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CURSO DE
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e
a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) (FONSECA et al., 2009). Uma
versão para uso em crianças vem sendo estudada (SALLES et al., 2011).
O instrumento deve ser utilizado para levantamento do perfil do paciente de
forma a descrever as funções preservadas e aquelas com comprometimento,
fornecendo uma base para a avaliação neuropsicológica mais aprofundada.
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A pontuação do instrumento varia de 0 a 30 pontos e é obtido com a soma
dos pontos em cada tarefa.
A versão original deste instrumento foi elaborada por Folstein et al. (1975) e
diferentes versões foram adaptadas e sugeridas para uso na população brasileira com
seu respectivo ponto de corte (BRUCKI et al., 2003; LOURENÇO; VERAS, 2006).
O Consortium to Establish a Registry for Alzheimer’s Disease, conhecido
como CERAD (MORRIS et al.,1989), reúne uma bateria de testes neuropsicológicos
utilizada para auxiliar no diagnóstico de demência em fase inicial. No Brasil, os
testes da bateria CERAD foram traduzidos por Bertolucci et al. (1998). Nesta bateria
estão incluídos: os testes de fluência verbal; de nomeação de Boston (versão
reduzida); de memória, evocação e reconhecimento de uma lista de palavras; de
praxia construtiva (cópia de figuras geométricas) e evocação tardia das figuras; de
trilhas; e o MEEM. Cada teste incluído nesta bateria foi detalhado a seguir na
respectiva função cognitiva que o mesmo avalia.
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comunitária; 5) atividades no lar ou de lazer; e 6) cuidados pessoais. Cada uma
dessas seis categorias deve ser classificada em:
0 (nenhuma alteração);
0,5 (questionável);
1 (demência leve);
2 (demência moderada);
3 (demência grave), exceto a categoria cuidados pessoais, que não tem
o nível 0,5.
Para se chegar à classificação final, também varia de 0 a 3, deve-se analisar
o escore obtido nas seis categorias cognitivo-comportamentais. A categoria memória
é considerada principal, ou seja, com maior significado, e as demais categorias são
secundárias. Então, para se chegar ao escore global é necessário basear-se no
escore da memória e verificar a dispersão em relação a esta categoria. Apesar da
relevância de memória para a pontuação no CDR, é fundamental não superestimar o
comprometimento desta função memória em detrimento das demais funções
preservadas. Profissionais que desconsideram as potencialidades do paciente ao
considerar somente seus prejuízos podem contribuir para um declínio acelerado da
funcionalidade do paciente.
Não há notas de corte estabelecidas pelo desempenho populacional, pois o
comprometimento é baseado no princípio da mudança intraindividual, isto é, os
indivíduos são comparados ao seu próprio desempenho passado.
É importante lembrar que o CDR não faz o diagnóstico etiológico de
demência, para isso devem ser utilizados instrumentos específicos.
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ambiente”. A versão atualmente utilizada para avaliação de adultos é a Wechsler
Adult Intelligence Scale – WAIS-III (Escala de Inteligência Wechsler para Adultos)
(WECHSLER, 1997) e a versão para crianças é a Wechsler Intelligence Scale for
Children Fourth Edition – WISC-IV (Escala de Inteligência Wechsler para Crianças
Quarta Edição) (WECHSLER, 2003). As Escalas de Inteligência de Wechsler
possuem padronização para uso na população brasileira, devem ser aplicadas
individualmente e o tempo de aplicação é de, aproximadamente, 90 minutos.
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Índice de Organização Perceptual – refere-se à habilidade de raciocínio
não verbal, a aptidão para perceber, organizar, integrar estímulos
espaciais/visomotores. Para sua avaliação, são utilizados os seguintes
subtestes: completar figuras, cubos e raciocínio matricial;
Índice de Memória Operacional – trata-se de uma mensuração da
memória de trabalho, e da capacidade de atenção, de concentração e de
planejamento e controle mental. Portanto, refere-se à habilidade de retenção
de informação por período de tempo apenas suficiente para manipulação
desta informação e produção de um resultado ou raciocínio desejado. Este
índice é avaliado por meio dos subtestes de aritmética, dígitos e sequência
de números e letras;
Índice de Velocidade de Processamento – envolve as funções da
atenção, da memória e da concentração para que uma informação visual
seja processada sem distração. Permite avaliar a resistência à estímulos
distratores fornecendo uma medida da velocidade de processamento da
informação. Para sua avaliação, são utilizados os seguintes subtestes:
códigos e procurar símbolos.
O WAIS-III é utilizado, principalmente, para avaliação da capacidade
intelectual. Contudo, conforme descrito em revisão de Lopes et al. (2012), seus
diversos subtestes são úteis em diversos propósitos diagnósticos:
testagem de dificuldades de aprendizagem ou identificação de
superdotados;
predizer desempenho acadêmico;
auxiliar no diagnóstico de deficiência mental;
descrever alterações em funções cognitivas específicas para auxiliar no
diagnóstico diferencial de quadros neuropsicológicos. Por exemplo, com a
avaliação de alterações das funções executivas pode-se esclarecer sobre a
presença de quadros como o transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH).
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4.2.1.1 Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI)
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4.2.3 Teste de Inteligência Geral – Não Verbal (TIG-NV)
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4.3 TESTES DE MEMÓRIA E APRENDIZAGEM
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4.3.2 Teste de Memória da Lista de Palavras do CERAD
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4.3.3 Teste de Memória de Figuras
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4.3.4 Teste Comportamental de Memória de Rivermead (TCMR)
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FIGURA 15 - EXEMPLO DE TAREFA DE CANCELAMENTO NA ETAPA UM DO
TESTE DE MONTIEL E CAPOVILLA
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FIGURA 17 - EXEMPLO DA TAREFA DE CANCELAMENTO NA ETAPA TRÊS DO
TESTE DE MONTIEL E CAPOVILLA
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4.4.3 Teste de Trilhas
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et al., Manos & Wu e Shua-Haim (para revisão, ver Atalaia-Silva e Lourenço, 2004)
(ATALAIA-SILVA; LOURENÇO, 2008).
O TDR é útil no rastreio de quadros demenciais, pois é um instrumento
breve e de fácil aplicação, sensível aos prejuízos da memória, do funcionamento
executivo e das habilidades visuoespaciais de indivíduos idosos (NITRINI et al.,
2005). Contudo, é importante considerar que o desempenho neste teste é
influenciado pelo nível de escolaridade do respondente, não sendo recomendado
para uso entre pessoas com menos de cinco anos de estudo.
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4.5.3 Torre de Hanói, Torre de Londres e Torre de Toronto
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4.6 TESTES DE RACIOCÍNIO E LINGUAGEM
Os Testes de Fluência Verbal são de fácil e rápida aplicação. Por isto, são
recomendados para uso em triagens e rastreio de declínio cognitivo e são incluídos
nas baterias neuropsicológicas a fim de auxiliar no diagnóstico. Tratam-se de tarefas
nas quais se solicita ao respondente que evoque palavras em um período limitado
de tempo, em geral, um minuto. Durante este tempo, é normal que o número de
palavras evocadas seja maior nos primeiros 15 segundos e pode ir reduzindo,
gradualmente, até o fim do tempo estipulado. Contudo, na presença de patologias
essa evocação pode estar comprometida e o indivíduo apresente desempenho
diferente do esperado, como: não evocar palavras nos primeiros segundos; repetir
as mesmas palavras; evocar um número reduzido de palavras.
Estes testes foram inicialmente propostos para avaliação de lesões no lobo
frontal em pacientes adultos, sendo utilizados para avaliação de diversas funções
cognitivas, como: funções executivas; pensamento abstrato; flexibilidade cognitiva e
uso de estratégia; velocidade de processamento; memória semântica. No que se
refere à linguagem, avalia a capacidade para organizar e recuperar palavras
foneticamente, para procurar palavras de categorias específicas armazenadas na
memória, o conhecimento de palavras. Os testes mais utilizados buscam avaliar a
fluência verbal semântica e a fluência verbal fonêmica.
No teste de fluência verbal semântica (categoria animais) é solicitado ao
respondente que fale todos os animais que conseguir se lembrar espontaneamente.
São pontuados todos os animais mencionados pelo respondente no período de um
minuto. A fluência verbal avaliada por este teste depende da capacidade de acesso
semântico e da riqueza de vocabulário do respondente. Testes de fluência verbal
avaliam a linguagem e também o funcionamento executivo.
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No Brasil, os pontos de corte sugeridos para adultos são de nove animais
por minuto para indivíduos com até oito anos de escolaridade e de 13 animais por
minuto para aqueles com mais de oito anos de escolaridade (BRUCKI et al., 1997).
Em estudo realizado com adultos brasileiros para verificar efeitos da
escolaridade, foi apresentada a média de animais lembrados para grau de
educação: para analfabetos, média de 12,1 animais; para 1 a 4 anos de estudos,
12,3 animais; para 5 a 8 anos, 14,0; para 9 a 11 anos, 16,7; e, para mais de 11 anos
de estudos, 17,8 animais (BRUCKI e ROCHA, 2004).
Outras categorias semânticas que podem ser utilizadas são: nomes de
frutas; nomes próprios de pessoas, peças do vestuário; entre outros. Contudo, não
existe normatização destes outros formatos para uso no Brasil.
No teste fluência verbal fonêmica – letras FAS – é solicitado ao respondente
que diga o máximo de palavras que conseguir se lembrar iniciadas com as letras “F”,
“A” e “S”, sendo fornecido o comando para cada letra, separadamente. O tempo
dado ao respondente é de um minuto para cada letra. O escore total é a soma de
palavras evocadas com as três letras.
O teste vem sendo utilizado no Brasil, principalmente, no âmbito da pesquisa
e na clínica para avaliação de quadros de afasia, com o intuito de verificar não só a
fluência verbal fonêmica, mas também para avaliação da memória semântica e de
disfunção executiva decorrentes de agravos em regiões cerebrais como o lobo
frontal e as estruturas temporais. Contudo, este teste sofre influência da idade e da
escolaridade, sendo ainda necessários dados normativos para estabelecer pontos
de corte adequados para a população brasileira. Dados internacionais são utilizados
para a pontuação, mas sem a certeza de que os mesmos se aplicam à nossa
população (BENTON, 1989; STRAUSS, 2006).
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4.6.2 Teste de Nomeação de Boston (versão reduzida)
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4.6.4 Testes de Leitura e Escrita
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4.7.2 Figuras Complexas de Rey
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4.7.5 Subteste Quebra-Cabeça do WISC
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distúrbio do sono, fadiga, perda de apetite, perda de peso, preocupação somática,
diminuição de libido.
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por 15 perguntas com respostas do tipo sim ou não. Para cada resposta depressiva
é contado um ponto, sendo o escore a partir de seis indicativo de presença de
depressão.
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5.2.3 Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD)
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A seguir, são apresentados alguns instrumentos que avaliam a capacidade
de um indivíduo realizar de forma independente as AVDs e neles são exemplificados
os tipos de atividades entendidas como básicas, instrumentais e avançadas.
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Os domínios de atividades de vida diária avaliados pelo FAQ são:
administração de finanças; realização de compras; entretenimentos/passatempos;
preparo refeição completa e de café/chá; e compreensão de programas de TV ou
leituras; atenção eventos/notícias atuais; lembrar-se de eventos; e sair de casa
sozinho.
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entrevista busca comparar as alterações no desempenho do indivíduo avaliado ao
longo de vários anos. Este instrumento tem se mostrado válido para o rastreio e
diagnóstico da síndrome demencial na fase inicial. Entre as vantagens desta escala
está a de poder ser aplicado em paciente com grande comprometimento e/ou
instáveis e que, geralmente, não podem ser submetidos a avaliações
neuropsicológicas. Além disto, corresponde a uma forma de avaliar efeitos do
prejuízo cognitivo nas demandas ambientais.
Para cada pergunta do questionário deve ser respondida a seguinte reposta:
muito melhor (1) ; um pouco melhor (2); não houve mudança (3); um pouco pior (4 );
muito pior (5). O escore final é dado pela soma ponderada dos itens, dividindo-os
pelo total de itens da escala. O total varia de um a cinco, sendo a pontuação menor
ou igual a três indicativo de alguma alteração; a pontuação quatro indica uma
alteração considerável, e cinco muita alteração (SANCHEZ; LOURENÇO, 2009).
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