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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

LICENCIATURA EM PEDAOGIA

Fernanda Alves Martins - RU 1102227


Gabriella de Camargo - RU 1101946
Jhennifer Dezotti Silva- RU 1089810
Marcia Aparecida Santana S. - RU 1102470

PORTFÓLIO FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FASE II

CURITIBA 2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

Fernanda Alves Martins


Gabriella de Camargo
Jhennifer Dezotti Silva
Marcia Aparecida Santana S.

PORTFÓLIO DA UTA FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FASE II

Trabalho apresentado como requisito


parcial para conclusão das disciplinas:
Ética e Educação e Fundamentos
Filosóficos da Educação.

CURITIBA 2014
INTRODUÇÃO

A Filosofia não tem um objeto de estudo predeterminado, é uma indagação


sobre a raiz das coisas, um constate questionamento. O estudo da Filosofia
interessa aos homens, pois ao filosofar exercemos o nosso pensamento, como
todos os homens pensam, sendo assim, somos um pouco filósofos. A filosofia tem
como característica a reflexão.

Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século V antes


de Cristo) a invenção da palavra filosofia, que vem do grego, Philo que significa
amizade e sophia que quer dizer sabedoria. Pitágoras teria afirmado que a
sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem
desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.

Existe uma profunda ligação entre Ética e Filosofia: a ética não pode deixar
de ter como fundamento à concepção filosófica do homem que nos dá uma visão
total deste como ser social. Uma série de conceitos com os quais a ética trabalha de
uma maneira específica, como os de liberdade, necessidade, valor, consciência,
pressupõe um prévio esclarecimento filosófico.

Neste portfólio iremos tratar com mais profundidade sobre o livro


Fundamentos Filosóficos da Educação do autor José Antônio Vasconcelos, o qual
aborda diversas correntes filosóficas e suas contribuições para o processo
pedagógico e questões sociais. Demonstraremos o conteúdo abordado nas vídeo
aula sobre o tema de Ética e Educação e por fim, iremos descrever as atividades
realizadas por este grupo de estudos nas aulas práticas.
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

Podemos dividir a história da filosofia em quatro partes: Antiguidade, Idade


Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

Na filosofia grego antiga, as principais questões diziam a respeito da natureza


e dos fenômenos naturais. Neste período o assunto que repercutia era o problema
da verdade, e como cada indivíduo tinha o seu ponto de vista, as discussões
somente se agravavam. Um dos filósofos mais importantes foi Sócrates, que
afirmava que a razão é capaz de alcançar a verdade, porém Sócrates não deixou
nada escrito ou documentado, muito que sabemos dele hoje foi repassado por seus
discípulos, tais como Platão e Aristóteles.

Para Platão havia necessidade da distinção entre as ideias e as coisas. As


coisas são o que podemos perceber pelos nossos sentidos, já as ideias não mudam,
como a ideia da verdade, do bem e da justiça. Para este filósofo as ideias são seres
perfeitos que habitam um mundo perfeito, denominado de mundo das ideias.
Acreditava ainda que o corpo servia de prisão para alma, sendo assim, deveríamos
recusar os prazeres corpóreos.

Outra via, para Aristóteles, as ideias só existem na mente humana, e as


coisas estão em constante mudança. O ser humano é dotado de dois elementos: o
corpo e a alma, sendo que, estes dois elementos são dependentes um do outro,
estando em um vínculo recíproco. Devemos satisfazer o corpo e a alma em
quantidades proporcionais para assim alcançar a felicidade. O ideal é viver com
moderação e evitar os excessos.

A filosofia da era medieval sofreu forte influência do cristianismo, tanto que


para os gregos antigos a razão é o que há de mais nobre no ser humano, pois nos
distingue dos animais, e é somente através da razão que conseguimos alcançar a
verdade, já para o cristianismo a verdade não é algo, mais sim alguém, Deus.
Afirmam que a verdade absoluta só poderia ser conhecia através da fé, e que a
razão encontra-se deformada pelo pecado.

Na Idade Moderna o principal fundamento foi à questão do conhecimento.


Neste período surgiram duas novas correntes de pensamentos, o racionalismo, que
acredita que o conhecimento deriva da pura razão e o empirismo que afirma que o
que há de verdadeiro na mente humana deve ter passado primeiro pela experiência.

Para René Descartes, filósofo racionalista, para pensarmos não necessitamos


de nada material, as ideias humanas já nascem conosco, porém, para Frances
Bacon, filósofo empirista, é preciso primeiro coletar as informações adquiridas
através da nossa experiência e depois submetê-las a razão. Bacon afirmava
também que os obstáculos não eram os pecados, mas sim os preconceitos, ou seja,
todo ideia preconcebida.

Imannuel Kant afirmou que o conhecimento envolvia sempre dois elementos,


o sujeito (aquele que conhece) e o objeto (aquilo que é conhecido), sendo assim o
conhecimento é resultado de uma ação combinada entre estes dois elementos. Após
a filosofia de Kant surgiu o idealismo e o materialismo.

Outra corrente filosófica estudada nesta unidade temática de aprendizado foi


o Naturalismo, que foi caracterizada pelo período moderno e propunha o retorno do
ser humano a sua condição natural, ou seja, sem corrupção. Postula a diferença
entre a natureza que é o conjunto de elemento que chamamos hoje de meio
ambiente, e a civilização é a transformação desta natureza pelas ações do ser
humano, ou seja, um mundo artificial.

Conforme Jean Jacques Rousseau o homem é bom por natureza, mas a


sociedade o corrompe. Este filósofo acreditava que a criança deveria ter um ensino
em ambiente natural e em regime de isolamento, conforme sua principal obra Emílio
ou da Educação, o ideal era evitar que a criança tivesse contato com outras
pessoas, mostrando-lhe as coisas ruins somente através de histórias. Sendo assim,
o propósito de Rousseau não era ensinar a virtude, mas evitar que se aprenda o
vício. Porém, este método de ensino de Rousseau tenderia a formar pessoas
antissociais e que posteriormente teriam dificuldade a ingressar na sociedade.

Voltaire, filósofo Iluminista criticou muito a visão de Rousseau. Voltaire


insinuava uma aprendizagem que enfatizava questões de ordem prática, sendo
assim, criticava o modelo de educação adotado pela nobreza na época, que era uma
educação livresca. Em seu livro Cândido, Rousseau retrata a história de um menino
que recebia a educação através de um professor particular.
Já na época do Positivismo o ser humano se tornava o “senhor da natureza”,
ou seja, adaptava o mundo de acordo com a suas necessidades. Esta corrente
filosófica procurou compreender a sociedade e como ela se organizava. Segundo
August Comte o ser humano passa por três estágios de evolução: o teológico, o
metafísico e o positivo, e a sociedade apresenta duas leis: a estática (manter a
ordem) e a dinâmica (o progresso). No que diz respeito à área da educação, Comte
acreditava que cada idade deveria ter um aprendizado adequado, por exemplo, na
infância a criança deve ter explicações mítico-religiosas, na adolescência
explicações metafísicas e na idade adulta explicações científicas.

Foi o filósofo Herbet Spencer que estabeleceu a união entre o positivismo e o


darwinismo, e afirmava que o ser humano deve estar sempre em contínuo processo
de adaptação ao ambiente aonde vive, a fim de garantir sua sobrevivência. Spencer
valorizava mais as escolas de ensino particular, e acreditava que a escola deveria
aprimorar o conhecimento do aluno através de competições. Classificava as
matérias de Matemática, Química, Física e Biologia imprescindíveis e Educação
Artística ou Literatura menos importantes.

O principal representante da corrente funcionalista foi Émile Durkheim, o qual


dizia que para compreender o indivíduo, precisamos primeiro compreender a
sociedade. Enfatizou muito a questão do suicídio, que apesar de ser um ato
individual, a sociedade pode influenciar neste tipo de comportamento. Considerava o
papel da educação como o de garantir a interação do indivíduo ao meio social, e
define a educação em:

A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as


gerações que ainda não se encontram ainda preparadas para a vida social;
tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança certo número de estados
físicos, intelectuais, e morais, reclamados pela sociedade política no seu
conjunto e pelo meio especial a que a criança particularmente se destine.
(Durkheim, 1975, p. 41)

Uma crítica ao modelo Positivista foi que sua abordagem acaba favorecendo
aos interesses das classes dominantes, interessadas na ordem e na ausência do
conflito, como forma de manter seu poder sobre as classes menos favorecidas.

Para discutir um pouco sobre a época do Materialismo Dialético, primeiro


precisamos compreender o significado da palavra dialética, que segundo Friedrich
Hegel, é um confronto de ideias contraditórias, você tem uma tese confrontada com
a antítese para então chegar a uma síntese. O confronto entre senhores e escravos
na antiguidade gerou o Feudalismo, que gerou duas classes antagônicas, os
burgueses e os proletariados, que produziram um novo contesto econômico,
conhecido como Capitalismo, que por fim, tem como seu principal objetivo, o lucro.

Segundo Karl Marx e Friedrich Hegel, a realidade primordial é a matéria, e o


pensamento é uma consequência dela, por isto o nome de Materialismo Dialético. A
história da humanidade foi marca pela luta de classes, onde o trabalhador era
explorado, pois era alienado. O trabalhador se encontrava nessa situação de
alienação, pois a classe dominante criava ‘ideologias’ que eram aceitas pela classe
dominada. Para superar a alienação era preciso reintegrar o mundo das ideias e das
coisas.

Marx não condenava o trabalho dos jovens, mas sim o fato do trabalho
impedir que eles tivessem um aprendizado adequado na escola. Os jovens na
maioria das vezes não frequentavam regularmente a escola devido à carga horária
de trabalho, porém eles precisavam trabalhar para comer, por isto Marx não
condenava esta prática, conforme próprias palavras:

Nós consideramos a tendência de a indústria moderna fazer as


crianças de ambos os sexos cooperar no grande trabalho da produção
social, como tendência progressista, sadia e legítima. Em uma sociedade
organizada racionalmente toda e qualquer criança, de idade de nove anos
em diante, deve se tornar um trabalhador produtivo do mesmo modo que
nenhum adulto sadio deverá ser eximido da lei geral da natureza, isto é,
deve trabalhar para merecer comer, e trabalhar não apenas com o cérebro,
mas também com as mãos. (Marx, 2002, p. 68)

Surgiram duas correntes marxistas, a primeira é um desdobramento natural


do seu sistema filosófico, sem romper com o caráter humanista, que tem como seu
principal representante Edward Thompson, e a segunda é pretensamente científica e
anti-humanista, e tem como representante Louis Althusser. A filosofia de Althusser
serviu de inspiração para uma corrente pedagógica chamada de crítico-
reprodutivista, que vê a eliminação da educação escolar para emancipação da
classe trabalhadora.

Contrapondo-se a corrente crítico-reprodutivista, foi criada a pedagogia


histórico-crítica que afirma que a escola pode e deve se transformar em um local de
formação de consciência crítica.
Outra corrente filosófica estudada foi a Fenomenologia, que tinha como
principal função superar os impasses trazidos pela psicologia. Os psicologistas
afirmavam que a objetividade seria impossível, pois o conhecimento se dá em atos
mentais, e cada pessoa tem um pensamento. Tendo em vista esta afirmação dos
psicologistas, surgiu a proposta da Fenomenologia, que teve como seu principal
representante Edmundo Husserl, que se baseou no conceito da intencionalidade,
informando que o conhecimento não é algo que acontece ao sujeito, mas algo que o
sujeito faz acontecer. Husserl afirmava também que todo consciência já é
consciência de algo, não existe uma consciência esperando para ser preenchida
pela experiência de um objeto. Outro filósofo Fenomenologista foi Martin Heidegger,
que dizia que o individuo é um ser para morte. A única certeza que temos é a morte.

O Existencialismo derivou da Fenomenologia e enfatizava a liberdade


humana. O filósofo Soren Kierkegaard prioriza a existência singular, é influenciado
pelo cristianismo, e afirma que o ser humano pode assumir três condições: o estado
estético, estado ético e estado religioso.

Outra via, Jean-Paul Sarte, filósofo existencialista, negava a crença em Deus.


Sarte explicou o existencialismo através da distinção entre “essência” e “existência”,
afirmando que primeiro o ser humano existe, e se faz a cada momento da sua
existência, sendo que as decisões livres que ele tomar determinaram a sua
essência. Em sua obra O existencialismo é um humanismo, Sarte relata a história
de um jovem que queria lutar contra as forças alemãs, mas não queria abandonar
sua mãe idosa e doente, sendo assim, o jovem determinaria sua essência através
de sua escolha.

Sarte afirmava que somos condenados a sermos livres, podemos escolher


qualquer coisa, menos a opção de não escolher. Possui uma famosa frase “o inferno
são os outros”, pois são os outros que delimitam nossa liberdade, somos livres até o
ponto de não invadirmos a privacidade e a liberdade do outro. No que diz respeito à
educação, Sarte dizia que o papel da educação é o de formar indivíduos para uma
vida de liberdade e responsabilidade.

O modelo linguístico de Ferdinand de Saussure, que determina que as


palavras têm seu significado através da diferença, ficou conhecido como
Estruturalismo. O Estruturalismo é uma oposição ao Existencialismo e a
Fenomenologia. O filósofo Michel Foucault propõe que existem estruturas
inconscientes que determinam o que um indivíduo pode ou não fazer, sendo assim,
o ser humano não é livre. Existem estruturas comuns em hospícios, escola e prisão,
como por exemplo, a classificação. Como em empresas, predominava a divisão de
funcionários, por setor ou função, a escola preparava o aluno para este novo tipo de
organização do espaço.

Para os filósofos Pragmatistas o que consideramos verdade hoje pode mudar


de acordo com nosso ponto de vista. Segundo William James, a verdade pode
mudar de uma época para outra, ou de uma pessoa a outra. Para Charles Sanders
Pierce o conhecimento teórico deve ser testado na prática, e pra John Dewey
afirmar que algo é verdadeiro significa afirmar que algo é confiável.

O pensamento é um instrumento pelo qual nos relacionamos com as coisas e


com as pessoas ao nosso redor, e esta relação pode ser congruente, ou seja é
coerente e não muda, ou pode ser incongruente, aonde ocorre uma mudança. Os
pragmatistas determinam a função da educação como preparar a pessoa para usar
o pensamento adequadamente e propõem a transformação da sala de aula em uma
comunidade de investigação científica, aonde os alunos busquem as respostas, e
não tenham as respostas prontas.

No que diz respeito à filosofia analítica, a mesma se desdobra em duas


vertentes, o positivismo e a filosofia linguística. Para Ludwig Wittgenstein, o
pensamento e a linguagem são indissociáveis, ou seja, é impossível pensar em algo
que não possa ser dito. Em seu segundo livro Investigações filosóficas, Wittgenstein
diz que o significado de uma palavra é definido pelo seu uso na linguagem.

Conforme Jonh Austin e Jonh Searle a fala não é simplesmente o meio pelo
qual expressamos ideias, mas é a forma pela qual agimos no mundo. A mesma fala
pode ter significados diferentes em situações diferentes como, por exemplo, se você
ensaia uma cerimônia de casamento e no ensaio diz a palavra sim, não tem o
mesmo valor do que na hora da realização da cerimônia aonde a pronuncia da
palavra sim estará representando a união do casal.
ÉTICA E EDUCAÇÃO

Na primeira vídeo aula estudamos sobre a diferença entre ética e moral. Ética
é a reflexão sobre o conjunto de normas e regras, por exemplo, certo e errado, bom
e mau, justo e injusto. E moral é o conjunto regras e normas da sociedade, um
conjunto de leis que pode mudar ao longo do tempo.

A lei moral e a lei civil possuem a semelhança de que ambos são um conjunto
de leis, criadas e protegida pela sociedade. Porém possuem a diferença de que a lei
moral é uma lei informal da justiça, possui variações, e quando rejeitada provoca a
rejeição do grupo social. Já a lei civil é formal, possui um sistema jurídico único ,
quando rejeitada gera punição, e é imposta como obrigatória.

Na segunda vídeo aula discutimos sobre a ética na história. O período


clássico nos remete sempre a Grécia e a Roma, a ruptura do mito com a realidade.
No Naturalismo a indagação é de como surgiu o mundo, a natureza e a civilização.
Na pólis grega, ou seja, na civilização grega, a política de Atenas e Sparta tinha a
ideia de militarismo.

O homem cria uma linguagem, um sentido aos acontecimentos, cria um


sentido a este mundo. Cria o mito onde ele da razão aos acontecimentos através
das histórias com deuses, onde muitas são falsas, porém acalmam os ânimos.

Surgiu à ética Socrática aonde Sócrates diz "conhece-te a ti mesmo, e serás


um sábio". Nesta época a sociedade passou a entender melhor o mundo, criando
uma política para viver bem em uma sociedade. Na Ética Aristotélica, o homem é e
pode ser melhor ainda, ou ele pode ser um sujeito ignorante, porém ele pode mudar
isso. O homem deve buscar e aperfeiçoar a virtude e deixar de lado os vícios. Na
Ética Estoica, acreditavam no ser maior que tudo abrange. E a Ética Epicurista, se
configura pela busca do prazer, ter domínio sobre seus extintos sem exageros,
eliminar a dor e agir sempre em função de superá-la.

A ética na Idade Média era uma ética cristã, aonde as pessoas acreditavam
em um Deus único, que Deus era quem regia tudo de bom e quando algo era ruim
era obra do demônio. Na ética da Idade Moderna o homem já não acredita que Deus
é a razão de tudo, e que o homem pode agir com a sua própria razão. Neste
momento surgiu Kant que acredita que o homem tem que agir com caráter, pois é
livre para agir dentro da lei. A ética na Idade Contemporânea centraliza no homem a
origem dos valores e das normas morais.

A ética Hegeliana diz que a moral resulta da relação entre cada indivíduo e o
conjunto social. A ética de Kierkegaard acredita que as ações humanas muitas
vezes são realizadas pelo inconsciente. A ética do Nihilismo afirma que o homem
com disciplina, impede o desenvolvimento da liberdade de suas emoções. A ética
Freudiana diz que o nosso consciente reprime os desejos e impulsos do nosso
inconsciente. E por fim, a ética Marxista acredita que o homem é formado dentro do
seu grupo social, para respeitar as regras da sua sociedade.

Na nossa terceira e última aula debatemos sobre ética na escola. Nesta aula
o professor começou nos interrogando com as perguntas: Qual o papel do
pedagogo? Como podemos exercer esta ação no dia a dia? Como futuros
professores, qual o tipo de aluno que queremos formar? Isso nos levou a refletir e
chegarmos à conclusão de que queremos lecionar com ética, para assim formar
cidadãos de caráter, e para isso acontecer precisamos primeiro ser ético com nós
mesmos, para então poder passar estes valores aos nossos alunos.

Vamos citar duas frases usadas pelo professor e que retratam muito bem o
que devemos seguir, "Lançai a semente, para colher os frutos" e "O problema de um
é problema de todos". Nos dois vídeos apresentados em sala, podemos
compreender que o vídeo "Aprender a ser" fala da doçura da voz, e o poder que um
olhar possui. E o vídeo "Os valores da vida" fala da grande vergonha que chega a
fazer um ser achar que é vergonhoso ser honesto.

E por fim nossas aulas de ética e educação nos deixaram com um enorme
aprendizado a respeito do assunto, e gostaríamos de encerrar citando um
pensamento de Martin Buber.

"Tudo depende, unicamente, de começar consigo mesmo, e nesse


momento não preciso me preocupar com nada no mundo a não ser com
esse meu começo. Qualquer outro posicionamento me desvia do meu
começo, enfraquece a minha iniciativa em prol dele, boicota por inteiro o
ousado e grandioso empreendimento." (BUBER, 1973, p. 729).
ATIVIDADES REALIZADAS

 Estudo do texto Natureza da Educação e Filosofia da Educação

Fizemos a leitura e interpretação do texto Natureza da Educação e Filosofia


da Educação, da autora Maria Judith Sucupira da Costa Lins, a qual no texto citado
acima aborda o conceito de educação e chega à conclusão de que a Filosofia da
Educação é uma permanente indagação, sendo assim, nos instiga a continuar
buscando novas respostas. De seis perguntas propostas, escolhemos três para
refletir e responder. Segue abaixo nossas respostas:

Questão 02: É importante refletir, pois para a Educação o aprendizado vem


da humanidade, pessoas com mais idade tem mais sabedoria de vida, sendo assim,
podem transmitir seus conhecimentos para os outros tendo em vista seu
aprendizado como correto.

Questão 04: A filosofia se entende como o modo de aprendizado da educação


e da natureza, tendo em vista, que sempre deve estar atrás de novos
conhecimentos, pois a filosofia não tem fim, sempre se abrange com novos
conhecimentos.

Questão 05: Porque ela consiste em passar conhecimentos de adultos para


crianças, mesmo que estas não entendam de imediato, verá que será muito útil e
valioso no seu futuro este aprendizado.

 Mapa conceitual

Na atividade proposta de elaboração de mapa conceitual, nosso grupo de


estudos optou pelo tema correspondente ao capítulo 5 do livro Fundamentos
Filosóficos da Educação. O capítulo aborda as vertentes filosóficas da
Fenomenologia, Existencialismo e Estruturalismo, conforme mapa abaixo:
 Dramatizações

Nosso grupo de estudos apresentou uma dramatização a qual tinha como


tema central Ética e Educação. Representamos a cena de alunos que faziam intrigas
e fofocas da vida pessoal de um determinado aluno, ocasionando um desconforto
para este aluno em específico. Ato este, que demonstra a falta de ética dos colegas,
pois o ambiente escolar deve ser um local onde o aluno se sinta a vontade, para que
assim, possa adquirir ainda mais conhecimento.

Devemos manter uma relação amigável e de respeito com nossos colegas de


turma, porque uma atitude antiética hoje pode trazer transtornos futuros, pois este
mesmo colega, que sofre o chamado bullying, pode futuramente ter uma relação
profissional e até mesmo pessoal com o indivíduo causador deste trauma.
 Café Filosófico

Na proposta de realização do café filosófico, nosso grupo fez a apresentação


do tema: Fenomenologia, Existencialismo e Estruturalismo. No que diz respeito à
decoração, apresentamos três toalhas de cores distintas, a de cor vermelha
representou o Estruturalismo demonstrando sua oposição as duas demais vertentes
filosóficas. Colocamos fotos e pensamentos de um filósofo de cada segmento,
Edmundo Husserl, Jean Paul Sarte e Michel Foucault respectivamente. Colocamos
algumas figuras como, a de mãos algemada representando o Estruturalismo que
afirmava que o homem não é livre, a figura de uma pomba branca representando o
Existencialismo e sua afirmação sobre a liberdade humana e o símbolo da psicologia
representando a Fenomenologia e sua busca para superar os impasses trazidos
pelos psicologistas.

Os demais grupos fizeram uma ótima representação dos seus respectivos


temas, no que diz respeito à Filosofia e a Busca da verdade, o grupo representante
trouxe uma bíblia para representar o período da Idade Média, aonde predominava o
cristianismo, trouxe fotos e pensamentos dos principais filósofos: Sócrates, Platão e
Aristóteles, e trouxeram o vinho representando os gregos antigos.

O grupo responsável pelo tema Naturalismo apresentou um cartaz


representando a natureza e a civilização, e uma toalha da cor verde representando a
natureza. O grupo designado a apresentar o tema do Positivismo trouxe a bandeira
do Brasil representando a ordem e o progresso, e trouxe fotos e pensamentos dos
filósofos mais importantes desta vertente.

Já o grupo que representou o tema Materialismo Dialético, trouxe soldados de


brinquedos representando as lutas de classes existentes, e imagens de crianças
trabalhando em indústria, fato muito comum neste período. E finalmente, o grupo
responsável pelo tema Pragmatismo e Filosofia analítica, trouxe cartazes com
figuras, demostrando que os dois temas partem de um mesmo princípio, porém
seguem caminhos diferentes, e apresentou um prato de bolo representando a virada
linguística.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A contribuição de cada filósofo abordado neste portfólio é algo considerável,


tanto no que diz respeito à educação, como para o indivíduo de maneira particular.
Devemos levar em consideração que alguns filósofos abordaram a educação de
uma maneira que hoje seria inviável, como Rousseau, ao propor uma educação em
regime de isolamento, porém, já Michel Foucault identifica estruturas inconscientes
que têm, ainda nos dias de hoje, uma forte influência no que diz respeito à
educação, como a classificação.

Outra contribuição importante é o pensamento do filósofo Sarte que ao


afirmar que o ser humano é livre, dá o inteligente exemplo de que nada,
absolutamente nada, nos impede de sair da situação em que nos encontramos. Se
nós reclamos da nossa vida, da nossa condição atual, porém não fazemos nada
para mudar, isso é uma escolha nossa, escolhemos não mudar. Como somos livres,
segundo Sarte, somos condenados a fazer uma escolha.

O pouco que vimos sobre o conteúdo de filosofia nos instigou há procurar


mais informações, e como a filosofia é uma constante indagação, temos muito ainda
o que pesquisar, aprender e literalmente, filosofar sobre este conteúdo.

No que diz respeito ao conteúdo abordado sobre ética, concluímos que ética
é a reflexão sobre a ação humana, extrair o que é bom para mim e para todo o
grupo. A escola é o espaço para trabalhar o conhecimento e diminuir a desigualdade
social e o diálogo é o melhor caminho para resolver os problemas.

Para modificar um ambiente de trabalho, temos que colocar em prática a ética


e a moral. Criar e produzir, ou seja, ter uma sociedade com melhor estrutura para
todos terem seu espaço, e correr atrás dos seus desafios.

Com as atividades práticas realizadas nas aulas presenciais, podemos


reforçar os conteúdos vistos nas vídeo aulas. O café filosófico acabou sendo uma
espécie de resumo de todo o conteúdo abordado do tema de Filosofia, a elaboração
do mapa conceitual foi um aprendizado que iremos levar conosco para exercer
nossa profissão, pois muitas instituições de ensino utilizam o mapa conceitual como
ferramenta.
Podemos abordar três aspectos entre ética e Educação: a Educação
ética, a ética pedagógica, e a ética da comunidade dos educadores, tendo
como referência o pensamento filosófico de Martin Buber.

Compreendendo a educação como um processo que tem como objetivo


contribuir para a formação humana,queremos que a educação ajude o
educando a se constituir um ser ético (educação ética).A educação é um agir,
ela precisa, como qualquer ação humana, de uma orientação ética .É
responsabilidade do educador educar para que o educando assuma a
corresponsabilidade com a plena realização dos entes e das coisas ao seu
redor. (ética pedagógica).Constituída pelos pais, parentes, professores,
amigos e outros membros significativos podemos chamar de ética da
comunidade dos educadores.

Agir eticamente, não significa apenas não fazer aquilo que prejudica os
outros, mas também não deixar de atender a uma tarefa de que somos capazes
de participar da melhoria do mundo.

Buber defende que a educação ideal é aquela que pode ser aplicada por
qualquer um a todos, de forma simples e rápida, com resultados esperados,
sólidos e garantidos.O que importa de verdade no processo educacional são
as motivações primárias, em que o educando identifica a tarefa como algo de
seu interesse.

Perguntar a importância da educação é como perguntar qual a


importância do ar para nós.É pela educação que aprendemos a nos preparar
para a vida, onde garantimos nosso desenvolvimento social, econômico e
cultural, ou seja a educação tem impacto em todas as áreas de nossa vida.

Com a educação podemos interagir com o meio em que estamos


acostumados a viver e essa educação irá contribuir como parte de nossos
valores por toda a vida.Quando vamos para a escola recebemos uma
educação formal que irá contribuir para nosso valores profissionais que
contribuirão para alcançarmos o sucesso no futuro.
A educação tem como objetivo a interação social e cultural, dando
oportunidade as mais diversas formas de expressão e a construção do
conhecimento.

REFERÊNCIAS

CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2000.

LINS, M. J. S. da C. Natureza da Educação e Filosofia da Educação. Disponível


em <http://www.revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/323/273>. Acesso em
14 jul. 2014.

ROHR, F. Ética e Educação – Caminhos Buberianos. Disponível em <


http://www.scielo.br/pdf/edur/2013nahead/aop_195.pdf >. Acesso em 21 jul. 2014.

SAVIANI, D. Contribuições da filosofia para a Educação. Disponível em <


http://www.emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/715/638>.
Acesso em 06 ago. 2014.

VASCONCELOS, J. A. Fundamentos filosóficos da educação. Curitiba: Ibepex,


2011.

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