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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)

Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95
GABINETE DA REITORIA
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
(UNEAD)
Criação e Implantação Resolução CONSU nº 1.051/2014. DOU 20/05/14

BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ANDRÉIA MEIRA GONÇALVES

DOUTRINAS FILOSÓFICAS

Brumado
2022
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)
Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95
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BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ANDRÉIA MEIRA GONÇALVES

DOUTRINAS FILOSÓFICAS

Atividade Avaliativa apresentado à


Universidade do Estado da Bahia,
Bacharelado em Administração
Pública/EAD, como requisito parcial para
aprovação na disciplina Filosofia e Ética.

Professor: Me. Franklin Rami C . O . Regis

Brumado
2022
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)
Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95
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Principais Doutrinas Filosóficas

É cediço que a filosofia é uma das disciplinas humanistas mais


importantes, uma vez que o pensamento filosófico também está composto de
doutrinas filosóficas, escolas que refletem os ensinamentos fundamentais e os
princípios das doutrinas com pensamentos concretos.
Impede destacar, que cada doutrina filosófica tem seus propósitos
filosóficos específicos, ou seja, toda doutrina sustenta seu pensamento em
ideias concretas e que servem de base do pensamento filosófico.
Em linhas gerais, na história da filosofia existem doutrinas filosóficas
distintas, quais sejam: o idealismo de Platão, o idealismo transcendental
kantiano, o realismo aristotélico seguido por Tomás de Aquino, o pensamento
ilustrado de Rousseau, o racionalismo cartesiano, empirismo de Hume e o
positivismo lógico de Wittgenstein, dentre outras.
Com efeito, as doutrinas filosóficas possibilitam viajar no tempo e
percorrer a história através de um dos ingredientes essenciais do ser humano:
o pensamento e sua capacidade de conhecer a realidade.
Vale salientar, que dentre as doutrinas, a Patrística foi uma vertente
filosófica que teve início no período de transição entre a Antiguidade e a Idade
Média. O nome “Patrística” faz uma referência aos primeiros padres da Igreja
Católica, que se dedicaram a desenvolver uma filosofia que se aproximava do
pensamento cristão e do conhecimento religioso, tendo como base
a filosofia grega, razão pela qual, os filósofos desse período tinham
como objetivo central compreender a relação entre a fé divina e o racionalismo
científico.
Por óbvio, não se pode olvidar da importância adquirida pela
Escolástica, criada a partir do séc. XII, e que predominou até o séc. XIV: a
filosofia ensinada nas escolas, pois através desta, a filosofia fica marcada ou
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até presa ao princípio da autoridade, que pertence à Igreja, a qual determina a


investigação intelectual e protege o pensamento contra eventuais erros.
Muito embora, isso de certa maneira empobreceu a reflexão filosófica,
contudo, nem todos os pensadores aceitavam esse controle ou censura
eclesiástica. Basta citarmos outros importantes nomes da Filosofia Medieval
para se perceber a vitalidade do pensamento da época, a exemplo de Santo
Anselmo (1050-1117), um dos mais consistentes formuladores de uma prova
da existência de Deus.
Com o passar dos anos, após a Renascença, há o grande racionalismo
clássico moderno onde a figura mais conhecida é a de René Descartes (1596-
1650), considerado o primeiro filósofo moderno, que insiste ainda mais que se
deve fazer o que é racionalmente necessário para que o ser humano se
transforme no senhor do mundo. É o primeiro a escrever, depois de séculos de
domínio do latim, em língua moderna, no caso o francês.
Autor de “O discurso do Método”, Descartes propõe-se a duvidar de
tudo o que se sabia até então e a procurar alguma verdade que não pudesse
ser posta em dúvida. Tal verdade deveria ser a nova base para todo
conhecimento. Assim, podemos duvidar da existência de Deus; podemos
duvidar de tudo que conhecemos pelos sentidos; podemos até duvidar da
existência do mundo físico fora de nós.
Não é demais lembrar, que o empirismo é uma corrente filosófica,
referente à teoria do conhecimento, que tem suas origens na filosofia
aristotélica. O termo empirismo advém da palavra grega empeiria, que significa
experiência. Na Modernidade, quando a possibilidade do conhecimento tornou-
se central para a produção filosófica, a corrente empirista foi impulsionada por
filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.
Os referidos filósofos se opunham aos racionalistas, que defendiam que
o conhecimento é puramente racional e não depende da experiência. Os
racionalistas eram, consequentemente, inatistas, pois defendiam a existência
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do conhecimento inato no ser humano, ou seja, que o conhecimento já está


inserido no intelecto humano.
Nota-se, que o empirismo defende que todo o conhecimento advém da
experiência prática que temos cotidianamente, ou seja, que as nossas
estruturas cognitivas somente aprendem por meio da vivência e das
apreensões de nossos sentidos.
Lado outro, temos o Materialismo que é a atitude das pessoas que
entendem que tudo é matéria e que têm uma vida voltada unicamente para os
bens materiais. Materialismo em Filosofia é um sistema que admite que as
chamadas condições concretas materiais, são suficientes para explicar todos
os fenômenos que se apresentam à investigação, inclusive os fenômenos
mentais, sociais e históricos.
De par com isso, o Materialismo histórico é uma doutrina social-filosófica
com origem ligada ao filósofo alemão Karl Marx, considera as formas de
produção econômica como os únicos fatores realmente determinantes do
desenvolvimento histórico e social. As demais esferas culturais, como religião,
moral, direito, Estado, ciência, arte e filosofia são meras derivações que
representam uma espécie de superestrutura sobre a infraestrutura econômica.
Outra doutrina filosófica de grande importância é o Idealismo que é
a qualidade do que é ideal. É a representação das coisas sob a forma ideal. É
a propensão ou inclinação do espírito para o devaneio, para o ideal. O ideal é o
que existe somente na ideia, no imaginário, é o fantástico, o modelo sonhado.
Percebe-se, que o Idealismo, na Filosofia, é o nome comum a todos os
sistemas filosóficos que fazem das ideias o princípio interpretativo do mundo,
ou seja, é a designação geral dos sistemas éticos que tornam normas ideais
como normas de ação.
Assim, a filosofia se interrogou em todas as épocas acerca da essência
do belo, do ideal. Para Platão, o ideal se identifica com o bom, e toda a estética
idealista parte dessa compreensão platônica. Segundo Platão, qualquer
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compreensão adequada sobre as coisas do mundo sensível deveria abstrair as


suas imperfeições e chegar até a sua essência, chegar ao ideal.
Já Hegel, filósofo alemão, foi um dos criadores do idealismo alemão,
corrente filosófica que partiu da ideia da autoconsciência, para recuperar a
ontologia (parte da filosofia que estuda a natureza do ser, a existência e a
realidade) como a lógica do ser.
O existencialismo foi uma doutrina filosófica e um movimento intelectual
surgido na Europa, no final do século XIX, mas ganhou notoriedade no século
XX, a partir do desenvolvimento do existencialismo francês. Está pautado na
existência metafísica, donde a liberdade é seu maior mote, refletida nas
condições de existência do ser.
O existencialismo sofreu influência da fenomenologia (fenômenos do
mundo e da mente), cuja existência precede a essência, sendo dividido em
duas vertentes: existencialismo ateu: negam a existência de uma natureza
humana e o existencialismo cristão: essência humana corresponde um atributo
de Deus.
Para os filósofos existencialistas, a essência humana é construída
durante sua vivência, a partir de sua experiência no mundo e de suas escolhas,
uma vez que possui liberdade incondicional. Para os existencialistas, a vida
humana é baseada na angústia, no absurdo e na náusea causada pela vida
não possuir um sentido para além da própria existência.
Logo, para os existencialistas, a liberdade de escolha é o elemento
gerador, no qual ninguém e nem nada pode ser responsável pelos
encaminhamentos da vida. Principais Filósofos Existencialistas: Sören
Kierkegaard, Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre.
Pode se concluir que, temos a Fenomenologia que é o estudo de
um conjunto de fenômenos e como se manifestam, seja através do tempo ou
do espaço. É uma matéria que consiste em estudar a essência das coisas e
como são percebidas no mundo.
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A palavra fenomenologia surgiu a partir do grego phainesthai, que


significa "aquilo que se apresenta ou que se mostra", e logos é um sufixo que
quer dizer "explicação" ou "estudo". O conceito da fenomenologia foi criado
pelo filósofo Edmund Husserl (1859-1938), que também trabalhava como
matemático, cientista, pesquisador e professor das faculdades de Göttingen e
Freiburg im Breisgau, na Alemanha.
De acordo com a fenomenologia de Husserl, todos os fenômenos do
mundo devem ser pensados a partir das percepções mentais de cada ser
humano. O filósofo queria que a filosofia pudesse ter as bases e condições de
uma ciência rigorosa. No entanto, um método científico é determinado por ser
uma "verdade provisória", ou seja, algo que será considerado como verdadeiro
até que um fato novo mostre o contrário, criando uma nova realidade.
De todo modo, para que a filosofia não fosse considerada uma "verdade
provisória", Husserl sugere que a fenomenologia devia referir-se apenas às
coisas como estão na experiência de consciência, e que devem ser estudadas
por suas essências, eliminando os pressupostos do mundo real e empírico de
um objeto da ciência.
Sendo assim, não se pode negar que todas as correntes
filosóficas, deram contribuições super valorosas na construção da sociedade.
Ainda que o homem não tenha consciência, educar, ensinar, torna-se sinônimo
de filosofar. A educação esteve presente em toda a história junto com a
Filosofia.
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REFERÊNCIAS

ASSMANN, Selvino José, Filosofia e Ética / 2. ed. reimp. – Florianópolis:


Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012.
MENEZES, Pedro. Existencialismo. Toda matéria. Disponível em: <
https://www.todamateria.com.br/existencialismo/,> Acesso em: 08 de dez de
2022.

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