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PROPÓSITO
Abordar a Pedagogia como Ciência da Educação sob a perspectiva
epistemológica, fundamentando a prática pedagógica a fim de superar a
defasagem cultural vivida atualmente pela escola.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever o conceito de Epistemologia como reflexão crítica sobre os
discursos filosófico e científico
MÓDULO 2
Identificar a Pedagogia como a Ciência da Educação
MÓDULO 3
Reconhecer a proposição de uma Educação Integral baseada na filosofia do
sujeito
INTRODUÇÃO
Numa abordagem de cunho epistemológico, pretende-se mostrar a
necessidade de pensar a Pedagogia como Ciência da Educação. Referir-se
ao epistemológico significa aludir a uma reflexão crítica sobre o conhecimento
científico em geral (fundamentado, justificado e validado) e a como tal
conhecimento é produzido nas suas muitas vertentes.
Módulo 1
MARTELO
INSTRUMENTO DE CORTE
BIGORNA
FACA
CHOUPA
CONCLUINDO
A Ciência significa saber, conhecer. Em sentido amplo, significa qualquer
conhecimento.
Pesquisas não são voltadas para o objeto, e sim para o sujeito. Dotados de
consciência, os sujeitos têm o poder de agir sobre suas próprias vidas. Eles
conhecem, agem, sentem e querem – características que devem ser
consideradas para distinguir o pesquisar para sujeitos e o pesquisar sujeitos.
Os conhecimentos filosóficos e científicos exigem sempre um pensamento
rigoroso (voltado a um objeto), possuem um método e são lógicos (coerentes,
não contraditórios).
CONCLUINDO
A Ciência e a Filosofia utilizam o pensamento para interpretar a realidade.
Abbagnano (1999) nota que esses dois elementos são recorrentes nas
definições de Filosofia em diferentes épocas:
A CIÊNCIA MODERNA
Não se fará aqui referência à Ciência em geral, mas à disciplina científica, que
se caracteriza como tal quando possui um objeto, um método e um corpo
conceitual. Toda disciplina científica tem obrigatoriamente um objeto, isto é,
aquilo que ela quer conhecer. Logo, a objetividade é uma de suas
peculiaridades. Por isso, a objetividade tornou-se a característica daquilo que é
objetivo, isto é, a postura que o cientista adota ao ver as coisas como
realmente são.
Pensou-se que, por meio da repetição dos experimentos, fosse possível evitar
o risco de erro. Sob essa perspectiva, o fato científico nada mais é do que
o fato mensurável. Por isso, a Ciência Moderna ocupou-se de descrever seus
procedimentos de medida, valendo-se da linguagem matemática para tornar
essa descrição fiável.
A reprodução dos fatos é primordial para os cientistas modernos. Daí a
importância adquirida por aquilo que eles chamam de método experimental.
Para aqueles que trabalham com os fenômenos físico-naturais, não há Ciência
sem experiência. A Ciência Moderna deslocou, do sujeito para o objeto, a
questão do método. Com isso, criou um grande problema, principalmente para
as ciências humanas, fazendo com que a questão do método fosse
aprofundada. Por exemplo:
CATEGÓRICO-DEDUTIVO
EMPÍRICO-INDUTIVO
CATEGÓRICO-DEDUTIVO
Lalande (1993), ao se referir a categórico-dedutivo, remete-nos ao termo
dedutivo – que constitui uma dedução – e atribui a ele quatro sentidos.
Interessa-nos o segundo: falar de uma conduta geral de pensamento, aquela
que utiliza apenas o raciocínio (como nas matemáticas puras), sem fazer apelo
à experiência no curso de seu desenvolvimento. O método dedutivo é
chamado de:
CATEGÓRICO-DEDUTIVO
HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
Quando essas proposições iniciais são apenas supostas a título provisório ou
consideradas como simples lexis.
EMPÍRICO-INDUTIVO
Para indutivo, Lalande (1993) atribui dois significados:
MÉTODO INDUTIVO
VERDADE INDUTIVA
Toda disciplina científica tem uma terminologia própria, o que, na maioria das
vezes, chega mesmo a identificá-la, sem referência explícita a ela. Por
exemplo:
O corpo conceitual diz respeito aos conceitos que são próprios a uma
disciplina científica. Por isso, a lógica do discurso de uma disciplina científica
depende, também, de seu corpo conceitual. Nesse ponto, retomamos a
Epistemologia a partir da construção do corpo, da investigação, do método,
enfim, das condições necessárias para se construir um estudo científico. Esse
é um movimento intelectual, a formação de um campo formatado em uma forte
base epistemológica.
RESUMINDO
Nesse módulo, concluímos que:
EPISTEMOLOGIA
Disciplina filosófica que estuda a maneira pela qual os saberes científicos se
constituem.
ANIMISMO
Crença de que as coisas naturais sejam dotadas de alma.
ARQUITETURA CONCEITUAL
É uma forma de arquitetura que utiliza o conceitualismo, caracterizado por uma
introdução de ideias ou de conceitos de fora da arquitetura, muitas vezes como
um meio de expandi-la.
Fonte: Hisour
SUJEITO
Aquele a quem se predica algo, que é anunciado como tal e toma suas ações a
partir disso, logo, parte componente da ação.
EUTIDEMO, DE PLATÃO
De acordo com Ribeiro (2014), o Eutidemo é um diálogo que oferece alguns
problemas quando situado nas tradicionais interpretações da filosofia platônica
que tendem a ver os diálogos como uma totalidade teórica.
EMPÍRICO
O empirismo é uma doutrina filosófica e, em particular, gnosiológica que
defende a ideia de que o conhecimento se funda na experiência.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Módulo 2
EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA
Vamos agora dedicar nosso olhar à relação entre Educação e Pedagogia.
Educar seria um ato epistemologicamente construído ou um ato natural
humano. A Educação é um discurso, é uma prática social recorrente,
independentemente de lhe ser aplicada um estudo técnico.
CONCLUINDO
Um discurso específico é capaz de caracterizar um campo cientifico. Desse
modo, a Educação, como Ciência, nasceu de uma construção discursiva que
vem se consolidando de forma específica.
A CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
A Educação é tida como uma prática social e até mesmo histórica. Mas,
originariamente, prática, ou fazer, tem o sentido de arte – a tékhne grega – e,
como tal, exige um conhecimento daquilo que se faz. Portanto, o sentido
de tékhne é o de fazer e o de ensinar (saber) a fazer. Para se fazer bem, é
preciso conhecer o que se vai fazer; e para saber bem, é preciso competência
para fazer.
Muitas obras já têm feito a distinção entre Educação e Pedagogia, o que é
importante para caracterizar a Ciência da Educação, ou seja, a Pedagogia.
Contudo, é preciso considerar a
inevitável indissociabilidade entre teoria e prática. Toda prática traz
embutida em si uma ou mais teorias e toda teoria traz em si mesma uma
prática. Nem sempre se tem clareza sobre isso. Basta ficar atento àqueles que
querem sempre “aplicar” teorias.
Então, uma vez que consideramos a Pedagogia como a Ciência que estuda a
Educação, como se dá a organização do conhecimento científico?
EM RELAÇÃO AO
MÉTODO
Não há um método específico para a Pedagogia, assim como não há para
qualquer Ciência. É uma opção que cabe a cada pesquisador. Tudo depende
do ponto de partida (geral ou particular).
EM RELAÇÃO AO
CORPO CONCEITUAL
A Pedagogia não tem um corpo conceitual definido, mas isso não causa
problema algum, uma vez que é possível se valer de conceitos utilizados por
outras disciplinas científicas quando necessário. A esses conceitos devem ser
atribuídos significados absolutamente adequados à própria Pedagogia.
O CAMPO DA EDUCAÇÃO
Associando o entendimento do conceito epistemológico da Pedagogia como a
Ciência da Educação, precisamos nos remeter brevemente aos séculos XIX e
XX.
SÉCULO XIX
SÉCULO XX
CONCLUINDO
No estudo da Educação pela Pedagogia, a Epistemologia deve ser definida
pelo pesquisador, a partir de análises, vivências e debates sobre esse campo
de estudos.
RESUMINDO
Nesse módulo, concluímos que:
RIGOR
Linha de ação (démarche) que respeita os acordos e as convenções, implícita
ou explicitamente decididos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Módulo 3
EDUCAÇÃO INTEGRAL É
EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL!
ESSA AFIRMAÇÃO ESTÁ CORRETA?
SIM
NÃO
CONHECENDO O SUJEITO
Uma Pedagogia do Sujeito busca a construção do sujeito e que ele se
reconheça como tal. Para refletirmos sobre esse sujeito, um pensamento
de Martin Claret:
NO ESPAÇO E NO TEMPO, TODAS AS COISAS MUDAM.
TRANSFORMAM-SE. NADA TEM FORMA PERMANENTE. A
ÚNICA COISA PERMANENTE É A IMPERMANÊNCIA.
MODIFICAR-SE É O INÍCIO DA SABEDORIA.
O sujeito é quem se modifica, logo, é ele quem sabe. Saber tem conotação
mais forte do que conhecer. Saber é ter consciência do conhecer. E isso
porque o ser humano não tem o monopólio da aprendizagem. Modificar-se é
fazer alusão à necessidade que temos, todos, de nos construir e de nos
reconhecer como sujeitos.
INTROSPECÇÃO
EXTROSPECÇÃO
ATENÇÃO
MEMÓRIA
INTUIÇÃO
PENSAMENTO
LINGUAGEM
IMAGINAÇÃO
PERCEPÇÃO
OUTRAS
CONCLUINDO
O sujeito constitui-se de aspectos interiores e exteriores e está
em constante desenvolvimento.
A PEDAGOGIA DO SUJEITO
Uma Pedagogia é teoria e método. Método é a interação entre um
procedimento de ensino – os procedimentos de ensino têm a intenção de fazer
com que o aluno aprenda o que tem de aprender – e uma teoria
correspondente. Alguns exemplos, apenas, permitirão ao leitor se enveredar
pelos caminhos do método pedagógico. Antes, convém observar que a
Pedagogia do Sujeito parte dos seguintes princípios:
Desde a indicação dos materiais que serão utilizados em classe até a análise e
a compreensão das atividades, depara-se o professor com a obrigação de
indicar exatamente como as aulas serão desenvolvidas e como as atividades
devem ser propostas. Tal preparação demanda pesquisa sobre os conteúdos a
serem trabalhados, sobre a formulação das atividades, sobre a lógica embutida
nas suas proposições e sobre os procedimentos que permitirão desenvolvê-las.
É preciso que o professor saiba que, se não fizer essa preparação, se não
vivenciar a experiência de também se submeter às atividades, prejudicará a
aula. Portanto, trata-se de um momento que não tem o propósito de
instrumentalizar o professor para simplesmente repassar a solução dos
exercícios aos alunos.
Habituados a nos preparar para ensinar, para dar respostas, torna-se estranho
e difícil mantermos uma atitude coerente de deixá-los buscar suas próprias
soluções. E, especialmente, de fazer com que os alunos percebam os seus
próprios erros. O professor precisa entender que, ao se assumir sujeito, deve
encarar o aluno como sujeito. O que não acontece, por exemplo, quando o
auxilia na solução ou soluciona um problema por ele.
Por isso, não cabe ao professor julgar o aluno, mas ao próprio aluno julgar se
fez melhor. Ao professor compete provocar atitudes de avaliação para que
todos e cada um avaliem como está se construindo o sujeito. A Pedagogia do
Sujeito não se preocupa com o sucesso ou com o fracasso, pois é vivenciando
essas experiências que o sujeito é construído. A Pedagogia do Sujeito jamais
destaca que um sujeito tem maior ou menor habilidade nisto ou naquilo. Jamais
admite o raciocínio das compensações. Um aluno nunca é bom em uma coisa
e ruim em outra.
CONCLUINDO
A Pedagogia do Sujeito tem como objetivo permitir que o aluno desenvolva a
sua autonomia na busca pelo conhecimento, a partir das suas
próprias experiências individuais ou coletivas.
CONCLUINDO
A Pedagogia do Sujeito busca desenvolver o sujeito em sua totalidade e, por
isso, é uma proposta de Educação Integral.
RESUMINDO
Nesse módulo, concluímos que:
ALTERIDADE
Alteridade, do latim alteritas (outro), é a concepção que parte do pressuposto
básico de que todo ser humano social interage e interdepende do outro.
Fonte: Wikipedia
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos um importante trajeto filosófico para a Educação. Você primeiro
descobriu o que é Epistemologia e o quão complexa é a relação entre a
Filosofia e a Ciência. Depois, aplicamos o que aprendemos no campo da
Educação, percebendo o papel da Pedagogia como Ciência da Educação, suas
nuanças e o que representam em nosso entendimento de Educação. Por fim,
percebemos os debates estabelecidos acerca da questão do sujeito e de como
o entendimento da base filosófica da Educação pode ser transformado,
valorizado e direcionado para nosso entendimento do papel do sujeito.
PODCAST
Agora, Bárbara Leal, Rodrigo Rainha e Potiguara Accacio encerram o tema
falando sobre a Pedagogia como Ciência da Educação.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1999.
CHIBENI, S. S. Observações sobre as relações entre ciência e filosofia.
Campinas: Unicamp, 2001.
DELEUZE, G. Empirismo e Subjetividade. Ensaio sobre a natureza humana
segundo Hume. São Paulo: Editora 34, 2001.
FALCO, H. Yo Soy. El poder de descubrir quien eres. Chile: Norma, 2001.
GONÇALVES, A. S. Reflexões Sobre Educação Integral e Escola de Tempo
Integral. In: Cadernos Cenpec, v. 1, n. 2, 2006.
LADRIÈRE, J. Os Desafios da Racionalidade. O Desafio da Ciência e da
Tecnologia às Culturas. Petrópolis: Vozes, 1979.
LALANDE, A. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. São Paulo: Martins
Fontes, 1993.
MORA, F. Dicionário de Filosofia. Portugal: Dom Quixote, 1977.
RIBEIRO, J. A. A imagem do filósofo no Eutidemo de Platão. In:
Argumentos, ano 6, n. 12. Fortaleza, 2014.
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CONTEUDISTA
Potiguara Acácio Pereira
CURRÍCULO LATTES