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LAUDO MÉDICO

A criança , FELIPE LUCENA DA COSTA , tem características cli nicas de TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA {TEA) CIO 10: F 84.0, ou seja , déficit da interação social( dificuldade de entender
pistas sociais, dIt1culdade engaJamento compartilhado ) e padrões restritos e repetItI vos do comportamento (
estereotipias ocasionais, inflexibilidade e certa rigidez comportamental , hiperfocos em canetas) , transtorno
sensorial ( intolerância ao toque)+ DEFICIENCIA INTELECTUAL CIO F71 .
O TEA é um distúrbio de desenvolvimento cerebral , de causa multifatorial e só as terapias com
estimulação adequada , de início IMEDIATO (URGENTE) E INTENSIVO podem mudar favoravelmente o
prognostico dessas manias.

As terapias aplicadas a paciente devem ser baseadas nos princípios do ABA, PROMPT.TEACCH.
Para isso precisa de ANALISTA DO COMPORTAMENTO COM CERTIFICADO EM ABA (formação em
análise do comportamento aplicada, em nível de especialização e /ou mestrado e /ou doutorado, sendo
importante na ciência ABA o enfoque e formação nos comportamentos inadequados) , que faça o protocolo
VBMAPP OU ABLLS-R e avaliação a cada 3 (três) meses fazendo supervisão de toda equipe
semanalmente via SKYPE OU PRESENCIAL. A terapia ABA deve ser realizada diariamente (5 vezes por
semana- 30 HORAS semanais) no ambiente de consultório escolar e domiciliar. com aplicação do
programa de avaliação pela acompanhante terapêutica (ATl havendo ainda necessidade de
acompanhamento com psicólogo (1 vez por semana-TERAPIA COGNTIVO COMPORTAMENTAL- 1 hora
por semana) , fonoaudiólogo (3 vezes por semana -PROMPT 3 horas por semana) , psicopedagoga (3
sessões por semana- 3 horas por semana) , terapia ocupacional (4 vezes por semana- 4 HORAS POR
SEMANA- AVDS e AIVDS), psicomotricidade relacional ( 2 vezes por semana- 2 horas por semana) e
terapia de integração sensorial ( 2 vezes por semana- 2 horas por semana) e musicoterapia ( 1 vez por
semana- 1 hora por semana).
Todas as terapias devem ser realizadas por profissionais qualificados e capacitados para
atendimento a paciente com TEA, em experiência em ABA.
Além do tratamento com equipe de reabilitação, a paciente deve ser acompanhada por um
neurologista infantil para reavaliação a cada 3 meses.
É importante ressaltar que devido à plasticidade cerebral, o tratamento realizado pode modificar a
história natural da doença de maneira favorável. O contrário terá um impacto negativo na evolução do
paciente .
O tratamento deve ser continuo e por tempo indeterminado. A falta deste tratamento pode
interferir no prognóstico e consequentemente na qualidade de vida da paciente. bem como da
família.

Recife, 21 de outubro de 2022

Dr Ronaldo Beltrão

Neurologista lnfantil/CRM 1337\ r,


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