também
conhecido como DSM-5, que está na 5ª edição e foi elaborado
pela Associação Americana de Psiquiatria (APA, 2013). Nos Estados
Unidos da América já existe o DSM-5 revisado, mas ainda não foi
traduzido para o Brasil (até a elaboração deste livro eletrônico). De
acordo com o DSM-5, o TDAH surge durante a infância, mesmo que
só seja diagnosticado na adolescência ou na idade adulta. Por isso,
o TDAH é um Transtorno do Neurodesenvolvimento.
O DSM-5 é um manual que orienta os profissionais da saúde na
identificação dos transtornos mentais com base nos sintomas e
comportamentos que podem ser informados pela família e pela
própria pessoa. Além disso, outras informações são importantes,
como a observação clínica, a história de vida, o desempenho
escolar, entre outras informações.
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1.1 Comportamento

O TDAH é um transtorno complexo, difícil de identificar e de ser


compreendido até mesmo por cientistas, pois não existem exames
que comprovem sua presença. Ainda não se sabe completamente
quais as causas e o porquê de ele surgir, mas sabe-se que é um
transtorno do comportamento causado pelo cérebro e há várias
hipóteses para o seu surgimento. Atualmente, sabe-se que o TDAH é
causado por múltiplos fatores genéticos (como demostrado pelo
bonequinho laranja ali embaixo), ambientais e biológicos. O
transtorno pode passar de mães ou pais (parentes de primeiro grau)
para filhas e filhos numa chance de 70 a 80%. Isso é muito? É, sim!

Em 1902 havia um pediatra, lá do Reino Unido (ele era inglês),


chamado George Frederic Still, que argumentava que certos
comportamentos de crianças, como inquietude, incapacidade de
manter a atenção, desafiadoras, resistentes à disciplina e
excessivamente emocionais, provavelmente eram causados por
"algo" biológico quase impossível de identificar.
Ainda atualmente, crianças e adolescentes com essas
características são cercadas por pré-julgamentos e tendem a se
isolar e serem excluídas pelos colegas. Isso é muito triste, não é?
Tais condições são capazes de fazer com que a criança e o
adolescente não tenham qualidade de vida. Qualidade de vida é
quando uma pessoa tem supridas suas necessidades básicas e
suplementares para viver bem. Diz respeito sobre como uma pessoa
se percebe nos contextos culturais e sistemas de valores no qual
vive, mas também levando em consideração suas metas,
expectativas e preocupações como indivíduo.
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1.2 Sintomas

O TDAH é caracterizado por níveis prejudiciais de desatenção,


desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade. Os tipos do TDAH
podem ser predominantemente desatento, predominantemente
hiperativo-impulsivo ou do tipo combinado (desatento com
hiperatividade-impulsividade) e em relação à gravidade, temos o
TDAH leve, moderado e grave. A desatenção e desorganização ficam
evidentes quando há dificuldade de permanecer em um tarefa,
parece não ouvir o que é dito e há perda materiais com frequência
de modo incompatível com a idade.
A hiperatividade-impulsividade pode ser percebida em atividade
motora excessiva, inquietação, incapacidade de permanecer
sentado, parece atropelar a própria fala, há intromissão em
atividades ou falas de outras pessoas e na incapacidade de aguardar
de modo não esperado para a idade ou fase do desenvolvimento.

Mas um dado importante é que os sintomas devem estar


presentes em dois ou mais ambientes, como em casa e também na
escola, levam a prejuízos na vida social, acadêmica e profissional e
não podem ser explicados por outro transtorno.
O que é pouco mencionado diz respeito aos aspectos
emocionais da criança ou do adolescente com TDAH. Há
dificuldade em lidar com situações estressantes, oscilações
espontâneas de humor, reações emocionais excessivas, dificuldade
no controle das emoções e de inibir um comportamento já iniciado
entre outros obstáculos. Os sintomas incluem comportamento
menos flexível, persistência fraca quando direcionada a um
objetivo, tendência a perseveração e dificuldade de compreender
que o ambiente está sinalizando sobre a necessidade de mudar um
comportamento etc. Esses aspectos estão relacionados às funções
executivas localizadas na área frontal do nosso cérebro, no
chamado córtex pré-frontal.
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1.3 Emoções

Muito se fala sobre o modo como o comportamento da criança


agitada e que não obedece afeta adultos e outras crianças. Porém,
pouco se fala sobre o modo como essa criança experimenta suas
próprias emoções e como ela se sente interiormente. A aceleração
presente no TDAH não ocorre apenas externamente, há também
aceleração dos pensamentos que podem levar ao mal-estar e ao
sofrimento devido ao sentimento de perda de controle pela própria
criança.

Crianças com TDAH podem experimentar conflitos afetivos,


angústias, medos, insegurança e necessidade de proteção com mais
intensidade e podem sentir seu mundo interno ameaçador, se sentir
desvalorizadas, com baixa autoestima e com dificuldade de
autocontrolar a raiva e a irritabilidade. Essas crianças possuem
sensibilidade extrema ao que acontece ao redor, são invadidas por
pensamentos e sentimentos desconfortáveis, possuem mais
dificuldade em se sentirem alegres, entre outras dificuldades.
Vejamos o exemplo de uma criança que não consegue esperar.
Quando a criança é pequena, essa dificuldade faz parte do seu
desenvolvimento. Mas conforme ela se desenvolve, vai se tornando
cada vez mais capaz de aguardar uma recompensa. No TDAH isso
fica prejudicado, pois há falha no chamado controle inibitório. Isso
implica na dificuldade em regular completamente as emoções e
expressões emocionais. Por exemplo, a criança pode parecer ansiosa
demais ao dar respostas ou raivosa ou frustrada por não ser chamada
para responder. O controle inibitório também faz parte das funções
executivas, no córtex pré-frontal, e está relacionado à impulsividade.

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2 É TDAH?
Você sabia que o TDAH é manifestado por sintomas parecidos ou
iguais aos de outros transtornos?

2.1 Outros "problemas"

É comum observarmos um comportamento opositor, por exemplo,


e supor que a criança ou adolescente possui determinado transtorno
com base nesse sintoma. Normalmente, esse transtorno é algum sobre
o qual estamos recebendo informações repetidamente por meio da
internet e, portanto, já temos uma lista pronta de sintomas e um
possível diagnóstico sem nenhum embasamento profissional e
científico. A nomeação de uma condição de saúde mental baseada
no senso comum se torna um rótulo perigoso para a criança ou
adolescente e possivelmente tornará suas vidas mais difíceis e com
consequências negativas para o seu desenvolvimento.

Mas você sabia que existem outros transtornos que podem ser
confundidos com TDAH ou que podem aparecer juntamente com
ele? Sim, são as chamadas comorbidades. Transtorno comórbido é
um transtorno (ou mais) que pode surgir com outro. Assim, o TDAH
pode ser confundido (ou estar junto) com Transtorno de Oposição
Desafiante (TOD), Transtorno do Espectro do Autismo (TEA),
Transtorno de Conduta, Transtorno Específico da Aprendizagem,
Transtorno de Ansiedade, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e outros
(!). Já pensou? Rotular ou tratar um transtorno que a criança ou
adolescente NÃO apresenta?

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2.2 Por que dar um nome?

Apesar da ampla divulgação sobre a saúde mental entre a


população devido à pandemia da COVID-19 (ano 2020 no Brasil) e de
haver mais atenção voltada à profissão da(o) psicóloga(o) e da(o)
médica(o) psiquiatra, infelizmente ainda existe preconceito contra os
transtornos mentais. Não é raro presenciarmos piadas ou comentários
que desrespeitam pessoas que apresentam algum "sintoma" de
transtorno mental (lembra dos "diagnósticos" baseados no senso
comum?). Tais ações podem parecer inofensivas, mas atingem
negativamente muitos pacientes, os quais podem se sentir
desvalorizados, indignos e não pertencentes à uma sociedade onde
supostamente não existem outras pessoas com transtornos da saúde
mental.

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É importante dar um nome a um transtorno mental para que o
próprio paciente, a família, a escola e a sociedade compreendam a
razão de determinados comportamentos e sofrimentos e para que
seja possível desenvolver planos de tratamento e intervenções
específicas para cada caso. Inclusive, é importante a ajuda de uma
rede de apoio, como a família e, no caso de crianças e adolescentes,
também da escola, entre outras possibilidades. Além disso, é possível
desenvolver ações de reabilitação neuropsicológica, por exemplo,
direcionada às funções cognitivas que não estão funcionando muito
bem, como a memória, a atenção e as funções executivas, funções
prejudicadas em vários transtornos mentais e no TDAH. Mas não é só
isso, é importante buscar um nome para descartar uma suspeita
diagnóstica a fim de evitar um tratamento do qual a pessoa não
precisa.

A psicóloga ou psicólogo é um(a) profissional da área da saúde


mental que pode ajudar. É necessário saber se a psicóloga ou
psicólogo tem registro profissional no Conselho Regional de Psicologia
da sua região (estado) e se divulga esse número juntamente com os
serviços que oferece. O registro é identificado pelas letras "CRP"
seguidas por uma sequência de números. Também é preciso que o
profissional divulgue, juntamente com o número do registro, seu nome
completo e indique se possui alguma especialidade. O profissional
precisa estar qualificado para o tipo de serviço que oferece. Fique
atenta(o)! Você pode procurar no site do Conselho Federal de
Psicologia na internet: a região onde busca tratamento e se a(o)
profissional tem registro ativo (CRP). Nas referências deste e-book
está o endereço eletrônico do Conselho Federal de Psicologia. Não
deixe de espiar, o acesso é público. No entanto, além da(o)
psicóloga(o), outros profissionais também podem ajudar. Daqui a
pouco conversaremos sobre isso novamente.
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2.3 Há agitação e não obedece? Sabia que nem sempre é


TDAH?

As fases do desenvolvimento das crianças implicam em


transformações importantes. Por exemplo, entre os 7 ou 8 anos as
crianças entram no estágio que vem antes da adolescência. Nesse
período, a autoestima da criança está ligada ao quanto ela se
percebe como produtiva e o foco é a socialização e educação. Mas,
se as falhas cometidas pela criança são inadmissíveis ou se ela sempre
for comparada de modo negativo com os colegas que apresentam
melhor desempenho, ela pode se sentir incompetente e experimentar
sentimento de inferioridade.

Ter amigos é importante, pois ajuda a criança a aprender a se


relacionar com outras pessoas, e a rejeição e falta de amizade
proporcionam efeitos danosos, como prejuízo na autoestima, e torna
possível o desenvolvimento de depressão no futuro.
A partir dos 12 anos de idade ocorre a identificação com os grupos
e isso também é importante para o adolescente, pois faz parte do
desenvolvimento da sua identidade e da busca por um papel
valorizado na sociedade. Nessa fase é esperado que conflitos com os
pais surjam ou se intensifiquem, mas quando há segurança para sua
independência e os adolescentes percebem que possuem uma família
que os acolhe e protege, tenderão a ultrapassar essa fase sem grandes
problemas e poderão desenvolver relacionamentos afetivos mais
estáveis na vida adulta.
Por outro lado, sabemos que muitas crianças e adolescentes
experienciam eventos que podem ser traumáticos em diferentes fases
do desenvolvimento e nem todas as crianças e adolescentes vivenciam
estabilidade e acolhimento.
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Entre os 6 e 11 anos de idade as crianças podem demonstrar
sofrimento devido ao trauma de diferentes modos. São demonstrações
inconscientes, ou seja, a criança não compreende direito suas
emoções ou o porquê de alguns de seus comportamentos. Uma criança
com retraimento excessivo, comportamento problemático, dificuldade
de prestar atenção, desempenho escolar insuficiente, recusa em ir à
escola, ansiedade, irritabilidade, entre outros comportamentos, pode
estar apresentando reações ao trauma.

Entre os 12 e 17 anos podem surgir, por exemplo,


aparente insensibilidade emocional, evitação da
lembrança ou de falar sobre o evento traumático,
retraimento, isolamento, pensamentos de vingança,
comportamento antissocial, desavenças com amigos
e colegas, declínio no desempenho escolar,
problemas com o sono, depressão, uso de drogas,
pensamentos suicidas, entre outros comportamentos.
Algumas dessas manifestações podem estar
presentes no TDAH? Será que indicam a presença de
algum outro transtorno? Mas será que podem estar
relacionados ao funcionamento psicológico por
alguma outra razão? O que será que aconteceu que
causou essas manifestações?

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3 NEUROPSICOLOGIA
Você sabia que a neuropsicologia estuda a relação cérebro,
funções cognitivas e a expressão do comportamento? É um estudo
científico das áreas da neurociência e da psicologia e consiste em
descrever, identificar e estabelecer relações existentes entre
organização cerebral e as atividades cognitivas.

3.1 TDAH ou TPAC?

Como vimos anteriormente, o TDAH é demonstrado por meio de


sintomas que estão presentes também em outros transtornos e por
isso eles podem confundir o diagnóstico. Porém, não podemos
esquecer que outros transtornos podem surgir juntamente com o
TDAH, como vimos. Além desses, existe um transtorno estudado pela
área da fonoaudiologia que também pode ser confundido com o
TDAH. É o Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC),
diagnosticado pela fonoaudióloga ou fonoaudiólogo.

O Processamento Auditivo Central (PAC) envolve áreas do nosso


cérebro que têm a função de perceber, organizar e integrar
estímulos que chegam pela audição para sons verbais e não
verbais. Esse processo depende da atenção, da memória e das
funções ligadas à execução de tarefas.
O desenvolvimento cognitivo e da linguagem depende de
ouvirmos e interpretarmos os sons e a nossa audição é fundamental
nesse processo. Quando há falha nos processos auditivos, é possível
ocorrer aprendizado insuficiente e levar a um Transtorno Específico
da Aprendizagem (leitura, escrita e/ou matemática), transtorno que
também pode estar presente no TDAH.
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Nós escutamos com os nossos ouvidos, mas é o cérebro que
interpreta o que foi dito. Quando o cérebro falha e não consegue
interpretar os sons da forma esperada, a mensagem recebida é
perdida ou não compreendida.
O que acontece quando há falha cerebral e não conseguimos
compreender o que é dito? Essa falha é denominada Transtorno do
Processamento Auditivo Central (TPAC). Os sintomas do TPAC são
dificuldade de memória, para ler ou escrever, fadiga atencional,
demorar para compreender algo que foi falado, demorar para
responder, agitação, desatenção e outros sintomas. Lembrou de algo?
Vejamos na tabela abaixo os sintomas encontrados no TDAH e no
TPAC:

TDAH TPAC
DSM-5 Fonseca
(2013) (2015)

Dificuldade de concentração Dificuldade de concentração


Dificuldade de aprendizagem Dificuldade de aprendizagem
Prejuízo nas memórias de curto e longo Dificuldade de memorização
prazo Dificuldade no controle dos impulsos
Dificuldade no controle dos impulsos Agitação
Agitação motora Pedir para repetir uma informação
Dificuldade em seguir instruções Dificuldade em realizar tarefas em
Alterações nas Funções Executivas sequência

As principais causas do TPAC seriam genéticas,


distúrbios neurológicos (como meningite e traumas
cranioencefálicos), diminuição de oxigênio antes de
nascer, nascer antes do tempo e outras causas.
Para identificar a presença do TPAC é necessário
procurar um profissional da fonoaudiologia capaz de
realizar a avaliação do Processamento Auditivo
Central. Entretanto, embora um diagnóstico mais
seguro seja obtido por volta dos 7 ou 8 anos de
idade, você não precisa esperar. Aliás, quanto mais
cedo buscar atendimento profissional, maiores as
chances de melhora para a criança.

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3.2 Avaliação Psicológica e Neuropsicológica

A avaliação psicológica é regulamentada pela Resolução Nº 09 de


25 de abril de 2018 do Conselho Federal de Psicologia e é atividade
restrita à psicóloga ou psicólogo. Ou seja, é um recurso que só pode
ser utilizado por quem concluiu curso superior (graduação) em
Psicologia.
A avaliação psicológica é um processo estruturado de investigação
dos fenômenos psicológicos ou da personalidade. Para isso, o
profissional utiliza métodos, técnicas e instrumentos, podendo usar ou
não testes psicológicos. A avaliação ocorre por diversos motivos, entre
eles, para buscar compreensão e respostas sobre saúde mental, sobre
a personalidade e os aspectos emocionais de uma pessoa,
independentemente da idade.

A avaliação neuropsicológica busca investigar o funcionamento das


funções cognitivas, como os tipos de atenção (atenção concentrada,
dividida etc.), memórias, aprendizagem, funções executivas e outras
funções. Procura descrever, identificar e estabelecer as relações
existentes entre o funcionamento cerebral e as atividades cognitivas.
Com a avaliação neuropsicológica é possível verificar quais as
funções cognitivas estão preservadas, quais as prejudicadas e ainda
pode auxiliar no diagnóstico de diversos transtornos, como os
transtornos neurocognitivos (o Alzheimer é um deles), os transtornos do
neurodesenvolvimento (como o TDAH) e outros transtornos mentais.
Para isso, podem ser utilizados testes neuropsicológicos, escalas,
inventários e outros instrumentos.
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3.3 Aprendizagem auditivo-verbal

A aprendizagem auditivo-verbal (ou audioverbal) é um tipo de


aprendizagem que depende da audição para conteúdos verbais e
ocorre por meio da atenção, das memórias de curto e longo prazo e
pela evocação de conteúdos apreendidos. Este tipo de aprendizagem
pode ser avaliado com o uso do Teste de Aprendizagem Auditivo-
Verbal de Rey (PAULA; MALLOY-DINIZ, 2018), mas este teste somente
pode ser utilizado pela psicóloga ou psicólogo.
Você se lembra que já conversamos sobre o Processamento Auditivo
Central (PAC)? Vamos recordar.... o PAC percebe, organiza e integra
estímulos que chegam pela audição para sons verbais e não verbais e
é um processo depende da atenção, da memória e das funções
ligadas à execução de tarefas. Quando o PAC não funciona bem, uma
mensagem recebida chega íntegra ao cérebro, mas ele não consegue
interpretá-la. Isso acontece no Transtorno do Processamento Auditivo
Central (TPAC). Uma pessoa com TPAC poderá ter muita dificuldade
de aprender conteúdos fornecidos de modo verbal.

Além de afetar o aprendizado, a criança com TPAC pode exibir


agitação motora, dificuldade de memória, dificuldade de atenção,
parece não escutar o que está sendo dito, tem dificuldade de realizar
tarefas em sequência e pode manifestar dificuldade na compreensão
de um discurso. É provavel ainda ter dificuldade no desenvolvimento da
linguagem. Tais sintomas também podem ser encontrados no TDAH.
O Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey fornece
informações importantes e pode dar indícios sobre o funcionamento do
processamento auditivo, embora não seja o objetivo desse teste.
Porém, como todo diagnóstico psicológico ou neuropsicológico, são
necessárias informações de várias fontes que irão compor a avaliação
para se chegar a um resultado, conclusão ou diagnóstico. Como dito,
somente a fonoaudióloga ou fonoaudiólogo pode fazer o diagnóstico
de TPAC. Por isso, é muito importante que o profissional que esteja
avaliando a criança ou adolescente encaminhe a(o) paciente a
profissionais de outras áreas quando julgar necessário para
complementar a investigação ou buscar tratamento.
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4 O QUE FAZER?

Atualmente temos acesso à muitas informações sobre os mais


diversos assuntos. Inclusive sobre transtornos mentais, que levam ao
sofrimento e atingem pessoas de diversas idades. O lado bom disso é
o alcance de conhecimento, quando com seriedade, sobre condições
de saúde mental à população. Por outro lado, com a propagação do
uso das redes sociais como um meio de ganhar dinheiro e até mesmo
fama, surgem ofertas "milagrosas" de cursos ou tratamentos e
informações equivocadas sobre saúde mental. Isso tudo é muito
perigoso porque além de confundir e colocar a saúde das pessoas em
risco, são oferecidos conteúdos enganosos.
Fique de olho, pesquise, questione, busque informações apoiadas
na ciência e, principalmente, duvide dos resultados "milagrosos".
Fazer um diagnóstico demanda vários anos de estudo (inclusive fora
do horário comercial), prática e ética.

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4.1 Diagnóstico

Fazer um diagnóstico é uma tarefa complexa e


demanda tempo. Em saúde mental, para muitos
transtornos ainda não existem indicadores
biológicos, exames de sangue ou de imagens (como
a Ressonância Magnética) que mostrem para o
profissional qual transtorno uma pessoa possui.
Então, como é feito o diagnóstico? Bem, no caso do
TDAH o diagnóstico é clínico. O profissional,
normalmente médica ou médico, faz uma série de
perguntas para a família e para a(o) própria(o)
paciente, examina, avalia o comportamento e o
desenvolvimento e pode utilizar inventários, testes,
escalas e questionários de uso não privativo da
psicóloga ou psicólogo.
No caso da psicóloga e psicólogo, estes devem
ser capacitados para trabalhar na área da saúde
mental ou serem especialistas na área. O
especialista é aquele que completou um curso de
especialização denominado Lato Sensu, que é um
curso realizado após a conclusão da graduação e
possui duração mínima de 360 horas-aula.
A psicóloga ou psicólogo também faz o
diagnóstico clínico, mas utiliza instrumentos
psicológicos, inventários, questionários ou escalas
para complementar a investigação. A
neuropsicologia é uma especialização da psicologia
e a(o) profissional especializado nessa área é
capacitado para complementar as informações
colhidas para o diagnóstico com instrumentos
neuropsicológicos, além dos psicológicos.

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4.2 Intervenções

Antes de o diagnóstico ser concluído, é possível que ocorra um


diagnóstico provisório. Dependendo dos resultados da próxima
avaliação após as intervenções, o diagnóstico pode ser então
confirmado ou ainda é possível ocorrer a exclusão diagnóstica, que é
a confirmação de que não há o transtorno que estava sendo
investigado.
Depois que o diagnóstico é concluído, um tratamento direcionado
e específico pode ser iniciado. Além disso, a partir dos resultados, é
possível iniciar treino cognitivo com profissional capacitado ou
encaminhar o paciente para profissionais de outras áreas, como o
psiquiatra, oftalmologista, fonoaudióloga(o), pedagoga(o) ou outros
que forem necessários. Inclusive, um dos encaminhamentos
normalmente necessário é a psicoterapia ou ludoterapia (para
crianças) com psicóloga ou psicólogo.
Outra área profissional extremamente importante é a escolar. É na
escola que as dificuldades se tornam mais evidentes e o olhar
preparado dos profissionais da escola são indispensáveis. É na escola
que a criança passa a maior parte do tempo e nesse ambiente
aprende sobre o mundo, sobre si mesma e sobre se relacionar com
outras pessoas. Sem a parceria da escola com as famílias, as
intervenções podem não ser tão eficazes. Além disso, a escola pode
oferecer ensino individualizado.
Também é fundamental a parceria entre a família e a escola
quando lidamos com a adolescência, momento de tantas dúvidas e
potenciais crises. As crianças e adolescentes precisam de um olhar
empático e a escola possui informações e técnicas próprias para
acompanhar de forma eficiente seus estudantes. Os pais precisam da
escola, assim como a instituição escolar precisa das famílias.

19
4.3 Direitos

Você sabia que estudantes da educação básica das


redes públicas e privadas com TDAH ou transtorno da aprendizagem
(dislexia - prejuízo em leitura, escrita e/ou aritmética) têm direito ao
acompanhamento integral e inclui a identificação precoce dos
transtornos, encaminhamento para o diagnóstico, apoio educacional
na rede de ensino e apoio terapêutico especializado na rede de
saúde? Sim, agora têm!
A Lei Nº 14.254, de 30 de novembro de 2021 assegura esses
direitos. É a garantia de cuidado e proteção dos educandos com
estes transtornos existentes no DSM-5. Com vistas ao pleno
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, é uma
grande conquista!
Essas crianças poderão ter acompanhamento específico
direcionado às suas dificuldades da forma mais precoce possível
pelos seus educadores no âmbito da escola e podem contar com
apoio e orientação da área da saúde, da assistência social e de
outras políticas públicas existentes no território nacional.

Lembra que vimos sobre o diagnóstico e a intervenção? Essas


crianças também poderão receber intervenção terapêutica a partir do
diagnóstico ambos realizados no serviço de saúde. Além disso, a criança
será acompanhada por equipe multidisciplinar composta por
profissionais que forem necessários. E os professores têm garantidos o
acesso à informação e formação continuada para serem capacitados na
identificação precoce dos sinais relacionados aos transtornos e para o
atendimento educacional escolar dos educandos. A Lei está em vigor
desde a data de sua publicação, 30 de novembro de 2021.
E não é só isso. Os medicamentos utilizados para o TDAH, como o
metilfenidato e a lisdexanfetamina, não são mais incorporados no
tratamento de crianças e adolescentes na rede pública de saúde
conforme Portaria Nº 09 no Diário Oficial da União nº 53, seção 1, p. 84,
de 19 de março de 2021.

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5 O QUE VIMOS
Vimos que o TDAH não é frescura,
é um transtorno que existe e não é falta de
educação. A criança com TDAH se comporta conforme o
funcionamento do seu cérebro, então, é muito difícil para ela prestar
atenção, ser organizada, se comprometer com horários, não
ser agitada, controlar seus impulsos e ansiedades.
Além disso, ela pode ter dificuldade de aprender,
e não preguiça. Porém, devido às suas dificuldades,
às vezes as tarefas se tornam muito cansativas. É
melhor para ela receber poucas informações de cada vez
e que os adultos não fiquem nervosos por causa dos seus
comportamentos.
Também não ajudará consentir com outras pessoas que sua filha
ou filho não se comporta "bem". Eventualmente, as comparações
ficarão registradas e poderão ser prejudiciais com consequências
negativas futuras.
Não podemos esquecer que existem transtornos que podem ser
confundidos com TDAH por apresentarem os mesmos sintomas e
transtornos que podem estar junto com o TDAH. Não podemos
esquecer também que crianças e adolescentes podem ter passado
por algum evento traumático muitas vezes não percebido pelos
adultos. Investigar os motivos pelos quais crianças ou adolescentes
apresentam algum sintoma é de extrema importância. E não devemos
nos basear apenas em informações superficiais fornecidas pela
internet ou redes sociais

5.1 Para as famílias e escolas

É importante que as famílias e as escolas mantenham


diálogo constante e procurem saber como as crianças ou
adolescentes estão, fora da escola e dentro dela.
Verifiquem se têm amigos, se são hostilizados pelos colegas
ou se há outras dificuldades. Mães, pais ou responsáveis,
esclareçam suas dúvidas com a(o) pediatra e agendem consulta com
neuropsicóloga(o), psicóloga(o) ou psiquiatra infantil quando
necessário. Considerem realizar uma avaliação psicológica e
neuropsicológica, pois, além de ajudar no diagnóstico, identifica
dificuldades escolares e as funções cognitivas que precisam de
intervenção. É de grande ajuda.
21
5.2 Considerações finais

Embora haja um grande avanço nos estudos sobre o


TDAH, muitas perguntas ainda não foram respondidas e
mesmo os cientistas ainda têm perguntas sem respostas.
Por isso, é muito importante que as pesquisas continuem sendo
realizadas, tanto sobre o TDAH, como para os demais transtornos
mentais.
Os transtornos mentais causam sofrimento e não podemos comparar
as pessoas tampouco os transtornos, pois cada ser humano é único e
sente suas experiências de maneiras diferentes. Os mesmos transtornos
podem ser responsáveis por diferentes impactos na vida das pessoas e
das famílias. Além disso, existem diferentes níveis de gravidade como foi
visto.
Em alguns casos é necessário fazer
tratamento medicamentoso orientado por
psiquiatra e é muito importante seguir as
orientações com disciplina. As intervenções
buscam minimizar o sofrimento e
proporcionar qualidade de vida às pessoas
de modo que seja possível ter uma vida de
realizações e mais feliz.
Ainda que seja um desafio lidar com o TDAH, é importante procurar
informações e atendimento, pois há muitos profissionais que podem
ajudar. Ajudar a(o) paciente com sintomas de alterações no
funcionamento mental é o que os profissionais dessa área buscam
desde que escolheram a profissão. Sabe-se que qualquer condição de
saúde mental demanda empatia, respeito, humildade e atuação ética
com a finalidade de proporcionar mais qualidade de vida, no presente e
no futuro.

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5.3 Sobre o material

Este e-book é o produto técnico elaborado a partir da pesquisa de


dissertação do Mestrado Profissional em Psicologia, Desenvolvimento e
Políticas Públicas pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da
Universidade Católica de Santos.

Título:

"Aprendizagem Auditivo-Verbal e Aspectos Afetivo-Emocionais


encobertos pelo Diagnóstico de Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade (TDAH): estudo de caso clínico".

Mariane Menezes Roldan


Psicóloga e Neuropsicóloga
CRP 06/130169

Orientadora: Profa. Dra. Hilda Rosa Capelão Avoglia


Universidade Católica de Santos

Fica aqui registrado meu agradecimento e


estima aos professores da Universidade Católica de Santos

Um especial agradecimento e admiração


para Profa. Dra. Maria Izabel Calil Stamato (in memoriam)
Obrigada

Às leitoras e leitores, espero que este material seja útil e ajude muitas
e muitas pessoas!
Com carinho,
Mariane Roldan
(2022)

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REFERÊNCIAS
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