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InstitutoFederalDeEducação,CiênciaE TecnologiaDeRoraima – Campus Boa

Vista
Acadêmica: Dericka Giselle Linhares Cauper
Ribeiro
Disciplina:EducaçãoEspecialnaPerspectivadainclusão
Discente:SilvinaSantos
Resenha-História,Políticaelegislaçãodas pessoas comdeficiêncianoBrasil e no
mundo.

Ahistóriadoatendimentoàspessoascomnecessidadeseducacionaisespeciais tem
sido marcada pela segregação, acompanhada do consequente e progressiva
exclusão, sob diferentes argumentos, dependendo do momento histórico em
questão.
É importante lembrar que termos como “deficiência”, “deficiente”, “pessoa com
deficiência” e “pessoa com necessidades especiais” emergiram muito
recentemente, já no século XX.
A vida de um homem só valia na medida em que lhe era concedida pela
aristocracia quer pelas qualidades pessoais que lhe eramconferidas, quer pela
utilidade prática que personificava na satisfação dos seus caprichos e
necessidades. A pessoa diferente, com diferentes limitações funcionais e
necessidades, foi praticamente exterminada pelo abandono, que não era uma
questão ética ou moral.
O advento do Cristianismo, e a consequente implantação e fortalecimento da
Igreja Católica, propôs gradativamente um novo segmento na arena política: o
clero. Devido aospressupostosdopensamento cristão, aspessoasdoentes,
defeituosase/ouafetadasespiritualmente(quepodemserfísica,sensoriale
espiritualmentedeficientes)nãopodemmaissereliminadasporquetambémsão
criações de Deus.
Constata-se que, enquanto na antiguidade os diferentes nem sequer eram
considerados pessoas, na Idade Média o conceito de deficiência tornou-se
metafísico3 e religioso por natureza, e os deficientes ora eram considerados
demônios, ora possuídos por demônios, ora "como expiação da negligência
alheia", ou apazigua a cólera divina, e não a aldeia, aceita a vingança divina,
como um para-raios..." (PESSOTTI, 1984, pp. 5-6).
A medicina evolui, gera e sistematiza novos conhecimentos; outras áreas do
conhecimento também são delineadas, acumulando informações sobre
deficiência, etiologia, função e tratamento.
Como resultado, muitos autores publicaram estudos com foco na
institucionalização. As dúvidas e pressões sobre a institucionalização que se
acumulam desde o final dos anos 1950 vêm de diferentes direções e são
motivadaspelosmaisdiversosinteresses.Poroutrolado,éprecisolembrarque a
década de 1960 foi marcada por um repensar e crítica geral dos direitos
humanos e, mais especificamente, dos direitos das minorias, da liberdade
sexual,dasinstituiçõespolíticaseeconômicas.eorganizaçõeseseuimpactona
construção das sociedades e da subjetividade humana na maioria dos países
ocidentais.
Ao se afastar do Paradigma da Institucionalização e adotar as idéias de
Normalização, criou-se o conceito de integração, que se referia à necessidade
demodificara pessoacomnecessidades educacionais especiais,deforma que
esta pudesse vir a se assemelhar, o mais possível, aos demais cidadãos, para
então poder ser inserida, integrada, ao convívio em sociedade.
Surgiu o terceiro paradigma, Paradigma de Suporte. Ele tem se caracterizado
pelopressupostodequeapessoacomdeficiênciatemdireitoàconvivêncianão
segregadaeaoacessoimediatoecontínuoaosrecursosdisponíveisaosdemais
cidadãos. Foi nessa busca que se desenvolveu o processo de disponibilização
de suportes, instrumentos que garantam à pessoa com necessidades
educacionais especiais o acesso imediato a todo e qualquer recurso da
comunidade
Em1981,foiinstituídooAnoInternacionaldasPessoascomDeficiência, apoiado pela
ONU (Organização das Nações Unidas), no qual se defendeu
a“igualdadedeoportunidadeparatodos”.Esseposicionamentorepercutiue trouxe
desdobramentos no Brasil, através da formulação de vários planos, tais
como:PlanodeAçãodaComissãoInternacionaldePessoasDeficientes(1981); Plano
Nacional de Ação Conjunta para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência (1985).
A Constituição de 1988 e o Estatuto da Criança (Lei 80691/90) estipularam os
DireitosdosPortadoresdeNecessidadesEspeciaisquepassamaserconsiderados,n
ão mais como objetos de assistência social, mas comosujeitos de direitos,
inclusive, à educação.
A segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), pela primeira
vez,na históriadaeducaçãobrasileira,apresentaumartigoespecífico sobrea
educação especial, que reconhece o direito à diferença, ao pluralismo e à
tolerância.
As Salas de Recursos foram implantadas em 1992, objetivando “dar educação
complementar, fora do horário de aula, na escola regular, para alunos com
deficiência auditiva, visual, física e neurológica, que apresentam necessidades
especiais. (Coordenação de Política Pedagógica, SMED, 2000) Essas Salas
estão localizadas nas denominadas “escolas pólo” das Regionais.
OalunadodasSalas deRecursoscaracterizam-sepeladiversidade,emrelação à
faixa etária, ao nível de escolarização, ao tipo de deficiência e à proposta
pedagógica definida para cada aluno, o que configura diferentes demandas:
alunos surdos, cegos ou com visão subnormal, deficientes mentais, físicos,
dentre outros

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