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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

UNIDADE DE ENSINO À DISTÂNCIA -UNEAD


BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Andréia Meira Gonçalves

DOUTRINAS FILOSÓFICAS

Brumado
2022
Andréia Meira Gonçalves

DOUTRINAS FILOSÓFICAS

Atividade Avaliativa apresentado à


Universidade do Estado da Bahia,
Bacharelado em Administração
Pública/EAD, como uma das avaliações
para o componente curricular Filosofia e
Ética, ministrado pelo professor Franklin
Regis

Brumado
2022
Principais Doutrinas Filosóficas

É cediço que a filosofia é uma das disciplinas humanistas mais importantes, uma
vez que o pensamento filosófico também está composto de doutrinas filosóficas, escolas
que refletem os ensinamentos fundamentais e os princípios das doutrinas com
pensamentos concretos.
Impede destacar, que cada doutrina filosófica tem seus propósitos filosóficos
específicos, ou seja, toda doutrina sustenta seu pensamento em ideias concretas e que
servem de base do pensamento filosófico.
Em linhas gerais, na história da filosofia existem doutrinas filosóficas distintas,
quais sejam: o idealismo de Platão, o idealismo transcendental kantiano, o realismo
aristotélico seguido por Tomás de Aquino, o pensamento ilustrado de Rousseau, o
racionalismo cartesiano, empirismo de Hume e o positivismo lógico de Wittgenstein,
dentre outras.
Com efeito, as doutrinas filosóficas possibilitam viajar no tempo e percorrer a
história através de um dos ingredientes essenciais do ser humano: o pensamento e sua
capacidade de conhecer a realidade.
Vale salientar, que dentre as doutrinas, a Patrística foi uma vertente filosófica
que teve início no período de transição entre a Antiguidade e a Idade Média. O nome
“Patrística” faz uma referência aos primeiros padres da Igreja Católica, que se
dedicaram a desenvolver uma filosofia que se aproximava do pensamento cristão e do
conhecimento religioso, tendo como base a filosofia grega, razão pela qual, os filósofos
desse período tinham como objetivo central compreender a relação entre a fé divina e o
racionalismo científico.
Por óbvio, não se pode olvidar da importância adquirida pela Escolástica, criada
a partir do séc. XII, e que predominou até o séc. XIV: a filosofia ensinada nas escolas,
pois através desta, a filosofia fica marcada ou até presa ao princípio da autoridade, que
pertence à Igreja, a qual determina a investigação intelectual e protege o pensamento
contra eventuais erros.
Muito embora, isso de certa maneira empobreceu a reflexão filosófica, contudo,
nem todos os pensadores aceitavam esse controle ou censura eclesiástica. Basta
citarmos outros importantes nomes da Filosofia Medieval para se perceber a vitalidade
do pensamento da época, a exemplo de Santo Anselmo (1050-1117), um dos mais
consistentes formuladores de uma prova da existência de Deus.
Com o passar dos anos, após a Renascença, há o grande racionalismo clássico
moderno onde a figura mais conhecida é a de René Descartes (1596-1650), considerado
o primeiro filósofo moderno, que insiste ainda mais que se deve fazer o que é
racionalmente necessário para que o ser humano se transforme no senhor do mundo. É o
primeiro a escrever, depois de séculos de domínio do latim, em língua moderna, no caso
o francês.
Autor de “O discurso do Método”, Descartes propõe-se a duvidar de tudo o que
se sabia até então e a procurar alguma verdade que não pudesse ser posta em dúvida.
Tal verdade deveria ser a nova base para todo conhecimento. Assim, podemos duvidar
da existência de Deus; podemos duvidar de tudo que conhecemos pelos sentidos;
podemos até duvidar da existência do mundo físico fora de nós.
Não é demais lembrar, que o empirismo é uma corrente filosófica, referente à
teoria do conhecimento, que tem suas origens na filosofia aristotélica. O termo
empirismo advém da palavra grega empeiria, que significa experiência. Na
Modernidade, quando a possibilidade do conhecimento tornou-se central para a
produção filosófica, a corrente empirista foi impulsionada por filósofos como Thomas
Hobbes, John Locke e David Hume.
Os referidos filósofos se opunham aos racionalistas, que defendiam que o
conhecimento é puramente racional e não depende da experiência. Os racionalistas
eram, consequentemente, inatistas, pois defendiam a existência do conhecimento inato
no ser humano, ou seja, que o conhecimento já está inserido no intelecto humano.
Nota-se, que o empirismo defende que todo o conhecimento advém da
experiência prática que temos cotidianamente, ou seja, que as nossas estruturas
cognitivas somente aprendem por meio da vivência e das apreensões de nossos sentidos.
Lado outro, temos o Materialismo que é a atitude das pessoas que entendem que
tudo é matéria e que têm uma vida voltada unicamente para os bens materiais.
Materialismo em Filosofia é um sistema que admite que as chamadas condições
concretas materiais, são suficientes para explicar todos os fenômenos que se apresentam
à investigação, inclusive os fenômenos mentais, sociais e históricos.
De par com isso, o Materialismo histórico é uma doutrina social-filosófica com
origem ligada ao filósofo alemão Karl Marx, considera as formas de produção
econômica como os únicos fatores realmente determinantes do desenvolvimento
histórico e social. As demais esferas culturais, como religião, moral, direito, Estado,
ciência, arte e filosofia são meras derivações que representam uma espécie de
superestrutura sobre a infraestrutura econômica.
Outra doutrina filosófica de grande importância é o Idealismo que é a qualidade
do que é ideal. É a representação das coisas sob a forma ideal. É a propensão ou
inclinação do espírito para o devaneio, para o ideal. O ideal é o que existe somente na
ideia, no imaginário, é o fantástico, o modelo sonhado.
Percebe-se, que o Idealismo, na Filosofia, é o nome comum a todos os sistemas
filosóficos que fazem das ideias o princípio interpretativo do mundo, ou seja, é a
designação geral dos sistemas éticos que tornam normas ideais como normas de ação.
Assim, a filosofia se interrogou em todas as épocas acerca da essência do belo,
do ideal. Para Platão, o ideal se identifica com o bom, e toda a estética idealista parte
dessa compreensão platônica. Segundo Platão, qualquer compreensão adequada sobre as
coisas do mundo sensível deveria abstrair as suas imperfeições e chegar até a sua
essência, chegar ao ideal.
Já Hegel, filósofo alemão, foi um dos criadores do idealismo alemão, corrente
filosófica que partiu da ideia da autoconsciência, para recuperar a ontologia (parte da
filosofia que estuda a natureza do ser, a existência e a realidade) como a lógica do ser.
O existencialismo foi uma doutrina filosófica e um movimento intelectual
surgido na Europa, no final do século XIX, mas ganhou notoriedade no século XX, a
partir do desenvolvimento do existencialismo francês. Está pautado na existência
metafísica, donde a liberdade é seu maior mote, refletida nas condições de existência do
ser.
O existencialismo sofreu influência da fenomenologia (fenômenos do mundo e
da mente), cuja existência precede a essência, sendo dividido em duas vertentes:
existencialismo ateu: negam a existência de uma natureza humana e o existencialismo
cristão: essência humana corresponde um atributo de Deus.
Para os filósofos existencialistas, a essência humana é construída durante sua
vivência, a partir de sua experiência no mundo e de suas escolhas, uma vez que possui
liberdade incondicional. Para os existencialistas, a vida humana é baseada na angústia,
no absurdo e na náusea causada pela vida não possuir um sentido para além da própria
existência.
Logo, para os existencialistas, a liberdade de escolha é o elemento gerador, no
qual ninguém e nem nada pode ser responsável pelos encaminhamentos da vida.
Principais Filósofos Existencialistas: Sören Kierkegaard, Martin Heidegger e Jean-Paul
Sartre.
Pode se concluir que, temos a Fenomenologia que é o estudo de um conjunto de
fenômenos e como se manifestam, seja através do tempo ou do espaço. É uma matéria
que consiste em estudar a essência das coisas e como são percebidas no mundo.
A palavra fenomenologia surgiu a partir do grego phainesthai, que significa
"aquilo que se apresenta ou que se mostra", e logos é um sufixo que quer dizer
"explicação" ou "estudo". O conceito da fenomenologia foi criado pelo filósofo Edmund
Husserl (1859-1938), que também trabalhava como matemático, cientista, pesquisador e
professor das faculdades de Göttingen e Freiburg im Breisgau, na Alemanha.
De acordo com a fenomenologia de Husserl, todos os fenômenos do mundo
devem ser pensados a partir das percepções mentais de cada ser humano. O filósofo
queria que a filosofia pudesse ter as bases e condições de uma ciência rigorosa. No
entanto, um método científico é determinado por ser uma "verdade provisória", ou seja,
algo que será considerado como verdadeiro até que um fato novo mostre o contrário,
criando uma nova realidade.
De todo modo, para que a filosofia não fosse considerada uma "verdade
provisória", Husserl sugere que a fenomenologia devia referir-se apenas às coisas como
estão na experiência de consciência, e que devem ser estudadas por suas essências,
eliminando os pressupostos do mundo real e empírico de um objeto da ciência.
Sendo assim, não se pode negar que todas as correntes filosóficas, deram
contribuições super valorosas na construção da sociedade. Ainda que o homem não
tenha consciência, educar, ensinar, torna-se sinônimo de filosofar. A educação esteve
presente em toda a história junto com a Filosofia.
REFERÊNCIAS

ASSMANN, Selvino José, Filosofia e Ética / 2. ed. reimp. – Florianópolis:


Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012.
MENEZES, Pedro. Existencialismo. Toda matéria. Disponível em: <
https://www.todamateria.com.br/existencialismo/,> Acesso em: 08 de dez de 2022.

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