Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GUIA DA
DISCIPLINA
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
Objetivo:
Introduzir o estudo da deficiência na sociedade, levantar o histórico da visão social
em relação às pessoas com deficiência; apresentar o histórico das legislações que atendem
o direito das pessoas com deficiência e apresentar e introduzir o estudo da norma de
acessibilidade NBR9050.
Introdução:
A sociedade foi formulada pensando em atender exclusivamente os ideais dos
homens brancos e sem deficiência descriminando todas as pessoas que não fazem parte
desse grupo. O modelo discriminatório vem desde à antiguidade onde as pessoas com
deficiência eram consideradas sub-humanas, ou seja, eram pessoas que nada contribuíam
com a vida humana. Isso ocorreu, principalmente, em cidades como Atenas e esparta,
lugares onde se cultuava o corpo físico pleno, sadio e padronizado, para eles as pessoas
com deficiência estavam contrapondo os seus ideais e, portanto, ali eles não poderiam
conviver.
Foi no vitorioso Império Romano que surgiu o cristianismo. A nova doutrina voltava-
se para a caridade e o amor entre as pessoas. As classes menos favorecidas
sentiram-se acolhidas com essa nova visão. O cristianismo combateu, dentre outras
práticas, a eliminação dos filhos nascidos com deficiência. Os cristãos foram
perseguidos, porém, alteraram as concepções romanas a partir do Século IV. Nesse
período é que surgiram os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes
e pessoas com deficiências (NEGREIROS, 2014 p.3).
Foi a partir da Segunda Guerra Mundial que o direito necessita se preocupar com
grupos sociais específicos, nesse caso surgem os mutilados da guerra, pessoas
que foram para a guerra sem nenhuma deficiência e voltam às suas casas com
algum tipo de mutilação que impedem a fruição normal de suas atividades de vida
diária (TAHAN, 2012, p.21).
Com isso, o olhar preconceituoso que se tinha diante a pessoa com deficiência
começou a mudar, eles notaram que a deficiência estava longe de ser castigo ou maldição,
outro pensamento que se iniciou a partir daí é que mesmo com suas limitações eram muito
importantes para a sociedade e então surgiu a necessidade e a possibilidade das pessoas
de contribuir na construção de uma sociedade melhor e mais justa.
Com as mudanças no pensamento da sociedade, a deficiência começou a ganhar
novos olhares e concepções, as pessoas começaram a se preocupar com bem-estar,
passaram a defender os direitos e a pensar sobre a inclusão das pessoas com deficiência.
.
Mudanças socioculturais foram ocorrendo paulatinamente na Europa, cujas marcas
principais foram o reconhecimento do valor humano, o avanço da ciência e a
libertação quanto a dogmas e crendices, reconhecendo-se que o grupo de pessoas
com deficiência deveria ter atenção específica fora dos abrigos ou asilos para
pobres e velhos. A despeito das malformações físicas ou limitações sensoriais,
essas pessoas, de maneira esporádica e ainda tímida, começaram a ser valorizadas
enquanto seres humanos (NEGREIROS, 2014, p.15).
1961-LeiNº4.024.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) fundamenta o atendimento
educacional às pessoas com deficiência, chamadas no texto de “excepcionais”. Segue
trecho: “A Educação de excepcionais, deve, no que for possível, enquadrar -se no
sistema geral de Educação, a fim de integrá-los na comunidade. ”
1971LeiNº5.692.
A segunda lei de diretrizes e bases educacionais do Brasil é da época da ditadura militar e
substitui a anterior. O texto afirma que os alunos com “deficiências físicas ou mentais, os
que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os
superdotados deverão receber tratamento especial”. Essas normas deveriam estar de
acordo com as regras fixadas pelos Conselhos de Educação. Ou seja, a lei não promovia
a inclusão na rede regular, determinando a escola especial como destino certo para essas
crianças.
1989-Lei N°7.853.
O texto dispõe sobre a integração social das pessoas com deficiência. Na área da
Educação afirma, por exemplo, obriga a inserção de escolas especiais, privadas e públicas,
no sistema educacional e a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em
estabelecimento público de ensino. Também afirma que o poder público deve se
responsabilizar pela “matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos
públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no
sistema regular de ensino”. Ou seja: exclui da lei uma grande parcela das crianças ao
sugerir que elas não são capazes de se relacionar socialmente e, consequentemente, de
aprender. O acesso a material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo também são
garantidos pelo texto.
2001-Lei N°10.172.
O Plano Nacional de Educação (PNE) anterior, criticado por ser muito extenso,
tinha quase 30 metas e objetivos para as crianças e jovens com deficiência. Entre elas,
afirmava que a Educação Especial, “como modalidade de educação escolar”, deveria
ser promovida em todos os diferentes níveis de ensino e que “a garantia de vagas no
ensino regular para os diversos graus e tipos de deficiência” era uma medida
importante.
2007-Decreto Nº 6.094/07
O texto dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos
pela Educação do MEC. Ao destacar o atendimento às necessidades educacionais
especiais dos alunos com deficiência, o documento reforça a inclusão deles no sistema
público de ensino.
INTERNACIONAL
Assim, pode-se definir as barreiras como qualquer obstáculo ou bloqueio que limite
ou impeça o acesso, a autonomia dos movimentos, o fluxo de passagem com segurança e
a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação (BRASIL,
2004, p. 61 apud DISCHINGER; ELY; BORGES, 2009).
[...] pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas
(ONU, Art. 1, 2006)
Objetivo:
Proporcionar aos discentes, maior compreensão sobre as medidas e proporções
necessárias para que o deficiente consiga compreender e captar o ambiente de melhor
forma, além de propiciar o entendimento sobre a legislação referente as normas de
acessibilidade, tanto quanto, sua importância para desenvolvimento dos alunos que
necessitam dessa atenção especial.
Introdução:
A educação inicia-se em âmbito familiar, e, posteriormente, passa a ser dividida com
a escola, que irá participar de forma ativa na vida do indivíduo durante longo período.
Segundo as Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
elimina barreiras arquitetônicas em espaços escolares, dando condição para a integração
de crianças com algum tipo de necessidade especial.
Segundo o Censo 2003, a distribuição de matrículas por necessidade educacional
especial é:
Cegueira - 1,3%;
Mental - 51,4 %;
Dischinger, Ely e Borges (2009, p.23), citam como exemplo, uma criança com baixa
visão, transitando por um corredor:
[...] com paredes e forro brancos, com piso e portas de cor cinza claro, vai ter sua
dificuldade agravada, pois não existe contraste de cores entre piso, paredes e
portas. Mas, se o corredor for branco, o piso cinza escuro e as portas coloridas, ele
vai poder distinguir tanto os planos horizontais e verticais como as aberturas.
1.3.2 Deslocamento
As condições de deslocamento são caracterizadas pela disposição de circulação de
qualquer indivíduo de forma plena, ou seja, o mesmo pode se movimentar ao longo de
percursos horizontais e verticais, além de, também, em ambientes internos como em salas,
sanitários, saguões, e externos, como caminhos, pátios, jardins, etc., sem impedimentos
baseados em barreiras físicas, de forma autônoma, segura e confortável.
Neste quesito é importante observar o tipo e a qualidade dos pisos e revestimentos,
a viabilidade das subidas em desníveis – em relação a rampas, elevadores e escadas -, e
a existência de espaço livre que seja suficiente para o movimento (DISCHINGER; ELY;
BORGES, 2009, p.24).
1.3.3 Uso
Segundo Dischinger; Ely; Borges (2009, p.25) as “condições de uso dos espaços e
dos equipamentos referem-se à possibilidade efetiva de realização de atividades por todas
as pessoas”. É importante ser verificado, em absoluto, as características físicas dos
equipamentos e mobiliários, ou seja, os itens que se referem a forma, as dimensões, o
relevo, a textura e as cores desses mobiliários, assim como, também, relacionado a sua
posição nos ambientes, ou seja, a forma como o mobiliário foi ou será disposto no espaço,
com a finalidade de permitir que sejam alcançados e utilizados por qualquer indivíduo que
necessite.
1.3.4 Comunicação
A comunicação faz respeito em referência as possibilidades de troca de informações
entre pessoas, independentemente de ter ou não o auxílio de meios de comunicação
externos, e à aquisição de informações gerais através de suportes informativos. É
primordial para este quesito os itens referentes a acústica dos ambientes, a presença de
2) uso flexível: é a característica que faz com que o ambiente ou elemento espacial
atenda a uma grande parte das preferências e habilidades das pessoas. Para tal,
devem-se oferecer diferentes maneiras de uso, possibilitar o uso para destros e
canhotos, facilitar a precisão e destreza do usuário e possibilitar o uso de pessoas
com diferentes tempos de reação a estímulos;
6) baixo esforço físico: nesse princípio, o ambiente ou elemento espacial deve
oferecer condições de ser usado de maneira eficiente e confortável, com o mínimo
de fadiga muscular do usuário. Para alcançar esse princípio deve-se: possibilitar
que os usuários mantenham o corpo em posição neutra, usar força de operação
razoável, minimizar ações repetidas e minimizar a sustentação do esforço físico;
2.2.1 Dimensões
A dimensão referencial para cadeiras de roda precisa ser levada em consideração
quando pensamos no espaço escolar, desde corredores à banheiros e salas de aula. Uma
cadeira (manuais ou motorizadas), sem scooter (reboque), possui em geral, as seguintes
dimensões:
Uma vez que a cadeira possui 80 centímetros, é notório que o espaço para que o
cadeirante possa transitar, deve ser superior a isso. Segundo a NBR 9050 (2015) os
parâmetros referenciais para deslocamento em linha reta de uma pessoa em cadeiras de
roda é de que caso, sozinha em um corredor, o cadeirante necessite de ao mínimo 90
centímetros de largura entre uma parede e outra, para casos de um cadeirante e um
pedestre entre 1,20 e 1,50 metros e para que dois cadeirantes possam transitar ao mesmo
tempo em uma única linha reta, é necessário entre 1,5 e 1,8 metros. É importante ressaltar
que essas medidas estipuladas pela Norma são referentes ao espaço mínimo proposto,
Devesse levar em consideração não apenas o cadeirante andar em linha reta, mas
também as áreas para manobras com a cadeira. Uma vez que o cadeirante precise
rotacionar sua cadeira em 90º sem se deslocar, é necessária uma área mínima de 1,20 por
1,20 metros. Em casos de rotação a 360º, uma área mínima de um círculo com 1,50 metros
de diâmetro.
Além de espaços
adequadamente projetados para
deficientes físicos que necessitam
de cadeiras de rodas, podemos
refletir sobre os outros diversos
tipos de limitações que também
necessitam de atenção referentes ao espaço projetado para melhor acomodação.
Indivíduos que fazem o uso de bengalas, andadores, muletas, cão guia, etc., também
são carentes de local em condições adequadas para melhor facilitação da locomoção.
Abaixo podemos observar algumas medidas (em metros) do espaço que se consome para
cada tipo de situação.
A área central simbolizada na figura pela letra C, deve ser a referente para atividades
por tempo prolongado, a de letra B para atividades sem necessidade de precisão e a de
letra A para atividades eventuais, uma vez que se encontra em maior distância. É
importante ressaltar que o espaço indicado para a metragem maior, não deve ultrapassar
a distância do braço do aluno aberto, ou seja, em mesas muito longas, o aluno estará
prejudicado para alcançar o objeto de desejo.
Objetivos:
Proporcionar o entendimento das sinalizações quanto a visão da legislação vigente,
além da compreensão da importância e formas usáveis de cada uma delas.
Introdução:
O espaço escolar necessita de sinalização adequada para melhor circulação e
entendimento dos discentes. A Normas Técnica Brasileira (NBR) 9050 de 2015, é a mais
atualizada para este fim, e proporciona em grande âmbito especificações necessárias para
que os indivíduos portadores de deficiências possuam tratamento e condições em
excelência para seu aprendizado, desenvolvimento e segurança.
Durante este capítulo, estaremos analisando esta norma para uso escolar, em
objetivo da área de sinalização, para que possamos compreender a importância de que as
informações sejam passadas de forma objetiva, claras e coesas, de forma visual, tátil e
sonora, suas composições, normas obrigatórias de execução e apresentação.
Emergencial: é a
sinalização utilizada para
indicar rotas de fuga e saídas
de emergência das
edificações, dos espaços e do ambiente urbano, ou
ainda para alertar quando há um perigo, com
especificação detalhada na NBR 13434
“sinalização de segurança contra incêndio e pânico”.
É importante ressaltar que toda e qualquer informação deve ser localizada de forma
fácil a identificar as utilidades disponíveis dos ambientes, em suma, elas devem ser fixadas
onde decisões são tomadas, em uma sequência lógica de orientação, de um ponto de
partida ao ponto de chegada e devem ser repetidas sempre que existir a possibilidade de
3.1.1 Diagramação
A diagramação define-se no “ato de compor e distribuir textos, símbolos e imagens
sobre um elemento de informação em uma lógica organizacional” (NBR 9050, 2015, p.30).
A diagramação das informações deve levar em consideração a redação de textos que irá
conter as orientações, instruções de uso de áreas, objetos, equipamentos, regulamentos,
normas de conduta e utilização. Segundo a mesma Norma em sua página p.33, essa
diagramação deve impreterivelmente:
a) ser objetiva;
b) quando tátil, conter informações essenciais em alto relevo e em Braille;
3.1.2 Linguagem
A linguagem tem como definição ser o conjunto de símbolos e regras de aplicação e
disposição, que possibilita um sistema de comunicação, em suma, essencialmente a
linguagem tem a capacidade de proporcionar inteligibilidade, podendo ser visual, tátil ou
sonoro.
Segundo o item 5.2.9.2.2 da NBR 9050 (2015, p.36), os textos em relevo devem
estar associados ao texto em braile, ou seja, possuir os dois itens em referência citados.
Os caracteres em relevo devem atender às seguintes condições:
a) tipos de fonte, conforme citado
anteriormente;
b) altura do relevo: ser entre 0,8 mm e 1,2
mm;
c) altura dos caracteres: ser entre 15 mm e
50 mm;
d) distância mínima entre caracteres: 1/5 da
altura da letra (H);
e) distância entre linhas: de 8 mm.
3.1.3 Braile
As informações apresentadas em braile não
dispensam a sinalização visual e tátil que deve
conter nos objetos escolhidos para apresentação,
seguindo, da mesma forma, com caracteres ou
símbolos em relevo. Toda informação exposta em
braile deve estar posicionada abaixo dos outros
modelos. Apenas dispensa-se as informações em
relevo, quando a mesma for destinada a impressos,
ou seja, livros, apostilas, textos, etc. Em caso de textos longos, deve-se utilizar o texto em
braile, alinhado à esquerda com o texto em relevo. É primordial que o ponto em braile tenha
a aresta arredondada na forma esférica (NBR 9050, 2015, p.36).
3.2 Símbolos
Os símbolos são atributos gráficos que, através de uma figura, imagem ou forma
convencionada, estabelecem a analogia entre o objeto e a informação de sua
representação e expressam alguma mensagem. Estes, devem ser legíveis e de fácil
compreensão, atendendo a todas as pessoas, seja de qualquer nacionalidade, analfabetas,
com baixa visão, ou cegas, quando em relevo. Os símbolos que correspondem à
acessibilidade na edificação e prestação de serviços são relacionados em:
Esta sinalização deve estar fixada em local visível a todas as pessoas, deve ser
utilizada principalmente nos seguintes locais, quando acessíveis:
a) entradas;
b) áreas e vagas de estacionamento de veículos;
c) áreas de embarque e desembarque de passageiros com deficiência;
d) sanitários;
e) áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência;
f) áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas;
g) equipamentos e mobiliários preferenciais para o uso de pessoas com deficiência.
Os locais de acessos que não apresentarem condições de acessibilidade devem
possuir informação visual, indicando a localização do acesso mais próximo que atenda às
condições estabelecidas para o deficiente.
Símbolos complementares
Segundo a Norma,
todo e qualquer símbolo
complementar deve ser
aplicado com o intuito de
indicar os recursos
existentes nas edificações,
no mobiliário, nos espaços,
equipamentos urbanos e
serviços oferecidos. Podem
ser compostos e inseridos
em quadrados ou círculos.
Os símbolos para circulação devem ser utilizados para a sinalização dos espaços,
como segue:
a) Aplicada aos pisos e espelhos em suas bordas laterais e/ou nas projeções dos
corrimãos, contrastante com o piso adjacente,
preferencialmente fotoluminescente ou
retroiluminado;
b) Igual ou maior que a projeção dos
corrimãos laterais, e com no mínimo 7 cm de
comprimento e 3 cm de largura;
c) Fotoluminescente ou retroiluminada,
quando se tratar de saídas de emergência e/ou
rota de fuga.
O contraste tátil, é utilizado para a sinalização tátil e visual de alerta, por meio de
relevos, e o contraste de luminância, ou seja, contraste visual, deve estar com a superfície
Este piso, segundo a NBR 9050 (2015, p.48) deve ser instalado no sentido do
deslocamento das pessoas, em ambientes internos ou externos, assim indicando os
Em ambientes internos de uma escola, o piso alerta é obrigatório e deve ser utilizado
para identificar obstáculos e perigos potenciais, tais como:
Objetivo:
Proporcionar ao discente entendimento acerca da otimização dos espaços escolares
referentes a acessibilidade e a importância da utilização da mesma para melhor
desenvolvimento e inserção do deficiente em ambiente escolar.
Introdução:
O espaço em âmbito escolar, necessita ter a acessibilidade espacial de forma bem
pensada e planejada, no intuito de se otimizar o espaço de trabalho e atender a todas as
necessidades de qualquer indivíduo que por ali circule, independentemente de ser
pedestres, cadeirantes ou outra pessoa com quaisquer que sejam suas necessidades
especiais.
Dentro deste capítulo, estaremos analisando dentro das Normas estipuladas quais
as melhores opções para fornecer a todos um ambiente adequado de convívio e
desenvolvimento.
espaços e/ou edificações, e que pode ser usada de forma independente e segura por todas
as pessoas. Existem dois tipos de rotas acessíveis, as internas e externas. A rota acessível
externa é relacionada a estacionamentos, calçadas, faixas de travessias de pedestres
(elevadas ou não), rampas, escadas, passarelas e outros elementos da circulação e a rota
acessível interna engloba referenciais de corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores
e outros elementos pertinentes a circulação interna.
4.1.1 Acessos
É primordial que em edificações e equipamentos urbanos (bens públicos ou privados
que são referentes à prestação de serviços), todas as entradas, bem como, os espaços de
interligação às funções do edifício, devem ser acessíveis.
Em alguns casos, edifícios mais antigos que precisem ser reformados para atender
a Norma, ou seja, que precisam ser adaptados para novas funções, e que não possuam
espaço e condições suficientes para essas alterações, precisam comprovar através de
avaliação técnica este fator e deverá ser adaptado pelo maior número de acessos
possíveis. A entrada principal do espaço, ou a entrada de acesso do maior número de
pessoas, tem por obrigação, impreterivelmente, atender a todas as condições de
acessibilidade. O acesso por outras entradas somente é aceito pela Norma para casos
específicos, quando se esgotam todas as possibilidades de adequação da entrada principal
e se justificado tecnicamente. É primordial que os acessos sejam vinculados através de rota
(s) acessível (is) com a circulação principal e a (s) de emergência, levando em priori, que
os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos de forma permanente (NBR
9050, 2015, p.54).
4.1.2 Circulação
Circulação é o termo utilizado para representar a movimentação contínua de pessoas
ou coisas por determinado percurso, fluxo, marcha, deslocamento etc. Uma circulação pode
ser tanto na horizontal e vertical. Circulação horizontal é o percurso em cada ambiente,
onde não há verticalidade e a circulação vertical é a que pode ser realizada através de
escadas, rampas ou equipamentos eletromecânicos e é considerada acessível quando
atender no mínimo a duas formas de deslocamento vertical. Os pisos dessas circulações
devem atender às características de revestimento, inclinação e desnível.
especializados para que esteja de acordo, corretamente, com o fluxo de pessoas que
circulam pelo local. É impreterível que toda e qualquer rampa possua corrimão de duas
alturas em cada lado, facilitando assim, a passagem de pedestres e cadeirantes, na subida
e descida (NBR 9050, 2015, p.60).
Em referência aos
corrimãos, é obrigatório
que os mesmos sejam
instalados nas duas
faces (ambas paredes
e/ou guarda-corpos) “de
rampas e de escadas, a
0,92 m e a 0,70 m do piso, medidos da face superior até o ponto central do piso do degrau
(no caso de escadas) ou do patamar (no caso de rampas) ” (NBR 9050, 2015 p. 63). Em
casos de degrau isolado (até dois degraus), é suficiente apenas uma barra de apoio
horizontal ou vertical, portando comprimento mínimo de 0,30 m e com seu eixo posicionado
a 0,75 m de altura do piso. Segundo a mesma Norma, os corrimãos podem ser acoplados
aos guarda-corpos e devem, obrigatoriamente, serem construídos com materiais rígidos e
serem fixados, firmemente, nas paredes ou nas barras de suporte, garantindo condições
seguras de utilização.
Cada tipo de porta, exige norma específica, estaremos relatando neste capítulo,
somente casos comuns e de portas em sequência. Portas convencionais acessíveis devem
possuir obrigatoriamente a medida mínima de 80cm, entretando, é importante lembrar a
medida de uma cadeira, e caso possível, inserir portas com maior largura, para melhor
acomodação e locomoção dos cadeirantes que por ali passem.
As portas, quando abertas, devem ter um vão livre, de no mínimo 0,80 m de largura
e 2,10 m de altura. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve
ter o vão livre de 0,80 m. [...] O vão livre de 0,80 m deve ser garantido também no
caso de portas de correr e sanfonada, onde as maçanetas impedem seu
recolhimento total [...] quando instaladas em locais de prática esportiva, as portas
devem ter vão livre mínimo de 1,00 m (NBR 9050, 2015, p. 70).
4.4 Sanitários
Todos os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem obedecer,
obrigatoriamente, aos parâmetros da Norma 9050 (2015) referente às “quantidades
mínimas necessárias, localização, dimensões dos boxes, posicionamento e características
das peças, acessórios barras de apoio, comandos e características de pisos e desnível”
(NBR 9050, 2015, p.83). Todos os espaços, as peças e os acessórios necessitam atender
as concepções do princípio da acessibilidade, assim como as áreas mínimas de circulação,
de transferência e de aproximação, alcance manual, empunhadura e ângulo visual.
As barras podem ser fixas (nos formatos reta, em “U”, em “L”) ou articuladas [...] As
barras em “L” podem ser em uma única peça ou composta a partir do
posicionamento de duas barras retas, desde que atendam ao dimensionamento
mínimo dos trechos verticais e horizontais (NBR 9050, 2015, p.89).
As bacias e assentos
sanitários acessíveis, segundo a
mesma Norma, devem estar
fixadas a uma altura entre 43 m e 45
centímetros do piso acabado
(após o revestimento),
medidas a partir da borda
superior sem o assento e com o
assento, a altura da fixação deve
ser de no máximo 46
centímetros para as bacias de
adulto.
Junto à bacia sanitária, quando houver parede lateral, devem ser instaladas barras
para apoio e transferência. Uma barra reta horizontal com comprimento mínimo de
0,80 m, posicionada horizontalmente, a 0,75 m de altura do piso acabado (medidos
pelos eixos de fixação) a uma distância de 0,40 m entre o eixo da bacia e a face da
barra e deve estar posicionada a uma distância de 0,50 m da borda frontal da bacia.
Também deve ser instalada uma barra reta com comprimento mínimo de 0,70 m,
posicionada verticalmente, a 0,10 m acima da barra horizontal e 0,30 m da borda
frontal da bacia sanitária (NBR 9050, 2015, p.91).
É importante ressaltar que para cada tipo de bacia sanitária há correta adequação e
medida que precisa, obrigatoriamente, ser aplicada.
urbanos que podem ser utilizados dentro de instituições de ensino de forma acessível.
Primeiramente, para ser considerado um mobiliário acessível, ele precisa necessariamente
(NBR 9050, 2015, p.113,114):
4.5.2 Bebedouros
Os bebedouros podem ser
divididos em duas categorias,
bebedouros de bica e de garrafão (ou
outros modelos similares).
Em bebedouros de bica, a
mesma deve seguir a seguinte
recomendação da NBR 9050 (2015,
p.115), o jato deve ser inclinado, “estar
localizada no lado frontal do bebedouro,
permitir a utilização por meio de copos
e ser de fácil higienização”. É
importante que se tenha no mínimo dois bebedouros com diferentes alturas sendo uma de
90 cm e outra entre 1,00 e 1,10 m em relação ao piso acabado.
No caso dos balcões, é primordial que iluminação assegure que a face do atendente
fique uniformemente iluminada, facilitando a visualização de portadores de diversificadas
deficiências.
Em refeitórios, é importante
que os talheres, as bandejas, os
pratos, os copos, os temperos, os
alimentos e as bebidas estejam
dispostos dentro da faixa de
alcance manual e os alimentos e
bebidas devem estar dispostos de
forma a permitir seu alcance
visual. Segundo a NBR 9050
(2015, p. 120), as superfícies que
servirão de apoio para bandeja ou similar deve possuir altura de no mínimo 0,75 m e no
máximo 0,85 m do piso e ser garantida uma circulação no entorno com largura de no mínimo
0,90 m.
Objetivo:
Proporcionar aos discentes parâmetros qualitativos de acessibilidade espacial e
comparativos entre as necessidades e realidades vistas, baseando-se em Normas
específicas para maior compreensão da necessidade da criação de espaços adequados
para pedestres, cadeirantes e para pessoas com deficiência.
Introdução:
A acessibilidade espacial, como demonstrado ao longo dos capítulos deste Guia,
necessita de atenção especial e de organização espacial para que seja locada de forma
correta.
Apesar de diversas Normas e exigências serem obrigatórias nos locais para que a
acessibilidade ocorra em todos os âmbitos, ainda há incidências frequentes de quebras
dessas regras e Normas em diversas instituições, prejudicando não só o desenvolvimento
e acolhimento dos discentes com deficiência, mas também os demais.
Propostas de soluções*
Balcão de atendimento difícil de ser encontrado e/ou muito alto para o uso das crianças e
de cadeirantes.
Ambiente muito amplo, sem piso tátil direcional para guiar pessoas com deficiência visual.
Móveis e equipamentos mal localizados atrapalhando a passagem de todos os indivíduos
que por lá precisem circular, principalmente a de cadeirantes, e também, sendo barreiras
físicas para as pessoas com qualquer tipo de deficiência visual.
Falta de contraste de cor entre pisos, paredes e móveis dificultando a circulação de
pessoas com baixa visão.
Pavimentação ofuscante em dias de sol.
Placas de sinalização não existentes, na recepção, para indicar o caminho a seguir para
os demais ambientes da escola.
Mapa tátil não existente, que possibilite aos usuários com deficiência visual se localizarem
e conhecerem os ambientes da escola.
Placas de identificação não existentes nas portas e, quando existem, suas letras estarem
pequenas e sem contraste de cor.
Placas com letras em relevo ou escritas em braile não existentes.
Não existir telefone público acessível a cadeirantes, nem com amplificador de sinal para
pessoas com audição reduzida.
Propostas de soluções*
Corredores
Corredores muito estreitos em relação à quantidade de pessoas que circulam por eles.
Mobiliário urbano mal localizado (lixeiras, bebedouros, telefones públicos, extintores de
incêndio, vasos de plantas, móveis, placas, entre outros), atrapalhando a passagem e
servindo de barreiras físicas para as pessoas com qualquer tipo de deficiência.
Não haver contraste de cor entre piso, parede e portas que facilite a orientação de pessoas
com baixa visão.
O piso ser escorregadio (sem antiaderente), irregular e em más condições.
Propostas de soluções*
Escadas e rampas
A escola possuir mais de um andar e não possuir rampas, apenas escadas ou quando
houver rampa, ser muito estreita.
O piso da rampa ser escorregadio, desnivelado e/ou com buracos.
Possuir obstáculos nos patamares, como vasos, móveis e abertura de portas.
A rampa muito comprida e sem patamares para descanso.
A rampa ser muito inclinada e difícil de subir com cadeira de rodas.
Não existir piso tátil de alerta no início e no final da rampa
escadas
Propostas de soluções*
Salas de aula
Propostas de soluções*
Propostas de soluções*
Mesas com obstáculos, como pés, gaveteiros, e/ou altura inadequada, que impeça a
aproximação de pessoas em cadeira de rodas.
Sala da biblioteca pequena e com muitos móveis, impedindo a circulação de uma cadeira
de rodas.
Corredores entre estantes muito estreitos para a passagem de cadeira de rodas.
Prateleiras muito altas para que pessoas em cadeira de rodas ou crianças menores
alcancem os livros.
Balcão de empréstimo muito alto para o uso de crianças menores e para cadeirantes.
Não existir computador com leitores de tela para alunos com deficiência visual.
Não haver contraste de cor entre as cores do piso, parede e móveis.
Propostas de soluções*
Sanitários
Problemas mais comuns relacionados a sanitários:
Não existir sanitários com vasos e lavatórios masculino e feminino acessíveis na
escola.
Os sanitários acessíveis, serem localizados em pavimento onde não é possível
chegar com cadeira de rodas.
As portas dos sanitários serem muito estreitas para a passagem de uma cadeira de
rodas.
Os espaços de circulação dentro do sanitário serem muito apertados para uma
pessoa manobrar sua cadeira de rodas até o vaso sanitário e o lavatório.
Não existirem lavatórios, vasos sanitários e descargas em altura adequada para
crianças de baixa estatura.
Falta de contraste de cor entre piso, parede e equipamentos.
Os lavatórios possuírem coluna e/ou armários que impedem a aproximação de uma
cadeira de rodas
As torneiras serem difíceis de alcançar e/ou manusear
Propostas de soluções*
Refeitórios
Problemas mais comuns relacionados aos refeitórios:
Não existir contraste de cor entre piso, parede e móveis.
As mesas comunitárias possuírem cadeiras fixas que impeçam a aproximação de uma
cadeira de rodas ou, quando permitam, a cadeira fica no meio da circulação.
Mesa muito alta para o uso de uma pessoa em cadeira de rodas.
Mesa para cadeirantes encontra-se afastada das demais e longe do balcão das refeições.
Não ser possível circular com a cadeira de rodas nos corredores entre as mesas do refeitório.
Balcão de distribuição de alimentos muito alto para o alcance e a visualização de pessoas
em cadeira de rodas ou crianças pequenas.
Propostas de soluções*
Quadra de esportes
Propostas de soluções*
Pátios
Problemas mais comuns relacionados aos pátios:
Piso escorregadio quando molhado e ofuscante em dias de sol.
Pisos inadequados – desnivelados, com degraus, alagadiços – que impedem a circulação
de cadeira de rodas
Pátio com muitos obstáculos, como bancos, telefones, bebedouros, extintores de incêndio,
vasos de plantas, móveis, lixeiras, etc., que atrapalham a circulação de pessoas.
Obstáculos não-identificados com piso tátil de alerta para pessoas com deficiência visual.
Pátio muito amplo, sem limites definidos e sem piso tátil direcional para guiar as pessoas
com deficiência visual até os principais acessos
Não existir grade de proteção para evitar quedas nos pátios localizados em terrenos
inclinados ou em pavimentos elevados.
Propostas de soluções*
sendo eles representados por baixo nível de compreensão da fala, perda da atenção e
concentração, instabilidade psicológica e comportamento agressivo. Sendo assim, os
requisitos e critérios exigidos para a exposição de ruídos em ambiente escolar têm como
objetivo:
A calçada é pavimentada?
Paradas de ônibus
Comunicação visual/tátil/auditiva
Telefones públicos
3. CORREDORES
Respostas
Itens a conferir
Sim Não N/A
Os corredores possuem largura adequada à quantidade de
pessoas que os utilizam?
Bebedouros
4. ESCADAS E RAMPAS
Respostas
Itens a conferir
Sim Não N/A
Escadas
Rampas
5. SALAS DE AULA
Respostas
Itens a conferir
Sim Não N/A
No ambiente das salas de aula, há contraste de cor entre piso,
parede e móveis, que facilite a orientação de pessoas com baixa
visão?
Há, pelo menos, uma mesa de trabalho sem obstáculos, como pés,
gaveteiros, bancos fixos, com vão livre de 73 centímetros – do pé
ao tampo – que permita a aproximação de uma pessoa em cadeira
de rodas?
Há, pelo menos, uma pia sem obstáculos, como coluna e armário,
com vão livre de 73 centímetros – do pé ao tampo – que permita a
aproximação de uma pessoa em cadeira de rodas?
9. BIBLIOTECA
Respostas
Itens a conferir
Sim Não N/A
No ambiente da biblioteca, há contraste de cor entre piso, parede e
móveis, para facilitar a orientação de pessoas com baixa visão?
10. SANITÁRIOS
Respostas
Itens a conferir
Sim Não N/A
Existe, pelo menos, um sanitário feminino e um masculino com
vaso sanitário e lavatório acessíveis às pessoas com deficiências
na escola?
Há mictórios acessíveis?
11. REFEITÓRIO
Itens a conferir Respostas
Sim Não N/A
Há, pelo menos, uma mesa comunitária sem obstáculos, como pés
e bancos fixos, com vão livre de 73 centímetros – do pé ao tampo –
que permita a aproximação de uma pessoa em cadeira de rodas?
Observações complementares:
Ver o vídeo “Inclusão | O que as escolas precisam mudar? ” do canal Nova Escola.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ieasHdgWDJA Acesso em
17/12/2019.
Objetivo:
Introduzir o estudo da tecnologia assistiva e conhecer os benefícios que elas trazem
as pessoas com deficiência; apresentar as categorias de tecnologia assistiva especificando
cada uma delas.
Introdução
Tecnologia Assistiva - TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o
arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover
vida independente e inclusão. (BERSCH & TONOLLI, 2006)
A classificação que segue foi escrita originalmente em 1998 por José Tonolli e Rita
Bersch e sua última atualização é de 2017. Ela tem uma finalidade didática e em cada
tópico considera a existência de recursos e serviços. Esta proposta de classificação foi
desenhada com base nas diretrizes gerais da ADA, em outras classificações utilizadas em
bancos de dados de TA e especialmente a partir da formação dos autores no Programa de
Certificação em Aplicações da Tecnologia Assistiva – ATACP da Califórnia State University
Northridge, College of Extended Learning and Center on Disabilities. A importância das
classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da organização desta
área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de
políticas públicas, organização de serviços, catalogação e formação de banco de dados
para identificação dos recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade
funcional do usuário final.
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar,
que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que
objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de
pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL - SDHPR.
– Comitê de Ajudas Técnicas – ATA VII).
Prancha de comunicação
impressa; vocalizadores de mensagens
gravadas; prancha de comunicação
gerada com o software Boardmaker SDP
no equipamento EyeMax (símbolos são
selecionados pelo movimento ocular e a
mensagem é ativada pelo piscar) e
pranchas dinâmicas de comunicação no
tablet.
Projetos de
edificação e urbanismo
que garantem acesso,
funcionalidade e
mobilidade a todas as
pessoas,
independentemente de
sua condição física e sensorial. Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou
ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adequações em banheiros,
mobiliário entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas.
(BERSCH,2017)
Ter uma postura estável e confortável é fundamental para que se consiga um bom
desempenho funcional. Fica difícil a realização de qualquer tarefa quando se está
inseguro com relação a possíveis quedas ou sentindo desconforto. (BERSCH,2017)
O que é mobilidade?
De 1960 em diante, a Inteligência Artificial (IA) passou a ser cada dia mais
aperfeiçoada e aplicada em diversos segmentos industriais. Segundo Löbach (2001 apud
SCATOLIM et all, 2016 p.50) as cadeiras de rodas “são objetos de uso, desenvolvidos para
solucionar tensões, durante o processo de uso, advinda das necessidades. Tais objetos
uso estão intrínsecos às condições de uma sociedade”. Em
suma, as cadeiras de rodas são sistemas composto
basicamente por uma cadeira disposta em um par de rodas
que são utilizadas como dispositivo de locomoção para
portadores de deficiência ou que tenham alguma deficiência
física e necessitem deste meio para conseguir se
Diversas novas
cadeiras são lançadas
periodicamente, a Cadeira
de Rodas Inteligente (CRI)
utiliza de contrações
musculares do indivíduo
que são transformadas em
movimentos. “Os sinais
neuromusculares são
ativados por sensores que
captam na superfície da
pele a contração do
músculo. Esses sinais são
processados em um
computador portátil que
possui o software que
decodifica as informações
enviando comandos para a cadeira” (SCATOLIM et all, 2016 p.50).
MAPA TÁTIL
São exemplos: Auxílios ópticos, lentes, lupas manuais e
lupas eletrônicas; os softwares ampliadores de tela. Material gráfico com texturas e
relevos, mapas e gráficos táteis, software OCR em celulares para identificação de
texto informativo, etc. (BERSCH,2017)
O Virtual Vision, é outro exemplo de recurso que pode ser utilizado com crianças
deficientes visuais. O usuário, neste programa, pode ouvir tudo o que está sendo mostrado
no computador, conforme navega pelo sistema e/ou utiliza os comandos do programa. O
software funciona como se um leitor de tela, onde interage com o Sistema Operacional do
Computador, capturando as informações apresentadas na forma de texto e transformando-
a em resposta falada, utilizando um sintetizador de voz.
6.1.10 Auxílios para melhorar a função auditiva e recursos utilizados para traduzir os
conteúdos de áudio em imagens, texto e língua de sinais.
Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez,
telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.
“...em primeiro lugar, o termo tecnologia não indica apenas objetos físicos,
como dispositivos ou equipamento, mas antes se refere mais genericamente a
produtos, contextos organizacionais ou modos de agir, que encerram uma série de
princípios e componentes técnicos”. (EUROPEAN COMMISSION - DGXIII, 1998)
A tecnologia assistiva é o
conjunto de ajudas técnicas de
qualquer produto, instrumento,
estratégia, serviço e prática
utilizada por pessoas com
deficiência e pessoas idosas,
especialmente, produzido ou
geralmente disponível para
prevenir, compensar, aliviar ou
neutralizar uma deficiência,
incapacidade ou desvantagem e melhorar a autonomia e a qualidade de vida dos
indivíduos.
Quem for ao evento poderá testar o OrCam MyEye, equipamento que transfere para
áudio qualquer conteúdo impresso ou digital de livros, jornais, revistas, placas,
anúncios e embalagens. Feira tem livros em múltiplos formatos acessíveis, legenda
e narração em português, Libras, audiodescrição animações e trilhas sonoras. Os
autores Carlos Eduardo Pereira, Kareemi, Ricky Ribeiro e Lucas Borba participam
de atividades com leitores. Microsoft e Ubook mostram tecnologia assistiva. A
programação da 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo está repleta de
recursos de acessibilidade e de iniciativas para promover a inclusão de pessoas
com deficiência na cultura e na literatura. Um dos destaques é o OrCam MyEye,
equipamento para pessoas com deficiência visual que poderá ser testado. O
dispositivo de origem israelense transfere para áudio qualquer conteúdo (em
português, inglês e espanhol) digital ou impresso em livros, jornais, revistas, placas,
anúncios e embalagens. Funciona a partir de uma câmera inteligente, acoplada na
armação dos óculos, que reconhece informações e até rostos cadastrados. É
indicado para pessoas com deficiência visual, intelectual, dislexia e até para quem
tem TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). O OrCam poderá
ser testado no estande da Prefeitura de São Paulo, que adquiriu 15 unidades para
uso em 12 bibliotecas públicas da cidade. O jornalista e escritor Lucas Borba, que
é cego, vai usar o equipamento para contar histórias infantis. No estande da ONG
Mais Diferenças, obras de literatura juvenil têm legenda e narração em português,
interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais), audiodescrição, leitura fácil,
animações e trilhas sonoras exclusivas. Todas têm acesso gratuito pelo
site http://www.cti.org.br. (VENTURA,2018)
6.2.1 Serviços
São ações prestadas profissionalmente à pessoa com deficiência visando
selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos
citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos.
Fisioterapia
Terapia ocupacional
Fonoaudiologia
Educação
Psicologia
Enfermagem
Medicina
Engenharia
Arquitetura
Design
Técnicos de muitas outras especialidades
Disponível em:
<http://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf>. Acesso
em 17/12/2019.