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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................3

I PARTE.............................................................................................................................................................4

HISTÓRICO...................................................................................................................................................4

A EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE MENTAL NO BRASIL........................................................................6

II PARTE.........................................................................................................................................................10

A INTEGRAÇÃO........................................................................................................................................10

A INCLUSÃO..............................................................................................................................................11

CONSIDERAÇÕES GERAIS......................................................................................................................12

CONCLUSÃO..................................................................................................................................................14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................................15
INTRODUÇÃO

O presente trabalho insere-se numa linha de reflexão sobre a condição da


pessoa portadora de deficiência no contexto social.
Por mais de sete anos atuei como psicólogo no interior de uma instituição
que presta atendimento direto a pessoas deficientes. É um trabalho que gera
muita angústia, Inquietações. Não necessariamente a deficiência propriamente
dita, mas as condições sociais da grande maioria das famílias dos portadores.
No interior de uma instituição dessa ordem, o profissional é muito exigido,
seja no campo de conhecimento, pela diversidade de condições geradas por uma
multiplicidade de causas, ou pela necessidade de oferecer orientação, apoio às
famílias e professores que atuam diretamente com o portador.
Um novo momento se instala, recentemente, com a proposta de inclusão,
especificamente no ensino regular. Como profissional desta área, identifico muitas
dificuldades da própria educação em cumprir com o seu papel, e a tarefa de
inclusão de Pessoas Portadoras de Deficiência vai exigir não só um esforço
adicional, por parte do profissional de educação, especialmente do professor,
como um conhecimento mais específico das deficiências e de como trabalhar com
estes alunos.
Para mim, é indiscutível a importância do processo de inclusão, mas o que
mais me preocupa é a maneira como ele vai ser conduzido, ou seja, com critérios.
Sem exposições desnecessárias da pessoa deficiente, nem com uma sobrecarga
excessiva ao professor.
Assim, neste trabalho, a proposição é resgatar aspectos históricos
significativos com relação à figura do portador de deficiência, para que possamos
refletir melhor sobre o momento que estamos vivendo, sobre a nossa prática.
Dessa forma, o trabalho ficou constituído de duas partes, na primeira, o percurso
histórico; na segunda, são feitas algumas considerações sobre aspectos do
momento atual.

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I PARTE

HISTÓRICO

A Pessoa Portadora de Deficiência foi vista e encarada de mais de uma


maneira, desde a antigüidade até os nossos dias. Essas diferentes formas de se
entender a pessoa deficiente estiveram ligadas a valores sociais, morais,
filosóficos, éticos, religiosos que predominaram em determinados períodos
históricos, revelam o modo como o homem se percebe, compreende e trabalha
com suas deficiências na cultura em que está inserido.
Da Grécia, os dados que nos chegam é que em função do culto à beleza
física que predominava em Atenas e a busca de homens fortes e sadios
requerida em Esparta, povo guerreiro e orgulhoso dos seus combates, o relato de
casos de Pessoas Portadoras de Deficiências que eram sacrificadas.
Na Idade Média, com a crença no sobrenatural e as relações com a magia
e o temor diabólico produziram-se atitudes contraditórias com relação aos
indivíduos “anormais” deste período. “Os psicóticos e epilépticos eram
considerados possuídos pelo demônio, alguns estados de transe eram aceitos
como possessão divina e os cegos reverenciados como videntes profetas e
adivinhos”. (Amiralian, 1986, p. 2).
No fim da Idade Média, por influência de organizações cristãs, inicia-se o
atendimento assistencial. Com o Renascimento e a ênfase no conhecimento
científico, o homem começa a ser colocado no centro da sociedade e, por
conseqüência, começam a buscar soluções científicas para os problemas que
eram enfrentados.
Mas foi só no fim do século XVIII, com o desenvolvimento da medicina e a
mudança que Pinel leva a termo na estrutura dos hospitais psiquiátricos que uma
atitude mais humanitária começa surgir em relação aos doentes mentais.
Datam dessa época os primeiros estudos em relação aos portadores de
deficiência. Será Jean Marc Gaspar Itard (1774 – 1838), médico e contemporâneo

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de Pinel quem iniciará, pela primeira vez, de um ponto de vista histórico, o
trabalho de educação de uma criança portadora de deficiência. Victor, o menino
selvagem de Aveyron; será colocado a seus cuidados, com recomendações de
educá-lo, por determinação do Ministro do Interior da França.
Não se trata de acaso, a indicação de Itard para educar Victor. Ele já era
educador de pessoas surdas-mudas. E as concepções teóricas sobre a educação
de pessoas deficientes eram decorrentes das teorias de John Locke (1632 –
l704). Locke escreve em 1690 o Essay Concerning Human Hunderstanding, onde
propõe mostrar “a natureza e as limitações do entendimento humano como
argumento para fundamentar a tolerância religiosa e filosófica em lugar do
preconceito e da rigidez dogmática”. (Pessotti, 1984, p. 21).
Para Locke a experiência é o fundamento de todo o nosso saber. Se as
idéias e, por conseqüência, a conduta são o produto da experiência individual,
não se justifica a perseguição moralista ao deficiente e não se admite que a
deficiência seja uma lesão irreversível. Seria mais um estado de carência de
idéias e operações intelectuais semelhante ao recém nascido. Cabe, pois, à
experiência e, portanto, à educação suprir estas carências, visto que a mente é
entendida como uma página em branco, sem qualquer letra, sem idéias.
Condillac (1715-1780), tendo por base as idéias de Locke escreve em 1749
o Essay sur L’Origine Des Sensations, onde defende que não deve haver
máximas sobre nada, todas as idéias devem nascer das operações da mente.
Pois as operações mentais nada mais são que as sensações transformadas. A
estátua de Conddillac é o símbolo de sua teoria.
Se a sensação pode gerar todas as faculdades, um organismo totalmente
tabula rasa, praticamente uma estátua, ao qual se conferisse separadamente
cada um dos sentidos, deveria ser capaz de exercer todas as faculdades a partir
de um único canal sensorial, o olfato, pôr exemplo. Assim, o entendimento
abrangeria todas as operações reflexivas e, conseqüente idéias de reflexão como
se dispusesse dos cinco sentidos.
Vê-se, dessa forma, que neste período histórico, houve uma mudança de
conceitos em relação ao homem e à origem do conhecimento. O homem não
estava determinado ao nascer. Não traria as idéias consigo, conforme a teoria da
reminiscência de Platão, onde após o nascimento a vida humana consistiria em

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se trabalhar para trazer à tona o que já estava contido internamente ou, relembrar
o que já se sabia.
Podemos assim, situar historicamente o trabalho de Itard dentro das
concepções filosóficas que vinham desenvolvendo-se no século XVIII e início do
século XIX. Especificamente no século XIX haverá um grande desenvolvimento
da medicina de onde sairão grandes figuras que se destacam no universo
educacional, como Edouard Seguin, Pestalozzi e Frederico Froebel. Seguin, à sua
época, foi um dos maiores especialistas e divulgador dos conhecimentos,
métodos e técnicas de educação destinadas ao trabalho com Pessoas Portadoras
de Deficiência.
Pestalozzi (1746 – 1887) foi criador de instituições caritativas, sendo a
escola de yverdon a que se destaca, pôr sua metodologia naturalista, mas
inarticulada.
Frederico Froebel (1782 – 1852), após sua visita a escola de yverdon, com
as reflexões sobre as falhas observadas no método de Pestalozzi, elabora um
sistema de educação especial para a primeira infância, cujas características o
tornavam aplicáveis também a crianças deficientes mentais.
O método exigia toda uma reformulação na organização escolar física e
funcional, além de requerer materiais especiais, simples mas eficazes para os
propósitos de Froebel. Essa metodologia era essencialmente naturalista e
antiformalista, baseada em princípios, onde cada criança tem sua individualidade
que deve ser respeitada.
Programada antes de l840, a relação dos materiais satisfaria hoje, as
exigências de muitas escolas especiais.

A EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE MENTAL NO BRASIL

No Brasil, a educação da Pessoa Portadora de Deficiência tem inicio com a


fundação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854 que com a
proclamação da república passa a chamar-se Instituto Benjamin Constant. E com
a fundação do Instituto dos Surdos-Mudos, em 1856 que, mais tarde ficará

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conhecido como Instituto Nacional da Educação dos Surdos. Mas, há relatos de
que já em 1600 a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo,
atendia a deficientes físicos. Em fins do século passado, especialmente Januzzi
(l985), reporta-se a instituições para deficientes mentais junto ao Hospital Juliano
Moreira, em Salvador e Escola México, também para deficientes mentais, no Rio
de Janeiro.
No Século passado e início do atual, a educação da Pessoa Portadora de
Deficiência, salvo os casos de cegos e surdos, os quais tiveram instituições
iniciadas ainda na república, isto, por influência de pessoas com casos dessas
deficiências na família e que tinham acesso ao Imperador e seus ministros, todos
os outros casos eram atendidos em instituições anexas às casas de saúde
mental. E veja-se, que já em 1818 Esquirol no Dicionaire Des Sciences Medicales
havia distinguido loucura de idiotia, termo que indicava deficiência à época, e
Frederico Froebel (1782 – 1852) desenvolvera um sistema de educação especial
para a primeira infância, cujas características o tornaram aplicáveis também às
crianças deficientes.
Como no Brasil a educação enquanto um fenômeno social só vai se
instalar na passagem do século passado a este, com a industrialização. A
preocupação com as crianças que não aprendiam estava centrada nas grandes
cidades, isto, de um ponto de vista da higiene e saúde pública, com os médicos
inspetores.
Com o desenvolvimento dos ideais escolanovistas, na década de 20, a
educação começa a ser preocupação também dos políticos que queriam colocar o
Brasil ao corrente do que se passava na Europa. Nesta época haviam duas
correntes ligadas ao atendimento da Pessoa Portadora de Deficiência: A médico-
pedagógica e a psicopedagógica.
Mas, o grande acontecimento deste período será a vinda de um grupo de
professores da Europa, trazidos por Francisco Campos, Ministro da Educação de
Minas Gerais, para trabalharem no laboratório de psicologia experimental.
Era a Influencia do trabalho desenvolvido por Binet junto à educação
pública na França no início deste século (1905), chegando ao Brasil.
Helena Antipoff juntar-se-á a este grupo e exercerá marcante influência
junto aos estudantes do laboratório de psicologia experimental. Desenvolverá e

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aplicará toda uma metodologia destinada às Crianças Portadoras de Deficiências.
Criará espaços específicos para o atendimento a estas crianças, como as salas
especiais. Procurará distinguir as Crianças Portadoras de Deficiências das com
dificuldades de aprendizagem.
Antipoff, em 1932 funda a Sociedade Pestalozzi, em Belo Horizonte. Esta
sociedade será mantida por seus alunos e amigos que se dispõem a atender e
orientar as famílias que tinham crianças deficientes. Mas, em 1935 é fundado o
Instituto Pestalozzi, como órgão da secretaria de educação de Minas Gerais. Esta
sociedade se expandirá por todo o Brasil, e a ela Juntar-se-á um outro forte
movimento na década de 50. Será o movimento de criação das associações de
pais e amigos dos excepcionais (APAEs).
As APAEs, enquanto movimento, representam um esforço da sociedade
civil, principalmente das próprias famílias dos portadores de deficiência, no
sentido de criarem-se condições mínimas ao atendimento dos deficientes. Estas
iniciativas seguiram, inicialmente, modelos Norte Americanos ou Europeus e eram
iniciativas inéditas em muitos estados brasileiros, visto que não havia por parte do
governo um comprometimento com questões relativas à educação, saúde e, por
um prisma mais amplo, com o desenvolvimento desta parcela da população.
Como este foi um movimento que se concretizou no interior da sociedade
é, reconhecidamente, um dos maiores movimentos sociais da América Latina, o
governo começa a juntar-se a estas iniciativas, como é o caso, em nosso estado,
quando uma instituição é fundada, por uma diretoria civil, o estado participa com o
aporte de professores.
DA década de 50 até o presente, um grande avanço, em termos de número
de entidades, bem como da qualidade do atendimento efetivou-se, principalmente
nos centros mais desenvolvidos, mas ainda é muito o que falta ser feito para esta
população, visto que uma parcela muito reduzida do número total de pessoas
deficientes no país recebe atendimento especializado. Pesquisas nos dão conta
de que em torno de 5% da população total de deficientes recebem atendimento
especializado.
Quando a nova L.D.B. (1986) nos vêm propor o atendimento à Pessoa
Portadora de Deficiência preferencialmente na rede regular de ensino, seguindo o
modelo de inclusão, já posto em prática nos países desenvolvidos, esta nova

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situação nos faz repensar não só o percurso que a educação especial seguiu em
nossa sociedade, mas, principalmente, a maneira como ela vem ocorrendo
atualmente.

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II PARTE

A INTEGRAÇÃO

A integração visa a preparação da Pessoa Portadora de Deficiência para


se inserir na escola ou comunidade, é uma filosofia que nasce nos Estados
Unidos da América do Norte, na década de 70, tendo por base, o principio de
normalização. E nasce em função das críticas levantadas com relação aos custos
excessivos e ao atendimento oferecido de forma segregativa.
Esta proposição, Norte Americana, também foi trazida ao Brasil na década
de 70, quando a preocupação com a educação especial começa a aparecer nos
documentos oficiais do governo federal.
Nos Estados Unidos, a controvérsia que se estabeleceu, dizia respeito às
vantagens para a própria pessoa deficiente em freqüentar o ensino regular, por
exemplo, sem que houvesse por parte deste, uma preparação prévia.
Argumentava-se que a simples colocação de uma Pessoa Portadora de
Deficiência no mesmo espaço das outras pessoas, ditas normais, não garantiria a
integração.
Assim, no Brasil, onde não houve um trabalho intensivo de
institucionalização, como no modelo Norte Americano, pois as instituições
brasileiras de educação especial, são raras na primeira metade deste século e, só
começam a se disseminar mais intensivamente, na Segunda metade, com
características da nossa realidade, o discurso integrativo se coloca ao correr
deste movimento de criação de novas instituições.
Então, o que se verifica, na prática é que o discurso de integração
perpassa o interior das instituições de educação especial, mas o que ocorre,
realmente, é uma prática segregativa.
Há que se destacar, também, a diferença de institucionalização, pois no
modelo Americano, as instituições são de maior porte, com toda uma estrutura
técnica e burocrática que lhe dá sustentação, ao passo que em nossa realidade,

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especialmente a de Santa Catarina, a estrutura é descentralizada, com unidades
regionais ou municipais, as vezes, com pouquíssima estrutura técnica.
O que se pode ver é que a estrutura da educação especial, em nossa
realidade, é um modelo ainda em implantação, muitos municípios em nosso
estado, ainda não possuem entidade de atendimento à Pessoa Portadora de
Deficiência. Com a proposta inclusiva atual, estas entidades continuariam a
atender os casos mais graves e funcionariam como apoio técnico às unidades de
educação regular.
Pode-se dizer ainda, que o movimento de criação e disseminação de
instituições está em processo, tratando-se de um movimento recente, que ainda
tem uma tarefa a cumprir. Enquanto isso, um outro movimento começa a ser
desencadeado, no sentido inverso ao da institucionalização, mas que no
momento, ainda não pode prescindir da estrutura institucional atual.

A INCLUSÃO

A inclusão é um termo que nos chega ao conhecimento, a partir da


Declaração de Salamanca, onde os Delegados da Conferencia Mundial de
Educação Especial se reuniram, entre 7 e 10 de junho de 1994, na Espanha, para
discutir providências para a educação de crianças, jovens e adultos com
necessidades educativas especiais dentro do sistema regular de ensino.
No conceito de integração, o que se tem por base é a preparação da
Pessoa Portadora de Deficiência para que ela possa inserir-se na sociedade. Já o
conceito de inclusão implica na preparação da sociedade para receber a pessoa
com deficiência na sua integralidade, como ela é, oportunizando-lhe participação
ativa.
Sassaki (1997) desenvolve intensivamente estes dois conceitos,
defendendo que estamos em um momento de transição de uma prática a outra.
Mas, a ênfase que o conceito de inclusão vem trazer, no que diz respeito a
educação, é que o portador de qualquer deficiência seja atendido no sistema
regular de ensino. E é a partir da Declaração de Salamanca e da pressão

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exercida por seus Delegados, que vemos contemplados na L. D. B. (1996), o
termo “preferencialmente” na rede regular de ensino para o atendimento ao
portador.
Concessão?, ou pressão estabelecida pelos países mais desenvolvidos
economicamente, e que já põem em prática esta nova filosofia? Ou seria a
emergência de um novo paradigma, na esteira do processo de globalização?
Num sistema educativo que encontra muitas dificuldades no cumprimento
da sua tarefa, ao ensinar ”crianças que aprendem”, acrescentar-lhe a
incumbência de trabalhar mais uma parcela de educandos é uma questão que
merece ser pensada e refletida. Especialmente, diante do desespero e talvez, do
despreparo dos educadores, frente a esta questão.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Não há duvida de que as Pessoas Portadoras de Deficiências estão


conquistando cada vez mais espaços na sociedade. Países como Itália, Estados
Unidos, Espanha, possuem sistemas de educação bastante privilegiados para o
portador de deficiência. Não se concebe mais a educação especial como um
sistema de ensino paralelo. Utilizam critérios bastante definidos no processo de
inclusão.
Em nossa realidade, com um sistema geral de educação, as vezes
precário, fica difícil concebermos um processo confiável de inclusão. Salvo
experiências levadas a termo como na F.C.E.E. (Fundação Catarinense de
Educação Especial), onde os critérios de inclusão também são bem definidos.
Convivemos com a incerteza e insegurança dos educadores quanto a
proposição da nova L.D.B. O professor de ensino regular ainda desconhece a
realidade dessa nova parcela da população, suas características e necessidades.
Sua formação não lhe possibilita um trabalho consistente com esta clientela.
As universidades estão despertando para essa realidade, oferecendo
cursos de formação especifica, para professores nesta área.

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Enquanto isso, as instituições de educação especial continuam a exercer o
seu papel.
Novas experiências nos são colocadas, como as da reportagem da revista
Nova Escola (ano xiv-n.123-junho de 1999),com a matéria de capa, Inclusão:
Uma Utopia Possível, onde enfatiza várias situações em que a presença do aluno
portador de deficiência proporciona possibilidades de aprendizagem para seus
colegas “normais” de classe.
Pode-se, destacar ainda, que o termo inclusão, não se refere somente a
educação, mas que implica também em aspectos como, lazer, esportes, artes.
Mas a questão educação tem sido bastante discutida pela sua significação no
processo de socialização do indivíduo.

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CONCLUSÃO

A figura da Pessoa Portadora de deficiência, tem feito aparecer variadas


atitudes ao longo da história.
Passou pela eliminação ou abandono, na antigüidade. Na Idade Média, por
atitudes contraditórias, decorrentes do temor ao invisível (espíritos), mas foi onde
se iniciaram os atendimentos assistenciais, preconizados por instituições cristãs.
Mas, com o desenvolvimento da medicina, nos séculos XVIII e XIX que se
foram buscar as causas dessa condição, e onde se iniciaram as primeiras
tentativas de educar esses indivíduos.
Ao adentrarmos o século atual, com o desenvolvimento da industrialização,
a preocupação maior, do ponto de vista educacional, era separar os que
aprendiam daqueles que apresentavam dificuldades. E, em decorrência disso,
desenvolveram-se as instituições de educação especial. Que vêm desenvolvendo
o seu papel até o momento presente.
Convive-se, atualmente, com várias abordagens, médica, psicopedagógica,
social, educacional, todas se referindo à Pessoa Portadora de Deficiência,
revelando a grau de especificidade que cada ótica alcançou com seus estudos e
pesquisas neste campo. E também, revelando como cada época, à sua maneira,
enfrentou está realidade.
A ênfase, agora, esta centrada nos aspectos educacionais, colocando-se
como o principal desafio. Mas isto não significa que as demais abordagens são
coisa do passado. Elas ainda têm sua parcela de contribuição a dar, para que
uma nova compreensão se efetive.
O que se critica, ainda, é o atendimento efetuado por algumas instituições,
de forma assistencial, deixando entrever, como alguns aspectos do passado
ainda não foram superados. E a busca por curandeiros, benzedeiras, nos casos
de deficiências, revelam uma concepção sobrenatural desta condição, que ainda
se faz presente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALENCAR, Eunice M. L. S.Tendências e desafios da educação especial. Brasilia :

MEC/SEESP, 1994.

AMIRALIAN, M. L.T. Psicologia do excepcional. São Paulo : E. P. V.,1986.

BIANCHETTI, L.; FREIRE, I. M. Um olhar sobre a diferença. Campinas : Papirus,l998.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. São Paulo: Saraiva,1996.

PESSOTI, Isaías. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: EDUSP,1984.

REVISTA NOVA ESCOLA. Ano XIV, n. 123, São Paulo junho/1999.

RIBEIRO, Maria Luiza S. História da educação brasileira. São Paulo : Autores

Associados,1990.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro : W.V.A, l997.

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