Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Bem vindo(a)!
Ao longo das quatro unidades serão debatidos assuntos pertinentes a esse assunto.
Você poderá compreender, na Unidade I, sobre a História da De ciência
Intelectual e múltipla, analisando como se dá o processo histórico relacionado à
essa de ciência, bem como as legislações nacionais e internacionais que regem o
atendimento educacional especializado para esses alunos.
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Introdução
Caro(a) acadêmico(a),
Espero que esses textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de
nossa primeira unidade.
Boa leitura!
A de ciência intelectual e
múltipla através dos
tempos
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro(a) acadêmico(a), para dar início a nossa discussão sobre a História do
De ciente intelectual e múltiplo é necessário que façamos uma compreensão sobre
como a de ciência intelectual e múltipla vem sendo discutida e compreendida no
contexto histórico.
Para que você, aluno(a), possa compreender, de fato, como ocorreu o processo
histórico da de ciência intelectual e múltipla, é necessário analisar toda sua
evolução de conceitos, como foram construídos, quais os objetivos voltados para a
de ciência em cada época e como cada sociedade contribuiu para a discussão de
tal assunto (CORSO, 2020).
De acordo com Corso (2020), somente era considerado como verdadeiros seres
humanos aqueles que possuíam terras e se classi cavam como pessoas da nobreza,
e, com isso, os que trabalhavam para a nobreza eram classi cados como uma
subcategoria, a qual não tinha muita visibilidade social. Nessa época, a de ciência
era algo inexistente perante a sociedade, logo, não era vista como um problema que
deveria ser discutido e exibido, pois as pessoas nessas condições eram destinadas à
exposição, eliminação e até mesmo ao abandono.
Na Antiguidade, até meados do século XVIII, as pessoas com de ciências eram tidas
como algo místico e com diversas classi cações dentro dos diferentes contextos
religiosos da época, principalmente o cristão. As explicações para isso era que os
de cientes eram vistos como um ser possuído por alguma força maligna, e devido à
religião ter poder absoluto nessa época, exorcizavam essas pessoas como se
entidades demoníacas as possuíssem, a m de expulsar tais entidades. Assim, a
igreja tinha como função social “curar” os de cientes desse mal, pois não eram
vistos como lhos de Deus (CORSO, 2020).
Já na Grécia, existiam muitas discussões voltadas para aquilo que era bonito, tendo,
assim, a cultuação do que era considerado belo no sentido corporal interno e
externo. Logo, aqueles que nasciam com algo diferente do que era considerado
bonito e belo tinham como destino a eliminação para proteger o restante da
sociedade de um possível contágio, pois a de ciência nessa época era vista como
algo contagioso.
De acordo com Trancoso (2020), diferente da Grécia, as pessoas que nasciam com
alguma de ciência no Antigo Egito não eram eliminadas ou isoladas, vez que nessa
sociedade a de ciência era vista de outra forma. Nesse contexto social, as pessoas
que possuíam alguma de ciência eram aceitas, respeitadas e integradas no dia a
dia, principalmente aquelas que possuíam nanismo, cegueira ou alguma de ciência
física.
Partindo para a sociedade Romana, aqueles nascidos [...] “com alguma anomalia,
aparência física de alguma má-formação, acabavam mortos por afogamento. Os
antigos espartanos avaliavam as crianças, e as consideradas doentias, disformes ou
franzinas eram jogadas do alto do Monte Taygetos” (CORSO, 2020, p. 8).
Corso (2020) nos evidencia que, no século XVII, passam a surgir estudos sobre a
anatomia da de ciência mental, de forma que buscasse a sua localização no
encéfalo. Dessa forma, a de ciência deixa de ser algo pertinente à alma e dos maus
espíritos que as pessoas possuem, mudando a visão de algo julgado como místico
ou religioso para aquilo voltado ao campo da ciência.
Corso (2020, p. 14) nos a rma que “A pedagogia evolui junto com a medicina em
termos de abordagem e entendimento de de cientes, os quais eram inicialmente
tratados dentro de hospitais psiquiátricos para que tivessem maior apoio [...]”.
Devido a essa evolução, as pessoas que possuíam determinadas de ciências não
eram mais vistas como doentes, e passaram a ser compreendidas como aquelas
pessoas que possuem necessidades educacionais especiais e com chances de
aprender junto à educação.
Já a segunda etapa teve sua organização em meados do século XX e se estendeu
até a década de 70, tendo como base de instrução a Nova Escola, que teve como
iniciativa privada a discussão sobre a educação especial e inclusiva. Nessa época o
governo oferecia pouquíssimos recursos para ajuda na educação especial,
apresentando apenas contribuições mínimas de entidades privadas ou lantrópicas.
Nessa época, as pessoas passaram a ter acesso e direito à educação nas conhecidas
como escolas especiais – distintas e separadas das escolas de ensino regular –,
dando início a novas oportunidades de ensino e desenvolvimento educacional,
humano e social.
SAIBA MAIS
A roda dos expostos sempre esteve ligada às instituições caridosas
(abadias, mosteiros e irmandades bene centes). Nela eram deixadas
crianças cujos pais por alguma razão não as podiam criar.
Formada por uma caixa dupla de formato cilíndrico, a roda foi adaptada
no muro das instituições caridosas. Com a janela aberta para o lado
externo, um espaço dentro da caixa recebia a criança após rodar o
cilindro para o interior dos muros, desaparecendo assim a criança aos
olhos externos; dentro da edi cação a criança era recolhida, cuidada e
criada até se fazer independente.
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro(a) aluno(a), para dar sequência em seus estudos acerca do atendimento
educacional de alunos com de ciência intelectual e múltipla, é necessário que você
conheça um pouco mais sobre essas de ciências, de forma que compreenda seus
conceitos e de nições. Para que você, aluno(a), possa compreender de uma melhor
forma, primeiramente irei de nir o que é de ciência intelectual e, posteriormente, o
que é de ciência múltipla. Vamos lá?
De acordo com Corso (2020, p. 28), as pessoas que possuem de ciência intelectual
são “indivíduos que possuem prejuízos no domínio conceitual social e prático, sendo
classi cados em de ciência intelectual leve, moderada, grave e profunda. [...] O nível
de prejuízo intelectual pode ser indicativo de maior ou menor capacidade de
aprendizagem”.
Cuidados
Di culdades na
pessoais
leitura, escrita, Imaturidade nas
podem ser de
matemática, relações sociais,
acordo com a
pensamento comunicação mais
idade. Algum
abstrato, funções concreta, podem
apoio em
Leve executivas existir di culdades
tarefas
(planejamento), na regulação das
complexas na
memória de curto emoções,
vida diária.
prazo, uso funcional julgamento social
Apoio para
de habilidades imaturo.
criar uma
acadêmicas.
família.
Pode se vestir
e comer
Linguagem oral
Habilidades sozinho,
bem menos
conceituais embora
complexa.
bastante atrás dos necessite de
Julgamento social
companheiros. período
Moderada e capacidade de
Lento progresso prolongado de
tomar decisões
acadêmico. Em ensino. No
prejudicados.
adultos, nível trabalho,
Necessidade de
elementar. precisa de
apoio social.
apoio
considerável.
Linguagem oral
Limitado alcance
bastante limitada,
em habilidades Necessita de
geralmente
conceituais. apoio e
composta de
Normalmente com supervisão
Grave palavras expressões
pouca para todas as
isoladas. Relações
compreensão da atividades
familiares como
linguagem escrita cotidianas.
fonte de ajuda e
ou números.
prazer.
Portanto, por meio dessas informações, você, caro(a) aluno(a), pode veri car que a
conceituação dessas de ciências em apenas uma terminologia não é possível, pois
essa discussão vem desde o entendimento de de ciência mental, em 1939, no
Congresso de Genebra, como uma tentativa de “padronizar mundialmente a
referência e também a substituição ao termo anormal, considerado muito genérico
(CARNEIRO, 2020, p. 18).
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Dando continuidade aos nossos estudos acerca do Atendimento Educacional de
Alunos com De ciência Intelectual e Múltipla, é necessário que você, aluno(a),
conheça as leis nacionais e estaduais sobre o atendimento especializado e como a
inclusão é discutida nos dias de hoje, conhecida como era da inclusão. Vamos lá?
Em nosso país temos diversas leis, decretos e resoluções que tratam sobre esse
assunto, dessa forma, é importante que você as conheça. Observe a seguir as
principais legislações que regem o atendimento educacional de alunos com
de ciência, em ordem cronológica.
Você sabia que, além dasleis e decretos brasileiros, temos alguns marcos legais
internacionais? Vamosconhecer quais são?
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De ciência – 2009: a rma que a
promoção e garantia de um sistema de Educação inclusiva de qualidade é de
responsabilidade dos respectivos países.
Partindo para o art. 2º dessa mesma Lei, você, caro(a) aluno(a), poderá veri car que
cabe como responsabilidade do poder público assegurar para as pessoas com
de ciência o exercício de todos os seus direitos básicos, como: educação, saúde,
trabalho, lazer, entre outros, direitos esses que vêm sendo assegurados desde a
Constituição Federal e de leis provenientes a esse assunto.
Além disso, para a área da educação, é assegurado o acesso dos alunos com
de ciência a todo os benefícios que são ofertados aos demais alunos do sistema
educacional e a matrícula para cursos ofertados em estabelecimentos públicos e
privados, a m de que as pessoas com de ciência se integrem no sistema regular de
ensino.
Em relação à Educação, esse decreto, em seu art. 24º, enfatiza que os órgãos e
entidades da Administração Pública Federal devem viabilizar:
Já por meio do art. 2º entende-se que “os sistemas de ensino devem matricular
todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos
com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias
para uma educação de qualidade para todos” (BRASIL, 2001b, p.1).
Saindo das de nições em ordem cronológica, no Brasil temos uma Lei que é de
extrema importância, ela trata especi camente sobre a inclusão de pessoas com
de ciência, conhecida como Estatuto da Pessoa com De ciência, instituída em 6 de
julho de 2015. Tal Lei é de suma importância para sua formação acadêmica em
relação a disciplina que está cursando, portanto, que atento (a) a todas as
informações.
No capítulo II do título I dessa mesma Lei é possível veri car que a discriminação
não deve prevalecer, dando obrigatoriedade à igualdade para todos, em que
Caro(a) aluno(a), chegamos ao nal de nossa primeira unidade de discussão sobre a disciplina de Atendimento
Educacional de Alunos com De ciência Intelectual e Múltipla.
Em nosso primeiro momento de discussão, foi possível que você veri casse o processo histórico relacionado à pessoa com
de ciência intelectual e múltipla desde a Antiguidade até os dias atuais no Brasil. Você pôde veri car que a discussão
sobre essas pessoas é inserida na própria história, sendo marcada por inúmeros momentos de repressão, preconceito,
humilhação, religiosidade e rejeição, dando origem a duas principais ações de crueldade: o infanticídio na Antiguidade até
meados do século XVIII e a Roda dos Expostos no Brasil.
Já no segundo tópico discutido, você pôde veri car as principais conceituações sobre o que é de ciência intelectual e o
que é de ciência múltipla, a m de que sua compreensão sobre o assunto seja assertiva. Nesse momento de discussão foi
possível veri carmos que a classi cação e de nição dessas de ciências passou por diversas variações no decorrer dos
tempos, de forma que é claro dizer que não é possível apresentar apenas uma terminologia ou explicação para ambas.
Ainda, estudamos quais são os diferentes tipos de classi cação da de ciência intelectual, sendo eles: leve, moderado, grave
e profundo.
E em nosso terceiro e último momento de discussão estudamos as legislações, acessibilidade e inclusão das pessoas com
de ciência, de forma que você pôde compreender que temos diversas leis, decretos e resoluções brasileiras que regem o
atendimento educacional especializado para pessoas com de ciência, bem como declarações de cunho internacional
sobre esse assunto. Foi possível veri car que no Brasil temos uma Lei sancionada que trata especi camente sobre a
pessoa com de ciência, conhecida como Lei de Inclusão ou Estatuto da Pessoa com De ciência que passou a ser um
grande fator de discussão sobre a proteção e amparo dos direitos das pessoas com de ciência em nosso país.
Para ampliar mais o seu conhecimento acerca do Atendimento Educacional de Alunos com De ciência Intelectual e
Múltipla não deixe de consultar as referências, bem como a indicação de leitura complementar, livro e lme.
Leitura Complementar
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
VI – DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
[…]
A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o
atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os
alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular.
O atendimento educacional especializado identi ca, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades especí cas. As atividades
desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não
sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à
autonomia e independência na escola e fora dela.
Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento educacional especializado é organizado para apoiar
o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e deve ser realizado no turno inverso
ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize esse serviço educacional.
Desse modo, na modalidade de educação de jovens e adultos e educação pro ssional, as ações da educação especial
possibilitam a ampliação de oportunidades de escolarização, formação para a inserção no mundo do trabalho e efetiva
participação social.
A interface da educação especial na educação indígena, do campo e quilombola deve assegurar que os recursos, serviços e
atendimento educacional especializado estejam presentes nos projetos pedagógicos construídos com base nas diferenças
socioculturais desses grupos.
Na educação superior, a transversalidade da educação especial se efetiva por meio de ações que promovam o acesso, a
permanência e a participação dos alunos. Estas ações envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços
para a promoção da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, nos sistemas de informação, nos materiais didáticos e
pedagógicos, que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de todas as atividades que
envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão.
Para a inclusão dos alunos surdos, nas escolas comuns, a educação bilíngüe - Língua Portuguesa/LIBRAS, desenvolve o
ensino escolar na Língua Portuguesa e na língua de sinais, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua na
modalidade escrita para alunos surdos, os serviços de tradutor/intérprete de Libras e Língua Portuguesa e o ensino da
Libras para os demais alunos da escola. O atendimento educacional especializado é ofertado, tanto na modalidade oral e
escrita, quanto na língua de sinais. Devido à diferença linguística, na medida do possível, o aluno surdo deve estar com
outros pares surdos em turmas comuns na escola regular.
O atendimento educacional especializado é realizado mediante a atuação de pro ssionais com conhecimentos especí cos
no ensino da Língua Brasileira de Sinais, da Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua, do sistema
Braille, do soroban, da orientação e mobilidade, das atividades de vida autônoma, da comunicação alternativa, do
desenvolvimento dos processos mentais superiores, dos programas de enriquecimento curricular, da adequação e
produção de materiais didáticos e pedagógicos, da utilização de recursos ópticos e não ópticos, da tecnologia assistiva e
outros.
Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação especial na perspectiva da educação inclusiva, disponibilizar as
funções de instrutor, tradutor/intérprete de Libras e guia intérprete, bem como de monitor ou cuidador aos alunos com
necessidade de apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante no
cotidiano escolar.
Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos
gerais para o exercício da docência e conhecimentos especí cos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no
atendimento educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas
comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de
acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta
dos serviços e recursos de educação especial.
Esta formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema educacional inclusivo, tendo em vista o
desenvolvimento de projetos em parceria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, os atendimentos de
saúde, a promoção de ações de assistência social, trabalho e justiça.
Fonte: Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº
948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva
da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/Seesp, 2008.
Livro
Filme
Unidade 2
Interlocução do
atendimento especializado
no ensino regular para
alunos com de ciência
intelectual e múltipla
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Introdução
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à Unidade II intitulada Interlocução do
atendimento especializado no ensino regular para alunos com de ciência
intelectual e múltipla da disciplina de Atendimento Educacional para alunos com
De ciência Intelectual e Múltipla do curso de Graduação em Educação Especial.
Bons estudos!
Fundamentos teóricos,
legais e pedagógicos do
atendimento especializado
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro(a) aluno(a), para que você possa compreender como se dão os fundamentos
teóricos, legais e pedagógicos do atendimento especializado, é necessário a
compreensão sobre o que é o atendimento educacional especializado (AEE). Vamos
lá? De acordo com Vara e Cidade (2020, p. 131) o AEE é
Logo, com base nessas informações, podemos compreender que o AEE nada mais é
do que uma forma de buscar a integração dos alunos com de ciência no contexto
educacional do ensino regular, de forma que possam prosseguir com seus estudos
de forma clara e assertiva, sem nenhuma discriminação por suas necessidades
educacionais especiais. E para que haja uma educação objetiva para esses alunos, é
necessário discutirmos também sobre acessibilidade. Você sabe o que é isso,
aluno(a)?
E a peça fundamental para que o AEE aconteça de forma pontual nas escolas é a
quali cação do corpo docente, estando preparado e quali cado para trabalharem
com a inclusão nas escolas. Além disso, é necessário citar, também, o envolvimento
de todas as pessoas que estão inseridas nas escolas, como: equipe pedagógica,
equipe de serviços gerais, professores de AEE e família. E o outro fator de extrema
importância a ser mencionado é o relacionamento extraclasse, ou seja, a
comunicação entre o professor do ensino regular e o professor que realiza o
atendimento educacional especializado, de forma que aconteça a troca de
informações para um melhor atendimento para os alunos com de ciência (VARA;
CIDADE, 2020).
Esse decreto ainda a rma, em seu art. 3º, que o AEE tem por objetivo
Com isso, caro aluno(a), podemos compreender que, para que o AEE aconteça de
forma assertiva no contexto educacional, devem ser levados em consideração leis,
decretos e resoluções discutidas nessa unidade, a m de que o acesso à Educação
seja igualitário para todos os alunos, independentemente se há ou não uma
de ciência especí ca.
[...]
Caro (a) acadêmico (a) convido você a acessar o link abaixo e realizar a
leitura completa da reportagem, bem como acessar o Decreto nº
10.520/2020 e re ita sobre o mesmo.
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro(a) acadêmico(a), antes de iniciar a nossa discussão acerca da
Institucionalização do Atendimento especializado no Projeto Político-pedagógico
(PPP) é necessário que você tenha conhecimento sobre o que é esse documento, de
forma que possa compreender como se dão suas características e especi cidades.
Mas, a nal, o que é o PPP? De acordo com Veiga (1995, p. 12), “No sentido
etimológico, o termo projeto vem do latim projectu, particípio passado do verbo
projicere, que signi ca lançar para diante. Plano, intento, desígnio. Empresa,
empreendimento. Redação provisória de Lei. Plano geral de edi cação”.
Agora que você, caro(a) aluno(a), já conhece o que é o PPP e qual a sua nalidade
enquanto documento institucional das escolas, iremos discutir o que ele evidencia
em relação ao atendimento educacional especializado para o atendimento de
crianças com necessidades educacionais especiais.
Drago (2011, p. 436) nos evidencia que para as pessoas com e sem de ciência ou
transtornos de aprendizagem é garantido o ingresso e permanência nas escolas, “[...]
bem como o acesso aos bens culturais da humanidade como reconhecimento de
sua cidadania e condição humana”, de forma que os alunos com essas
determinadas características tenham direito ao AEE para superar suas di culdades
de aprendizagem.
O autor supracitado nos revela que, da mesma forma como as discussões acerca do
projeto político pedagógico, as informações sobre a inclusão de alunos com
de ciências, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades e
superdotação também são entendidas como um processo moroso e complexo, pois
em sua apresentação ainda permeiam muitas incertezas em relação às ações
pedagógicas para o atendimento educacional especializado.
A inclusão escolar e o AEE passam a ser entendidos como uma maneira correta de
inserir todos os alunos no contexto escolar, de forma que aconteça uma associação
desse atendimento para com as práticas e ações do processo educativo que é
garantido no projeto político pedagógico de todas as escolas. Com isso, é de
extrema importância que todas as instituições de ensino possibilitem a inserção de
todos os alunos sem distinção de classe social, etnia, raça, necessidades
educacionais especiais, entre outros fatores.
Além disso, nesse mesmo artigo é mencionado que os demais pro ssionais da
educação, como tradutor e intérprete de Libras, entre outros, atuarão com os alunos
do AEE e da Educação inclusiva em todas as suas atividades acadêmicas e em todos
os momentos que lhe zerem necessários. Em relação à proposta do AEE, que é
evidenciado nos projetos políticos pedagógicos, deve ser analisada e aprovada pela
Secretaria de Educação, que atende a comunidade escolar da região.
De acordo com o art. 12º da mesma resolução, para que o professor possa atuar no
atendimento educacional especializado, é necessário ter formação inicial correlata à
docência e uma formação especí ca que o habilite para a Educação Especial.
Pasian, Mendes e Cia (2017, p. 967) abordam que a formação de professores para a
educação especial é essencial, pois por meio disso é possível analisar o que está
sendo “viabilizado e as di culdades encontradas, para obter-se conhecimento sobre
a nova realidade proposta na educação brasileira para os alunos da educação
especial, o que precisa ser melhorado e o que requer mais investimento”.
Além dessas informações, a Resolução CNE/CEB nº 4/2009 evidencia, em seu art. 13,
que são atribuições do professor do AEE:
I – identi car, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos
pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as
necessidades especí cas dos alunos público-alvo da Educação
Especial; II – elaborar e executar o plano de Atendimento Educacional
Especializado [...]; III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos
alunos na sala de recursos multifuncionais; IV – acompanhar a
funcionalidade e aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em
outros ambientes da escola; V – estabelecer parcerias com as áreas
intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de
recursos de acessibilidade; VI – orientar professores e famílias sobre os
recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; VII –
ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades
funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação; VIII –
estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum,
visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos
alunos nas atividades escolares (BRASIL, 2009, p. 3).
Diante de tudo isso, a União terá como responsabilidade o apoio técnico e nanceiro
aos sistemas de ensino de todo o contexto nacional, estadual e municipal, de forma
que intencione a ampliação da oferta do AEE aos estudantes com de ciência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
implementando essas ações nos PPPs das escolas.
SAIBA MAIS
Os desa os da Educação inclusiva: foco nas redes de apoio
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro (a) aluno(a), chegamos ao nal das discussões de nossa Unidade II e, neste
momento, iremos discutir um pouco sobre as atividades de vida diária do aluno com
de ciência intelectual e múltipla, portanto, muita atenção para essa última leitura,
pois será de grande valia para seu conhecimento e futura atuação pro ssional.
De acordo com p. 163b) “As Atividades da Vida Diária (AVD) são situações ricas para
o desenvolvimento cognitivo: noções espaço-temporais, pensamento lógico,
classi cações e seriações, raciocínio matemático e principalmente a compreensão
das transformações”. Com isso, tendo essa oportunidade de poder participar das
atividades escolares, bem como realizar as atividades de vida diária, ajuda-se as
crianças com de ciência a terem sua autonomia moral, intelectual e social,
podendo, por meio disso, ocorrer a integração escolar.
Sierra (2009, p. 9-10) nos evidencia que as AVDs são “as ações desempenhadas
rotineiramente pela própria pessoa, no lar e fora dele”, envolvendo, assim,
habilidades físicas, mentais e sociais, com o objetivo de promover o máximo da
independência das pessoas com de ciência e autossu ciência para as necessidades
do dia a dia.
As AVDs são
desenvolvidas em centros As AVDs aparecem em diversos campos de
e instituições que atuam conhecimento, conteúdos de programas,
na habilitação e currículos, projetos e nos conteúdos
reabilitação de pessoas curriculares para a educação infantil, fazendo
com necessidades parte dos projetos pedagógicos, entretanto
especiais e consideradas nem sempre tais atividades são identi cadas
o primeiro parâmetro como AVD. Nas descrições de rotina diária da
funcional da reabilitação escola, as AVD são também utilizadas para
médica. Trata-se de uma indicar estratégias usadas no lanche, nos
categoria do índice passeios e no uso dos sanitários, ocasiões em
médico, CID, desde 1968. que a criança aprende como agir no seu meio
Esse índice médico é um escolar, a ser criativa e a descobrir o novo no
conceito amplamente seu dia a dia. As AVDs podem ser utilizadas
aceito, reconhecido e como estratégia de aprendizagem já que
considerado como de permitem a ação direta sobre os objetos.
capacidade funcional.
Trombly (1989) cita ainda que, as Atividades de Vida Prática (AVPs) de acordo com o
próprio termo, estes exercícios se destinam a preparar a pessoa com de ciência para
a vida, possibilitando-lhe a independência e uma melhor organização interior.
[...]
Objetivo Especí co: Trabalhar visando atividades dentro das áreas de AVD
(Atividades de Vida Diária), AVP (Atividades de Vida Prática), Lazer e Relacionamento
Social.
Nº ATIVIDADES TRABALHOS
Relacionamento
Atividades em conjunto, boas maneiras,
04 social (pessoal /
educação sexual, atividades de relacionamento
aceitação)
ATIVIDADES DE VIDA PRÁTICA – AVP
Nº ATIVIDADES TRABALHOS
Plantar;
Regar;
En ar linha na agulha;
Dar nó, laço;
Usar a tesoura;
Cortar a linha;
06 COSTURA Fazer alinhavo;
Pregar botões;
Remendar;
Usar a máquina de costura.
Tapetes;
Pinturas (caixas, tecido, telas, etc.);
Guardanapos;
Alinhavos;
TRABALHOS Vasos decorados;
07
MANUAIS Porta guardanapos;
Crochê;
Bordado ponto cruz;
Cachepôs de madeira, etc.
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA – AVD
Nº ATIVIDADES TRABALHOS
Tomar banho;
Pentear o cabelo;
Cortar e lixar as unhas;
Lavar as mãos antes das refeições;
Fazer depilação;
Usar lenço adequadamente;
No início de nossas discussões dessa unidade foi possível que você compreendesse os
fundamentos teóricos, legais e pedagógicos acerca do atendimento educacional
especializado, compreendendo que o AEE se refere como a proposta de integração
dos alunos com de ciências no contexto escolar do ensino regular, buscando que
estes tenham progressos escolares sem nenhum tipo de discriminação ou
segregação. Além disso, foi possível compreender que o atendimento educacional é
garantido de maneira legal, passando a ser discutido a partir da promulgação da
Constituição Federal de 1988, perpassando pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN), de 1996, Diretrizes Nacionais para e Educação Especial, até chegar
no Estatuto da Pessoa com De ciência, instituído em 6 de julho de 2015.
Leitura Complementar
O “ESPECIAL” NA EDUCAÇÃO, O ATENDIMENTO
ESPECIALIZADO E A EDUCAÇÃO ESPECIAL
Mônica de Carvalho Magalhães Kassar
RESUMO
A educação especial, em sua história, tem proposto formas de atendimento que
variaram entre “atendimento especializado” (de habilitação/reabilitação e/ou
educacional) e “atendimento educacional especializado”. Essas formas ocorreram
com forte caráter médico/clínico e prioritariamente segregado. Este trabalho propôs-
se a conhecer a constituição do “atendimento especializado” no Brasil. Para seu
desenvolvimento buscou-se: 1. Levantar de que forma se de ne educação especial
nos documentos do Ministério da Educação, desde a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação de 1961; 2. Identi car o conceito de “atendimento especializado” ou
“atendimento educacional especializado” utilizado em cada documento e os serviços
previstos como esses tipos de recursos. Conclui-se identi cando mudanças
signi cativas nos discursos registrados nos documentos estudados. Palavras-chave:
Atendimento educacional especializado; educação especial; educação inclusiva.
INTRODUÇÃO
A política atual de Educação Especial, desenhada na perspectiva do que tem se
convencionado chamar de “educação inclusiva”, nos impele a tentar identi car o que
pode ser considerado “especial” na educação escolar e que poderia contribuir com a
escolaridade do aluno com de ciências. A preocupação com essa identi cação
justi ca- se pela necessidade do oferecimento de atendimento especializado, hoje
proposto nas escolas, através de espaços denominados Salas de Recursos
Multifuncionais - SRM.
Fonte: ppeees
Livro
Filme
Unidade 3
De ciência intelectual e
múltipla no contexto
escolar
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Introdução
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à Unidade II intitulada “De ciência intelectual e
múltipla no contexto escolar” da disciplina de Atendimento Educacional para
alunos com De ciência Intelectual e Múltipla do curso de Graduação em
Educação Especial.
Para iniciarmos a nossa discussão acerca desse assunto, iremos discutir sobre como
a de ciência intelectual e múltipla é caracterizada mediante o contexto escolar, a
m de que você compreenda como se dão as práticas e políticas educacionais
relacionadas ao processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais
especiais no ensino regular. Será possível, também, que você entenda o que é a
inclusão escolar, como ela acontece, bem como as especi cidades da de ciência
intelectual e múltipla neste processo, nalizando com a compreensão de como
ocorre a avaliação escolar desses alunos.
Bons estudos!
De ciência intelectual e
múltipla no contexto
escolar
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro(a) acadêmico(a), para dar início a nossa discussão sobre a de ciência
intelectual e múltipla no contexto escolar é necessário que você saiba um pouco
mais sobre como se dá a inclusão escolar para os alunos com de ciências, dentre
elas a de ciência intelectual e múltipla.
Diniz (2012) relata que a inclusão voltada para o contexto escolar está relacionada a
um processo de modi cações das escolas como um todo, tendo como anseio
assegurar que haja oportunidades e atendimento educacional para todos os alunos.
Paloma (2020) deixa claro que devemos compreender todo o contexto em que o
aluno vive, principalmente o familiar e o escolar, ou seja, é necessário que haja uma
anamnese para conhecer todas as especi cidades de cada aluno inserido no
contexto escolar de forma inclusiva. Com isso, é válido ressaltar que o currículo
escolar também faz parte do contexto em que o discente vive, e é por meio dele que
pode ocorrer um momento de ensino e aprendizagem de forma assertiva.
Com isso, podemos compreender, caro(a) aluno(a) que a inclusão dos alunos com
de ciência no contexto escolar do ensino regular, consiste em uma possibilidade
para que eles tenham acesso a uma história escolar muito mais favorável para seu
processo de ensino e aprendizagem.
[...]
ACESSAR
Ainda sobre isso, Henriques (2012) elucida que a escola deve ser um espaço que
favoreça a todos os seus alunos o acesso igualitário ao conhecimento e
desenvolvimento de seu processo de ensino e aprendizagem, de forma que tenha,
também, a possibilidade de adquirir conhecimento efetivo para a cidadania, além de
evidenciar uma prática pedagógica resultante em uma contribuição para o processo
de conhecimento do educando.
Com isso, podemos compreender que, em uma escola que possibilite a inclusão, o
aluno passa a ser visto como uma pessoa de direito e foca em todo o contexto
escolar, a m de que as escolas garantam, de forma assertiva, o seu
desenvolvimento no processo de aprendizagem e que lhe deem suporte necessário
para que haja o desenvolvimento de todas as competências necessárias para o
exercício social e de cidadania.
Com isso, entende-se que a avaliação desses alunos deve acontecer de uma maneira
que seja baseada no que ainda será construído, ou seja, identi car quais serão as
possíveis habilidades que irão ser desenvolvidas, bem como aquilo que será
necessário reajustar ou melhorar. Isso se dá pelo fato de que, caso o ensinar seja
voltado para uma questão passada, que já vai avaliada ou discutida, provavelmente
o processo de ensino não será favorável.
O aluno com de ciência intelectual, quando é avaliado por testes ou
provas não adaptadas às suas especi cidades e com ns quantitativos
apenas, é colocado em uma classi cação indevida e desnecessária e,
além disso, a escola acaba por concebê-lo como o “pior” no
desempenho escolar e, concluindo ainda que suas di culdades são
inerentes à de ciência e focando o plano biológico, em detrimento às
ações que poderiam ser realizadas pela escola (VALENTIM, 2011, p. 28).
Por conta disso, o aluno com de ciência intelectual é inserido em salas de aulas em
que os discentes são identi cados com muitas di culdades de aprendizagem, e, por
conta disso, há um impedimento de que tenham acesso com aos demais colegas
caracterizados como “experientes”, os quais poderiam auxiliar em suas di culdades.
Mas, por outro lado,
Logo, podemos compreender que as escolas devem garantir a inclusão escolar, bem
como a acessibilidade ao currículo evidenciado no Projeto Político Pedagógico, de
forma que não se tenha nenhum tipo de segregação ou classi cação por meio dos
processos de avaliação escolar, sendo necessário que se tenha uma reanálise das
propostas de avaliação para todos os alunos, principalmente os que possuem
de ciência intelectual e outras necessidades educacionais especiais. Caso não
ocorram as devidas mudanças nas práticas de avaliação escolar, não acontecerá, de
fato, uma inclusão, mas sim uma exclusão intraescolar.
Percepção de pais, escola e
o papel dos educadores no
processo de inclusão
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro(a) aluno(a), chegamos ao nal das discussões de nossa Unidade III e, neste
momento, iremos discutir um pouco sobre como ocorre a percepção dos pais e da
escola perante a criança com de ciência intelectual e múltipla, bem como
compreender como se dá o papel do professor no processo de inclusão. Sendo
assim, muita atenção para essa última leitura, pois será de grande valia para seu
conhecimento e futura atuação pro ssional, uma vez que é imprescindível a
participação de todos os indivíduos envolvidos no contexto escolar e social desses
alunos.
Em relação à inclusão escolar, Granato (2015, p.18) expõe que “[...] o professor sente-se
desa ado a lidar com as mais diversas exigências que as necessidades educacionais
têm demandado [...]”. Com isso, é válido ressaltar que as suas ações pedagógicas
devem estar relacionadas em uma mediação assertiva do conhecimento, de forma
que seja exível e tenha as adaptações necessárias para os alunos com necessidades
educacionais especiais.
A autora ainda relata que as salas de aulas devem ser ambientes que promovam a
socialização de todos os alunos, possibilitando, assim, o desenvolvimento de
inúmeras capacidades e competências nos discentes que possuem alguma
de ciência ou necessidades educacionais. Por isso, o professor deve estar em
constante busca de aprendizados, de forma que re ita suas práticas.
Silva e Carvalho (2017) abordam em seus escritos que a formação pro ssional dos
professores para o atendimento educacional especializado é um fator crucial para a
efetivação de uma educação inclusiva de qualidade, tendo o professor que acreditar
nos alunos com necessidades especiais como um ser cognoscente, em que o
docente é o principal agente para o desenvolvimento de seus discentes.
Silveira, Enumo e Rosa (2012, p. 1), abordam que o professor é “[...] tradicionalmente,
reconhecido como agente facilitador dos processos de desenvolvimento e
aprendizagem, mediando as experiências escolares”. Porém o trabalho docente
perante a inclusão escolar tem sido visto como algo desa ador, pois os docentes
ainda possuem pouco conhecimento sobre métodos de estimulação para
trabalharem com os alunos com necessidades educacionais especiais.
Partindo agora para uma análise acerca das percepções dos pais, de acordo com
Carvalho (2005), abordar uma discussão sobre a família, em conjunto com o AEE na
inserção social dos alunos com de ciência, é muito mais do que uma simples teoria,
pois é um assunto que remete a poucas informações no cotidiano brasileiro. Ainda
assim, não deixa sua importância de lado, pois esse assunto deve ser debatido com
muito mais frequência e ênfase.
Silveira e Neves (2006) abordam que os pais e professores identi cam a de ciência
de seus lhos e alunos como uma característica de exclusão, trazendo empecilhos
sociais, e, com isso, percebe-se cada vez mais que as escolas de ensino regular não
estão preparadas para receber alunos com de ciência, bem como, ter uma inclusão
escolar assertiva e de qualidade.
A inclusão escolar da pessoa com necessidades educacionais especiais
é um tema de grande relevância e vem ganhando espaço cada vez
maior em debates e discussões que explicitam a necessidade de a
escola atender às diferenças intrínsecas à condição humana. [...] A
Declaração Mundial sobre Educação para Todos [...], aprovada pela
Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em
Jomtiem-Tailândia, no ano de 1990, e a Declaração de Salamanca [...],
rmada na Espanha em 1994, marcam, no plano internacional,
momentos históricos em prol da Educação Inclusiva. No Brasil, a
Constituição Federal de 1988, art. 208, inciso III [...], o Plano Decenal de
Educação Para todos, 1993-2003 são exemplos de documentos que
defendem e asseguram o direito de todos à educação. Segundo esses
documentos, todas as crianças devem ser acolhidas pela escola,
independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais (SILVEIRA; NEVES, 2006, p. 79).
Isso se dá pelo fato de que a família é entendida como aquela que instrui as crianças
para a vida relacionada ao contexto social, e isso se torna uma grande in uência nas
tomadas de decisões das crianças com necessidades educacionais especiais no que
se refere ao seu desenvolvimento (LELIS, 2015).
Com isso, compreendemos que a escola tem o papel de trazer para a criança com
de ciência uma interação entre todos os sujeitos que fazem parte do contexto
escolar, pois isso contribuirá para o desenvolvimento de suas potencialidades e
capacidades, ou seja, uma escola que entenda as particularidades de aluno,
independentemente de suas diferenças.
REFLITA
Com base nas informações apresentadas nessa unidade, e também em
todas as leituras realizadas até aqui, você, enquanto acadêmico(a),
acredita que a inclusão escolar acontece de forma assertiva e de acordo
com o que as Legislações exigem?
Fonte: o autor.
ACESSAR
Conclusão - Unidade 3
Além disso, a partir dessa discussão, compreendemos que, para a inclusão escolar
acontecer de forma assertiva, é necessário que haja um repensar relacionado a todas
as políticas e práticas educacionais, bem como a compreensão das mais diferentes
maneiras de aprendizagem e di culdades que envolvem o processo de
aprendizagem dos alunos. Por isso, é muito importante ressaltar que o objetivo da
escola, nesse caso, seria ajudar os discentes com necessidades educacionais especiais
a se encaixarem no sistema educacional de ensino regular. Por isso, em uma escola
que possibilita a inclusão, o aluno passa a ser visto como peça importante em seu
contexto escolar, tendo o direito a um ensino de qualidade e com atendimento
especializado, para que, assim, ocorra o seu desenvolvimento cognitivo integral.
Destarte a isso, você pode identi car também que a relação entre a escola e a família
é de grande importância no processo de inclusão escolar dos alunos com de ciência
intelectual e múltipla, pois, neste processo, todo o contexto em que o discente está
inserido deve ser levado em consideração.
Leitura Complementar
DESAFIOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO PARA ALUNOS
COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
O presente trabalho visa elencar algumas estratégias práticas de ensino para incluir
os estudantes com de ciência intelectual e facilitar o trabalho docente em sala de
aula, devido às di culdades que os educadores encontram para potencializar as
aprendizagens destes alunos. Assim, a metodologia utilizada foi bibliográ ca,
considerando os obstáculos mais comuns nas práticas educacionais de professores
da rede pública de ensino. Considerar as especi cidades de cada estudante, planejar
e executar atividades interativas que estejam relacionadas com a vida cotidiana de
alunos com de ciência intelectual, buscar sempre o aperfeiçoamento pedagógico
por meio de formações em serviço e utilizar brincadeiras e jogos interativos como
ferramenta de ensino são alguns dos desa os do fazer docente para incluir
educandos com de ciência intelectual na escola regular e no ambiente social.
INTRODUÇÃO
A escola, principalmente na sociedade vigente, tem enfrentado múltiplos desa os na
formação dos estudantes. Busca formar um indivíduo que: tome conhecimento dos
saberes historicamente acumulados, atue criticamente nos processos deliberativos
da sociedade, seja solidário e dialógico e, acima de tudo, respeite e valorize as
diferenças no cotidiano. Com as políticas públicas de inclusão, cada vez mais,
educadores vislumbram a necessidade de ter conhecimentos sobre os diferentes
tipos de de ciências, objetivando compreender o que são e como trabalhá-las
durante o processo educacional dos alunos com de ciência. Para que a educação
seja democrática e igualmente qualitativa, atender todos os estudantes em suas
especi cidades torna-se primordial.
Diante das preocupações expostas, visa-se, com este trabalho, mesmo que
super cialmente, elencar algumas estratégias de ensino para incluir estudantes com
de ciência intelectual e facilitar o trabalho docente em sala de aula, visando a
garantia do direito à educação por meio de atividades direcionadas às
particularidades dos alunos, procurando o envolvimento de toda a turma.
Os desa os enfrentados pelos educadores são grandes, mas não maiores que a
necessidade de possibilitar a qualquer um de seus educandos o direito de se
tornarem cidadãos.
[...]
Fonte: fce
Livro
Filme
ACESSAR
Unidade 4
Aprendizagem
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Introdução
Caro(a) aluno(a), chegamos ao nal de nossa apostila, com a unidade IV, intitulada
Aprendizagem da disciplina de Atendimento Educacional para alunos com
De ciência Intelectual e Múltipla do curso de Graduação em Educação Especial.
Bons estudos!
Desenvolvimento dos
alunos com de ciência
intelectual e múltipla
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro(a) aluno(a), para dar início em nossa discussão acerca da aprendizagem e
desenvolvimento do aluno com de ciência intelectual e múltipla é necessário que
você conheça o signi cado de aprendizagem. Você sabe qual é?
Com base no exposto, podemos compreender que a aprendizagem pode ser útil
para a mudança de atitude de todos os indivíduos, seja o aluno, o professor ou
alguém de sua família, entendendo, assim, o antes e o depois do contexto de
aprendizagem desses discentes em relação ao desenvolvimento de suas
competências e habilidades.
Trancoso (2020) nos relata que existem diversos pressupostos sobre o que é a
aprendizagem e como se dá o papel da escola mediante o processo de ensino e
aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais, e que todas
essas discussões interferem na maneira como os professores realizam seu trabalho e
ação pedagógica e em consequência disso, como os alunos aprendem.
Leonel e Leonardo (2014) dissertam que, por meio da teoria vigotskiana, é possível
compreender que a de ciência não pode ser entendida como algo acima das
particularidades no aluno e dele enquanto sujeito, pois, com base nas diferentes
metodologias e atividades, ele irá desenvolver suas funções psicológicas superiores,
avançando assim, sua humanização.
[...] a escola na atualidade, deve rever sua postura, seu papel e sua
forma de atuação perante os alunos com de ciência intelectual,
lançando mão de metodologias e práticas adequadas que venham a
atender às suas especi cidades e peculiaridades. Uma criança, com ou
sem de ciência, em seu processo de desenvolvimento não deve ser
privada do ensino por causa de suas di culdades, ela necessita de
apoio do adulto, ou seja, do professor, pois por meio das mediações e
dos conhecimentos clássicos ela terá as reais condições para seu
desenvolvimento psíquico (LEONEL, LEONARDO, 2014, p. 546-547).
A autora ainda nos relata que diversos estudos de diferentes momentos históricos
sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças com de ciência múltipla mostram
que existem diversas oscilações e ritmos diferentes no que diz respeito à inteligência
desses indivíduos, visto que, por muitas vezes, as escolas focavam somente nas
limitações e di culdades de seus alunos, deixando de lado as potencialidades que
cada um possui e os recursos disponíveis para o aprendizado.
AUTORIA
Jhonatan Phelipe Peixoto
Caro(a) aluno(a), chegamos a nossa última discussão da última unidade da disciplina
de Atendimento Educacional de alunos com de ciência intelectual e múltipla. Neste
momento iremos abordar os recursos didáticos utilizados no processo de ensino e
aprendizagem desses alunos, recursos esses que precisam ser adaptados de acordo
com a necessidade educacional de cada discente. Mas, a nal, qual é a importância
dos recursos didáticos adaptados no processo de inclusão escolar dos alunos com
necessidades educacionais especiais?
Em relação a isso, Cristofoleti e Nunes (2019, p. 37) relatam que “uma educação
inclusiva não deve signi car somente a inserção da criança no ambiente escolar [...],
mas a adaptação da escola no atendimento a suas especi cidades de vida e de
aprendizagem”. Por isso se faz necessário que as escolas busquem atender todas as
particularidades de todos os alunos, se responsabilizando pela aprendizagem deles,
acontecendo por meio dos recursos didáticos adaptados. Com isso, podemos
compreender, caro(a) aluno(a), que a inserção de estratégias pedagógicas e
elaboração de recursos adaptados são primordiais para que ocorra um processo de
ensino e aprendizagem de qualidade aos alunos da Educação Especial.
Miura et al. (2011) enfatizam que as adequações dos recursos didáticos para a
educação dos alunos com necessidades educacionais especiais podem permitir o
acesso aos conteúdos programáticos que estão de nidos na proposta pedagógica
das escolas, inclusive para os que não possuem diagnóstico, como, por exemplo, a
de ciência intelectual. Entende-se, também, que o uso de recursos adaptados pode,
de certa forma, facilitar o trabalho docente das classes comuns, de forma que
contribua para o desenvolvimento de cada criança.
De acordo com as autoras supracitadas, temos diversos estudos que enfatizam que
a principal nalidade dos recursos pedagógicos adaptados consiste em auxiliar o
aluno a desenvolver o seu pensamento e a sua imaginação, bem como sua
capacidade de raciocínio lógico, de forma que, por meio desses, o educando tenha
contato com suas vivências reais.
Sobre isso Cristofoleti e Nunes (2019, p. 45) reforçam dizendo que “a escola se
apropriando dos caminhos alternativos e recursos auxiliares que venham a
contribuir para o aprendizado do aluno, possibilita o avanço do seu desenvolvimento
cognitivo”. Por isso, é importante ressaltar que os docentes que trabalham com
alunos com necessidades especiais devem investir na elaboração de metodologias
inclusivas e adaptadas, para desenvolver suas habilidades e o seu pensamento para
as funções psicológicas superiores.
Caro(a) acadêmico(a), agora você poderá identi car qual é a importância dos
recursos educacionais adaptados e/ou especializados, bem como exemplos dos
recursos que são mais utilizados em sala de aula para a escolarização dos alunos
com de ciência intelectual e múltipla.
É válido ressaltar, mais uma vez, que cabe à escola estabelecer em seu plano de
ação previsto no Projeto Político Pedagógico o atendimento educacional
especializado para alunos com de ciências, de forma que atenda de forma assertiva
e objetiva esses alunos na sala de recurso e tenha como professor um especialista
em Educação Especial ou áreas correlacionadas ao AEE (TOMAZELI, 2020).
Fonte: Freepik
[...]
ACESSAR
30.000 28.300
24.301
25.000
20.551
20.000
15.000
10.000
5.551
5.000
1.251
250 626
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011/2012
Núme ro de SRM’S
Neste aspecto, tem-se nas SRMF uma oportunidade de acesso a diversos materiais e
equipamentos que podem promover e potencializar a aprendizagem das pessoas
com NEE. Ainda em 2011, é promulgado o Decreto nº 7611, que em seu art. 4, § 3º
caracteriza as SRMF como sendo “ambientes dotados de equipamentos, mobiliários
e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento educacional
especializado”. Nesta perspectiva, as atividades desenvolvidas no atendimento
educacional especializado - AEE diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula
comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento que deve ser
ofertado em turno contrário às aulas regulares, complementa ou suplementa a
formação dos alunos com vistas à autonomia e à independência na escola e fora
dela (MEDEIROS, 2019, p. 27).
As salas de recursos multifuncionais são divididas em dois tipos: na sala tipo I estão
apresentados os materiais pedagógicos adaptados, com exceção os para alunos
com de ciência visual, e na sala tipo II além dos materiais já mencionados, são
disponibilizados os recursos especí cos para o atendimento dos alunos com
de ciência visual (MEDEIROS, 2019). Cada um desses tipos de sala possui seus
materiais especí cos como você pode observar nos quadros a seguir:
Especi cações de itens da Sala de Tipo I
01 Reglete de Mesa
01 Punção
01 Soroban
01 Guia de Assinatura
01 Calculadora Sonora
REFLITA
Com base nas informações apresentadas nessa unidade, e também em
todas as leituras realizadas até aqui, você, enquanto acadêmico(a),
considera a sala de recursos multifuncionais e o uso de
recursos/materiais adaptados fundamental para o atendimento
educacional especializado para os alunos com de ciência intelectual e
múltipla?
Fonte: o autor.
Conclusão - Unidade 4
Além disso, foi possível identi car que para compreendermos o desenvolvimento das
crianças com necessidades educacionais especiais, é necessário que, primeiramente,
cada aluno compreenda como se dá e acontece o mundo ao seu redor, ou seja, é
importante que essa criança entenda o seu contexto social e escolar, para, assim, ter
sua aprendizagem desenvolvida de forma assertiva. E em relação ao desenvolvimento
do aluno com de ciência múltipla, é necessário ressaltar que a inclusão escolar deles
não depende somente do grau da de ciência ou de seu desenvolvimento intelectual,
mas também da compreensão de toda a sua inserção no ambiente escolar e social.
Fabiana Cia
Resumo
Apesar do crescimento da produção cientí ca na área de Educação Especial, há
necessidade da articulação em contextos de redes colaborativas de pesquisa. O
presente trabalho faz parte do Observatório Nacional de Educação Especial
(ONEESP), cujo foco é a produção de estudos integrados sobre políticas e práticas
direcionadas para a questão da inclusão escolar e avaliar no âmbito nacional o
programa de implantação de “Salas de Recursos Multifuncionais” (SRM), referente ao
atendimento educacional especializado (AEE). O objetivo foi realizar uma investigação
com o intuito de descrever e discutir sobre as produções cientí cas publicadas na
realidade brasileira no âmbito do atendimento educacional especializado. Para isso foi
realizada uma revisão bibliográ ca de artigos, sendo utilizadas as bases de dados
SciELO (Scienti c Eletronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-americana e do
Caribe em Ciências da Saúde). Foram selecionados 19 artigos e a descrição dos
resultados foi feita utilizando análise qualitativa e quantitativa. Os resultados
mostraram que a maioria dos artigos envolve o eixo que descreve o funcionamento
do atendimento educacional especializado, o público mais investigado foram os
alunos com paralisia cerebral e de ciência visual. Existe um maior número de
pesquisa qualitativa e de estudo de caso. O local mais frequente de realização das
pesquisas foram as escolas de rede pública estadual, sendo que os professores
aparecem em maior número como participantes e o instrumento de coleta mais
utilizado foi a entrevista.
[...]
Introdução
A presente proposta faz parte das atividades do Observatório Nacional de Educação
Especial (ONEESP) e tem como foco uma avaliação de âmbito nacional do programa
de implantação de “Salas de Recursos Multifuncionais” (SRM), promovido pela
Secretaria de Educação Especial/MEC que, desde 2005, vem apoiando a criação do
serviço de atendimento educacional especializado (AEE).
Há diversos benefícios que podem ser desenvolvidos na SRM de forma paralela e que
auxilia o desenvolvimento do ensino na sala de aula comum, como relata Baptista
(2011, p.70):
A SRM é uma nova realidade presente em todo território nacional para o atendimento
de alunos público alvo da educação especial e tem recebido incentivos materiais e
investido na formação pro ssional para o professor de educação especial para atuar
nessas salas, como também observado por Oliveira e Leite (2011, p. 198) sobre a
importância dessa implantação:
No contexto de inclusão educacional, a sala de recursos ganha papel
fundamental na viabilização do acesso da parcela de alunos com NEEs
ao currículo comum. De acordo com as recomendações legais, no caso,
as Resoluções SE No. 8 (2006) e SE No. 11 (2008), a sala de recursos
compõe um dos suportes existentes na Educação Especial e oferece
serviço de natureza pedagógica, a m de complementar ou
suplementar o atendimento educacional fornecido na sala comum.
Segundo dados do MEC, entre os anos de 2005 a 2009, foram nanciadas 15.551
(SRMs) para 4.564 municípios brasileiros, espalhados em todos os estados. Com base
nas demandas apresentadas no Programa de Ações Articuladas (PAR), esse
quantitativo atenderia 82% das necessidades de SRM.
[...]
Fonte: PASIAN, Mara Silvia; MENDES, Enicéia Gonçalves; CIA, Fabiana. Sala de
Recursos Multifuncionais: Revisão de artigos cientí cos. Revista Eletrônica de
Educação - REVEDUC. São Carlos, v. 8, n. 3, p. 213-225, 2014
Acesse: reveduc
Livro
Filme
ACESSAR
Considerações Finais
Ao longo das quatro unidades foram debatidos assuntos pertinentes a esse tema,
iniciando com a História da De ciência Intelectual e múltipla, na sequência,
analisando a interlocução entre o AEE para os alunos com essas de ciências e o
ensino regular; na Unidade II, foi possível analisar como a de ciência intelectual e
múltipla acontece no contexto escolar, e, por m, na Unidade IV foi possível a
compreensão de como se dá o processo de ensino e aprendizagem desses alunos.
No âmbito legal e legislativo foi possível veri car que no Brasil temos uma Lei que
aborda especi camente sobre a pessoa com de ciência, conhecida como Lei de
Inclusão ou Estatuto da Pessoa com De ciência, que passou a ser um grande fator
de discussão sobre a proteção e amparo dos direitos das pessoas com de ciência
em nosso país.
Na Unidade II você pôde analisar os fundamentos teóricos, legais e pedagógicos
acerca do atendimento educacional especializado, podendo identi car que o AEE se
refere à proposta de integração dos alunos com de ciências no contexto escolar do
ensino regular, buscando a progressão escolar sem nenhum tipo de discriminação
ou segregação, ressaltando que o AEE é garantido por Lei desde a Constituição
Federal. Além disso, também discutimos sobre a institucionalização do atendimento
especializado no projeto político pedagógico (PPP), e você pôde compreender a
importância desse documento nas instituições escolares, bem como a importância
e fundamentação das Atividades de Vida Diária (ADV) nas escolas.
A partir na Unidade III foi possível uma compreensão maior sobre a De ciência
Intelectual e Múltipla no contexto escolar, dando ênfase ao processo de inclusão nas
escolas, o qual relaciona as mais variáveis modi cações ocorridas em todas as
instituições de ensino, sendo possível compreender que, para esse processo
acontecer de forma assertiva, é necessário repensar todas as políticas educacionais
vigentes e analisar as mais variadas formas de aprendizagens e di culdades.
Até breve!!!