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4 Citando BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de sociologia do
conhecimento. Petrópolis: vozes, 2004.
5 Cf. KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Editora Perspectiva S.A, 1997.
6 Em relação à fonte do conhecimento, Miguel Reale assinala as seguintes correntes: Racionalista, que tem origem
na Grécia antiga, para a qual a razão é a fonte principal do conhecimento. Tudo depende da razão. A razão por si só é
capaz de conhecer a realidade. Na antiguidade, Parmênides, Sócrates, Platão e Aristóteles, realçaram o papel da razão. Na
Idade Média, teólogos, como Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, extraem da razão boa parte da doutrina e no
séc. XVI temos alguns dos expoentes do racionalismo, como Descartes, Leibniz e Spinoza; Empirista, que sustenta ser a
experiência a origem única ou fundamental do conhecimento e este só é válido quando verificado por fatos metodicamente
observados; Criticismo, síntese do racionalismo e do empirismo. Afirma que o conhecimento envolve uma contribuição
positiva e construtora por parte do sujeito cognoscente em razão de algo que já está no espírito, anteriormente à
experiência do ponto de vista do conhecimento. Em relação à essência do conhecimento (o que se conhece), apresenta
as doutrinas pré-metafísicas: objetivismo (ênfase no objeto) e subjetivismo (ênfase no sujeito), Metafísicas: realismo
(res-coisa); Idealismo (não há objetos reais, independentes da consciência), e o fenomenalismo (fenômeno) e Teológicas
– monismo e panteísmo; dualismo e teísmo. Em relação ao método do conhecimento, destaca o conhecimento mediato,
sensível, espiritual, fenomenológico e o conhecimento imediato, dedutivo, indutivo e a analogia.
sócio históricas sobre a ciência moderna. Ao abordar ciência e ideologia, busca responder
a seguinte indagação: a ciência varia de acordo com o grupo social?
Os capítulos que se seguem buscam explicitar a distinção entre ciências
fundamentais e ciências aplicadas, ciência, poder político e ética, ciência e verdade,
ética idealista e ética histórica. Encerra com uma indagação: como articular ciência e
ética? Resposta complexa, expressa que a ciência permite analisar melhor os efeitos e a
coerência de uma determinada abordagem, mas não pode fornecer resposta a questão
ética: “queremos assumir tal decisão?” (p. 300). Ressalta que as decisões éticas e políticas
são adotadas como consequência de um debate, em que intervirão análises e apelos éticos
(p. 301), mas que, no final de tudo, é o ser humano quem decide.
O autor: Gérard Fourez, pesquisador belga e professor emérito da Universidade
de Namur (Bélgica), falecido no ano de 2018. Formado em Filosofia e em Matemática
pela Universidade de Lovaine (Bélgica), possuía doutorado em Física Teórica pela
Universidade de Maryland, além de uma formação religiosa. Assinalam Adriana Mohr
e outros que “Esta formação ao mesmo tempo acadêmico-científica e religiosa é, [...]
fundamental para compreender não só a produção acadêmica do autor, mas a origem de
seus princípios, de seus conceitos e de sua forma de ver a ciência, a ética, a educação e o
ensino de Ciências.”8
REFERÊNCIAS
8 MOHR, Adriana; MULINARI, Guilherme; VENTURI, Tiago; CUNHA, Tiago Bonatelli da. Um singular plural:
contribuições de Gérard Fourez para a educação em ciências. Revista Dynamis. FURB, Blumenau, v.25, n.1, p 164-179,
2019. Disponível em: http://www.furb.br/web/upl/arquivos/201907021703250.Forez_AC.pdf.