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GUIA DA
DISCIPLINA
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
Objetivo:
Introduzir o estudo da deficiência na sociedade, levantar o histórico da visão social
em relação às pessoas com deficiência; apresentar o histórico das legislações que atendem
o direito das pessoas com deficiência e apresentar e introduzir o estudo da norma de
acessibilidade NBR9050.
Introdução:
Ao longo da história, a sociedade vem discriminando pessoas que não fazem parte
de certo grupo intitulado “normal”, pensando em atender exclusivamente os ideais dos
homens brancos e sem deficiência. O modelo discriminatório vem desde à antiguidade onde
as pessoas com deficiência eram consideradas sub-humanas, em outros termos
poderíamos dizer que para eles eram pessoas que “nada contribuíam com a vida humana”.
Isso ocorreu, principalmente, em cidades como Atenas e esparta, lugares onde se cultuava
o corpo físico pleno, sadio e padronizado, para eles as pessoas com deficiência estavam
contrapondo os seus ideais e, portanto, ali eles não poderiam conviver.
Foi no vitorioso Império Romano que surgiu o cristianismo. A nova doutrina voltava-
se para a caridade e o amor entre as pessoas. As classes menos favorecidas
sentiram-se acolhidas com essa nova visão. O cristianismo combateu, dentre outras
práticas, a eliminação dos filhos nascidos com deficiência. Os cristãos foram
perseguidos, porém, alteraram as concepções romanas a partir do Século IV. Nesse
período é que surgiram os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes
e pessoas com deficiências (NEGREIROS, 2014 p.3).
Foi a partir da Segunda Guerra Mundial que o direito necessita se preocupar com
grupos sociais específicos, nesse caso surgem os mutilados da guerra, pessoas
que foram para a guerra sem nenhuma deficiência e voltam às suas casas com
algum tipo de mutilação que impedem a fruição normal de suas atividades de vida
diária (TAHAN, 2012, p.21).
Sob esse novo prisma, diluem-se o preconceito das pessoas, alterando ao olhar
sobre a situação, não sendo visto mais como sendo um “castigo divino, ou uma
maldição”. Desde então, surge a possibilidade de uma sociedade mais justa e humana,
onde alguns cidadãos abraçam essa causa nobre, preocupando-se com leis que pudessem
defender os direitos, sob a visão da inclusão dos deficientes a sociedade.
Algumas das legislações mais relevantes criadas sobre o direito da pessoa com
deficiência são:
1961-LeiNº4.024.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) fundamenta o atendimento
educacional às pessoas com deficiência, chamadas no texto de “excepcionais”. Segue
trecho: “A Educação de excepcionais, deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema
geral de Educação, a fim de integrá-los na comunidade. ”
1971LeiNº5.692.
A segunda lei de diretrizes e bases educacionais do Brasil é da época da ditadura militar e
substitui a anterior. O texto afirma que os alunos com “deficiências físicas ou mentais, os
que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os
superdotados deverão receber tratamento especial”. Essas normas deveriam estar de
acordo com as regras fixadas pelos Conselhos de Educação. Ou seja, a lei não promovia
a inclusão na rede regular, determinando a escola especial como destino certo para essas
crianças.
1989-Lei N°7.853.
O texto dispõe sobre a integração social das pessoas com deficiência. Na área da
Educação afirma, por exemplo, obriga a inserção de escolas especiais, privadas e públicas,
no sistema educacional e a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em
estabelecimento público de ensino. Também afirma que o poder público deve se
responsabilizar pela “matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos
públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no
sistema regular de ensino”. Ou seja: exclui da lei uma grande parcela das crianças ao
sugerir que elas não são capazes de se relacionar socialmente e, consequentemente, de
aprender. O acesso a material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo também são
garantidos pelo texto.
2001-Lei N°10.172.
O Plano Nacional de Educação (PNE) anterior, criticado por ser muito extenso, tinha
quase 30 metas e objetivos para as crianças e jovens com deficiência. Entre elas, afirmava
que a Educação Especial, “como modalidade de educação escolar”, deveria ser promovida
em todos os diferentes níveis de ensino e que “a garantia de vagas no ensino regular para
os diversos graus e tipos de deficiência” era uma medida importante.
2007-Decreto Nº 6.094/07
O texto dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela
Educação do MEC. Ao destacar o atendimento às necessidades educacionais especiais
dos alunos com deficiência, o documento reforça a inclusão deles no sistema público de
ensino.
INTERNACIONAL
1990 – Declaração Mundial de Educação para Todos
No documento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco), consta: “as necessidades básicas de aprendizagem das pessoas
portadoras de deficiências requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que
garantam a igualdade de acesso à Educação aos portadores de todo e qualquer tipo de
deficiência, como parte integrante do sistema educativo”. O texto ainda usava o termo
“portador”, hoje não mais utilizado.
Outro fato importante foi quer por volta de 1981, a ONU “atribuiu” o valor de pessoas
àqueles que tinha deficiências, igualando-os em diretos e dignidades à maioria dos
membros de qualquer sociedade ou país, no Brasil, isso ocorreu na constituição de 1988,
mas o status de pessoa não trouxe a elas os recursos e serviços para que elas pudessem
se desenvolver.
Diversas leis foram criadas e/ou aprimoradas com o intuito de melhorar o regimento
escolar das crianças deficientes e o meio em que estão inseridas, tanto quanto para todo e
qualquer tipo de deficiente e sua função.
Ao ser proposto ambientes inclusivos, certas medidas e ações devem ser adotadas
e implantadas sob a ótica de se reconhecer e valorizar as diferenças humanas, para que
as condições de acesso, atividade e participação desses alunos se concretizem de forma
harmoniosa.
Assim, pode-se definir as barreiras como qualquer obstáculo ou bloqueio que limite
ou impeça o acesso, a autonomia dos movimentos, o fluxo de passagem com segurança e
a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação (BRASIL,
2004, p. 61 apud DISCHINGER; ELY; BORGES, 2009).
Para eliminar as barreiras físicas dentro de uma escola, existem diversas ações a
serem providenciadas, tais como a avaliação dos ambientes da escola, a elaboração de
projetos baseados nas Normas de acessibilidade, a execução de obras e a fiscalização
adequada.
“[...] pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”
(ONU, Art. 1, 2006)
Objetivo:
Explicitar aspectos inerentes da família e o sujeito com deficiência, descrevendo os
quadros iniciais de aceitação, exemplificando os desafios que essas famílias enfrentam na
chegada de uma nova realidade.
Introdução:
Sabe-se que as famílias exercem
função primordial na promoção da melhora
da qualidade de vida da pessoa com
deficiência. Ela é responsável pela
manutenção da atmosfera inclusiva que a
cerca. Entende-se que toda família
enfrenta grandes desafios, entretanto as
que têm em sua constituição uma pessoa
com deficiência precisa entrar em um
processo educativo que visam as práticas
e o acolhimento a ela.
Nota-se que a presença de uma pessoa com deficiência em uma família altera
completamente o roteiro desta, fazendo com que todos desse referido grupo social se
adaptem a este novo parâmetro.
A chegada de uma criança gera uma expectativa muito grande aos pais e aos
demais membros de um núcleo familiar, a relação de parentalidade começam
a se desenha. Os atuantes deste processo buscam apresentar para sociedade
o produto final dessa união (A criança), então eles projetam uma criança nos
seus planos, eles criam vastas expectativas sobre o sexo do bebê, sobre a
carreira, sobre o papel social que ele vai exercer, entre outros. Esse discurso
tem natureza antecipatória, os pais lançam a criança para a realização das suas
demandas. Nesse sentido, as funções como: a psicomotricidade, a
aprendizagem, a relação com a linguagem, o relacionamento social, o modo
de vida, o brincar e a construção psíquica se realizam na medida que em que
em que há uma relação entre a antecipação e precipitação, ou seja, na medida
do desenvolvimento da criança.
Contudo, esse processo geralmente não ocorre com tanta fluidez, as famílias
passam por um processo de reflexão e amadurecimento dessa realidade de conceber e ser
responsável por uma pessoa com deficiência, assim elas percorrem por algumas etapas
importantes nesse processo, sendo importante citar o processo de narcísico primário em
relação aos filhos, no qual os pais impõe a eles todas suas projeções diante a vida daquela
criança, colocando-a como um ser imortal, tornando-a extensão do próprio Eu, desejando
que ela dê prosseguimento aos meus projetos.
atribuem ao filho todas as perfeições e projetam nele todos os sonhos a que eles
mesmos tiveram de renunciar. “Sua Majestade o Bebê” realizará “os sonhos de
desejo que os pais não puseram em prática”, assim garantindo a imortalidade de
seu eu. O narcisismo primário representa, de certa forma, uma espécie de
onipotência que se cria no encontro entre o narcisismo nascente do bebê e o
narcisismo renascente dos pais.
A ruptura narcísica que se opera nos pais faz com que eles tropecem com sérias
dificuldades para encontrar nessas crianças traços que se ajustem ao simbólico, de
tal modo que possam ser considerados dignos e a altura do Ideal que sua cadeia
significante havia previamente estabelecido.
Sendo assim, o diagnóstico da deficiência infere aos pais uma espécie de desejo de
morte e surpresa inesperada gera a frustração, pois a primeira concepção que se tem em
relação à deficiência é do sujeito limitado, sem possibilidades de aprendizagens, evolução
e crescimento. Surge então os posicionamentos dos pais em relação a imposição da
deficiência:
A ruptura narcísica exerce grande influência nesse quadro, pois começam a aparecer
barreiras na vida familiar e eles delegam a criança a culpa por esta “falha” que ele tem.
Então eles elencam a culpa de todas impossibilidades daquele grupo à deficiência da
criança, a excluindo direta ou indiretamente.
Vale ressaltar que o nível de impossibilidades que a família na maioria das vezes
impõe ao filho com deficiência é divergente ao limite que realmente ele tem criando uma
barreira simbólica causada pelo sentimento de incapacidade.
Os pais recolhem do social os instrumentos que supõem ser as armas para lutar
contra esta fratura em seu ideal narcísico. A imagem especular que oferecem ao
seu filho é do ser esbelto, potente, forte, competitivo, belo, transmitida pelos ideais
sociais. Nesta imagem as crianças deficientes não encontram possibilidade de
encontrar seu semelhante, a não ser pela via psicotizante.
O posicionamento desta etapa não ocorre de primeira, pois nenhum pai aceita
naturalmente a deficiência do filho. Sendo assim, se vê a necessidade do auxílio médico e
psicológico à família desde o momento do diagnóstico, para que eles possam ter mais
conscientizam e elaborarem melhor a chegada da criança.
Introdução:
Viver é superar desafios, que não são sinônimos apenas dos grandes obstáculos,
mas a soma das pequenas dificuldades de cada dia, tais como as dúvidas, os medos....
Estas talvez sejam, na verdade, os desafios mais importantes de enfrentar e vencer, que
estão encastelados nas inseguranças e preconceitos. Para a família enfrentar este desafio,
no seu dia-a-dia, de frente, com olhar atento ao que a cerca é o que importa e cabe a escola
socializar.
Dez por cento das famílias brasileiras tem pessoas com algum tipo de deficiência,
sendo que muitos deles poderiam ser evitados se tivéssemos medidas eficazes de
prevenção. Deveríamos estar tratando sim, o desenvolvimento pleno das potencialidades
humanas, a melhoria da qualidade de vida e do conhecimento e a participação na
transformação cultural.
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que
0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os
casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for
igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições
anteriores;
Art. 5º - Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]
um processo permeado dos critérios morais e éticos claros e definidos, num sistema de
liberdade e capaz de gerar oportunidades para que estas crianças tenham uma vida digna,
aspirando propósitos elevados e vencendo desafios.
A família deve ter a clareza que a criança tem o direito a Educação, tendo como
principal papel o desenvolvimento global das potencialidades de condutas típicas ou de
altas habilidades, abrangendo os diferentes níveis e graus dos sistemas de ensino. Este
ensino deve estar assentado nos princípios firmados nos valores democráticos que deve
nortear toda a ação educativa e ter como meta a sua cidadania plena, observando o respeito
da dignidade da pessoa, o direito à igualdade de oportunidade, o direito à liberdade de
aprender e de ser diferente e o direito à felicidade.
Os empecilhos do acesso aos direitos e a felicidade não se restringem somente ao
Brasil, mas também a Portugal, de acordo Casanova:
Temos ciência que estar na escola não é suficiente e a inclusão social é um desafio
de mudar prática, a atitude e cultura. Alguns princípios devem ser observados tais como: o
princípio de normalização, oferecendo ao incluso as mesmas oportunidades que são
oferecidas às pessoas ditas normais; o princípio de individuação que pressupõe adequar o
atendimento educacional às necessidades de cada aluno, em respeito às suas diferenças
individuais; o princípio da construção do real, como resultado da conciliação entre o que é
possível fazer e o que é necessário ser feito; o princípio de legitimidade, que é entendido
como a participação das pessoas inclusas na elaboração e formulação de políticas públicas,
planos e programas, apontando soluções e o princípio de interiorização, concebida como
expansão do atendimento nas zonas periféricas das cidades, estimulando a implantação
de novos serviços com profissionais especializados e valorizando as iniciativas
comunitárias relevantes.
Brincar é importante para qualquer criança, mas para a criança com deficiência a
brincadeira é ainda mais importante em todas as idades, desde bebês até a adolescência.
Os brinquedos especiais e os adaptados tornam seu aprendizado significativo e alegre,
facilitam a aquisição de conceitos e habilidades, integram os sentidos, promovem a
interação, comunicação e socialização.
Vygotsky (1979) cita que no brinquedo a criança cria uma situação imaginária, tem-
se a mudança da predominância de situações imaginárias para a predominância de regras.
Vygotsky (1994, p. 135) diz que:
A criança deve brincar bastante com outras crianças, conhecer muitas pessoas, ter
participação através de atividades lúdicas, recreativas, de artes, livros de histórias pessoas
e todo o mundo a sua volta e ter participação. E importante que a família e a escola facilitem,
incentivem e participem das brincadeiras das crianças oferecendo apoio para que
desenvolvam o gosto por brincar.
Com brinquedos ou até com objetos comuns da casa, o aluno desenvolve suas
habilidades para usar as mãos; aprende formas, reconhece objetos, aprende dimensão e
peso, entende o que é alto e baixo, pequeno e grande, maior e menor, comprido e curto,
largo e estreito, pesado e leve cheio e vazio. Empilhar, encaixar, rosquear, costurar, enfiar
contas são atividades interessantes e divertidas. Montar quebra-cabeça, pintar, desenhar
brincar com massinha ou argila, separar e classificar objetos são ótimos exercícios para
seu aprendizado.
Os livros, revistas, discos, fitas e filmes infantis são muito interessantes para as
crianças. É importante ajudar o aluno a identificar nas revistas os objetos, animais, pessoas
e chamar sua atenção para cores, formas e nomes, recortar as figuras e colá-las em um
caderno ou em folhas de papel.
O espaço para as brincadeiras pode ser feito como um cantinho organizado para
essa atividade. Esse tipo de disposição facilita a organização das crianças e evita espaços
muito poluídos e de difícil circulação, facilitando o processo de familiarização com a sala.
Os outros espaços da sala também podem ser organizados dessa maneira, com o
cantinho para colocar mochilas, a bengala, a cadeira de rodas e assim por diante. Assim
fica mais interessante para todas as crianças da sala, facilita a participação da criança com
baixa visão e daquela que tem outros comprometimentos em todas as atividades da escola.
O aluno precisa estar bem posicionado em sala de aula, os surdos e com baixa visão
sentar de preferência na primeira carteira e ter liberdade de levantar-se e chegar perto da
lousa ou mudar de lugar para copiar a lição. Mesmo assim, poderá levar muito mais tempo
que seu colega para finalizar uma tarefa e seu ritmo deverá ser respeitado.
Para o aluno de baixa visão por exemplo, geralmente copiar da lousa é difícil para
ele, pois, a todo momento, deve localizar o ponto em que parou; pode não entender a letra
da professora e seu modo de escrever; precisa organizar a escrita em seu caderno - pauta,
ordem e sequência da tarefa, assim como utilizar as cores corretas dos lápis ou das
canetas. Neste processo, que se repete até o término da lição, ele corre o risco de não
completar a atividade, se a professora não lhe der o tempo suficiente.
As cópias longas e exaustivas da lousa, entre outras práticas tradicionais, não são
motivadoras para a classe e vão exigir dos alunos inclusivos um esforço visual muito maior
que o de seus colegas. Mais interessante será criar estratégias e atividades significativas
das quais todos os alunos possam participar.
A aula poderá ser mais prazerosa e divertida se for proposto aos alunos que se
ajudem mutuamente, ditando a atividade uns aos outros, trabalhando em grupos para
resolver problemas, descrevendo situações ou preparando previamente materiais escritos
em alto contraste e outras adaptações.
Objetivos
Proporcionar aos discentes, maior compreensão sobre as medidas e proporções
necessárias para que o deficiente consiga compreender e captar o ambiente de melhor
forma, além de propiciar o entendimento sobre a legislação referente as normas de
acessibilidade.
Introdução:
A NBR 9050 é uma norma reguladora, criada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), que define os aspectos de acessibilidade que devem ser observados nas
construções urbanas. Essas Normas visam eliminar barreiras arquitetônicas em espaços,
dando condição para a integração de qualquer indivíduo com algum tipo de necessidade
especial.
É importante sempre visar formas de oferecer total autonomia aos deficientes, para
que eles possam usufruir de qualquer ambiente, independente de qual esteja situado.
Segundo a NBR 9050 seu objetivo é:
1.1. Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto,
construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às
condições de acessibilidade.
1.2. No estabelecimento desses critérios e parâmetros técnicos foram consideradas diversas
condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a ajuda de aparelhos específicos, como:
próteses, aparelhos de apoio, cadeiras de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assistivos de audição
ou qualquer outro que venha a complementar necessidades individuais.
1.3 Esta Norma visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de
idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do
ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos.
1.3.1 Todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos que vierem a ser
projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e
equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis.
1.3.2 Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser tornados
acessíveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível.
1.3.3 As edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais devem
ser acessíveis em suas áreas de uso comum, sendo facultativa a aplicação do disposto nesta Norma em
edificações unifamiliares. As unidades autônomas acessíveis devem ser localizadas em rota acessível.
1.3.4 As entradas e áreas de serviço ou de acesso restrito, tais como casas de máquinas,
barriletes, passagem de uso técnico etc., não necessitam ser acessíveis.
A NBR 9050 não se limita apenas a uma única Norma, ela se relaciona com outras
complementando-se. Abaixo deixo algumas das Normas que se interligam-se a mesma:
Área de refúgio ou resgate: área com acesso direto para uma saída, destinada a
manter em segurança pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, enquanto
aguardam socorro em situação de sinistro
Guia de balizamento: elemento edificado ou instalado junto aos limites laterais das
superfícies de piso, destinado a definir claramente os limites da área de circulação de
pedestres.
Linha-guia: qualquer elemento natural ou edificado que possa ser utilizado como
referência de orientação direcional por todas as pessoas, especialmente as com deficiência
visual.
Mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos,
superpostos ou adicionados aos elementos de urbanização ou de edificação, de forma que
sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses elementos,
como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo
às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e
quaisquer outros de natureza análoga.
Piso tátil: piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relação ao piso
adjacente, destinado a constituir alerta ou linha-guia, servindo de orientação,
principalmente, às pessoas com deficiência visual ou baixa visão. São de dois tipos: piso
tátil de alerta e piso tátil direcional.
Serviço assistido: apoio para auxiliar qualquer pessoa com dificuldade de circular
no ambiente ou de utilizar algum equipamento.
ABREVIATURAS
M.R. – módulo de referência;
P.C.R. – pessoa em cadeira de rodas;
P.M.R. – pessoa com mobilidade reduzida;
P.O. – pessoa obesa;
L.H. – linha do horizonte
Acessibilidade espacial significa bem mais do que apenas poder chegar ou entrar
num lugar desejado. É, também, necessário que a pessoa possa situar-se, orientar-se no
espaço e que compreenda o que acontece, a fim de encontrar os diversos lugares e
ambientes com suas diferentes atividades, sem precisar fazer perguntas. Deve ser possível
para qualquer pessoa deslocar-se ou movimentar-se com facilidade e sem impedimentos.
Além disso, um lugar acessível deve permitir, através da maneira como está construído e
das características de seu mobiliário, que todos possam participar das atividades existentes
e que utilizem os espaços e equipamentos com igualdade e independência na medida de
suas possibilidades (DISCHINGER; ELY; BORGES, 2009, p.22;23).
Dischinger, Ely e Borges (2009, p.23), citam como exemplo, uma criança com baixa
visão, transitando por um corredor
com paredes e forro brancos, com piso e portas de cor cinza claro, vai ter sua
dificuldade agravada, pois não existe contraste de cores entre piso, paredes e
portas. Mas, se o corredor for branco, o piso cinza escuro e as portas coloridas, ele
vai poder distinguir tanto os planos horizontais e verticais como as aberturas.
4.2.2 Deslocamento
As condições de deslocamento são caracterizadas pela disposição de circulação de
qualquer indivíduo de forma plena, ou seja, o mesmo poder se movimentar ao longo de
percursos horizontais e verticais, além de, também, em ambientes internos como em salas,
sanitários, saguões, e externos, como caminhos, pátios, jardins, etc., sem impedimentos
baseados em barreiras físicas, de forma autônoma, segura e confortável.
4.2.3 Uso
Segundo Dischinger; Ely; Borges (2009, p.25) as “condições de uso dos espaços e
dos equipamentos referem-se à possibilidade efetiva de realização de atividades por todas
as pessoas”. É importante ser verificado, em absoluto, as características físicas dos
equipamentos e mobiliários, ou seja, os itens que se referem a forma, a dimensões, o
relevo, a textura e as cores desses mobiliários, assim como, também, a relacionado a sua
posição nos ambientes, ou seja, a forma como o mobiliário foi ou será disposto no espaço,
com a finalidade de permitir que sejam alcançados e utilizados por qualquer indivíduo que
necessite.
4.2.4 Comunicação
A comunicação faz respeito em referência as possibilidades de troca de informações
entre pessoas, independentemente de ter ou não o auxílio de meios de comunicação
externos, e à aquisição de informações gerais através de suportes informativos. É
primordial para este quesito os itens referentes a acústica dos ambientes, a presença de
sinais, pictogramas complementando informações escritas; e os meios de tecnologia
assistiva, como programas computacionais para surdos e cegos (DISCHINGER; ELY;
BORGES, 2009, p.25,26).
no ser humano, na sua diversidade e função. O desenho universal estabelece critérios para
que as edificações, os ambientes internos, os ambientes urbanos, os produtos e mobiliários
atendam a um maior número de usuários, independente das características físicas do
indivíduo, das habilidades e/ou faixa etária, contribuindo com a biodiversidade humana e
propiciando uma melhor ergonomia para todas as pessoas. Para tanto, segundo o Anexo
A, da ABNT NBR9050 (2015, p.139) foram definidos sete princípios do Desenho Universal,
que são mundialmente adotados em planejamentos e obras de acessibilidade:
2) uso flexível: é a característica que faz com que o ambiente ou elemento espacial
atenda a uma grande parte das preferências e habilidades das pessoas. Para tal,
devem-se oferecer diferentes maneiras de uso, possibilitar o uso para destros e
canhotos, facilitar a precisão e destreza do usuário e possibilitar o uso de pessoas
com diferentes tempos de reação a estímulos;
6) baixo esforço físico: nesse princípio, o ambiente ou elemento espacial deve
oferecer condições de ser usado de maneira eficiente e confortável, com o mínimo
de fadiga muscular do usuário. Para alcançar esse princípio deve-se: possibilitar
que os usuários mantenham o corpo em posição neutra, usar força de operação
razoável, minimizar ações repetidas e minimizar a sustentação do esforço físico;
4.3.1 Dimensões
Uma vez que a cadeira possui 80 centímetros, é notório que o espaço para que o
cadeirante possa transitar, deve ser superior a isso. Segundo a NBR 9050 (2015) os
parâmetros referenciais para deslocamento em linha reta de uma pessoa em cadeiras de
roda são de que caso, sozinha em um corredor, o cadeirante necessite de ao mínimo 90
centímetros de largura entre uma parede e outra, para casos de um cadeirante e um
pedestre entre 1,20 e 1,50 metros e para que dois cadeirantes possam transitar ao mesmo
tempo em uma única linha reta, é necessário entre 1,5 e 1,8 metros. É importante ressaltar
que essas medidas estipuladas pela Norma são referentes ao espaço mínimo proposto,
sendo aceitável qualquer espaço a mais proporcionado, possibilitando tanto ao cadeirante
quanto aos pedestres que por ali transitem, maior conforto para passar por aquele local.
Para que haja a mesma condição com um cadeirante e uma pedestre andar pelo
mesmo espaço, a medida mínima deve ser de no mínimo 1,20 como denota-se na figura
abaixo:
Para que dois cadeirantes circulem pelo mesmo espaço deve-se ter uma medida
mínima de 1,5 metros, sendo preferencialmente de 1,8 metros, haja visto as dimensões das
cadeiras.
Devesse levar em consideração não apenas o cadeirante andar em linha reta, mas
também as áreas para manobras com a cadeira. Uma vez que o cadeirante precise
rotacionar sua cadeira em 90º sem se deslocar, é necessária área mínima de 1,20 por 1,20
metros. Em casos de rotação a 360º, uma área mínima de um círculo com 1,50 metros de
diâmetro.
Legenda
1. desnível igual ou inferior a 0,60 m e inclinação igual ou superior a 1:2
2. lateral em nível com pelo menos 0,60 m de largura
3. contraste visual medido através do LRV (valor da luz refletida) de no
mínimo 30 pontos em relação ao piso
4. proteção lateral – com no mínimo 0,15 m de altura e superfície de topo
com contraste visual, conforme Seção 5
5. proteção lateral – com guarda-corpo 6 desnível superior a 0,60 m e
inclinação igual ou superior a 1:2
Objetivos
Proporcionar aos discentes, maior compreensão sobre as medidas e proporções
necessárias para que o deficiente consiga compreender e captar o ambiente de melhor
forma, além de propiciar o entendimento sobre a legislação referente as normas de
acessibilidade.
Introdução
Para situações em pé ou sentado a diferenciações
referentes à altura, e ângulos onde o indivíduo deseja
alcançar.
Em casos de cadeirantes, é
importante lembrar, que as medidas devem
se referir a um indivíduo sentado, ou seja,
todas as metragens devem ser calculadas
acerca deste fato. Ao lado segue exemplo
exposto na Norma, sobre as medidas
mínimas e máximas para o alcance manual
(NBR 9050, 2015, p.17)
Legenda
• A2 altura do ombro até o assento
• B2 altura da cavidade posterior do joelho (popliteal) até o piso
• C2 altura do cotovelo até o assento
Legenda
• A3 altura do centro da mão, com o antebraço formando 90° com o tronco
• B3 altura do centro da mão estendida ao longo do eixo longitudinal do corpo
• C3 altura mínima livre entre a coxa e a parte inferior de objetos e equipamentos
• D3 altura mínima livre para encaixe dos pés
• E3 altura do piso até a parte superior da coxa
• F3 altura mínima livre para encaixe da cadeira de rodas sob o objeto
Superfície de trabalho
Vista horizontal
Vista lateral
Legenda
LH: linha do horizonte
visual, relacionada
com a altura dos olhos
CV: cone visual
correspondente à área
de visão apenas com o
movimento
inconsciente dos olhos
NOTA: Foi considerada a seguinte variação de L.H.: (a) para pessoa em pé, entre
1,40 m e 1,50 m; (b) para pessoa sentada, entre 1,05 m e 1,15 m; (c) para pessoa
em cadeira de rodas, entre 1,10 m e 1,20 m.
É importante ressaltar que toda e qualquer informação deve ser localizada de forma
fácil a identificar as utilidades disponíveis dos ambientes, em suma, elas devem ser fixadas
onde decisões são tomadas, em uma sequência lógica de orientação, de um ponto de
partida ao ponto de chegada e devem ser repetidas sempre que existir a possibilidade de
alterações de direção. Em um edifício, por exemplo, deve-se ter instalado, no mínimo,
elementos de sinalização essenciais onde podem ser considerados as informações de
sanitários, os acessos verticais e horizontais, os números de pavimentos e as rotas de fuga.
A sinalização precisa estar, impreterivelmente, disposta em locais acessíveis para pessoa
em cadeira de rodas, com deficiência visual, entre outros usuários, de tal forma que possa
ser compreendida por todos. (NBR 9050, 2015, p.32).
Objetivos
Proporcionar o entendimento das sinalizações quanto a visão da legislação vigente,
além da compreensão da importância e formas usáveis de cada uma delas.
Introdução:
A linguagem tem como definição ser o conjunto de símbolos e regras de aplicação e
disposição, que possibilita um sistema de comunicação, em suma, essencialmente a
linguagem tem a capacidade de proporcionar inteligibilidade, podendo ser visual, tátil ou
sonoro.
Segundo o item 5.2.9.2.2 da NBR 9050 (2015, p.36), os textos em relevo devem
estar associados ao texto em braile, ou seja, possuir os dois itens em referência citados.
Os caracteres em relevo devem atender às seguintes condições:
6.2 Braile
As informações apresentadas em braile não
dispensam a sinalização visual e tátil que deve
conter nos objetos escolhidos para apresentação,
seguindo, da mesma forma, com caracteres ou
símbolos em relevo. Toda informação exposta em
braile deve estar posicionada abaixo dos outros
modelos. Apenas dispensa-se as informações em
relevo, quando a mesma for destinada a impressos,
ou seja, livros, apostilas, textos, etc. Em caso de textos longos, deve-se utilizar o texto em
braile, alinhado à esquerda com o texto em relevo. É primordial que o ponto em braile tenha
a aresta arredondada na forma esférica (NBR 9050, 2015, p.36).
5.2.9.3.2.2 Os sinais sonoros não verbais codificados devem ser apresentados nas
frequências de 100 Hz, 1 000 Hz e 3 000 Hz para sinais de localização e
advertência. Para sinais de instrução devem-se acrescentar outras frequências
entre 100 Hz e 3 000 Hz. Os sinais sonoros não podem ultrapassar 3 000 Hz.
5.2.9.3.2.3 Os equipamentos e dispositivos sonoros devem ser capazes de medir
automaticamente o ruído momentâneo ao redor do local monitorado, em decibel (A),
para referência, e emitir sons com valores de 10 dBA acima do valor referenciado,
conforme ABNT NBR 10152.
6.4 Símbolos
Os símbolos são atributos gráficos que, através de uma figura, imagem ou forma
convencionada, estabelecem a analogia entre o objeto e a informação de sua
representação e expressam alguma mensagem. Estes, devem ser legíveis e de fácil
compreensão, atendendo a todas as pessoas, seja de qualquer nacionalidade, analfabetas,
com baixa visão, ou cegas, quando em relevo. Os símbolos que correspondem à
acessibilidade na edificação e prestação de serviços são relacionados em:
Esta sinalização deve estar fixada em local visível a todas as pessoas, deve ser
utilizada principalmente nos seguintes locais, quando acessíveis:
a) entradas;
b) áreas e vagas de estacionamento de veículos;
c) áreas de embarque e desembarque de passageiros com deficiência;
d) sanitários;
e) áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência;
• Símbolos complementares
Os símbolos para circulação devem ser utilizados para a sinalização dos espaços,
como segue:
a) aplicada aos pisos e espelhos em suas bordas laterais e/ou nas projeções dos
corrimãos, contrastante com o piso adjacente, preferencialmente fotoluminescente ou retro
iluminado;
b) igual ou maior que a projeção dos corrimãos laterais, e com no mínimo 7 cm de
comprimento e 3 cm de largura;
c) fotoluminescente ou retro iluminada, quando se tratar de saídas de emergência
e/ou rota de fuga.
O contraste tátil, é utilizado para a sinalização tátil e visual de alerta, por meio de
relevos, deve estar conforme citado anteriormente sobre os relevos e o contraste de
luminância, ou seja, contraste visual, deve estar com a superfície adjacente, em condições
secas ou molhadas. A sinalização tátil e visual de alerta no piso deve ser utilizada para:
Objetivo
Proporcionar o entendimento das sinalizações quanto a visão da legislação vigente,
além da compreensão da importância e formas usáveis de cada uma delas.
Introdução:
O termo acessibilidade significa “ter acesso”. O planejamento de espaços acessíveis,
garante que os ambientes sejam mais práticos, funcionais a quem estiver utilizando.
Evitando o desperdício de espaço, e até mesmo a falta dele, para que seja possível um
bom aproveitamento de todo o tipo de ambiente. O principal objetivo da acessibilidade é
garantir às pessoas o direito de transitar em espaços urbanos sem a interferência de
barreiras que as impedem de conviver ou circular livremente. É importante ter em mente
que o objetivo da inclusão é fazer com que o espaço seja adaptado para os usuários, e não
o contrário.
7.1.1 Circulação
Circulação é o termo utilizado para representar a movimentação contínua de pessoas
ou coisas por determinado percurso, fluxo, marcha, deslocamento etc. Uma circulação pode
ser tanto na horizontal e vertical. Circulação horizontal é o percurso em cada ambiente,
onde não há verticalidade e a circulação vertical é a que pode ser realizada através de
escadas, rampas ou equipamentos eletromecânicos e é considerada acessível quando
atender no mínimo a duas formas de deslocamento vertical. Os pisos dessas circulações
devem atender às características de revestimento e inclinação e desnível.
circulam pelo local. É impreterível que toda e qualquer tampa possua corrimão de duas
alturas em cada lado, facilitando assim, a passagem de pedestres e cadeirantes, na subida
e descida (NBR 9050, 2015, p.60).
deslocamento e/ou objetos, a Norma 9050 (2015), traz especificações de medidas e formas
únicas, para melhor acomodação de deficientes físicos.
Cada tipo de porta, exige norma especifica, estaremos relatando neste capitulo
somente casos comuns e de portas em sequência. Portas convencionais acessíveis devem
possuir obrigatoriamente a medida mínima de 80cm, entretanto, é importante lembrar a
medida de uma cadeira, e caso possível, inserir portas
com maior largura, para melhor acomodação e
locomoção dos cadeirantes que por ali passem.
As portas, quando abertas, devem ter um vão livre, de no mínimo 0,80 m de largura
e 2,10 m de altura. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve
ter o vão livre de 0,80 m. [...] O vão livre de 0,80 m deve ser garantido também no
caso de portas de correr e sanfonada, onde as maçanetas impedem seu
recolhimento total [...] Quando instaladas em locais de prática esportiva, as portas
devem ter vão livre mínimo de 1,00 m (NBR 9050, 2015, p. 70).
7.4 Sanitários
Todos os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem obedecer,
obrigatoriamente, aos parâmetros da Norma 9050 (2015) referente às “quantidades
mínimas necessárias, localização, dimensões dos boxes, posicionamento e características
das peças, acessórios barras de apoio, comandos e características de pisos e desnível”
(NBR 9050, 2015, p.83). Todos os espaços, as peças e os acessórios necessitam atender
as concepções do princípio da acessibilidade, assim como as áreas mínimas de circulação,
de transferência e de aproximação, alcance manual, empunhadura e ângulo visual.
As barras podem ser fixas (nos formatos reta, em “U”, em “L”) ou articuladas [...] As
barras em “L” podem ser em uma única peça ou composta a partir do
posicionamento de duas barras retas, desde que atendam ao dimensionamento
mínimo dos trechos verticais e horizontais (NBR 9050, 2015, p.89).
Junto à bacia sanitária, quando houver parede lateral, devem ser instaladas barras
para apoio e transferência. Uma barra reta horizontal com comprimento mínimo de
0,80 m, posicionada horizontalmente, a 0,75 m de altura do piso acabado (medidos
pelos eixos de fixação) a uma distância de 0,40 m entre o eixo da bacia e a face da
barra e deve estar posicionada a uma distância de 0,50 m da borda frontal da bacia.
Também deve ser instalada uma barra reta com comprimento mínimo de 0,70 m,
posicionada verticalmente, a 0,10 m acima da barra horizontal e 0,30 m da borda
frontal da bacia sanitária (NBR 9050, 2015, p.91).
É importante ressaltar que para cada tipo de bacia sanitária há correta adequação e
medida que precisa, obrigatoriamente, ser aplicada.
7.5.2 Bebedouros
Os bebedouros podem ser divididos em duas categorias, bebedouros de bica e de
garrafão (ou outros modelos similares).
a) altura entre 0,40 m e 0,45 m, medida na parte mais alta e frontal do assento;
b) largura do módulo individual entre 0,45 m e 0,50 m;
c) profundidade entre 0,40 m e 0,45 m, medida entre a parte frontal do assento e a
projeção vertical do ponto mais frontal do encosto;
d) ângulo do encosto em relação ao assento entre 100° a 110°.
No caso dos balcões, é primordial que iluminação assegure que a face do atendente
fique uniformemente iluminada, facilitando a visualização de portadores de diversificadas
deficiências.
c) faixa de acesso: consiste no espaço de passagem da área pública para o lote.
Esta faixa é possível apenas em calçadas com largura superior a 2,00 m. Serve
para acomodar a rampa de acesso aos lotes lindeiros sob autorização do município
para edificações já construídas.
Embora não muito conhecido pela sociedade, a Norma também prevê a acessibilidade para
os lotes que possuem entrada de veículos, onde o acesso de seus lotes e seus espaços de
circulação e estacionamento devem ser feitos de forma a não interferir na faixa livre de
circulação de pedestres, sem criar degraus ou desníveis. Nas faixas de serviço e de acesso
é permitida a existência de rampas.
O rebaixamento da calçada também pode ser executado entre canteiros, desde que
respeitados o mínimo de 1,50 m de altura e a declividade de 8,33 %. A largura do
rebaixamento deve ser igual ao comprimento da faixa de pedestres.
Objetivo
Proporcionar o entendimento das Normas quanto a visão da legislação vigente para
o ambiente escolar e do trabalho.
Introdução:
A educação inicia-se em âmbito familiar, e, posteriormente, passa a ser dividida com
a escola, que irá participar de forma ativa na vida do indivíduo durante longo período.
Além de ser um local onde a criança ou jovem possa aprender a ler e escrever, a
escola pode se tornar, também, um espaço para o desenvolvimento do caráter do indivíduo.
Em termos de espaço, a escola, leva consigo durante toda a vida de um ser, a lembrança
de sua infância, de descobrimento e de suas fantasias (CARVALHO, 2008).
Durante este capitulo, estaremos analisando esta norma para uso escolar, em
objetivo da área de sinalização, para que possamos compreender a importância de que as
informações sejam passadas de forma objetiva, claras e coesas, de forma visual, tátil e
sonora, suas composições, normas obrigatórias de execução e apresentação.
8.1 Diagramação
A diagramação define-se no “ato de compor e distribuir textos, símbolos e imagens
sobre um elemento de informação em uma lógica organizacional” (NBR 9050, 2015, p.30).
A diagramação das informações deve levar em consideração a redação de textos que irá
conter as orientações, instruções de uso de áreas, objetos, equipamentos, regulamentos,
normas de conduta e utilização. Segundo a mesma Norma em sua página p.33, essa
diagramação deve impreterivelmente:
a) ser objetiva;
b) quando tátil, conter informações essenciais em alto relevo e em Braille;
c) conter sentença completa, na ordem: sujeito, verbo e predicado;
d) estar na forma ativa e não passiva;
e) estar na forma afirmativa e não negativa;
f) enfatizar a sequência das ações.
confundir o leitor ou até mesmo estarem, em alguns casos, ilegíveis. Como dito
anteriormente, é de fundamental importância que essas informações sejam claras e
objetivas, fazendo com que o leitor, mesmo que faça uma leitura dinâmica, compreenda o
relatado em excelência.
8.2 Acessos
É primordial que em edificações e equipamentos urbanos (bens públicos ou privados
que são referentes à prestação de serviços), todas as entradas, bem como, os espaços de
interligação às funções do edifício, devem ser acessíveis.
Em alguns casos, edifícios mais antigos que precisem ser reformados para atender
a Norma, ou seja, que precisam ser adaptados para novas funções, e que não possuam
espaço e condições suficientes para essas alterações, precisam comprovar através de
avaliação técnica este fator e deverá ser adaptado pelo maior número de acessos
possíveis. A entrada principal do espaço, ou a entrada de acesso do maior número de
pessoas, tem por obrigação, impreterivelmente, atender a todas as condições de
acessibilidade. O acesso por outras entradas somente é aceito pela Norma para casos
específicos, quando se esgotam todas as possibilidades de adequação da entrada principal
e se justificado tecnicamente. É primordial que os acessos sejam vinculados através de rota
(s) acessível (is) com a circulação principal e a(s) de emergência, levando em priori, que os
Em relação às escolas, a NBR 9050 (2015), além de obrigatoriamente ter que seguir
todos os itens mencionados ao longo dos capítulos e itens deste guia, também cita em seu
item 10.15 (p.135) as seguintes importâncias especificas:
]
A rua em frente à escola
• escola localizada em rua muito inclinada (morros ou subidas muito íngremes), que tende
a impedir o acesso independente de pessoas com deficiência físico-motor.
• não seja possível identificar a escola a partir da rua, pois seu nome não é visível (pode
ser tanto por caracteres em tamanho pequeno, por estar em local não visível facilmente
ou por simplesmente não possuir o nome na fachada).
• calçada sem pavimentação ou com buracos e degraus (neste quesito também condiz
referente a revestimentos externos sendo eles responsabilidade da escola e/ou
prefeitura).
• obstáculos (barreiras físicas) tais quais como: placas, floreiras, lixeiras, postes, galhos
de árvores, toldos, entulho, etc. que atrapalham a circulação das pessoas .
Propostas de soluções*
• balcão de atendimento difícil de ser encontrado e/ou muito alto para o uso das
crianças e de cadeirantes.
• ambiente muito amplo, sem piso tátil direcional para guiar pessoas com
deficiência visual.
• móveis e equipamentos mal localizados atrapalhando a passagem de todos os
indivíduos que por lá precisem circular, principalmente a de cadeirantes, e
também, sendo barreiras físicas para as pessoas com qualquer tipo de
deficiência visual.
• falta de contraste de cor entre pisos, paredes e móveis dificultando a circulação
de pessoas com baixa visão.
• pavimentação ofuscante em dias de sol.
• placas de sinalização não existentes, na recepção, para indicar o caminho a
seguir para os demais ambientes da escola.
• mapa tátil não existente, que possibilite aos usuários com deficiência visual se
localizarem e conhecerem os ambientes da escola.
• placas de identificação não existentes nas portas e, quando existem, suas letras
estarem pequenas e sem contraste de cor.
• placas com letras em relevo ou escritas em braile não existentes.
• não existir telefone público acessível a cadeirantes, nem com amplificador de
sinal para pessoas com audição reduzida.
Propostas de soluções*
Corredores
• vãos de abertura das portas serem muito estreitos para a passagem de cadeira
de rodas.
• as portas serem do tipo vaivém, sem visor ao alcance dos olhos de crianças
menores e/ou cadeirantes.
• maçanetas redondas, de difícil manuseio.
• degrau nas soleiras das portas, dificultando a passagem .
Propostas de soluções*
Escadas e rampas
Propostas de soluções*
Salas de aula
Propostas de soluções*
• não haver recanto com tapete, almofadas e espelho para atividades no chão e
para repouso.
• sala distante do fraldário e/ou de banheiro exclusivo para crianças menores.
• sala sem ligação direta a um pátio, varanda ou parque infantil de uso exclusivo
das crianças.
Propostas de soluções*
• mesas com obstáculos, como pés, gaveteiros, e/ou altura inadequada, que
impeça a aproximação de pessoas em cadeira de rodas.
• sala da biblioteca pequena e com muitos móveis, impedindo a circulação de uma
cadeira de rodas.
• corredores entre estantes muito estreitos para a passagem de cadeira de rodas.
• prateleiras muito altas para que pessoas em cadeira de rodas ou crianças
menores alcancem os livros.
• balcão de empréstimo muito alto para o uso de crianças menores e para
cadeirantes.
• não existir computador com leitores de tela para alunos com deficiência visual.
• não haver contraste de cor entre as cores do piso, parede e móveis.
Propostas de soluções*
g) devem ser garantidas disposições especiais para a presença física de intérprete
de Libras e de guias-intérpretes, com projeção em tela da imagem do interprete sempre
que a distância não permitir sua visualização direta;
h) atender à ABNT NBR 15599.
Os assentos para P.M.R. e P.O. devem estar localizados junto aos corredores e de
preferência nas fileiras contíguas às passagens transversais, sendo que os apoios para
braços no lado junto aos corredores devem ser do tipo basculantes ou removíveis. Os
espaços para P.C.R. ou assentos para P.M.R. e P.O. devem estar distribuídos na plateia,
de forma a possibilitar que a tela ou a boca de cena estejam dentro do cone visual formado
pelo ângulo de 30°, traçado em planta a partir do centro dos olhos do observador, pois
muitas vezes a P.C.R. não tem rotação do pescoço. Deve ser preservada a passagem entre
as fileiras, mesmo quando houver P.C.R.
Objetivo:
Introduzir o estudo da tecnologia assistiva e conhecer os benefícios que elas trazem
as pessoas com deficiência; apresentar as categorias de tecnologia assistiva especificando
cada uma delas.
Introdução
Tecnologia Assistiva - TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o
arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades
funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente
e inclusão. (BERSCH & TONOLLI, 2006)
A classificação que segue foi escrita originalmente em 1998 por José Tonolli e Rita
Bersch e sua última atualização é de 2017. Ela tem uma finalidade didática e em cada
tópico considera a existência de recursos e serviços. Esta proposta de classificação foi
desenhada com base nas diretrizes gerais da ADA, em outras classificações utilizadas em
bancos de dados de TA e especialmente a partir da formação dos autores no Programa de
Certificação em Aplicações da Tecnologia Assistiva – ATACP da California State University
Northridge, College of Extended Learning and Center on Disabilities. A importância das
classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da organização desta
área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de
políticas públicas, organização de serviços, catalogação e formação de banco de dados
para identificação dos recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade
funcional do usuário final.
• Os auxílios para a vida diária que englobam materiais e produtos que servem de
facilitadores em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar
banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa, etc.
• Auxílios para cegos ou com visão subnormal: Auxílios para grupos específicos
que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes
telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos,
publicações etc. São exemplos: Auxílios ópticos, lentes, lupas manuais e lupas
eletrônicas; os softwares ampliadores de tela. Material gráfico com texturas e
relevos, mapas e gráficos táteis, software OCR em celulares para identificação
de texto informativo, etc.
O documento explicita em suas linhas a busca pelo trabalho inclusivo no qual fica a
cargo da escola o papel de construir espaços e ferramentas para acessibilidade, para que
os estudantes com deficiência possam participar de atividade pedagógicas diversas.
Cintesp
O Cintesp é um centro multidisciplinar de pesquisadores que desenvolvem
inovações tecnológicas voltadas, sobretudo, ao paradesporto. Suas pesquisas são
Portanto, entende-se que a sociedade está em processo de evolução em busca da
desenvolvidas em instalações na Arena Sabiazinho e na Universidade Federação de
inclusão, sendo este o caminho para a promoção da diversidade com objetivo de se
Uberlândia e são direcionadas, supervisionadas e implementadas para pessoas com
construir uma sociedade que atenda as reais necessidade de cada um, adaptando os
deficiência, em especial os para-atletas.
espaços de convivência a todos a todos os sujeitos. A tecnologia assistiva exerce função
O centro funciona por meio de uma parceria entre a Fundação Uberlandense do
essência nessa construção.
Turismo, Esporte e Lazer (Futel), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a UFU, a Rede
Mineira de Tecnologia Assistiva (RMTA), a Rede Nacional de Pesquisa e
Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações e o Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva
(CNRTA/CTI Campinas).