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AVALIAÇÃO
PSICOPEDAGÓGICA
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 05
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MÓDULO 03: TESTES DE RASTREIO PARA DISLEXIA, DISGRAFIA,
DISCALCULIA E DISORTOGRAFIA ---------------------------------------------------16
Aula 19- Dislexia -----------------------------------------------------------------------------16
Aula 20- Disgrafia ----------------------------------------------------------------------------16
Aula 21- Discalculia --------------------------------------------------------------------------17
Aula 22- Disortografia -----------------------------------------------------------------------17
3
MÓDULO 07- RELATÓRIO DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E RELATÓRIO
DE ACOMPANHAMENTO DE ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTADOS--36
Aula 41- Relatório descritivo de deficiência intelectual, como preencher? -----36
Aula 42- Como preencher o relatório de acompanhamento psicopedagógico ao
estudante com altas Habilidades/ Superdotação--------------------------------------37
Anexos -----------------------------------------------------------------------------------------41
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APRESENTAÇÃO
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Módulo 01- Testes Gerais e Fichas para Avaliação Psicopedagógica
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Esse é um dos modelos mais seguidos e utilizados. Mas você pode
planejar a sua avaliação, lembrando de aplicar o que é necessário. Não é preciso
aplicar todos os testes que existem no mercado e nem utilizar todas as fichas e
testes de rastreio e seguir todos os modelos de relatório.
Lembro a vocês que a avaliação psicopedagógica é o processo no qual
visa investigar as relações do estudante com o conhecimento e os seus vínculos
com a aprendizagem, procurando considerar os aspectos emocionais, sociais e
cognitivos. De acordo com Weiss (2012), o diagnóstico psicopedagógico, nada
mais é que um processo de investigação, uma pesquisa, do que não vai bem
com a pessoa em relação ao que se era esperado. É o esclarecimento de uma
queixa, que pode ser do próprio estudante, da família e em sua maioria da
escola.
Por esse motivo é tão importante planejar e procurar seguir da melhor
maneira possível para ter melhores resultados sobre a criança ou adolescente
com a intenção de compreender o que está acontecendo.
Segundo Sampaio (2018), a avaliação psicopedagógica é como montar
um grande quebra-cabeças, pois conforme vai se encaixando as peças, vai se
descobrindo o que tem por trás dos sintomas que a pessoa apresenta. As peças
do quebra cabeça vêm do próprio estudante, da família, da escola, e a forma de
montá-las, depende de quem está conduzindo a avaliação, no caso, o
psicopedagogo, pois precisa levar em consideração todos os aspectos objetivos
e subjetivos observados nos diversos âmbitos: cognitivo, familiar, pedagógico e
social.
7
Na anamnese que descobriremos como foi a concepção, gestação, o
nascimento, o desenvolvimento e crescimento do avaliado. Além disso
recolhemos as informações de toda a família, dos pais, dos irmãos, de outros
familiares. Ainda descobrimos como é a relação da família com a escola, com a
aprendizagem, como é a dinâmica e rotina familiar.
Importante dizer que embora eu vá apresentar aqui modelos de
anamnese, para que ela seja bem-sucedida é preciso fazer como se fosse uma
conversa. Precisamos de um roteiro, mas precisamos fazer com que não seja
uma entrevista.
É também na anamnese que investigamos o desenvolvimento cognitivo,
motor, social e emocional da criança e do adolescente. Observa-se como
processou o seu desenvolvimento, os controles, aquisição de hábitos, a
interiorização de normas, a aquisição da fala, o sono, a sexualidade (WEISS,
2012).
Agora irei apresentar a vocês uma maneira de aplicar a Anamnese, o
modelo que seja utilizado encontra-se em anexo a esse guia e também nos
documentos psicopedagógicos da Ello Cursos Psicologia.
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Para a aplicação da EOCA geralmente é preciso ter disponibilizar alguns
materiais, como: folhas brancas de papel A4, folhas de caderno, lápis de
escrever e lápis de cor, apontador, caneta e canetinhas, borracha, tesoura,
papeis coloridos se tiver, cola, revista, livros, régua e demais materiais que
acreditar ser necessário.
Quando a criança ou adolescente chegar acolha-o e explique como será
a atividade. Apresente todo o material que será utilizado e diga para ele fazer o
que ele sabe, o que ele já aprendeu, que você está curiosa para conhecer
melhor.
Ao longo da EOCA que geralmente pode ser por volta de 20 a 30 minutos,
ou até mesmo o atendimento todo. Você pode aproveitar para conversar com a
criança ou adolescente, sobre se ele gosta de ir para escola, qual disciplina
favorita, o que quer ser quando crescer, se gosta do professor (a).
Aproveite o momento também para observar, vou apresentar o roteiro de
observação para vocês, bem prático e fácil. Lembrando que precisamos analisar
de acordo com os três aspectos: temática, dinâmica e produto.
Após aplicação da EOCA anote tudo que observou e viu com isso irá
delinear a sua avaliação e ajudará no planejamento dos próximos testes que irá
aplicar.
Vou apresentar para você os nossos modelos da EOCA e como preencher
a fichar e observação. Os nossos modelos estão no anexo do guia e também
nos documentos psicopedagógicos da Ello Cursos Psicologia.
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Apresentarei as fichas cada uma para que conheça e assim vou
explicando como preencher cada uma delas.
12
Aula 12- TDE II- Teste de Desempenho Escolar
O TDE II é um instrumento que busca oferecer de forma objetiva uma
avaliação das capacidades fundamentais para o desempenho escolar, mais
especificamente da escrita, aritmética e leitura. Indica de uma maneira
abrangente, quais as áreas da aprendizagem escolar que estão preservadas ou
prejudicadas no examinando. A faixa etária abrange a avaliação de escolares de
1ª a 6ª séries do Ensino Fundamental, ainda que possa ser utilizado com
algumas reservas, para a 7ª e 8ª séries. Apresentarei a vocês o teste e a forma
de aplicação que serão divido em dois momentos.
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frequenta e que esteja relacionado as questões de aprendizagem, por exemplo,
aula de reforço, psicoterapia, fisioterapias, entre outros.
Como avaliar:
1) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de
1 a 9 = existem mais sintomas de desatenção que o esperado numa criança ou
adolescente.
2) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de
10 a 18 = existem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que o
esperado numa criança ou adolescente.
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O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério
A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são
necessários.
Vamos então conhecer o questionário.
Como avaliar:
15
pelos pais quanto pelos professores é positivo para o TOD. Vocês podem
encontrar a escala de forma fácil na internet.
Agora apresentarei a vocês a escala e como preencher.
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Embora algumas crianças com disgrafia também possuam disortografia, essas
não estão associadas (SAMPAIO, 2018).
Vamos para os itens que precisam ser observados na Disgrafia.
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Aula 23- M-CHAT
O teste de rastreio M-CHAT, recomendado pela Sociedade Brasileira de
pediatria e que deve ser utilizado em consultas pediátricas, até mesmo no
Sistema Único de Saúde- SUS segundo a lei 13.438/17, caso suspeita de TEA.
Resultado final:
o Normal: 15 – 29,5,
o Autismo leve/moderado: 30 – 36,5,
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o Autismo grave: acima 37.
Vamos para o exemplo de aplicação e assim conhecerão melhor a
ferramenta.
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O comando da prova é: Gostaria que você se desenhasse com seus
colegas de sala de aula.
Observe como a criança desenha e utilize o seguinte protocolo que iei
apresentar.
Análise do desenho:
Se o tamanho total do desenho for grande, existe um vínculo positivo com a
aprendizagem, se pequeno vínculo negativo. O tamanho do personagem
principal: está relacionado com a imagem que a criança crê que os colegas
possuem dele, se grande pode indicar liderança, se pequeno, submissão,
desvalorização, sente-se vítima do grupo, de tamanho normal, indica uma
relação saudável. Se os personagens forem grandes tem o desejo ter sua
amizade e ser aceito. SE for pequeno indica desvalorização e rejeição.
Em relação a posição dos personagens, se desenhou lado a lado, tem uma
comunicação superficial, se a criança desenha no meio de dois grupos
separados, não se sente parte integrado do grupo, a criança em um extremo do
grupo, integração relativa, a criança em primeiro plano, integração adequada, se
não se desenha denota inibido para integrar-se ao grupo, se está ao redor de
uma mesa ou em rodinha, está bem integrado ao grupo.
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Observe se os tamanhos dos desenhos são muito pequenos ou muito
grandes, isso indica vínculo negativo com a aprendizagem. Se o tamanho for
proporcional indica relação equilibrada. Se os personagens são do tamanho
pequeno o vínculo não é importante, se for médio reativamente importante, se
for grande o professor no caso indica supervalorização deste, agora se a criança
for grande pode caracterizar vínculo positivo.
Se desenha só a cabeça das pessoas apresenta supervalorização do
intelectual, o corpo do professor inacabado indica uma agressão oculta a quem
ensina. Se simplifica os personagens apresenta uma desvalorização do vínculo
com a aprendizagem em relação ao docente. Se os personagens estiverem
frente a frente indica vinculo positivo com a aprendizagem, se lado a lado, vínculo
regular, se de costas, vínculo negativo. Se o professor está de costas para quem
aprende indica que há um sentimento de rejeição pelo professor, se a criança
desenhar de costas, há o sentimento de rejeitar o professor.
Análise do desenho:
Observe se a disposição da sala é tradicional ou não, se for tradicional as
respostas são rígidas, se não for são mais espontâneas. Se o tamanho da sala
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for pequeno apresenta inibição, grande falta de limites. Observe o tamanho da
criança, isso pode definir onde ele fica em sala de aula. Se na frente pode ser
participação ou posição de castigo, mas se disser que foi quem escolheu o local
significa vínculo positivo com a aprendizagem. Se no fundo ou laterais, retração
ou pouca participação, o vínculo pode ser negativo com a aprendizagem. No
meio da sala o vínculo é regular com aprendizagem e professor(a). Se não se
desenha em sala o vínculo é negativo com o a sala de aula. Se representa as
pessoas da sala, pode significar aceitação ou rejeição de acordo com o que fala
das pessoas.
A prova projetiva a seguir visa avaliar o vínculo que a criança tem com a
família. Aplicada geralmente em crianças entre 08 e 09 anos. E como objetivo
conhecer o campo geográfico do lugar em que mora e a posição real dentro de
casa.
Para aplicação da prova precisará dos seguintes materiais: papel branco
A4, lápis de escrever, borracha e régua. Peça para a criança: Gostaria que você
desenhasse a sua casa, como se você estivesse vendo-a de cima.
Observe como a criança desenho e aproveita para já tomar anotações
utilizando o protocolo que lhes mostrarei. Após o desenho assim, como nas
outras provas, pode perguntar: Me diz como é sua casa? Onde vocês almoçam,
jantam? Comem todos juntos? Onde você estuda? Como é seu local de estudos?
Onde é seu quarto? E o quarto das outras pessoas? Com que você dorme, entre
outras perguntas que achares pertinente. Peça para a criança dar um título ao
desenho. Vamos ver agora o protocolo.
Análise do desenho:
Se do ponto de vista da criança ele faz parte da família indica que se sente
pertencente, se ao falar perceber que ele está fora não se sente parte da família.
Se os espaços representados forem: interior da casa, existe valorização da
aprendizagem, se for exterior, existe a valorização das aprendizagens ligas ao
corpo e natureza. O tamanho do plano da casa; se ocupa um espaço pequeno
da folha, indica inibição para o uso do espaço e uma possível diminuição do
potencial emociona, pode indicar um vínculo negativo com a aprendizagem. Se
o plano for grande, indica um bom vínculo com aprendizagem; se usar mais de
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uma folha revela dificuldade de controlar seu impulsos e vínculo negativo com a
aprendizagem sistemática.
Fique atento aos comentários sobre o quarto, pois são bastantes reveladores
e pode indicar rejeição, aceitação ou indiferença, observe se a criança apresenta
autonomia para mudar as cosias do quarto. Em relação ao ambiente para
estudar observe se o lugar é adequado, como é esse ambiente. Perceba ainda
se existe espaço para reuniões familiares e como elas acontecem.
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Para aplicação desta prova será necessário: Papel branco A4, Lápis de
escrever e borracha. A pessoa que está avaliando a criança para facilitar a
aplicação pode dobrar a folha de papel em quatro partes iguais e pedir para a
criança desenhar os quatro momentos do seu dia, cada momento num desses
quadrados. O comando é: desenhe os momentos do seu dia desde a hora que
você acorda até a hora que você vai dormir.
Observe como a criança desenha e faça anotações no protocolo, ao
finalizar o desenho pode perguntar a criança: Conte-me o que está se passando
em cada momento do seu dia, peça detalhes, pode pedir para a criança escrever
se for necessário. Lembre-se de pedir um título para o desenho. Esse é o
protocolo para anotações.
Análise do Desenho:
Se desenha pessoas mostra os modelos de identificação e o modelo de
aprendizagem familiar que poder ser unificado ou diversificado. O local da cena
escolhido serve para entender o estilo de vínculo, adequação e flexibilidade. Ou
seja, o local onde ele faz as coisas é adequado para fazer. Se percebe que os
lugares escolhidos foram automáticos apresenta visa monótona e sem
criatividade. Se a escolha envolveu cargas afetivas positivas, apresenta
dinamismo, criatividade. Se envolveu cargas afetivas negativas, denota solidão,
apatia, sente-se vazio. Se a sequência temporal foi ordenada, apresenta
predominância do princípio da realidade, capacidade de acomodação,
aprendizagem realista, tolerância a frustração. Se foi desordenado, indica
impulsividade, baixa tolerância a frustração, aprendizagem inconstante.
24
aniversário de um menino (se o avaliado for do sexo masculino) ou de uma
menina (se a avaliada for do sexo feminino).
Observe como a criança realiza o desenho, após desenhar realize as
seguintes perguntas: De quem é o aniversário? Que idade está fazendo? Quem
são as pessoas do aniversário? Quantos anos essas pessoas têm? O que
aconteceu no aniversário? O aniversariante gostou dos presentes? Tem algum
presente que gostaria de trocar? Peça para a criança descrever o que acontece
na cena e que dê um título. Anote no protocolo que iriei apresentar.
Análise do desenho:
Se desenhou rodeado de pessoas, apresenta boa capacidade de
aprendizagem em temos quantitativos e qualitativos; Sozinho vínculo negativo
com aprendizagem; Se desenhou os presentes recebidos, são os objetos que
deseja; O tamanhão e a posição dos personagens mostra vínculos positivos ou
negativos com o aniversariante. Se se desenhou de frente vinculo positivo de
costas negativo; O tamanho do aniversariante tem haver com o vínculo consigo
mesmo. Se desenhou o aniversario acontecendo em casa, tem uma atitude
realista, se foi num lugar público, indica abertura para novas aprendizagens, se
foi fora de um contexto possível, possui boa capacidade criativa ou muito
imaginativo dependendo do cenário.
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Observe a criança desenhando e após terminar o desenho, pode lhe fazer
as seguintes perguntas: Conte-me o que está passando neste desenho? O que
você fez durante as férias? Escreve uma frase sobre suas férias e também um
título. Faça mais perguntas se achar necessário. Segue o protocolo para
preenchimento.
Análise do Desenho:
Se seguiu o que foi pedido para desenhar apresenta vinculo positivo, se não
vínculo negativo. Se apresentou boa capacidade de adequação do desenho o
vínculo é positivo, se não negativo; Se desenha fazendo a mesma atividade de
quando não está de férias, significa que gosta muito do que faz e possivelmente
não sabe fazer algo diferente, talvez falta-lhe criatividade. Se faz um desenho
totalmente diferente de quando não está e férias, indica criatividade e a
capacidade de aprendizagem; respondeu com coerência as perguntas apresenta
capacidade de vínculo com aprendizagem.
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Aula 35- Desenho e um episódio
A prova projetiva: Desenho em episódios, tem como objetivo observar o
vínculo de aprendizagem que a criança possui consigo mesmo e também
observar alguns indicadores gráficos vinculados ao tempo, ao espaço e a
casualidade. Idade de aplicação: a partir de 4 anos.
Para aplicação da prova será necessário: folha de papel branco A4
dobrado em 06 partes, lápis preto. Peça a criança o seguinte: Um (a) menino(a)
( de acordo como o sexo da criança) tem todo o dia livre apara ele (a). Você irá
desenhar o que este (a) menino(a) irá fazer desde a hora que acorda pela manhã
e sai de sua casa (indique o quadrado 1 acima a esquerda) até a hora que retorna
novamente a sua casa (mostre-lhe o quadrado 6 inferior à direita).
Observe como a criança desenha e depois pergunte-lhe: Conte-me o que
você desenhou e que título daria ao seu desenho? Anote no protocolo.
Análise do desenho:
Se a criança desenhar o tempo (sol, chuva, nuvens, estelas) indica vínculo
adequado. Espaço: se o desenho for proporcional ao espaço, sugere uma boa
relação com conhecimento biológicos e mostra uma personalidade equilibrada
para aprender apresentando um bom vínculo com aprendizagem.
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aplicação, você mesmo pode elaborar o seu roteiro, da melhor forma que
convier.
Sampaio (2018) destaca para aplicar as provas, deve-se aplicar várias
provas de conservação em uma mesma sessão, para que não haja uma possível
contaminação das repostas da pessoa. É interessante que alterne entre provas
de conservação, classificação e seriação.
É muito importante anotar as respostas do avaliado, até mesmo as
reações, postura, falar, as reações diante o desconhecido, os seus argumentos
e questionamento, como manipula os objetos, como organiza o material
(SAMPAIO,2018).
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Provas de conservação: de pequenos conjuntos
discretos de elementos da quantidade de líquido, da
quantidade de matéria, da composição da
6 e 7 anos quantidade de líquido;
Provas de classificação: de mudanças de critério
ou dicotomia, interseção de classes ou qualificação
da inclusão de classes.
Provas de seriação
Provas de conservação: da largura, de peso, do
volume.
8 e 9 anos Provas de classificação: interseção de classes ou
qualificação da inclusão de classes
Provas de seriação
Provas de conservação: da quantidade de matéria,
da largura, da composição da quantidade de líquido,
10 a 12 anos de peso.
Provas de classificação: interseção de classes ou
qualificação da inclusão de classes
No caso de se obter êxito na prova de conservação
12 anos ou mais de volume, administra-se as provas para o
pensamento formal.
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Prova de Conservação de Número:
Para realização dessa prova utilizaremos 10 bolinhas vermelhas e 10
bolinhas azuis. O objetivo dessa prova é de avaliar a percepção da criança frente
aos objetos de diferentes cores posicionada em linhas paralelas. Deste modo
poderemos observar a noção de quantidade na visão da criança.
Anote todas as respostas da criança que está sendo avaliada para
observar se está no nível 1, 2 ou 3 citado logo acima.
Siga esse passo a passo:
Peça para a criança escolher a cor que deseja entre azul e vermelho;
Depois faça uma fileira com as bolinhas com a cor que você ficou e peça
para criança fazer outra fileira paralela a sua com a mesma quantidade
de bolinhas, inicie com umas 6 a 8 bolinhas;
Em seguida faça o seguinte questionamento: você tem certeza que estas
duas fileiras tem a mesma quantidade de fichas? Anote o que a criança
responder
Depois espace as bolinhas de uma das fileiras e pergunte: E agora? Ainda
tem a mesma quantidade nas fileiras? Como você sabe disso? Se a
resposta da criança for negativa, ainda pergunte: onde tem mais? E como
você sabe disso?
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pergunte: estas duas bolinhas tem a mês quantidade de massinha? Você
tem certeza?
Depois transforme uma das bolinhas em cilindro ou uma cobrinha e
pergunte novamente a criança: E agora onde tem mais massinha? Como
você sabe disso?
Outra manipulação que pode fazer é achatar uma bolinha e deixar a outra
e perguntar: E agora onde tem mais massinha?
Conservação de Comprimento
Para realizar a prova de Comprimento é preciso dos seguintes materiais:
1 fio de barbante de 20cm (fio A) e 1 fio de barbante de 30 cm (fio B) de cores
diferentes. O objetivo dessa prova é observar se a criança apresenta a noção de
comprimento e diferencia-los.
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Se as respostas da criança forem todas positivas e de acordo com o
princípio da conservação de comprimento realiza a conservação, se demonstrar
dúvida encontra-se no processo de aprendizagem, se não souber responder
nenhuma delas ainda não realiza a conservação de comprimento.
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E por fim, peça a criança: Você poderia separar ainda de outro modo
diferente, fazendo outros 2 novos grupos? (Esse é a segunda
mudança de critério, e a criança pode separar em grandes e pequenos
por exemplo).
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Aula 39- Provas de Seriação
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que já estão comigo, maior, menor? E anote o desempenho se respondeu
a contento.
Após a aplicação da prova veja se a criança respondeu acertadamente ou
se ainda está em transição ou se ainda não possui noção de seriação.
Construa uma torre com os oito cubos maiores, coloque o anteparo entre
sua torre e a que a criança irá construir. Diga a criança: observe que eu
construí uma torre e gostaria que você construísse outra torre, do outro
lado da mesma altura da minha utilizando o que você tem ai na mesa:
pode utilizar tudo que quiser. Deixe a criança construir a torre, veja se ele
consegue. Se conseguir construir a torre pergunte: Sua torre é tão alta
como a minha? Ou tem a mesma altura? Como você sabe que tem a
mesma altura?
Em seguida se a criança tiver construído a torre retire um bloco da sua
torre e peça para criança fazer uma torre da mesma altura sem usar a
varinha por exemplo? Depois pergunte, elas possuem a mesma altura?
Como você sabe?
Se a criança reproduzir a torre utilizando os elementos a ele apresentados
já possui o nível operatório concreto do espaço unidimensional, se realizar
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tentativas está em processo, caso não consiga realizar a prova não apresenta
mensuração espacial do espaço unidimensional.
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A Ello Cursos Psicologia, disponibiliza outros modelos nos documentos
Psicopedagógicos como relatório de: Deficiência Múltipla, que são crianças ou
adolescentes que possuem mais de uma deficiência, que pode ser uma
deficiência física e intelectual, ou deficiência física, auditiva e visual. E também
modelos para crianças com Síndrome de Down, e para crianças com TEA-
Transtorno do Espectro Autista. Todos esses modelos seguem o padrão que irei
mostrar para vocês.
Vou apresentar o modelo para preenchimento.
37
O que temos nesse documento? Os dados pessoais do estudante,
introdução inicial sobre o documento, pontuação sobre o que é percebido no
estudante, a síntese do processo de observação, sobre as habilidades
específicas do estudante, a avaliação do psicólogo, parecer conclusivo da
Equipe e orientações complementares. Vamos para apresentação do
preenchimento deste.
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sempre que preciso. É preciso que quando elaborado tenha a data para avaliar,
podendo ser a cada bimestre, semestre, conforme com quem elaborou.
Vamos para a explicação do preenchimento de PEI.
39
Referências Bibliográficas:
ACAMPORA, Bianca. Psicopedagogia clínica: o despertar das
potencialidades. 4ºed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019.
40
WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica
dos problemas de aprendizagem escolar. 14ª ed. Rio de Janeiro: Lamparina,
2012.
Anexos
41
ESCALA SNAP-IV
(Versão em português: (MATOS, P et al. Revista de Psiquiatria RS, v. 3, n. 28, p.
290-297, set./dez. 2006)
42
14. Não para ou frequentemente
está a “mil por hora”.
15. Fala em excesso.
43
Escala para adultos de TDAH- ASRS-18
Mattos P, Segenreich D, Saboya E, Louzã M, Dias G, Romano M. Adaptação
Transcultural para o Português da Escala Adult Self-Report Scale (ASRS-18,
versão1.1) para avaliação de sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção /
Hiperatividade (TDAH) em adultos. Revista Brasileira de Psiquiatria.
44
3.Com que frequência você se sente inquieto
(a) ou agitado (a)?
4. Com que frequência você tem dificuldade
para sossegar e relaxar quando tem tempo
livre para você?
5. Com que frequência você se sente ativo (a)
demais e necessitando fazer coisas, como se
estivesse “com um motor ligado”?
6. Com que frequência você se pega falando
demais em situações sociais?
7. Quando você está conversando, com que
frequência você se pega terminando as frases
das pessoas antes delas?
8. Com que frequência você tem dificuldade
para esperar nas situações onde cada um tem
a sua vez?
9. Com que frequência você interrompe os
outros quando eles estão ocupados?
45
Escala de Avaliação e Transtornos de Comportamento
Disruptivo para Pais e Professores.
Criada por William E. Pelham Jr.
Assinale nos quadros de acordo com o comportamento da criança
46
14. Frequentemente usa
linguagem obscena.
15.F requente responsabiliza os
outros pelos seus erros ou
comportamentos inadequados
16. Tem deliberadamente
destruído as propriedades dos
outros.
17. Frequentemente desafia ou
se recusa concordar com
opiniões ou regras de adultos.
18. Parece frequentemente não
atender quando se fala
diretamente com ele(a).
19. Frequentemente responde
precocemente antes das
perguntas serem completadas.
20. Frequentemente inicia lutas
físicas e brigas com pessoas
que não conhece ou que vivem
na sua escola ou vizinhança.
21. Frequentemente pula de
uma atividade para outra.
22. Tem frequentemente
dificuldade de participar uma
atividade em silêncio.
23. Frequentemente falha em
cumprir atividades que exigem
observação de detalhes e
comete erros na escola, em
casa e/ou com os trabalhos.
24. Frequentemente emburra e
aborrece por pouca coisa.
25. Frequentemente levanta ou
anda em momentos em que se
espera que fique sentado e
tranquilo.
26. Frequentemente e sensível e
facilmente se aborrece com os
outros.
27. Frequentemente não segue
instruções e fracassam em
tarefas escolares, trabalhos da
escola ou pesquisas no
ambiente onde se faz estas
atividades (mas não por
comportamento opositivo ou
porque não entendeu as
instruções).
47
28. Temperamento explosivo
facilmente.
29. Tem frequente dificuldade
em sustentar a atenção em
tarefas ou atividades lúdicas.
30.Tem dificuldade em esperar
a sua vez.
31. Forçou ou força alguém a
manter elações sexuais.
32. Aplica bullying, intimida ou
ameaça as pessoas.
33. Frequentemente quer
sempre chegar logo na frente e
faz as coisas correndo.
34. Frequentemente perde
coisas objetos necessários
para tarefas e atividades
(brinquedos, materiais
escolares, lápis, livros ou
instrumentos quaisquer).
35. Frequentemente se agita e
corre excessivamente em
situações nas quais não se
recomenda ou não se é
esperado (em adolescentes e
adultos, pode ser em situações
onde se esteja o descanso ou
subjetivamente se espera que
sossegue).
36. Aplica atos cruéis com
animais.
37. Frequentemente evita, não
gosta ou fica relutante para se
engajar em atividades.
38. Fica fora de casa com
frequência mesmo com a
proibição dos pais, começando
antes dos 13 anos.
39. Deliberadamente aborrece
as pessoas.
40. Tem roubado de forma a
confrontar com a vítima
(assalto, puxa objetos,
extorsão, e roubo à mão
armada).
41. Estraga deliberadamente
coisa, patrimônios, causando
sérios danos.
48
42. Tem evidente dificuldade e
organizar tarefas e atividades
sequenciais.
43. Tem quebrado e devastado
muitas coisas da casa, do carro
ou da escola
44. Frequentemente é
esquecido para atividades
rotineiras de vida
45. Tem usado instrumentos ou
armas que tem causado sérios
danos físicos às pessoas ou
instituições.
49
M-CHAT em Português
Fonte: LOSAPIO & PONDÉ, Rev Psiquiatr RS. 2008;30(3) – 221-229.
Por favor, preencha as questões abaixo sobre como seu filho geralmente é. Por favor,
tente responder todas as questões. Caso o comportamento na questão seja raro (ex.
você só observou uma ou duas vezes), por favor, responda como se seu filho não
fizesse o comportamento.
1.Seu filho gosta de se balançar, de pular no seu joelho, etc.? Sim Não
2. Seu filho tem interesse por outras crianças? Sim Não
3. Seu filho tem interesse por outras crianças? Sim Não
4. Seu filho gosta de brincar de esconder e mostrar o rosto ou de esconde- Sim Não
esconde?
5. Seu filho já brincou de faz-de-conta, como, por exemplo, fazer de conta Sim Não
que está falando no telefone ou que está cuidando da boneca, ou qualquer
outra brincadeira de faz-de-conta?
6. Seu filho já usou o dedo indicador dele para apontar, para pedir alguma Sim Não
coisa?
7. Seu filho já usou o dedo indicador dele para apontar, para indicar Sim Não
interesse em algo?
8. Seu filho consegue brincar de forma correta com brinquedos pequenos Sim Não
(ex. carros ou blocos) sem apenas colocar na boca, remexer no brinquedo
ou deixar o brinquedo cair?
9. O seu filho alguma vez trouxe objetos para você (pais) para lhe mostrar Sim Não
este objeto?
10. O seu filho olha para você no olho por mais de um segundo ou dois? Sim Não
11. O seu filho já pareceu muito sensível ao barulho (ex. tapando os Sim Não
ouvidos)?
12. O seu filho sorri em resposta ao seu rosto ou ao seu sorriso? Sim Não
13. seu filho imita você? (ex. você faz expressões/caretas e seu filho Sim Não
imita?)
14. O seu filho responde quando você chama ele pelo nome? Sim Não
15. Se você aponta um brinquedo do outro lado do cômodo, o seu filho Sim Não
olha para ele?
16. Seu filho já sabe andar? Sim Não
17. O seu filho olha para coisas que você está olhando? Sim Não
18. O seu filho faz movimentos estranhos com os dedos perto do rosto Sim Não
dele?
19. O seu filho tenta atrair a sua atenção para a atividade dele? Sim Não
20. Você alguma vez já se perguntou se seu filho é surdo? Sim Não
21. O seu filho entende o que as pessoas dizem? Sim Não
22. O seu filho às vezes fica aéreo, “olhando para o nada” ou caminhando Sim Não
sem direção definida?
50
23. seu filho olha para o seu rosto para conferir a sua reação quando vê Sim Não
algo estranho?
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12936/000634977.pdf
1 - Relacionamento inter-pessoal
Pontos Sintomas
1 Sem evidencia de dificuldade ou anormalidade: o comportamento da
criança é apropriado para a idade. Alguma timidez, inquietação ou prejuízo
pode ser observado, mas não a um nível diferente (atípico) quando
comparado com outra de mesma idade.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: A criança evita olhar o adulto nos olhos; evita
o adulto; demonstra dificuldade quando é forçado a tal; é extremamente
tímido; não é tão sociável com um adulto quanto uma criança normal de
mesma idade; fica agarrada aos familiares de forma mais intensa que outras
de mesma idade.
2,5
3 Grau moderado: A criança as vezes demonstra isolamento. Há
necessidade de esforço persistente para obter sua atenção. Há um contato
mínimo por iniciativa da criança (o contato pode ser impessoal).
3,5
4 Grau severo: A criança é isolada realmente, não se dando conta do que
o adulto está fazendo; nunca responde as iniciativas do adulto ou inicia
contato. Somente as tentativas muito intensas para obter sua atenção
tem algum efeito positivo.
2 - Imitação
Pontos sintomas
1 Apropriada: A criança imita sons, palavras e movimentos que são
apropriados para seu nível de desenvolvimento.
1,5
51
2 Grau leve de anormalidade: A criança imita comportamentos simples como
bater palmas ou palavras isoladas na maior parte do tempo. As vezes
reproduz uma imitação atrasada (após tempo de latência)
2,5
3 Grau moderado: A criança só imita as vezes e mesmo assim precisa de
considerável persistência e auxílio do adulto. Frequentemente reproduz uma
imitação atrasada.
3,5
4 Grau severo: A criança raramente ou mesmo nunca imita sons, palavras,
ou movimentos mesmo com auxílio de adultos ou após período de latência.
3 - Resposta emocional
Pontos sintomas
1 Resposta apropriada para a idade e situação: A resposta emocional
(forma e quantidade) demonstra sintonia com a expressão facial, postura
corporal e modos.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: A criança ocasionalmente demonstra alguma
inadequação na forma e quantidade das reações emocionais. Às vezes as
reações são não relacionadas a objetos ou acontecimentos do “entorno”.
2,5
3 Grau moderado: Há presença definitiva de sinais inapropriados na forma e
quantidade das respostas emocionais. As reações podem ser inibidas ou
exageradas, mas também podem não estar relacionadas com a situação. A
criança pode fazer caretas, rir ou ficar estática apesar de não estarem
presentes fatos que possam estar causando tais reações.
3,5
4 Grau severo: As respostas são raramente apropriadas as situações:
quando há determinado tipo de humor é muito difícil modificá-lo mesmo que
se mude a atividade. O contrário também é verdadeiro podendo haver
enorme variedade de diferentes reações emocionais durante um curto
espaço de tempo mesmo que não tenha sido acompanhado por nenhuma
mudança no meio ambiente.
4 - Expressão corporal
Pontos Sintomas
1 Apropriada: A criança se move com a mesma facilidade, agilidade e
coordenação que outra da mesma idade.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: Algumas peculiaridades “menores” podem
estar presentes como movimentos desajeitados, repetitivos, coordenação
52
motora pobre, ou presença rara de movimentos não usuais descritos no
próximo item.
2,5
3 Grau moderado: Comportamentos que são claramente estranhos ou não
usuais para outras crianças de mesma idade. Podem estar presente:
peculiar postura de dedos e corpo, auto-agressão, balançar-se, rodar e
contorcer-se, movimentos serpentiformes de dedos ou andar na ponta dos
pés.
3,5
4 Grau severo: Movimentos frequentes ou intensos (descritos acima) são
sinais de comprometimento severo do uso do corpo. Estes comportamentos
podem estar presentes apesar de um persistente trabalho de modificação
comportamental assim como se manterem quando a criança está envolvida
em atividades.
5 - Uso do objeto
Pontos Sintomas
1 Uso e interesse apropriado: A criança demonstra interesse adequado em
brinquedos e outros objetos relativos a seu nível de desenvolvimento. Há
uso funcional dos brinquedos.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: A criança apresenta menos interesse pelo
brinquedo que a criança normal ou há um uso inapropriado para a idade
(bater o brinquedo no chão ou colocá-lo na boca).
2,5
3 Grau moderado: Há muito pouco interesse por brinquedos e objetos ou o
uso é disfuncional. Pode haver um foco de interesse em uma parte
insignificante do brinquedo, ficar fascinado com o reflexo de luz do objeto, ou
eleger um excluindo todos os outros. Este comportamento pode ao menos
ser parcialmente ou temporariamente modificável.
3,5
4 Grau severo: A criança pode apresentar os sintomas descritos acima porém
com uma intensidade e frequência maior. Há significativa dificuldade em
distrair a criança quando está “ocupada” com estas atividades inadequadas
e é extremamente difícil modificar o uso inadequado do uso dos objetos.
6 - Adaptação a mudanças
Pontos Sintomas
1 Idade apropriada na resposta: Apesar da criança notar e comentar sobre
as mudanças de rotina, há uma aceitação sem grandes distúrbios.
1,5
53
2 Grau leve de anormalidade: Quando o adulto tenta modificar algumas
rotinas a criança continua com a mesma atividade ou no uso dos mesmos
materiais, porém pode ficar facilmente “confusa” assim com aceitar a
mudança. Ex: fica muito agitada quando é levada numa padaria diferente / o
caminho para a escola é mudado, mas é acalmada facilmente.
2,5
3 Grau moderado: Há resistência as mudanças da rotina. Há uma tentativa
de persistir na atividade costumeira e é difícil acalmá-la; ficam raivosos ou
tristes quando há modificação.
3,5
4 Grau severo: Quando ocorrem mudanças a criança apresenta reações
graves que são difíceis de serem eliminadas. Se são forçadas a modificarem
a rotina podem ficar extremamente irritados/raivosos ou não cooperativos e
talvez respondam com birras.
7 - Uso do olhar
Pontos Sintomas
1 Idade apropriada na resposta: O uso do olhar é normal para a idade. A
visão é usada junto com os outros sentidos como a audição e tato, como
forma de explorar os objetos.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: A criança precisa ser lembrada de vez em
quando para olhar para os objetos. A criança pode estar mais interessada
em olhar para espelhos e luzes que outras crianças da mesma idade, ou
ficar olhando para o espaço de forma vaga. Pode haver evitação do olhar.
2,5
3 Grau moderado: A criança precisa ser lembrada a olhar o que está
fazendo. Podem ficar olhando para o espaço de forma vaga; evitação do
olhar; olhar para objetos de modo peculiar; colocar objetos muito próximos
aos olhos apesar de não terem déficit visual.
3,5
4 Grau severo: Há uma persistência recusa em olhar para pessoas ou certos
objetos e podem apresentar outras peculiaridades no uso do olhar em graus
extremos como os descritos acima.
8 - Uso da audição
Pontos Sintomas
1 Idade apropriada na resposta: O uso da audição é normal para a idade. A
audição é usada junto com os outros sentidos como a visão e tato.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: Pode haver falta de resposta a certos sons,
assim como uma hiper-reação. As vezes a reação é atrasada, as vezes é
54
necessário a repetição de um determinado som para “ativar” a atenção da
criança. A criança pode apresentar uma resposta catastrófica a sons
estranhos a ela.
2,5
3 Grau moderado: A resposta aos sons podem variar: ignorá-lo das
primeiras vezes, ficar assustado com sons de seu cotidiano, tampar os
ouvidos.
3,5
4 Grau severo: Há uma sub ou hiper-reatividade aos sons, de uma forma
extremada, independentemente do tipo do som.
10 - Medo e nervosismo
Pontos Sintomas
1 Normal: O comportamento é apropriado a situação e a idade da criança.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: De vez em quando a criança demonstra medo
e nervosismo que é levemente inapropriado (para mais ou menos) quando
comparado a outras de mesma idade.
55
2,5
3 Grau moderado: A criança apresenta um pouco mais ou um pouco menos
de medo que uma criança normal mesmo quando comparado a outra de
menor idade colocada em situação idêntica. Pode ser difícil entender o que
está causando o comportamento de medo apresentado, assim como é difícil
confortá-la nessa situação.
3,5
4 Grau severo: Há manutenção de medo mesmo após repetidas experiências
de esperado bem-estar. Na consulta de avaliação a criança pode estar
amedrontada sem razão aparente. É extremamente difícil acalmá-la. Pode
também não apresentar medo/sentido de auto-conservação a cachorros não
conhecidos, a riscos da rua e trânsito, como outras que as da mesma idade
evitam.
11 - Comunicação verbal
Pontos Sintomas
1 Normal: A comunicação verbal é apropriada a situação e a idade da criança.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: A fala apresenta um atraso global. A maior
parte da fala é significativa, porém pode estar presente ecolalia ou inversão
pronominal em idade onde já não é normal sua presença. Algumas palavras
peculiares e jargões podem estar presentes ocasionalmente.
2,5
3 Grau moderado: A fala pode estar ausente. Quando presente a
comunicação verbal pode ser uma mistura de fala significativa + fala peculiar
como jargões; comerciais de TV; jogo de futebol; reportagem sobre o tempo
+ ecolalia + inversão pronominal. Quando há fala significativa podem estar
presentes um excessivo questionamento e preocupação com tópicos
específicos.
3,5
4 Grau severo: Não há fala significativa; há grunhidos, gritos, sons que
lembram animais ou até sons mais complexos que se aproximam da fala
humana. A criança pode mostrar persistente e bizarro uso de conhecimento
de algumas palavras ou frases.
12 - Comunicação não-verbal
Pontos Sintomas
1 Normal: A comunicação não-verbal é apropriada a situação e a idade da
criança.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: O uso da comunicação não-verbal é imaturo,
p.ex: a criança somente aponta/mostra sem precisão o que quer numa
56
situação em que a criança normal de mesma idade aponta ou demonstra por
gestos de forma mais significativa o que quer.
2,5
3 Grau moderado: A criança é incapaz, geralmente, de expressar
necessidades e desejos através de meios não-verbais, assim como é,
geralmente, incapaz de compreender a comunicação não-verbal dos outros.
Pegam na mão do adulto o levando ao objeto desejado, mas são incapazes
de mostrar através de gestos o objeto desejado.
3,5
4 Grau severo: Há somente uso de gestos bizarros e peculiares que não
aparentam significado. Demonstram não terem conhecimento do significado
de gestos ou expressões faciais de terceiros.
13 - Atividade
Pontos Sintomas
1 Normal: A atividade é apropriada a situação e a idade da criança, quando
comparada a outras.
1,5
2 Grau leve de anormalidade: Pode haver uma leve inquietação ou alguma
lentidão de movimentos. O grau de atividade interfere somente de forma
leve na performance da criança. Geralmente é possível encorajar a manter
um nível adequado de atividade.
2,5
3 Grau moderado: A criança pode ser inquieta e ter dificuldade de ficar
quietar. Pode aparentar ter uma quantidade infinita de energia e não
querer/ter vontade de dormir a noite. Pode também ser letárgica e exigir
grande esforço para modificação deste comportamento. Podem não gostar
de jogos que requeiram atividade física e assim “passar” por preguiçosos.
3,5
4 Grau severo: Há demonstração de níveis de atividade em seus extremos:
hiper ou hipo, podendo também passar de uma para outra. É difícil o manejo
desta criança. Quando há hiper-atividade ela está presente em todos os
níveis do cotidiano, sendo necessário quase que um constante
acompanhamento por parte de um adulto. Se a criança é letárgica é muito
difícil motivá-la a alguma atividade.
57
2 Grau leve de anormalidade: A criança não é tão inteligente quanto uma
criança de mesma idade e suas habilidades apresentam um atraso global
em todas as áreas, de forma equitativa.
2,5
3 Grau moderado: Em geral a criança não é tão inteligente quanto outra de
mesma idade, entretanto há algumas áreas intelectivas que o funcionamento
beira o normal.
3,5
4 Grau severo: Mesmo em uma criança que geralmente não é tão inteligente
quanto uma normal de mesma idade, pode haver um funcionamento até
melhor em uma ou mais áreas. Podem estar presentes certas habilidades
não-usuais como p.ex: talento para música, ou facilidade com números.
15 - Impressão geral
Pontos Sintomas
1 Não há autismo: A criança não apresentou nenhum sintoma característico
de autismo.
1,5
2 Autismo de grau leve: A criança apresentou somente alguns poucos
sintomas ou grau leve de autismo.
2,5
3 Autismo de grau moderado: A criança apresentou um número de sintomas
ou um moderado grau de autismo.
3,5
4 Autismo de grau severo: A criança apresentou muitos sintomas ou um
grau severo de autismo.
58
ATA – Autistic Traits Assessment (Avaliação de Traços
Autistas)
I. INTERAÇÃO SOCIAL
1. Não sorri
2. Ausência de aproximações espontâneas
3. Não busca companhia
4. Busca constantemente seu cantinho (esconderijo)
5. Evita pessoas
6. É incapaz de manter um intercâmbio social (conversa com trocas, pergunta e
resposta)
7. Isolamento intenso
II. AMBIENTE
1. Utiliza-se do adulto como um objeto (por exemplo, levando a mão do adulto até o
interruptor, para acender a luz)
2. O adulto lhe serve como apoio para conseguir o que deseja (por exemplo, faz a
59
perna do adulto de ponte para o carrinho passar)
3. O adulto é essencialmente um meio para suprir uma necessidade (por exemplo, a
aproximação tem o objetivo principal de pedir coisas)
4. Se o adulto não responde às suas demandas, atua interferindo na conduta desse
adulto (por exemplo, desliga a TV que o adulto esteja assistindo, ameaça quebrar
algo, joga coisas no adulto, toma coisas da mão do adulto como pirraça)
1. Insistente em manter a rotina (por exemplo, prefere fazer sempre o mesmo passeio
ou comer sempre a mesma coisa)
2. Grande relutância em aceitar fatos que alteram sua rotina, tais como mudanças de
atividade, horário ou mobília
3. Apresenta resistência a mudanças, persistindo na mesma resposta ou atividade (por
exemplo, brincar sempre do mesmo jeito)
1. Se fala, não utiliza a expressão facial, gestual ou vocal com a frequência esperada
2. Não mostra uma reação antecipatória (como um ‘suspense’ pelo que vai acontecer)
3. Não expressa através da mímica ou olhar aquilo que quer ou o que sente
4. Imobilidade facial
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4. Troca o dia pela noite
5. Dorme poucas horas
XIII. ATENÇÃO
1. Quando realiza uma atividade, fixa a atenção por curto espaço de tempo ou é
incapaz de fixá-la
2. Age como se fosse surdo
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3. Tempo de latência de resposta aumentado, entende as instruções com dificuldade.
4. Resposta retardada
5. Muitas vezes dá a sensação de ausência
1. Mutismo
2. Estereotipias vocais (fazer sempre os mesmos sons)
3. Entonação incorreta
4. Ecolalia imediata e/ou retardada (repetir palavras ou falas que acabou de ouvir,
imediatamente ou algum tempo depois)
5. Repetição de palavras ou frases que podem (ou não) ter valor comunicativo
6. Emite sons estereotipados quando está agitado e em outras ocasiões, sem
nenhuma razão aparente
7. Não se comunica por gestos
8. As interações com o adulto nunca são um diálogo
1. Ainda que saiba fazer uma coisa, não a realiza porque não quer, mesmo que
solicitado
2. Não demonstra o que sabe, até ter uma necessidade primária ou um interesse
específico
3. Aprende coisas, porém somente as demonstra em determinados lugares e com
determinadas pessoas
4. Às vezes, surpreende por suas habilidades inesperadas
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XIX. RESPONSABILIDADES
1. Balança-se
2. Olha e brinca com as mãos e os dedos
3. Tapa os olhos e as orelhas
4. Dá pontapés
5. Faz caretas e movimentos estranhos com a face
6. Fica rodopiando ou rodando objetos
7. Caminha na ponta dos pés ou saltando, arrasta os pés, anda fazendo movimentos
estranhos
8. Torce o corpo, mantém uma postura desequilibrada, posições estranhas, pernas
dobradas, cabeça recolhida aos pés, extensões violentas do corpo
O último item da escala (XXIII) não possui subescalas/subitens e refere-se à visão geral
dos sintomas assinalados no decorrer da escala. Se os sintomas assinalados nos itens
anteriores já estavam presentes antes dos 3 anos (36 meses) de idade, marque 2 pontos
para o item XXIII. Se apareceram depois dessa idade, não pontuar este item.
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