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Agosto de 2023
Rosa João Mahocuana
Para que se compreenda a educação especial, numa primeira fase é precisa olhar para a
história que como os deficientes foram olhados e tratados ao longo desse período. Os relatos
não são bonitos mais há sim essa necessidade de se fazer essa analise de modo se se
compreenda o contexto da própria educação especial.
Os deficientes na antiguidade
A parir da leitura do texto observa-se que os romanos no início da era cristã, cometiam
infanticídio em crianças que nasciam com alguma deficiência, e em casos de não se cometer
o tal acto optava-se pelo abandono em florestas ou em cestas no rito Tibre, e esses eram
recolhidos pelos pobres ou escravos que viviam de esmola e mais tarde quando adultos essas
crianças eram explorados pelos romanos por meio de esmolas. Essa situação também abriu
espaço para que muitas crianças fossem raptadas e mutiladas para fins de exploração na
esmola. Num outro momento Romano que foi o temo de os Cesares, os deficientes mentais
eram tratados como bobos e outros usados para trabalhos em circo e muita das vezes era
trabalho humilhante.
Na Grécia antiga devido a influência do culto do corpo perfeito, alguns deficientes foram
sacrificados ou escondidos em lugres secretos que não deviam ser divulgados.
Em suma, a antiguidade não foi benéfica para os deficientes físicos e mentais, pois se esses
não eram eliminados ou abandonados enquanto crianças, eram explorados por outros no
mundo de esmola, houve de certa forma uma negligência para com os deficientes na
antiguidade devido a falta de conhecimento
Nesse período concretamente no seculo XIII houve uma evolução na EE, pois relata-se que
surgiu a primeira instituição que abrigou os deficientes mentais na Bélgica, onde eram
acolhidos em igrejas ou conventos e ganhavam a sobrevivência em troca de pequenos
favores.
Por volta de 1300, apareceu a primeira legislação sobre os cuidados a serem tomados com a
sobrevivência e principalmente com os bens dos deficientes mentais, a De Prerrogativa regis,
baixada por Eduardo II da Inglaterra. A lei de 1325 era mais uma espécie de guia para
proteger os direitos e as propriedades daqueles considerados “idiotas. Com esta lei, o rei
zelaria para que fossem satisfeitas as necessidades do deficiente, apropriando-se de todos os
bens deste e utilizando somente uma parte para custear as despesas e os cuidados necessários
A parir dessa preceptiva, o deficiente merecia sobreviver e ter condições confortáveis de vida
porque tinha alma e bens e direito a herança. Nessa época não havia distinção entre loucos e
deficientes mentais.
Nessa época também concorreu a cristandade do deficiente mental para que esse seja tratado
condignamente, pois o cristianismo deu novos valore éticos as pessoas, atreves de espeito de
tolerância, conduta cautelosa ao deficiente em nome do amor ao próximo que é um dos
princípios do cristianismo.
Com o cristianismo, o deficiente não podia ser mas morto, devia ser mantido e cuidado. A
rejeição que era observado na antiguidade transformou-se em ambiguidade na idade medida
pois reinava a proteção e a segregação ao mesmo tempo.
A deficiência mental norteou essa situação ambígua, pois em nome de caridade muitos
deficientes foram cativas ou confinadas e castigadas, embora gera-se certo desconforto
entendia os requisitos da fé cristã, a segregação significava fazer caridade, pois havia teto e
comida para o deficiente. Para alguns membros do clero, o castigo era visto como caridade
porque salava a alma do demónio e livrava a sociedade de condutas antissociais e
inconvenientes dos deficientes.
Em sumula pode-se dizer que na idade media houve abandono de infanticídio em crianças
que nasciam com vários tipos de deficiência, mais o tratamento ao deficiente não era das
melhores, pois a bondade e o castigo andam como se fosse facetas da mesma moeda devido a
falta de conhecimento sobre algumas doenças, os deficientes foram segregados e sujeitos a
algumas torturas. Foi um período bastante ambíguo para os deficientes pois de um lado tinha
o amor e encontra partida recebia castigos.
A Educação Especial na História No Início da Era Moderna
No fim da idade media e início da Idade Moderna, a inquisição cometeu chacinas de milhares
de pessoas, loucos, doentes mentais, adivinhos entre outras pessoas, havia uma visão
supersticiosa sobre os deficientes nesse período.
No seculo XVII, as instituições religiosas ofereciam assistência aos deficientes, antes era
usado o confinamento como forma de cuidado.
Em 1650 Thomas Willis escreveu pela primeira vez sobre anatomia do cérebro humano, onde
chegou a conclusão de que a idiotia e outras deficiências eram produtos de alterações na
estrutura do cérebro. Esse facto contribuiu para uma mudança de paradigma sobre os
distúrbios apresentados pelos deficientes mentais A abordagem deixou de ser ética e
humanitária, até mesmo fanático-religiosa, dando lugar aos argumentos científicos. John
Locke também teve uma enorme contribuição nessa mudança de paradigma pois concebia a
mente humana como tabula rasa e cabia a experiência preencher essa tabula rasa.
Esse precito de John Locke já deixa claro que essas pessoas com deficiência mental eram
capazes de aprender.
Até seculo XVIII ainda havia falta de conhecimento em relação aos vários tipos de
deficiência. Depois do século XVIII e com a mudança do quadro social ou clima social varias
pessoas, começaram a aparecer, propondo ações com vista ao atendimento de pessoas
portadoras de deficiência. Essas pessoas tinham como Objectivo ampliar conhecimentos e
encontrar formas para melhorar as condições de vida de tais pessoas.
O período de 1817 a 1850 foi muito benéfico para a educação das crianças deficientes.
Muitas escolas para cegos, surdos e deficientes mentais apareceram. Para os deficientes
físicos, os programas surgiram décadas mais tarde.
Nessa época, por volta de 1900, a educação dos deficientes era muito mais um problema
pedagógico que médico
Marcos históricos internacionais da Educação Especial até o século XX
Ao longo da história a educação especial teve vários desafios, mas as coisas começaram a
melhorar com a publicação de documentos importantes que de certa forma esses documentos
constituíram marco histórico tanto para pessoas ditas normais assim como aquelas que tinham
necessidades especiais. Destacam-se, dentre esses marcos históricos: a Declaração Universal
dos Direitos do Homem pela ONU (1948); a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989);
a Conferência Mundial Educação para Todos (1990), com a Declaração Mundial de
Educação para Todos (1990); a Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais
Especiais: acesso e qualidade, com a Declaração de Salamanca (1994); a Convenção de
Guatemala (1999) e a Carta do Terceiro Milênio (1999).