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AVALIAÇÃO EM CASOS DE SUSPEITA DE

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: QUAIS


INSTRUMENTOS USAR?

Me Sarah Cassimiro Marques


@incantato.psicologia

Ana Lucia da Silva Gerber Weiss - psicologaanaweiss@gmail.com - CPF: 062.216.179-28


DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS (DSM 5)

• Inclui déficits funcionais, tanto intelectuais quanto adaptativos, nos


domínios conceituais, social e prático.
A. Déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de
problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem
acadêmica e aprendizagem pela experiência confirmados tanto pela
avaliação clínica quanto por testes de inteligência
padronizados e individualizados.
APA (2014)

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DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS (DSM 5)

B. Déficits em funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir


padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a
independência pessoal e responsabilidade social. Sem apoio
continuado, os déficits de adaptação limitam o funcionamento em uma ou
mais atividades diárias, como comunicação, participação social e vida
independente, e em múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no
local de trabalho e na comunidade.

C. Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o período do


desenvolvimento.
APA (2014)
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NO PROCESSO AVALIATIVO, O QUE
PRECISAMOS PENSAR?

1.Inteligência
2.Comportamento adaptativo

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NO PROCESSO AVALIATIVO, O QUE
PRECISAMOS PENSAR?

1.Inteligência
2.Comportamento adaptativo

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INTELIGÊNCIA

• QI é medida confiável?
1.O que é inteligência?
2.QI Total mede inteligência?
3. Discrepâncias são esperadas?

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WISC IV

6 anos e 0 meses a 16 anos e 11 meses.

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ESCALA WECHSLER DE INTELIGÊNCIA PARA ADULTOS
WAIS - III

Avalia a capacidade intelectual de adultos na


faixa etária entre 16 e 89 anos.

• Fornece os três escores de QI tradicionais: QI Verbal,


QI de Execução e QI Total;
• Fornece, ainda, quatro escores de Índices Fatoriais:
Índice de Compreensão Verbal (ICV), Índice de
Organização Perceptual (IOP), Índice de Memória
Operacional (IMO) e Índice de Velocidade de
Processamento (IVP).

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WASI - KIT

Idade: 6 anos a idosos de 89 anos de idade.

Fornece informações sobre os QIs Total, de


Execução e Verbal a partir de quatro subtestes
(Vocabulário, Cubos, Semelhanças e Raciocínio
Matricial), em um curto espaço de tempo.

A escala ainda fornece a possibilidade de


avaliação do QI Total com apenas dois subtestes
(Vocabulário e Raciocínio Matricial).
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SON-R 21/2-7 [A]
TESTE NÃO-VERBAL DE INTELIGÊNCIA

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SON-R 21/2-7 [A]
TESTE NÃO-VERBAL DE INTELIGÊNCIA

• O SON-R 21/2-7 [a] é um instrumento não verbal para avaliação da


inteligência geral.
• Atende tanto a crianças típicas, como crianças com diversos tipos de
deficiência. Por não depender de habilidades linguísticas, ele se torna
adequado à crianças com necessidades especiais de linguagem, fala ou
comunicação, como surdez, autismo e transtornos de desenvolvimento.
Além disso, o teste também é adequado para imigrantes, cuja a primeira
língua é diferente da falada no lugar de moradia.
• Seu objetivo é a avaliação geral do desenvolvimento e das habilidades
cognitivas, através de quatro subtestes, que avaliam habilidades espaciais e
viso-motoras e raciocínio abstrato e concreto.
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WNV - ESCALA WECHSLER NÃO VERBAL DE
INTELIGÊNCIA
• A Escala Wechsler Não Verbal de
Inteligência (WNV): crianças e jovens de
4 anos e 0 meses a 21 anos e 11 meses.
• Objetivos: indivíduos que tenham
habilidades verbais limitadas, como por
exemplo: indivíduos com Transtorno
Específico de Linguagem, com
Deficiência Auditiva, com Deficiência
Intelectual, com Transtorno do Espectro
do Autismo, indivíduos que possuem
outra língua materna que não o
português, entre outros.
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TNVRI

• Faixa etária: 5 a 13 anos

• Objetivo: mensurar a
inteligência (fator G)

• 58 figuras

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TIG-NV

• Objetivo: avaliar a inteligência.


• População: idade entre 10 a 79
anos, com escolaridade do ensino
fundamental ao superior.
• Aplicação: Individual ou coletiva.
• Tempo: Não há limite de tempo
para sua aplicação, mas verificou-se
que o tempo médio de execução é
de 30 a 40 minutos
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COLÚMBIA

•Faixa etária: 3 a 9 anos

•Objetivos: avaliar a capacidade


de raciocínio geral de
crianças.

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TONI 3

üObjetivo: Fornecer uma medida


consistente de inteligência geral
através do raciocínio abstrato e
resolução de problemas

ü No Brasil é validada apenas a


FORMA A (6 a 10 anos) e aqui
apenas psicólogos podem
utilizá-lo
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RAVEN INFANTIL

• Faixa etária: 5 a 11
anos

• Objetivo: mensurar a
inteligência (fator G) e
capacidade edutiva.

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DFH - DESENHO DA FIGURA HUMANA
ESCALA SISTO

• Fermino Fernandes Sisto


• Faixa Etária: Crianças de 5 a 10 anos
• Aplicação: Individual ou coletiva.
• Tempo de aplicação: sem limite de tempo.
• Indicado para avaliar a inteligência de
crianças pequenas, ou com diminuição da
capacidade auditiva ou deficiências neurológicas,
não alfabetizadas ou que não falam a língua do
examinador.
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COLEÇÃO R-1 - TESTE NÃO VERBAL
DE INTELIGÊNCIA

• Objetivo: Avaliar o fator G de inteligência.


Adultos a partir dos 18 anos.

Diferentes raciocínios estão envolvidos para a


resolução dos itens: complementação de figuras,
identidade de figura concreta, analogia de adição e
subtração, mudança de posição, progressão
numérica, deslocamento de uma parte, alternância
de elementos, raciocínio numérico entre outros.
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R-2 - TESTE DE INTELIGÊNCIA NÃO
VERBAL
EXCLUSIVO PSICÓLOGOS

Faixa Etária: Para crianças de 5 a


11 anos

Aplicação: Individual

Tempo de Aplicação: Sem limite


de tempo, em média 8 minutos

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TESTE NÃO VERBAL DE INTELIGÊNCIA
R-1
• OBJETIVO: Avaliar o fator G de inteligência de adultos.

PÚBLICO-ALVO: A partir dos 15 anos.

O teste R-1 Forma B foi desenvolvido para ser uma forma


paralela do R-1. Ele é composto por figuras contendo objetos
concretos e abstratos e as questões estão em ordem crescente
de dificuldade. Foram realizados dois tipos de estudos: Fator 1:
inteligência fluida (aprendizagem, experiência passada); e Fator
2: em consonância ao fator g de Spearman.
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TESTE NÃO-VERBAL DE INTELIGÊNCIA
G-36
• Objetivo: Avaliar o fator G de inteligência.

Público Alvo: Adolescentes e Adultos com


escolaridade a partir do ensino médio.

Apresenta itens em ordem crescente de dificuldade,


envolvendo os seguintes raciocínios: compreensão
de relação de identidade e raciocínio por analogia,
analogia do tipo numérica com adição e subtração e
mudança de posição, analogia espacial com mudança
de posição.
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TESTE NÃO-VERBAL DE INTELIGÊNCIA
G-38

Objetivo: Avaliar o fator G de inteligência.


Público Alvo: Adolescentes e Adultos com
escolaridade a partir do ensino médio.

Apresenta itens em ordem crescente de dificuldade,


envolvendo os seguintes raciocínios: compreensão de
relação de identidade e raciocínio por analogia,
analogia do tipo numérica com adição e subtração e
mudança de posição, analogia espacial com mudança
de posição.
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TDRI – TESTE DE DESENVOLVIMENTO DO
RACIOCÍNIO INDUTIVO

• Idade: 5 a 89 anos
• Aplicação: Individual e coletiva
• Tempo de Aplicação: Não há limite de
tempo
• Material: Manual e Caderno de aplicação
• O Teste de Desenvolvimento do Raciocínio
Indutivo (TDRI) avalia o nível da
capacidade de raciocínio indutivo
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(importante indicador da inteligência fluida).
COLEÇÃO V-47 - TESTE VERBAL DE
INTELIGÊNCIA

OBJETIVO: Avaliar a capacidade de compreensão verbal.

PÚBLICO-ALVO: Adolescente e adultos a partir do


ensino médio.

O teste é composto por itens, divididos em pares, em que o


sujeito deve comparar a extensão do significado das palavras
e buscar a relação entre elas. Os itens do teste estão
ordenados em grau crescente de dificuldade. Exige o
conhecimento das palavras adquiridas previamente e
depende da experiência educacional e dos conhecimentos
adquiridos pelo individuo ao longo da vida.

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NO PROCESSO AVALIATIVO, O QUE
PRECISAMOS PENSAR?

1.Inteligência
2.Comportamento adaptativo

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DEFINIÇÃO DE COMPORTAMENTO ADAPTATIVO

• Comportamento adaptativo: habilidades conceituais,


sociais e práticas adquiridas pela pessoa para atender às
demandas da vida diária (American Psychiatric
Association [APA], 2013).

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Domínio conceitual: comunicação (Falar o nome de pessoas
conhecidas, cumprimentar asVINELAND
pessoas; Dizer
– 3 número de telefone e o
O QUE
endereço de casa, fazerÉ telefonemas
COMPORTAMENTO ADAPTATIVO?
locais); acadêmicas (Diz a idade quando
perguntado; Conta até 3 objetos, até 10 sem os dedos)

Domínio social: Espera sua vez em jogos, segue as regras do jogo;


Compartilha brinquedos, diz “obrigado” quando ganha presente)

Domínio prático: Pede para ir à lanchonete, solicita sua própria


comida; Olha para os 2 lados antes de atravessar a rua; Encontra banheiro
em lugares público

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O QUE É O COMPORTAMENTO ADAPTATIVO?

•Sparrow (1984) relata que o funcionamento


adaptativo representa a capacidade de traduzir o
potencial cognitivo em habilidades práticas do mundo,
que são essenciais para o desenvolvimento da vida
independente.

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VARIAÇŌES DO COMPORTAMENTO
ADAPTATIVO

Idade

Comportamento
Contexto
adaptativo

Estimulaçōes
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RELAÇÃO DO COMPORTAMENTO
ADAPTATIVO COM TRANSTORNOS
MENTAIS E SÍNDROMES

• Deficiência intelectual
• Transtornos do espectro do autismo
• Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
• Transtornos de aprendizagem
• Síndrome de Tourette, Síndrome de Rett , Síndrome de
Williams, Síndrome alcoólica fetal, Síndrome de Down

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COMO MENSURAR O
COMPORTAMENTO ADAPTATIVO?

• Comportamento Adaptativo é definido pelo desempenho


típico, não pela capacidade: limitações impostas por outros
ou falta de motivação podem resultar em uma capacidade
adequada que não se traduz em desempenho adequado.

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COMO MENSURAR O COMPORTAMENTO ADAPTATIVO?

Aplicação direta de
tarefas

Observação direta
Mensuração
do comportamento

Obtenção de
informações através
de respondente
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COMO MENSURAR O COMPORTAMENTO ADAPTATIVO?

1. Aplicação direta de tarefas:


- Avaliar o desempenho máximo em uma situação controlada
- Não consegue medir o desempenho típico em situações cotidianas.

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COMO MENSURAR O COMPORTAMENTO ADAPTATIVO?

2. Observação comportamental direta


- Medir o comportamento típico em ambientes naturais, tais como o lar ou a
escola.
- Entretanto, sua inaplicabilidade para avaliar o comportamento adaptativo vem
de sua amplitude (não vou conseguir ir no restaurante com ele ou no bar,
etc)

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COMO MENSURAR O COMPORTAMENTO ADAPTATIVO?

3. Obtenção de informações através de pessoas que conhecem bem o


indivíduo.

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COMO MENSURAR O COMPORTAMENTO
ADAPTATIVO?

• Vineland Adaptative Behavi or Scales (VABS)


• Adaptative Behavior Assesment System (ABAS)
• AAMR Adaptative Behavior Scales (ABS)
• Scales of Independent Behavior (SIB-R)
• Comprehensive Test of Adaptative Behavior-Revised(CTAB-R)

• Nenhuma com adaptação e padronização para o Brasil

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QUANDO PRECISO AVALIAR
COMPORTAMENTO AVALIATIVO?

• Comportamento Adaptativo: “limitações significativas no comportamento adaptativo são


operacionalmente definidas pelo desempenho aproximadamente dois DPs abaixo da média ou
(a) um dos seguintes três tipos de comportamento adaptativo: conceitual, social ou prático, ou
(b) em escore geral em medida padronizada de habilidades conceituais, sociais e
práticas”(AAID, 2010, p. 43).

• É fundamental para os critérios diagnósticos na Deficiência Intelectual (DI), contudo é utilizado


amplamente em pacientes que necessitem de intervenção, como TEA.

AAIDD: American Association on Intellectual and Desenvolvimental Disabilities


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