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09/08/2023, 16:28 Educação Especial: conhecendo os fundamentos históricos, legais e científicos

Educação Especial: conhecendo os fundamentos históricos, legais


e científicos
Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem - UAB Impresso por: FÁBIO DE OLIVEIRA FERREIRA
[DocentEPT CO-SE-SUL] Práticas Inclusivas na Educação Profissional Data: quarta, 9 ago 2023, 16:26
Curso:
e Tecnológica
Educação Especial: conhecendo os fundamentos históricos, legais e
Livro:
científicos

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Descrição

Neste livro abordamos os aspectos históricos, legais e científicos da Educação Especial.

O objetivo é que motivar e instigar a buscar mais informações e conhecimento sobre os tópicos deficiência e educação especial.

O livro é dividido em 2 partes:

Fundamentos da deficiência e da Educação Especial


Processos de ensino e aprendizagem da pessoa com deficiência

Vamos juntos nesta aventura?

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Índice

1 - Fundamentos históricos e legais


1.1 - Aspectos científicos
1.2 - As contribuições de Vigotski
1.3 - A Educação Especial no Brasil
1.4 - Atendimento Educacional Especializado no Brasil
1.5 - Aspectos Legais da Educação Especial no Brasil
1.6. As Políticas Educacionais para as pessoas com deficiência no Brasil
1.7 - As Políticas Educacionais para as pessoas com deficiência no Brasil: proposições e definições
1.8 - As Políticas Educacionais para as pessoas com deficiência no Brasil: novos olhares para o AEE
1.9 - As Políticas Educacionais para as pessoas com deficiência no Brasil: AEE x reforço escolar

2 - Processos de ensino e aprendizagem da pessoa com deficiência


2.1 Princípios para o ensino e a aprendizagem das pessoas com deficiências: intelectual, física, múltipla, visual, auditiva e surdez
2.2 - Deficiência intelectual
2.3 - Deficiência Física
2.4 - Deficiência Visual
2.5 - Deficiência Auditiva e Surdez

3 - Princípios para o ensino e a aprendizagem das pessoas com Transtorno do espectro autista

4 - Princípios para o ensino e a aprendizagem das pessoas com Altas habilidades/superdotação

Algumas considerações

Referências

Ficha Técnica

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1 - Fundamentos históricos e legais

Fonte: Equipe DocentEPT

Você sabia que ela não é recente e passou por diversas transformações durante os séculos XVIII, XIX, XX e XXI? Muitas das
mudanças foram impulsionadas por movimentos sociais e científicos que reivindicavam mais igualdade entre todos os
cidadãos, assim como a superação de qualquer tipo de discriminação e exclusão das pessoas com deficiência.

As autores Roberta Jannuzzi (1992) e Eniceia G. Mendes (1995) assinalam períodos distintos caracterizados por mudanças na
concepção de deficiência. Processos históricos que produziram e significaram, em diferentes etapas da constituição da nossa
sociedade e cultura, uma relação repleta de preconceitos, estereótipos, estigmas, os quais desencadearam os tão conhecidos
extermínios, exclusão, expulsão e segregação como tentativa de eliminação de tal problemática.

Na Idade Antiga, as pessoas com deficiência eram abandonadas, caçadas e abolidas devido às suas condições atípicas. Uma
exclusão radical daqueles que não representavam o ideal de perfeição cultuado nas sociedades existentes. Segundo Aranha
(2001), em Esparta, os fracos, imaturos e os defeituosos eram eliminados propositalmente, pois a sociedade não tinha lugar
para os improdutivos, estando fora dos dois grupamentos sociais existentes os senhores, poderosos político, econômico e
socialmente e os serviçais e escravos.

Já, na Idade Média, a maneira como lidavam com a deficiência variava conforme as concepções de filantropia ou punição
predominantes na comunidade em que a pessoa com deficiência estava inserida, o que era também uma forma de exclusão. A
criação e o desenvolvimento do Cristianismo e as tentativas de propagar a crença de que todos são filhos de Deus não
alteraram muito a situação de exclusão, até porque os maiores desmandos foram causados pela própria Igreja. A sociedade
ainda se relacionava com o diferente segundo a organização sócio-política-econômica dominante (Estado e Igreja),
associando-se às crenças religiosas e metafísicas, que ora exterminavam as pessoas vistas como diferentes, ora as puniam
por serem representações de possessões demoníacas, ora mantinham com elas uma convivência amistosa.

Fonte: https://www.timetoast.com/timelines/historia-da-educacao-especial-no-brasil

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Sobre a Revolução Burguesa (por volta de 1640), podemos considerá-la como uma possibilidade de transformação da relação
da sociedade para com a pessoa com deficiência. Uma nova visão de Homem e Sociedade propõe resgatar o direito à vida.
Ideias começam a ser construídas e pautadas nas transformações no sistema de produção, na derrubada das monarquias, na
queda da hegemonia religiosa e as novas classes sociais constituídas a partir da divisão social do trabalho. A própria revolução
da burguesia desencadeia o acesso a outras formas de conhecimentos e ideias quanto aos aspectos orgânicos da deficiência e,
consequentemente, meios e modelos de tratamento baseados na alquimia, magia e astrologia. A deficiência passa a ser vista
como doença e surgem os primeiros hospitais psiquiátricos e asilos onde devem receber tratamento todos aqueles diferentes
do restante da população. Temos a instalação do paradigma da institucionalização em relação à deficiência.

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Fonte: Equipe DocentEPT

Concomitante ao surgimento do capitalismo, tem-se o início da Modernidade e o interesse da ciência, nomeadamente da


Medicina, no que diz respeito à pessoa com deficiência. Embora predomine um processo de institucionalização da pessoa com
deficiência, coexiste uma preocupação com a humanização desse sujeito, através de práticas de socialização e escolarização.
Contudo, uma perspectiva patologizante do indivíduo que apresentava deficiência persistia, desencadeando e contribuindo
para o menosprezo da sociedade.

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1.1 - Aspectos científicos

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Lembra que antes pessoas doentes, com problemas psíquicos e com deficiência, eram segregadas no mesmo local? Até no
Brasil tivemos o reflexo dessa percepção.

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Segundo Tezzari (2010), pioneiros como Jean Itard (1774-1838), Edouard Séguin (1812-1880) e Maria Montessori (1870-
1952) contribuem com suas propostas de se educar crianças com deficiência, ainda que para tal ação façam uso de
procedimentos e práticas inspiradas em modelos de compensar e substituir o déficit que o sujeito apresenta em seu
desenvolvimento e aprendizagem. A tese de Tezzari, Educação especial e ação docente: da medicina à educação, traz com
detalhes esses pioneiros.
Fotografias
presos,
cabelosolhos
cachaeados,
de diversos
amendoados,
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estudiosos
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Educação
e lábios
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cabelos
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Fonte: https://sites.google.com/site/debatinginclusion/pioneers

Percebemos que, embora estudos de diferentes áreas tenham contribuído para o entendimento acerca do desenvolvimento e
aprendizagem da pessoa com deficiência, o modelo de institucionalização ou segregação perdurou por muito tempo. Áreas
como a Medicina e Psicologia ainda faziam parte de um modelo clínico-terapêutico que pressupunha recuperar a pessoa com
deficiência para viver em sociedade.

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1.2 - As contribuições de Vigotski

Apenas na Rússia podia ser notado um movimento contrário, amplamente influenciado pelas ideias marxistas de sociedade,
homem e trabalho, cujo principal representante, Lev Semionovich Vigotski, propunha a Psicologia Histórico-cultural para
pensar e atender a pessoas com deficiência sob um ponto de vista histórico-cultural, ou seja, o homem e, consequentemente,
a deficiência deveriam ser vistos como produto das relações humanas, determinadas pela cultura e história das sociedades
com o propósito de pensar uma nova psicologia para um novo homem soviético, pós-revolução. A tese de Sonia Maria
Shima, A educação especial do novo homem soviético e a psicologia de L. S. Vigotski: implicações e contribuições para a
psicologia e a educação atuais, é uma obra imperdível para conhecer a contribuição de Vigotski para a Educação Especial.

Fonte: https://prosped.com.br/noticias/filme-uma-historia-de-vida/

Por muitas décadas conviveram modelos assistencialistas, higienistas e excludentes em relação ao atendimento da pessoa com
deficiência. Somente por volta da década de 1970 identificamos na literatura, de uma forma mais explícita, um movimento de
integração social dos indivíduos que apresentavam deficiência, cujo objetivo era integrá-los em ambientes escolares, o mais
próximo possível daqueles oferecidos às “pessoas normais”. No entanto, ainda persistia um movimento voltado para uma
ideologia da normalização do sujeito com deficiência. Para os integracionistas interessava pensar, planejar e desenvolver meios
para que pessoas com deficiência pudessem ingressar nos serviços menos restritivos da Educação Especial a fim de se
inserirem na sociedade como pessoas adaptadas e produtivas. Esse processo de integração propunha identificar no sujeito o
alvo de mudança, embora também a sociedade devesse se transformar para inserir tal sujeito.

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Fonte: Equipe DocentEPT

Conheça mais sobre L. S. Vigotski no vídeo

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1.3 - A Educação Especial no Brasil

No Brasil, a educação de pessoas, sobretudo crianças e adolescentes com deficiência, torna-se visível e possível
institucionalmente a partir das possibilidades e concretizações das ideias liberais divulgadas no final do século XVIII e início do
século XIX. Inicialmente, aconteceu em hospitais e asilos, financiados geralmente pela filantropia, com evidência forte da
presença do médico-terapêutico, que gradualmente foi suprida, após os anos de 1930 pelo viés da psicologia. Na década de
1990, privilegiou-se o enfoque no processo ensino-aprendizagem, ainda que vinculado à medicina, psicologia e linguística.

Assim como Jannuzzi (1992) e Mendes (1995), Mazzotta (1996) e Bueno (1993) trazem à tona alguns marcos importantes
sobre o início da Educação Especial no Brasil. Apontam que:

O atendimento especializado às pessoas com deficiência remonta da época do Império, com a criação de instituições como:
o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual Benjamin Constant, e o Instituto dos Surdos e Mudos em 1857,
presentemente intitulado Instituto Nacional da Educação dos Surdos, ambos no Rio de Janeiro. As duas vertentes que
caracterizavam esse atendimento na Educação Especial no Brasil consistiam em médico-pedagógico e a psicopedagógica;

A primeira caracterizava-se pela finalidade eugênica e higienizadora da comunidade e desencadeou, na Educação Especial, a
criação de escolas em hospitais, segregando as pessoas com deficiência. A segunda vertente, a psicopedagógica, buscava
uma avaliação e conceituação mais precisa para a anormalidade e defendia a educação dos indivíduos considerados
anormais. Essa última prevaleceu sobre a primeira e deu origem à tendência diagnóstica ainda existente na área através de
testes e escalas psicométricas; também resultou na implementação de medidas segregadoras, dentre elas as classes
especiais para deficientes mentais;

Nas décadas de 1920 e 1930, os ideários da Escola Nova influenciaram sobremaneira os rumos da educação no país. Um
grupo de educadores defensores dessa nova corrente pedagógica criticava os princípios tradicionais da Educação,
apontando-os como fragmentados e desarticulados, e propunham a reconstrução do sistema educacional brasileiro, dando
as mesmas oportunidades educacionais a todos.

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Data de meados do século XX a fundação da primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE); e somente em
1945 instituiu-se o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação da Sociedade Pestalozzi.

Ao focarmos os movimentos desencadeados pelas propostas da Escola-Nova no Brasil, observamos que, apesar de
defenderem a diminuição das desigualdades sociais, sua repercussão na Educação Especial colaborou para a exclusão dos
indivíduos avaliados como diferentes nas escolas regulares.

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1.4 - Atendimento Educacional Especializado no Brasil

Apenas em 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa a ser fundamentado pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 4.024/61, que assinala o direito dos “excepcionais” a Educação,
“preferencialmente” dentro do sistema geral de ensino.

A alteração da LDBEN de 1961 institui a Lei nº 5.692/71, que altera e define “tratamento especial para os alunos com
deficiências físicas, mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os
superdotados”. Todavia, essa nova proposta não defende a organização de um sistema de ensino capaz de atender às reais
necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais.

Para tratar das questões que envolvem a escolarização da pessoa com deficiência, tem-se a criação do CENESP (Centro
Nacional de Educação Especial) em 1973, como o primeiro órgão nacional ligado ao MEC. Este fica responsável por gerenciar a
Educação Especial no Brasil, o que desencadeia ações educacionais voltadas para pessoas com deficiência e com
superdotação. Contudo, ações estas ainda marcadas por campanhas assistenciais e iniciativas isoladas do Estado.

Não podemos deixar de mencionar que, em 1986, a publicação do Decreto nº 93613, de 21 de novembro, transforma o
CENESP em uma Secretaria de Educação Especial – SESPE.

Destacamos também que ainda em 1986 a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência –
CORDE foi criada com o objetivo de acompanhar e avaliar o desenvolvimento de um política nacional para a inclusão da
pessoa com deficiência e das políticas setoriais de de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura,
turismo, desporto, lazer e política urbana dirigidos a esse grupo social. (Leia mais sobre o tema em Conselho Nacional dos
direitos da Pessoa com Deficiência - Conade)

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1.5 - Aspectos Legais da Educação Especial no Brasil

Fonte: Equipe DocentEPT

Nitidamente, foi a partir da divulgação de documentos que estabelecem e determinam os direitos desses sujeitos e os deveres
da Federação, Estado, Município e sociedade em geral para que assegurassem tais direitos. Ao longo de muitos anos, vários
movimentos lideraram essas conquistas. Mas outras devem ainda ser garantidas. Assim, conhecer e compreender a luta e os
movimentos históricos da pessoa com deficiência é uma forma de legitimar seu direito à inclusão em todos os ambientes da
sociedade, inclusive no ambiente acadêmico.

Convidamos você a ler o e-book SE INCLUI da Professora Vanessa Dalla Déa, pesquisadora da Universidade Federal de Goiás.
Neste e-book, Vanessa traz um compilado de legislações que apoiam a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade, em
especial na educação.

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Referências

DÉA, Vanessa Helena Santana Dalla, 1972 - Se inclui / Vanessa Helena Santana Dalla. – Dados eletrônicos. – Goiânia : Gráfica UFG, 2017. Ebook : 35 p.

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1.6. As Políticas Educacionais para as pessoas com deficiência no Brasil

As Políticas Educacionais Brasileiras em relação à Educação Especial têm início a partir de documentos como a Constituição
Federal Brasileira, que define, no artigo 205, a Educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da
pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No artigo 206, inciso I, institui a “igualdade de condições de
acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante como dever do Estado a oferta do
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). E também o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90, no artigo 55, reforça os dispositivos legais da Constituição Federal de 1988 ao
definir que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino”.

Nossas politicas também buscam apoio na Declaração Mundial de Educação para Todos (1990), em Jomtien, que reafirma o
direito básico à Educação para todos e, em 1994, divulga-se a Declaração de Salamanca, na Espanha, todas passando a
influenciar a formulação das políticas públicas da Educação Especial.

Com o objetivo de reforçar a obrigação do país em prover a Educação, é publicada, em dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 9.394/96.

Essa lei expressa alguns avanços importantes, tais como: a oferta da Educação Especial na faixa etária de 0 a 6 anos; a ideia
de melhoria da qualidade dos serviços educacionais para os alunos e a necessidade de o professor estar preparado e com
recursos adequados de forma a atender à diversidade dos alunos. O capítulo V dessa lei trata especificamente da Educação
Especial, expressando que ela deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino e, quando necessário, deve
haver serviços de apoio especializados.

Percebeu que a história da Educação Especial brasileira até a década de 1990 apresenta conquistas em relação à Educação dos
indivíduos com deficiência? Porém, as mudanças mais significativas têm início com movimentos de inclusão social no mundo, a
partir de conferências e documentos que trazem à tona os direitos das pessoas, independente de sua condição física,
cognitiva, psíquica, econômica e social.

Em relação ao surgimento do movimento de inclusão na Educação, estudiosos da área concordam em que os países
considerados desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá, Espanha e Itália foram os pioneiros e influenciadores na
implantação de classes e de escolas inclusivas, mas não apontam um marco para o início desse processo.

No Brasil, as discussões em torno do novo modelo de atendimento escolar denominado inclusão escolar acontecem por volta
ainda da década de 1990, como uma reação contrária ao processo de integração. Porém, sua proposição e efetivação prática
têm gerado muitas controvérsias. Ou seja, não temos acompanhado tão de perto o resto do mundo no que se refere aos
avanços na área da Educação Especial.

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1.7 - As Políticas Educacionais para as pessoas com deficiência no Brasil: proposições e


definições

A proposta de uma educação inclusiva requer que ocorram transformações estruturais no sistema educacional. Embora
existam documentos legais garantindo o atendimento educacional especializado aos sujeitos da Educação Especial,
preferencialmente na rede regular de ensino, sabemos que não se concretiza sem que se garantam, enquanto
responsabilidade do Estado, recursos humanos, físicos, materiais, entre outros, sendo urgente maior compromisso político e
investimento financeiro com a Educação brasileira.

No processo de inclusão escolar brasileiro, os envolvidos - escolas, pais, alunos e profissionais da área - podem e devem, de
acordo com o texto da lei, contar com o apoio do atendimento educacional especializado no caso da matrícula de alunos com
deficiência em escolas regulares.

Em meio a diferentes impasses conceituais e sociais, o Brasil instituiu a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva - PNEE (2008), para esclarecer e definir o aluno da Educação Especial e seu direito à escolarização.
Ressalta-se que o trabalho da Educação Especial necessita ser articulado com o ensino comum, tendo em vista o atendimento
das necessidades educacionais especiais do alunado abaixo definido.

Consideram-se alunos com deficiência aqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual e sensorial,
que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.

Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais
recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos
com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil.

Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas isoladas ou
combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento
na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia,
disortografia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros (BRASIL, 2008, p. 15).

O AEE, de acordo com o MEC e a Secretaria de Educação Especial, consiste em um serviço da Educação Especial que
identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena
participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas.

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1.8 - As Políticas Educacionais para as pessoas com deficiência no Brasil: novos olhares para o
AEE

A legislação brasileira, sobretudo a Constituição, admite ainda que o atendimento educacional especializado (AEE) deva ser
preferencialmente oferecido na rede regular de ensino, todavia também pode ser oferecido fora dessa rede, já que é um
complemento, e não um substitutivo do ensino ministrado na escola comum para todos os alunos. Ele deve ser oferecido em
horários distintos das aulas das escolas comuns, com outros objetivos, metas e procedimentos educacionais. Suas ações são
definidas conforme o tipo de deficiência a que se propõe a atender. Também temos o Decreto Nº 6.571/08 (BRASIL, 2008),
que dispõe sobre o atendimento educacional especializado. Este resolve e define este sistema de apoio à escolarização de
alunos com deficiências como sendo “[...] o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados
institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular (Brasil/SEESP,
2008, § 1)”. Especifica através do Art. 3o, que o MEC dará suporte técnico e financeiro às seguintes ações voltadas à oferta do
atendimento educacional especializado, entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto:

I. Implantação de salas de recursos multifuncionais;

II. Formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado;

III. Formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação inclusiva;

IV. Adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade;

V. Elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade; e

VI. Estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior.

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1.9 - As Políticas Educacionais para as pessoas com deficiência no Brasil: AEE x reforço escolar

O Atendimento Educacional Especializado, como apoio educacional, constitui:

apoios complementares e suplementares que favorecem o acesso ao currículo, podendo ser oferecidos dentro da sala de
aula, como ajuda ao professor relacionado às estratégias adotadas, ou fora dela, no contraturno da escolarização no caso
para atendimento do aluno;
na forma de complementação, objetiva um trabalho pedagógico complementar necessário ao desenvolvimento de
competências e habilidades próprias nos diferentes níveis de ensino, ser realizado no contraturno e se efetiva por meio dos
seguintes serviços: salas de recursos; oficinas pedagógicas de formação e capacitação profissional.

Fonte: Equipe DocentEPT

Mesmo com todas as nuances de uma mudança conceitual, cultural e atitudinal, os documentos legais acarretaram um avanço
importante ao chamar atenção dos governantes para a necessidade de aplicar todo investimento possível para o
redimensionamento das escolas, para que possam atender, efetivamente, todas as crianças, independente de suas diferenças
e/ou dificuldades.

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2 - Processos de ensino e aprendizagem da pessoa com deficiência

Você estudou sobre os modelos teóricos da deficiência no contexto brasileiro, debateu sobre as principais mudanças
conceituais da deficiência e também estudou a legislação que garante os direitos das pessoas com deficiência.

Em um primeiro momento, no Brasil e no mundo, crianças e jovens foram excluídos da escola devido a sua condição biológica.
Muitos sujeitos ficaram isentos de frequentá-la durante os principais anos de formação e apropriação cultural. Em um segundo
momento, reduziu-se sua educação ao ensino primário; à formação para o ensino profissional básico; enfatizando as práticas
de sondagem/diagnóstico, de atividades de vida diária em detrimento de práticas pedagógicas que favorecessem o
desenvolvimento de formas mais elaboradas de pensamento.

Como já discutimos em outro momento, o acesso ao ensino é um direito defendido na legislação nacional desde o final do
século XX, principalmente marcado pela criação de leis, decretos e resoluções, planos, pactos, dentre outras ações. Contudo,
somente garantir o acesso à escola não assegura o desenvolvimento pessoal e a apropriação da cultura pela criança, jovem e
adulto. É urgente que se criem condições de organização das práticas pedagógicas vivenciadas nesse espaço, para que
“todos”, a partir da “permanência e qualidade”, tenham a chance de aprender.

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09/08/2023, 16:28 Educação Especial: conhecendo os fundamentos históricos, legais e científicos

2.1 Princípios para o ensino e a aprendizagem das pessoas com deficiências: intelectual, física,
múltipla, visual, auditiva e surdez

A escola, como espaço formal de educação, tem um papel fundamental no processo de constituição do indivíduo e na
apropriação de conhecimentos. Reúne diversos profissionais que interagem entre si, com vistas a alcançar o objetivo
educacional em comum: a aprendizagem dos alunos. De todos os alunos! Então, é fundamental considerar a diversidade
existente na sala de aula e prioritariamente em relação aos alunos que apresentam peculiaridades no desenvolvimento que
podem ser desafiadoras para as atividades docentes.

Fonte: Equipe DocentEPT

Nos próximos subtópicos e capítulos, vamos estudar brevemente sobre as principais peculiaridades das pessoas com
deficiências, transtornos globais do desenvolvimento/transtornos do espectro autista e altas habilidades/superdotação.
Registre suas dúvidas, compartilhe suas experiências nos momentos síncronos e aproveite cada momento da disciplina no
contexto da sua realidade.

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2.2 - Deficiência intelectual

Fonte: Freepik.com

A deficiência intelectual (DI) define-se como alterações significativas tanto no desenvolvimento intelectual como na conduta
adaptativa e na forma de expressar habilidades práticas, sociais e conceituais na sociedade em comparação com seus pares.

Segundo a OMS, a deficiência intelectual divide-se em:

Profunda;

Grave/severa;

Moderado/média;

Leve/ligeira.

Essa deficiência desafia a escola comum no seu objetivo de ensinar, de levar o aluno a aprender o conteúdo curricular,
construindo o conhecimento. O aluno com DI tem uma maneira própria de lidar com o saber, que não corresponde ao que a
escola preconiza. Na verdade, não corresponder ao esperado pela escola pode acontecer com todo e qualquer aluno, mas os
alunos com deficiência intelectual denunciam a impossibilidade de a escola atingir esse objetivo de ensinar a todos ao mesmo
tempo, com a mesma metodologia e ferramentas únicas de avaliação. (BRASIL, 2010)

As possibilidades de apropriação dos conceitos científicos e da cultura pelas pessoas com deficiência intelectual —
especialmente aqueles que envolvem memória, criação, atenção, raciocínio lógico, interpretação, enfim as operações
simbólicas como um todo — dependem das interações estabelecidas entre professor e aluno ou aluno e aluno durante as
práticas pedagógicas, bem como a participação contexto social e cultural. As formas de funcionamento mental podem ser
modificadas quando é priorizado o ensino dos conceitos, seus significados e sentidos, a partir da mediação e das experiências
de aprendizagem a que os sujeitos são expostos no ambiente escolar. (PLESTSH, 2014)

Para compreender melhor sobre o assunto, veja a

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Deficiência Intelectual: Inclusão Social e Escolar.

Saiba mais:
https://www.editoranavegando.com/livro-katia

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09/08/2023, 16:28 Educação Especial: conhecendo os fundamentos históricos, legais e científicos

2.3 - Deficiência Física

Fonte: Freepik.com

A deficiência física (DF) é uma alteração do funcionamento completo ou parcial de partes do corpo humano, como os membros
superiores e/ou membros inferiores, acarretando comprometimento da função física. É necessária a aposta por parte do
professor na possibilidade de participação da pessoa com DF no contexto escolar, sendo também fundamental para superação
das barreiras atitudinais presentes na sociedade.

A DF apresenta-se na forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,


triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade
congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
(BRASIL, 2007a)

Saiba mais:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf

Tecnologias Assistivas
Das categorias de Tecnologias Assistivas que podem ser úteis para pessoas com deficiência física, destacam-se:

Auxílios para a vida diária;

Comunicação aumentativa e alternativa;

Recursos de acessibilidade ao computador;

Sistemas de controle de ambiente;

Projetos arquitetônicos para acessibilidade;

Órteses e próteses;

Adequação Postural;

Auxílios de mobilidade;

Adaptações em veículos.

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Observe que a maioria das categorias de Tecnologia Assistiva pode ajudar a resolver problemas cotidianos associados à DF.
Neste contexto, é necessário a escola buscar parcerias para desenvolvimento de pesquisa e na produção de Tecnologia
Assistiva.

É importante identificar a condição física do aluno, mas investir em novos modos de participação como uso de recursos
adaptados para cada realidade encontrada, nem todo aluno com DF irá precisar de um teclado colmeia, mas, para os que
possuem espasmos, esse recurso pode ser de grande ajuda. Então, conheça seu aluno, suas potencialidades e suas
necessidades antes de traçar seus objetivos e metodologias para a prática educativa.

Fonte: IFRS (https://cta.ifrs.edu.br/recurso-ta/teclado-com-colmeia/)

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2.4 - Deficiência Visual

A deficiência visual é a perda ou redução das funções básicas do olho e do sistema visual que pode ser súbita e grave ou ser o
resultado de uma deterioração gradual, em que objetos a pequena/grande distância se tornam cada vez mais difíceis de ver.

Cada pessoa desenvolve processos particulares de codificação que formam imagens mentais. A habilidade para compreender,
interpretar e assimilar a informação será ampliada de acordo com a pluralidade das experiências, a variedade e qualidade do
material, a clareza, a simplicidade e a forma como o comportamento exploratório é estimulado e desenvolvido.

Você já estudou sobre as questões históricas ligadas às deficiências no Brasil. Mas te convido a ler o texto de Garcia e Braz
(2020) sobre o contexto Deficiência visual: caminhos legais e teóricos da escola inclusiva, e complementar seu conhecimento
sobre as legislações e desafios vividos pelas pessoas com deficiência visual na escola.

Existem dois tipos diferentes de deficiência visual:

Baixa visão
A baixa visão define-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo depois de tratamento ou correção.
Os óculos melhoram a acuidade visual (miopia e hipermetropia) e existe uma distorção da capacidade visual adequadamente
classificada (normalmente, danos no campo de visão).

Cegueira
A cegueira é uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável
a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente.
Pode ocorrer desde o nascimento (cegueira congênita) ou posteriormente (adquirida) em decorrência de causas orgânicas ou
acidentais. Em alguns casos, a cegueira pode associar-se à perda da audição (surdocegueira) ou a outras deficiências. Se a
falta da visão afetar apenas um dos olhos (visão monocular), o outro assumirá as funções visuais sem causar transtornos
significativos no que diz respeito ao uso satisfatório e eficiente da visão.

O processo de aprendizagem de uma pessoa com deficiência visual dá-se através dos sentidos remanescentes (tato, audição,
olfato, paladar) utilizando o sistema Braile como principal meio de comunicação escrita.

Cada deficiência visual tem as suas características individuais podendo ocasionar: campo visual restrito (campo de visão
tubular), perda de campo visual, sensibilidade à luz de encadeamento, cegueira noturna, acromatopsia ou limitação forte da
capacidade visual.

Saiba mais: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf

Indicamos a leitura do artigo: Estratégias de ensino para alunos deficientes visuais: a Proposta Curricular do Estado de São
Paulo, de Maria Luiza Salzani Fiorini, Débora Deliberato e Eduardo José Manzini, que teve por objetivo planejar estratégias de
ensino e adaptações de recursos com foco na inclusão educacional do aluno com deficiência visual, fundamentando-se nas
atividades contidas na Proposta Curricular do Estado de São Paulo. O material poderá contribuir para entender na prática as
possíveis adaptações, para que todos participem do processo de ensino e aprendizagem.

Parte do texto baseado no artigo de Antônio João Menescal Conde - Professor do Instituto Benjamin Constant: O que é a
cegueira e a baixa visão

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2.5 - Deficiência Auditiva e Surdez

A deficiência auditiva e a surdez caracterizam-se pela falta parcial ou total de audição em um dos ouvidos ou nos dois. No
primeiro caso, a pessoa utiliza a modalidade oral em Língua Portuguesa como principal forma de comunicação. As intervenções
realizadas nas relações sociais acontecem principalmente na modalidade oral e leitura labial. Depende da condição residual de
cada pessoa.

Já o surdo ou pessoa com surdez apresenta perda significativa da audição em ambos os ouvidos e é usuário da Língua
Brasileira de Sinais (Libras). A interação com o mundo ocorre, sobretudo, pelo uso dessa língua como primeira e a língua
portuguesa como língua adicional ou segunda língua.

Você já ouviu falar em comunidade surda? O que seria isso?

Segundo Lopes,

"A comunidade apareceu como um dos espaços mais produtivos para que a surdez fosse pensada a partir de bases culturais e históricas. Em torno
do campo semântico que tem como centro o conceito de comunidade – (com)unidade; comum(idade) -, infinitas narrativas circulam produzindo
infinitos e poderosos significados sobre os sentimentos de pertencimento, partilha, comunhão, sociedade, identidade, segurança etc. Todas essas
palavras e expressões são recorrentes nas narrativas surdas sobre a comunidade à qual pertencem." (LOPES, 2011, p. 72)

Considerar a base cultural e histórica da surdez é muito relevante quando estamos diante dessa criança, jovem ou adulto em
nossa sala de aula e na sociedade. E, por falar em sala de aula, o que fazer se o professor não sabe Libras? A legislação atual
garante que, para a organização escolar do aluno surdo, é necessário que seja acompanhado por um profissional Tradutor e
Intérprete de Libras-português (Tilsp), que traduz e interpreta o par linguístico Libras-português. Mesmo estando na sala de
aula junto com o professor, o Tilsp não é o responsável pelo ensino a esse aluno. Ao contrário, o Tilsp realiza o trabalho
colaborativo com o docente para organização do seu processo de tradução e interpretação.

É muito importante que aconteça a cooperação entre o professor e o intérprete. O planejamento antecipado, a cooperação e a
partilha "[...] precisa ser desenvolvido e aprofundado para que “comportamentos rotineiros” de distanciamento entre a prática
desses dois profissionais não causem prejuízos para a atividade nem de um nem do outro, e, consequentemente, no processo
de ensino aprendizagem do aluno surdo." (NOGUEIRA, 2018, p. 39)

Então, fique atento aos Marcos legais importantes: a aprovação da Lei nº. 10.436/2002 (BRASIL, 2002), mais conhecida
como a Lei de Libras, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação e expressão de comunidades
das pessoas surdas no Brasil; e o Decreto nº. 5.626/2005 (BRASIL, 2005) com a finalidade de definir e normatizar outros
procedimentos referentes aos profissionais que atuam na área de educação dos surdos.

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3 - Princípios para o ensino e a aprendizagem das pessoas com Transtorno do


espectro autista

Neste capítulo, você estudará sobre o ensino e aprendizagem das pessoas com Transtornos do Espectro autista. Esse grupo
sofreu várias mudanças em sua nomenclatura nos últimos anos nos manuais clínicos, o que nos dá uma pista sobre as
multideterminações por trás do desenvolvimento desses sujeitos. Resumidamente, encontramos o autismo como uma
síndrome comportamental, de etiologias múltiplas, com intensas implicações para o desenvolvimento da criança (CAMARGO;
BOSA, 2009).

Nos últimos anos, o interesse das pesquisas sobre esse público no Brasil se intensificou, principalmente, a partir da
implementação das leis, políticas e programas que trazem em seu bojo a intenção de reduzir a quantidade de crianças com
autismo fora da escola (BRASIL, 2012b).

Ainda Brasil, o movimento social, composto por famílias e interessados pelo tema, tem se organizado para discutir os direitos
das pessoas com autismo, e essa organização e persistência culminaram, em dezembro de 2012, na aprovação da Lei nº
12.764, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.[1] No § 1º do
art. 1º, esse transtorno é definido pelas seguintes peculiaridades:

I - Deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência
marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em
desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento;

II - Padrões restritivos e repetitivos de comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais
incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos.

Essa caracterização que aparece na Lei nº 12.764 precisa ser considerada com cautela, pois permite uma interpretação que
reduz a pessoa com autismo ao seu diagnóstico, apontando termos que levam ao engessamento das possibilidades de seu
desenvolvimento, considerando apenas seu viés biológico. Afirmar que esses sujeitos apresentam “falência em desenvolver e
manter relações apropriadas” pode dar a entender que o desenvolvimento só depende dele e que a “ausência” de
reciprocidade social se configura independentemente das condições sociais e históricas vividas.

A partir dessa Lei, a pessoa com autismo foi “[...] considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais” e, entre os
direitos conquistados, destaca-se o acesso “[...] à educação e ao ensino profissionalizante” (BRASIL, 2012b). Sobre a
educação, o Decreto nº 8.368, de 2 de dezembro de 2014, que regulamenta tal lei, no art. 4º, diz que é dever Estado, da
família, da comunidade escolar e da sociedade “[...] assegurar o direito da pessoa com transtorno do espectro autista à
educação, em sistema educacional inclusivo, garantida a transversalidade da Educação Especial desde a educação infantil até
a educação superior” (BRASIL, 2014). Essa é, na verdade, uma reafirmação dos direitos à educação já conquistados em outras
legislações, como a própria Constituição de 1988, a LDB de 1996, a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva de 2008, dentre outras.

Com referência ao acesso à educação, foi somente após o movimento da inclusão, no final da década de 90, que a
escolarização da criança com autismo teve início timidamente, no Brasil, em escolas comuns. Ainda era marcantemente
indicada a escola especial para a educação dessas pessoas, onde ficavam segregadas, convivendo com crianças com o mesmo
perfil ou transtornos de outra natureza, com pouco acesso a novas experiências sociais.

De acordo com Bosa (2002), poucas patologias do desenvolvimento suscitam tanto interesse e controvérsias quanto o
autismo, e ainda há vários aspectos que permanecem obscuros com referência a esse assunto. Esse fato tem tornado a sua
escolarização como um campo em construção, havendo ainda muita angústia e desconhecimento por parte dos professores
sobre como lidar com a educação da criança, jovens e adultos com autismo.

Na sala de ensino comum, as oportunidades de aprendizado precisam ser construídas como alternativas, e não como
condicionamento do aluno para participação em uma determinada atividade.

Pesquisas apontam para o despreparo, desconhecimento, “desespero”, dos professores diante da criança com autismo.
Algumas, porém, trazem um alerta para não permanecermos com o alvo na síndrome, mas sim mirar a potencialidade de cada
indivíduo, único (VASQUES, 2008; CRUZ, 2009; CHIOTE, 2011; SALGADO, 2012; GONRING, 2014). Assim, considerar a
pessoa que aprende, capaz de demonstrar o que sabe de modo singular, de participar das relações sociais – mesmo que
inicialmente pareça não estar interessada –, de envolver-se nas descobertas das novidades que a cercam com a ajuda do
outro. Enfim, considerar uma criança que cresce sem alguém dizer antecipadamente até que ponto; um jovem capaz de
escolher sua profissão; e um adulto que pode ser inserido no mercado de trabalho.

Parte deste texto foi extraído da tese de Santos (2017).

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Saiba mais no texto de Santos e Oliveira (2018) Meios auxiliares e caminhos alternativos: o aluno com autismo e a prática
pedagógica.

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4 - Princípios para o ensino e a aprendizagem das pessoas com Altas


habilidades/superdotação

Neste capítulo, você irá conhecer sobre as Altas habilidade/superdotação, uma área que traz muitas dúvidas no ambiente
escolar. Uma criança que aparentemente demonstra falta de limite, desinteresse, hiperatividade na escola ou em outros
espaços, pode, na verdade, estar escondendo talentos, altas habilidades e superdotação. Ouça no podcast sobre o que são
Altas habilidade/superdotação, uma reflexão sobre o assunto.

É preciso divulgar entre educadores que o aluno com altas habilidades/superdotação necessita de uma variedade de
experiências de aprendizagem enriquecedoras, que estimulem seu potencial de acordo com suas potencialidades.

Renzulli (2004) apresenta o Modelo dos Três Anéis que contém características que um aluno deve apresentar para ser
identificado com altas habilidades/superdotação. Segundo esse modelo, o comportamento de superdotação é originário de três
peculiaridades essenciais: habilidade acima da média, envolvimento com a tarefa e criatividade. O enlace dessas três
especificidades, de acordo com o pesquisador, resulta em um comportamento de superdotação. O autor ainda ressalta que
esse enlace passa por influências de fatores externos, ou seja, do ambiente em que a criança está inserida, e de fatores que
dizem respeito a sua personalidade.

Para saber mais leia o texto O que é esta coisa chamada superdotação, e como a desenvolvemos? Uma retrospectiva de
vinte e cinco anos de JOSEPH S. RENZULLI.

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Algumas considerações

Como está organizada a proposta para o processo de escolarização desses alunos no ensino comum? Quais desafios os
profissionais da escola têm enfrentado a fim de garantir, para além da matrícula, a transmissão dos conteúdos historicamente
construídos pela humanidade? Quais práticas educativas estão instituídas na educação básica e no ensino superior, diante da
matrícula do estudante com deficiência, transtorno global do desenvolvimento/transtorno do espectro autista e altas
habilidades/superdotação? Quais os desafios e as possibilidades no que diz respeito aos processos de ensino e de
aprendizagem são percebidos em sua escola ou comunidade?

Na escola, lugar de aprender, os esforços de cada professor envolvem considerar o objetivo final da ação educativa, que é a
aprendizagem do aluno, qualquer aluno! Entretanto, cada vez mais os estudos têm apontado que, numa perspectiva inclusiva,
o trabalho de cada professor necessita se articular com o coletivo da escola para que o objetivo final, que é o aprendizado dos
alunos, se efetive (ZANATA, 2004; LOIOLA, 2005). Faz parte do coletivo envolver todos os profissionais na estruturação da
escola. Isso inclui participação ativa nas decisões para a construção de um plano educacional que atenda aos alunos com
necessidades especiais por deficiência, transtornos e altas habilidades/superdotação e às suas diversidades.

A escola, como espaço formal de educação, tem um papel fundamental no processo de constituição do indivíduo e na
apropriação de conhecimentos. O modo como enxergamos o aluno e as expectativas que temos sobre ele acaba impactando
nas práticas que dirigimos para eles e, consequentemente, no seu desenvolvimento (PLETSCH, 2014).

📚 Para ler
1. Leitura do Guia da Lei Brasileira de Inclusão – 13.146/15 – Estatuto da Pessoa com Deficiência, para entender a mudança conceitual na
legislação brasileira;
2. Leitura do texto Como chamar as pessoas que têm deficiência?, de Romeu Kazumi Sassaki (https://diversa.org.br/artigos/como-chamar-pessoas-que-
tem-deficiencia/);
3. Leitura do texto Terminologia sobre deficiência na era da inclusão, de Romeu Kazumi Sassaki (https://www.selursocial.org.br/terminologia.html), que
traz um compilado de palavras e termos que usualmente observamos, mas que apresentam percepções equivocadas e abordagens incapacitantes.

🎞️Para assistir
1. Assista ao vídeo A expressão “pessoa com deficiência”, disponibilizado pela Conviva Educação:

Minuto Conviva - pessoa com deficiência


·
Conviva Educação Seguir

💡 Para refletir:
Qual ou quais mudanças conceituais e terminológicas em relação à deficiência e à pessoa com deficiência chamou mais sua atenção? Por que?
Você considera que as mudanças históricas e legais são importantes hoje para a efetivação da inclusão da pessoa com deficiência?

https://ava.uab.iftm.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=6839 37/40
09/08/2023, 16:28 Educação Especial: conhecendo os fundamentos históricos, legais e científicos

Referências

ARANHA, M. S. F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência, transcrição de artigo da revista do Ministério Público do
Trabalho, Ano XI, n. 21, Março de 2001, p. 160-173.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição [da] República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil, Brasília, 23 de dez. 1996. Seção 1.

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_______. SEESP/MEC. Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: < HTTP://portal.mec.gov.br> .
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______. SEESP/MEC - Conselho Nacional de Educação/ Câmara de Educação Básica. Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 - Diretrizes operacionais
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< http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf>. Acesso em: 10 de março de 2010.

_____. SEESP/MEC. Atendimento educacional especializado: Pessoa com Surdez. DAMÁZIO, M. F. M. (Org.) 2007. Disponível em:
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_____. Decreto nº 3.076/1999. Instituiu a Política Nacional para Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em:
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UNESCO. Declaração de Salamanca 1994. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em
: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acessado em 10 de outubro de 2010.

https://ava.uab.iftm.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=6839 39/40
09/08/2023, 16:28 Educação Especial: conhecendo os fundamentos históricos, legais e científicos

Ficha Técnica

Título Fundamentos da deficiência e da Educação Especial

Autoria Larissy Alves Cotonhoto (2021) / Emilene Coco dos Santos (2021)

Design gráfico Camila Karoline Justino Marques


Luiza Fonseca de Souza

Design instrucional Michele Silva da Mata

Revisão textual Cláuberson Correa Carvalho

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

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