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Não nos importamos com o fim, queremos a realização tecnológica total, visão além do
alcance, e ser mais veloz que a luz. Queremos o “quantum” proibido, aquele fruto da árvore do
éden. Mas esquecemos que estávamos nús-em-pelos, esperando a próxima mudança da era
glacial, quem se adaptou ao modelo imposto pela natureza não estava lá por que matematizou
a possibilidade da “victória” sobre a natureza. Segue a classificação de todas as verificações,
vera, vero, torna-te veritas. E como no hocus-pocus e abra-cadabra.. torna-te ciência. A
condição do método é garantir a tecnologia necessária para cada prova, cada teste, cada
experimento realizado em prol da objetivação positiva. Uma bomba nova, deve ser testada
exatamente com o mesmo rigor “científico” que define-a como um objeto que revela sua
verdadeira função antes do ato-social estar implícito na nova-tecnologia, na nova leitura das
ações humanas no planeta, entendendo de vez a piada do formigueiro que promoveu a morte
de seus indivíduos pelos próprio indivíduos, absorvendo-se daquilo que vai exprimir.
Mas, por outro lado, desmente igualmente a suposição de que as qualidades dos sentidos
existem no mundo físico tal como as conhecemos e independentemente do organismo. A
evidência mostra ainda que os centros do sistema nervoso central constituem uma hierarquia
de padrões de energia, não armazéns ou fábricas de conteúdo, sensacional ou imaginal. Por
isso nota-se que no limite dos métodos experimentais existem os objetivos, que são bem
definidos no âmbito observacional, mas não coerentes com os estamentos éticos, convertidos
em pura perversão tecnicista, que explora a possibilidade do resultado deste e de outras
empresas científicas, não um movimento de libertação e “salva” da humanidade, mas um
negócio capital lucrativo.
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Análise realizada na leitura de “A Lógica da Pesquisa Científica” (Karl R. Popper - 1993) texto de
avaliação em Filosofia das Ciências ano de 2010, UFPB.
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A Crítica nas ciências e filosofia científica - Renato Pinheiro
enunciados são elevados à condições estabelecidas e aceitas como verdades acerca das
universalidades, denunciando a escolha particular que sempre logicamente favorecesse o
empreendimento positivo.
Este modelo positivo é o modelo que rege, claramente, a postura nas “lógicas” das
pesquisas científicas, e a partir da particularidade que envolve as declarações em ordem de
novas descobertas e das novas possibilidades, no aporte e no uso das facilidades (tecnologia
digital) e economias (mercado financeiro globalizado) positivas, surge aí a preleção objetivada
pela condição da manutenção dos governados, oras, a tendência positivista é clara a ponto de
inferirmos na plena e constante conduta aristocrática nas classes, na dominante e na
dominada. A revolução industrial teve como base na produção uma ideia fundada nos itens
materiais que a nobreza possuía e os reproduziu, ou seja, o industrial copiava a habilidade
(pelas máquinas) e a obra (pelos replicadores artificiais) do artífice para reproduzir os objetos
materiais de desejo da nobreza, do aristocrático modo de vida de reis e rainhas. Não vejo
diferença na aquisição de um automóvel estiloso no modelo onde propagam os atletas, atores,
músicos e pessoas artisticamente influentes, hoje, pela mídia de massa. Manobra cientificista
positiva.
previdência social?) Temos tempo para "racionalizar" sobre isso, ou quando a "coisa" apertar,
apelaremos para algum super messias divinamente nos ajudar? O que fazer, continuar
consumindo acreditando "crescer" ou simplesmente, quando algum "objeto" importante escasso
parecer, gritamos ... “- Oh Deus!”, nos ajude, de fome(?) estamos (a uma beira) prestes a
morrer! Sem os remédios, de males bacteriológicos adoecer e sem a graça de graça da
tecnologia, as nossas mentes enlouquecer.
Não há outra explicação que deduzida, ocorra em acertar este elemento tão singular do
modelo capital, não seria mais fácil dizer que o produto é tão relevante em sua propriedade de
trazer toda a utilidade que o cientista implementa em sua pesquisa. A falseabilidade é uma
espécie de engodo que favorece o embusteiro e positivamente o embuste, para quem cai na
armadilha lógica.
Como todas as ciências humanas a economia (já bem visível para Marx como crítico da
ciência econômica) é a que mais está, em tempos de tecnologias de informação mais rápidas,
seguras e eficientes, atrelada ao modelo matemático positivo, que se aproveita de toda a lógica
indutivamente para que os enunciados fatídicos dos números do sistema capital sejam
perfeitamente metabolizados pela racional forma de manutenção do status-quo capital.
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Teoria de Karl Marx sobre a dominação do objeto “produto” das forças produtivas em ação, sobre o
sujeito que está contribuindo com o seu trabalho para a transformação desse objeto, uma das teorias
marxianas muito difundida nos periódicos publicados do “jovem” Marx, que fora melhor explorada
tardiamente em “O Capital”.
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A Crítica nas ciências e filosofia científica - Renato Pinheiro
Podemos então, conceber ao entendimento comum, que por muito tempo, e por muito
tempo mesmo, a concepção formal da ideia de que indivíduos na sociedade atingem a alta
classificação do saber formal (ocidentalizado e porventura nos tempos de hoje já em países do
oriente) através da inserção em dedicação de tempo e estudos, dentro das academias, por
assim dizer - apenas estes estão aptos a “receber” o conhecimento implícito nas ciências, tanto
as naturais quanto as humanas. Kuhn aborda a necessidade de que os cientistas e os iniciados
nas ciências estejam a par da estrutura de constante movimento nas pesquisas e no aporte dos
paradigmas científicos, ele demonstra a metodologia comum entre os grupos e as pesquisas e
a formalidade “esotérica” na apropriação do conhecimento, e de outra forma, a própria
evolução científica quando esta ocorre.
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Análise e resenha do texto “Estrutura das Revoluções Científicas” (Thomas S. Kuhn - 1962) - texto
de avaliação em Filosofia das Ciências ano de 2010, UFPB.
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A Crítica nas ciências e filosofia científica - Renato Pinheiro
O paradigma torna então a ser, para Kuhn, a estrutura mais condizente a anteceder a
realização da revolução científica, oras se que para o iniciado é imposto todas as metodologias,
pela tradição ou pela manutenção das concepções dos grupos de cientistas que favorecem um
tipo de “dogmatismo” elevado, daí a cargo do termo “esotérico” no sentido de fechado, no
sentido de que só alguns (quem seriam esses alguns?) poderiam ter acesso, desde que ao
ascenderem às formalidades científicas, todo o determinismo empírico e metodológico estariam
lá disponíveis; (formalidade que a academia hoje é a maior detentora e propagadora).
resultados dos fatos são os números que se apresentam como elevados sempre em
quantidades favoráveis positivos e insurgentes, e assim seguindo a ideia de que “quanto mais
melhor” a super-produção é a alavanca do lucro capital como efetivamente eficiente.
Os cientistas de hoje, não formulam a pergunta: “Para que estamos pesquisando isso
mesmo?”. Acredito que esta afirmação sintetiza a introdução de Kuhn sobre a estrutura das
revoluções científicas. É implícito que o modelo que se apresenta é um modelo de
mecanização plena de um empenho técnico voltado para uma demanda auspiciosa que afirmo
não ter sequer a ponta da visão de qualquer conhecimento, não se produz remédios para curar
doenças, se produz as doenças para criarem os remédios e assim vendê-los. Fármacos,
químicos, biologistas, geneticistas entre outros, se perguntam sobre isso (na ética e na
bioética) ao pesquisar o desenvolvimento de novos elementos as pesquisas sobre
O uso do poder político é mera questão de “abrir os olhos e muito bem”, e enxergar o
plano por detrás das farsas;
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Análise e resenha de “Contra o Método” (Paul Karl Feyerabend - 1975) texto para avaliação em
Filosofia das Ciências ano de 2010, UFPB.
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A Crítica nas ciências e filosofia científica - Renato Pinheiro
A farsa no sentido científico e até mesmo teórico (mesmo o modelo anárquico que o
autor defende) quando se opõe ao sentido desta positividade industrial, também tem corpo de
auxílio à própria contra-crítica, ou seja, é proposital as reformulações, através de uma ou outra
falha, ou ruptura de ideais em algumas pesquisas e “devidas” apropriações dos resultados, de
forma a usá-los a favor ou contra (sempre a favor do progressismo positivo, o tal assassino da
cultura natural). A farsa é farsante, ela é álibi do medo global, da possibilidade da grande crise,
assim como a contra-cultura da guerra fria (cold war) que propagava a possibilidade de
destruição do mundo, isso à 30 anos atrás, a fisicalidade dos mísseis nucleares, e sua positiva
atitude de ampliação lógica, onde à terror à controle de massa. O modelo político ocidental de
hoje atua bem na prevenção das doenças que precisam de suporte do medo para concretizar o
medo, e uma síndrome da auto-imune condição de segregar o doente, o mal, o terrorista, o
soro-positivo, o gay, o anti-positivista ou o próprio anarquista, preconiza a realidade da
necessidade.
Mesmo que a história esteja sendo distorcida, ela já estava sendo desenhada (aos seus
caminhos mais nobres) para todas as interpretações conflitantes da ciência e da pesquisa
científica, o modelo capital atenua a fragilidade ideológica do cientista racionalizado e positivo,
tal positividade é voltada para sua avaliação técnica no cunho da eficiência industrial e da
potencialidade do lucro. Seja na industria, na política, em guerra ou em paz.. a corrida científica
que desliza pelas rodas do capital corrompeu a ciência em nova algoz do moderno homem
moderno, e a modernidade se levanta como a um novo réptil (alusão ao lagarto gigante que
destrói Tóquio) vista como prelúdio de 10.000 megatons de fúria nuclear.
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Alusão ao mecanismo de “curtir” do sistema de redes-sociais Facebook, que utiliza da iconoclasia do
positivo no dedo polegar apontado para cima - “up”, um sinal de “agrado” e de “aprovação” que era
usado na Roma antiga nos jogos do coliseu pelo monarca ou governante.
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