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1.

AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA ANTIGUIDADE:


PRECONCEITO E EXCLUSÃO SOCIAL

Considerando o histórico do reconhecimento das pessoas com deficiência, identificase que ao


longo do tempo sofreram com a exclusão, além de uma negação à diferença. Segundo Ghirardi
(1999), as pessoas com deficiência foram consideradas ora amaldiçoadas, ora seres
semidivinos, mas sempre excluídas do contexto social e objeto de caridade da comunidade.
Uma história atrelada a preconceitos, desigualdades e total exclusão social destas pessoas.
Desde os primórdios a pessoa com deficiência era vista como pecaminosa, diferenciando-se o
preconceito de acordo com a civilização. Na Roma Antiga, por exemplo, a Lei das Doze Tábuas
garantia ao patriarca da família o direito de matar os filhos que nascessem com deficiência ou
matá-los por afogamento no momento de seu nascimento. Outros, por sua vez, poderiam
optar em jogá-los nos esgotos ou até mesmo em penhascos. Até mesmo os cristãos tratavam
as pessoas com deficiência como pessoas impuras, que representavam o pecado. De uma
maneira ou de outra a forma de lidar com o diferente, com o estranho, era eliminando-o.
Desta forma, cabe trazer neste capítulo um panorama do tratamento da pessoa com
deficiência na história do mundo.

O vasto acervo documentário existente sobre a história das pessoas com deficiência remete à
antiguidade remota e à vida pré-histórica. Coma (1992, p. 63) assegura com convicção que
doenças incapacitantes e deficiências físicas são tão antigas quanto a própria vida. Silva (1987)
evidência em seu estudo A epopeia ignorada a existência de um complexo sistema de crenças
e simbolismos envolvendo os indivíduos com deficiência, inclusive como eram tratados desde
o período Paleolítico Superior (40.000 anos a.C.).

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