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PSICOLOGIA E
NECESSIDADES
ESPECIAIS
1. PSICOLOGIA E NECESSIDADES ESPECIAIS
Ainda há um longo caminho para percorrer na busca por uma equidade social na inclusão,
por meio da educação ou do trabalho.
→ Na Grécia Antiga, a deficiência (de ordem intelectual) foi tida como um status
de “privilégio”, por se caracterizar como certa liberdade presente nos indivíduos que a
manifestavam, sob a forma de delírios.
→ Hipócrates (460-377 a.C) – filosofo considerado o “pai da medicina” conectou a
“loucura” como denominou com causas orgânicas. Assim, foi o pioneiro a propor uma
interpretação conectada a doenças ou deficiências baseadas em origens e manifestações
biológicas (PESSOTI, 1997)
→ No séc. XVI surgiram maneiras de tratar os diferentes os que não se encaixavam
no cumprimento das regras, ao mesmo tempo em que eles foram removidos do convívio
social. Além de pensões e hospedarias específicas para esse público, cujo intuito era
retirá-los da circulação das ruas e ainda usá-los como objetos de estudo, havia a chamada
Nau dos Loucos.
→ Nau dos Loucos - Tratava-se de uma embarcação que se propunha a navegar
pelas águas calmas de rios e canais da Europa como um depósito para “loucos” e
“leprosos” (FOUCAULT, 1978, p. 12)
→ Inicio do séc. XIX – depois de muita barbárie no tratamento de pessoas com
algum tipo de tipo de deficiência que Philippe Pinel (considerado fundador da psiquiatria)
conseguiu inserir uma evolução do conceito de loucura, ao caracterizá-la como doença
mental e, em seguida, como deficiência mental. Ele estabeleceu a necessidade de permitir
que o modo de ser dos sujeitos pudesse se expressar, determinando o
desencarceramento dessas pessoas com deficiências intelectuais e indicando a criação
de lugares específicos para tratamento com estímulos adequados.
→ Ainda no séc. XIX foram criados inúmeros asilos, o quais acabaram sendo
concebidos como manicômios. (visava a cura ou pelo menos moldar comportamentos de
deficientes a qualquer esforço).
→ Na passagem do séc XIX para XX que surgiu a preocupação com a linearidade
das manifestações das deficiências e também em contabilizar e categorizar as deficiências
intelectuais sob o ângulo de suas funcionalidades.
→ 1880 na América do Norte uma espécie de censo com o primeiro esboço de
um manual diagnóstico, no qual as deficiências intelectuais foram organizadas em sete
categorias: mania, melancolia, monomania, paresia, demência, dipsomania e
epilepsia (BLACK; GRANT, 2015). Assim como o primeiro esboço da formulação da
declaração dos direitos humanos
→ Declaração dos Direitos Humanos - alertava para a necessidade de fiscalizar
e orientar as instituições que ofereciam tratamento às pessoas com deficiências
intelectuais, buscando inibir internações arbitrárias e maus tratos que poderiam estar
disfarçados sob a forma de tratamento.
→ No Brasil até a construção da Constituição Federal de 1988, eram utilizados os
termos “excepcional” e “deficiente” ao se referir a PcD.
→ Por se tratar de uma definição limitada e por vezes pejorativas foi adotado
“atenção às pessoas com deficiências” em algumas partes da CF-88.
→ “Pessoa portadora de deficiência”.
→ 1990 – Com a assinatura da Declaração de Caracas, documento que buscou
propor uma reestruturação da assistência psiquiátrica, os direitos das pessoas com
deficiência começaram a ser constituídos enquanto política pública (OPAS/OMS, 1990). a
necessidade de criação de políticas públicas no Brasil levou à criação do Estatuto da
Pessoa com Deficiência, que se estabeleceu a partir da Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência da ONU e o seu Protocolo Facultativo, ratificados na forma do
Artigo 5o da Constituição Federal.
→ A partir dos anos 2000, o conceito de deficiência passou a ser percebido de
maneira ampliada, buscando compreender o sujeito de maneira integrada ao seu
contexto.
INTEGRAÇÃO
EXCLUSÃO
A pessoa consegue estar em locais e
Pessoa é direta ou indiretamente serviços onde há pessoas sem
privada de qualquer forma de deficiência, porém ela é tratada
relação e interação, é como se separadamente, sem ter
ela não existisse relacionamento com as demais sem
deficiência
SEGREGAÇÃO INCLUSÃO
A pessoa tem oportunidade de
Os locais tem acessibilidade e os
participar em locais e atividades
serviços são inclusivos, onde a PcD
exclusivas para ela (PcD), sem a
está nos mesmos lugares e participa
presença de pessoas sem
das mesmas atividades que as demais
deficiência.
sem deficiência.
2. TIPOS DE DEFICIÊNCIAS – ETIOLOGIAS
“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.”
DECRETO Nº 3.298
OUTROS CONCEITOS
A ESCOLA
VYGOTSKY
REFLEXÕES
PATERNALISMO INSTITUCIONALIZADO
ATUALMENTE
VISÃO
Processo
brasileiro Avançar e
demanda revisar modernizar
e repensar
Valorização da Novas
pessoa com tendências na
deficiência reabilitação
REABILITAÇÃO
POSSIBILIDADES
FOCOS
PRINCÍPIOS OMS
→ Receber a notícia de algum tipo de deficiência – receber alguém fora dos padrões
(carga ideológica).
→ Reações – rejeição, simulação, segregação, superproteção, paternalismo,
exagerado, ou mesmo piedade, sentimentos naturais de medo, dor, desapontamento,
culpa, vergonha, frustrações, sensação geral de incapacidade e impotência.
→ Conotação negativa: sempre dará trabalho, será dependente.
→ Acomodação ao entregar a criança para a instituição.
→ Superproteção prejudica a formação, pode desenvolver possessividade,
egocentrismo, baixa tolerância à frustração, revolta ou apatia
EM RELAÇÃO AOS IRMÃOS
PREVENÇÃO ÀS DEFICIÊNCIAS
PSICÓLOGOS
ACONSELHAMENTO
BLACK, W., D., GRANT, E., J. Guia para o DSM-5: complemento essencial para o
manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed,
2015.
BRASIL. Lei no. 13.146, de 6 de julho de 2015. Dispõe sobre a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.html.