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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNIBH

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

1. BRUNO MESQUITA BICALHO


2. DANIEL FRANÇA SILVA TOLEDO
3. PEDRO HENRIQUE BORGES ROCHA
4. SANDRO BISTENE SALAS FILHO

GLOSSÁRIO DE TERMOS DA DISCIPLINA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS E


O PENSAMENTO CIENTÌFICO

BELO HORIZONTE/ MG
2018
Termos Obrigatórios

Ontologia:

O termo ontologia, vem do grego “ontos”, que significa ser, e “logos”, que significa
palavra. Porém, o termo original vem da palavra aristotélica “categoria”, termo esse
utilizado em classificações. De acordo com Almeida, existe um consenso que a
ontologia diz respeito aos tipos de coisa que existem no mundo e que esse termo
“tipo” quer dizer “categoria”, uma maneira que Aristóteles usava para fazer algumas
discussões, mas haviam outros que categorizavam da sua maneira, como Kant por
exemplo. Segundo Almeida:

De fato, uma teoria das categorias é o mais importante tópico do


estudo da Ontologia. Tais teorias especificam sistemas de categorias
estruturados em níveis hierárquicos, em geral, na forma de uma
árvore invertida na qual a categoria de mais alto nível é nomeada
“entidade”. Qualquer coisa pode ser descrita como uma entidade de
algum tipo, mas qual os próximos níveis de categorização são
questão para discussão. (ALMEIDA, p.244)

Segundo o Dicionário Oxford de Filosofia (1997, apud BLACKBURN, 1997) o


significado de ontologia é: “o termo derivado da palavra “ser” [...] usada para
denominar o ramo da metafísica que diz respeito àquilo que existe.” (BLACKBURN;
MARCONDES, 1997)

Ainda segundo Blackburn: “é também a parte da filosofia que trata da natureza do


ser, ou seja, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em
geral”

(ALMEIDA, Maurício. “Uma abordagem integrada sobre ontologias: Ciência da


Informação, Ciência da Computação e Filosofia.” Disponível em:
<http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/1736/1448> Acesso
em 3 de julho de 2018)
(BLACKBURN, S; MARCONDES, D. “Dicionário Oxford de Filosofia.” Tradução
de Murcho et al., Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1997.)

Epistemologia:

“A epistemologia, também chamada de “teoria do conhecimento”, é o ramo da


filosofia interessado na investigação da natureza, fontes e validade do
conhecimento.” (A.C. GRAYLING,1996, p.37). Vemos que há um certo problema
nesse ramo, pois não há uma definição exata do que é o conhecimento, como ele é
adquirido, como alcançar esse conhecimento, quais são seus limites, entre outros.

A definição de conhecimento para Grayling (1996, p.37) é que ela é uma crença
verdadeira justificada, e que essa definição parece plausível já que dá a impressão
de que para conhecer algo alguém deve acreditar nele, que a crença deve ser
verdadeira, e que a razão de alguém para acreditar deve ser satisfatória à luz de
algum critério. Pois alguém não poderia dizer conhecer algo se sua razão para
acreditar fosse aleatória ou arbitrária.

Entretanto, há dificuldades com essas ideias, pois acontece muitos debates sobre se
essa convicção verdadeira de um indivíduo sobre algo, é conhecimento. Essa é a
primeira parte de uma discussão no ramo que segue em aberto.

Há um outro ponto na discussão do tema, que seria como o conhecimento é


adquirido. Nesse ramo, segundo Grayling, temos duas principais escolas de
pensamento sobre o que constitui o meio mais importante para o conhecer. Uma
escola é a dos “racionalistas” que dizem que a razão é responsável por esse
conhecimento. Já os “empiristas”, dizem que é a experiência, principalmente usando
dos sentidos, que é responsável por esse papel fundamental na maneira que o
conhecimento é adquirido.

O paradigma dos racionalistas vem da matemática e a lógica, onde a verdade vem


da intuição e inferência racional. Já o paradigma dos empiristas vem das ciências
naturais, onde as observações e experimentos são essenciais para a investigação.

(GRAYLING, A C; Epistemology. Bunnin and others (editors); “The Blackwell


Companhion to Philosophy”. Cambridge, Massachusetts: Blackwell Publishers Ltd,
1996. (Tradução livre de Paulo Ghiraldelli Jr) Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/FILOSOF
IA/Artigos/Epistemologia.pdf > Acesso em 4 de julho de 2018.)

Metodologia:

A palavra Metodologia vem do grego “meta”, ao largo; “odos”, caminho; “logia”,


discurso, estudo. A metodologia nada mais é do que um estudo para a compreensão
e avaliação de maneiras de estudo, e métodos para se chegar em um resultado com
pesquisas acadêmicas.
Segundo Prodanov e Freitas (2013, p.14) a metodologia, em um nível aplicado,
examina, descreve e avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam a
coleta e o processamento de informações, visando ao encaminhamento e à
resolução de problemas e/ou questões de investigação.

A metodologia é a aplicabilidade de métodos, técnicas e procedimentos para a


obtenção do conhecimento, testando assim sua veracidade e se é útil nos vários
campos da sociedade. Assim, ele esclarece o caminho determinado e o
procedimento indicado por certo indivíduo para chegar em seus resultados.

Porém, não há uma única maneira de pesquisar e uma única metodologia, pois
temos por exemplo, o método histórico, que é aquele que estuda os objetos em suas
diferentes etapas, seu nascimento, desenvolvimento e evolução. Já o método
sistemático aquele que parte da análise dos componentes e das relações entre si
para aprofundar o conhecimento; e existem muitos outros caminhos de pesquisa
para o conhecimento e assim chegar a ciência.

(PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar. “Metodologia do trabalho


científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho
acadêmico”. – 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível
em:<http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-
1538f3aef538/E-book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf>
Acesso em 04 de julho de 2018)

Neutralidade:

O termo na língua portuguesa consiste em atribuir o caráter de imparcialidade e


objetividade permanecendo assim em condição neutra com a vigente situação na
qual o ator está inserido, nos campos científicos esse termo é atribuído geralmente à
formação de conhecimento positivista e explicativa que através da observação
neutra busca acumular conhecimento para assim formular uma relação causal, o
observador da problemática deve aproximar ao máximo da neutralidade para desta
forma constituir um conhecimento longe de prenoções atribuindo o caráter verossímil
à tese, porém o status neutro para um ser Humano é algo ‘’utópico’’ ou seja
inalcançável, para observamos um problema, este mesmo passa por valores sociais
que variam de cultura a cultura e atuam como filtros alterando assim a percepção da
realidade verdadeira do problema observado, deste modo a neutralidade é
inalcançável pois em todos existem subjetividades, sendo assim apenas existem
graus de neutralidade cientifica que buscam afastar tais valores subjetivos do
observador para através da neutralidade constituir um conhecimento mais ‘’puro’’
possível.

(JAPIASSU, Hilton. “O mito da neutralidade científica”. Imago Editora, [S. I.] 1975.
187p.)

Objetividade:

Na ciência a objetividade visa dar uma representação fiel da essência do objeto e é


composta por afirmações e preposições que não são influenciadas por preceitos
pessoais do observador a respeito do objeto, desta forma a objetividade é
necessária para observação do mundo, para constatar o que é verdadeiro e o que é
influenciado pelas opiniões pessoais e preposições do observador, contudo assim
como não é possível atribuir neutralidade ao ser Humano é impossível alcançar a
objetividade mundana visto que a identidade do mesmo é composta por diversos
valores culturais, sociais, étnicos e opiniões pessoais de terceiros que influem
diretamente à observação do mundo, desta forma o conhecimento cientifico visa
afastar a subjetividade e as ‘’paixões’’ do observador para assim constituir um
conhecimento o mais objetivo possível para atingir a essência do problema
observado em tese.

Segundo Cupani (1989) “a objetividade assim concebida tem um caráter normativo:


refere-se a como a Ciência deve ser cultivada para ser eficaz. Esboça um ideal, ao
qual se presume, todavia que a Ciência real sempre corresponde em alguma
medida.”

(CUPANI, Alberto. “A Objetividade científica como problema filosófico”. 1.


ed. Florianópolis: Depto. de Filosofia – UFSC, 1989. 12p
Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/download/10067/14908>. Acesso
em: 04 de julho de 2018.)

Ciência:

O campo da ciência é fundado no conhecimento aprofundado de um ramo baseado


em estudo, observação, reflexão e constatações usadas através do racionalismo,
esse campo forma todo o conhecimento a respeito do mundo observável que nos
rodeia, o campo cientifico que ganhou mais notoriedade sendo considerando o
paradigma dominante foi a forma positivista das ciências naturais que valorizava a
racionalidade e desta forma visava formar leis gerais através da matemática, indo
em contraposto contra o conhecimento baseado em senso comum, pois, o campo
das ciências naturais baseavam o seu conhecimento na validação do mesmo ou
seja, através da quantificação do objeto de estudo, observação neutra dos aspectos,
gerava assim uma relação de causalidade desta forma validando a hipótese
estudada, contudo o positivismo pecava na formação de conhecimento social, esse
e diversos outros fatores contribuíram para a crise deste paradigma com o passar o
tempo e o aprimoramento do meio cientifico, emergindo diversas outras teorias para
o estudo das mais diversas áreas como a sociologia, as relações estatais, a
mecânica quântica entre outros... Assim assume-se que o campo científico está em
constante mudança adaptando-se as demandas mundanas.

(CHIBENI, Silvio Seno. “O que é ciência.” Campinas. Departamento de Filosofia -


IFCH - Unicamp, 2013. 30 p.

Disponível em: <http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/ciencia.pdf>. Acesso


em: 04 de julho de 2018.)

Senso Comum:

São noções comumente admitidas por indivíduos de uma mesma comunidade,


baseadas nas observações empíricas que transcendem o tempo e passam de
geração em geração atribuindo assim uma herança cultural a aquela determinada
comunidade de indivíduos. O conhecimento baseado em senso comum é
assimétrico que não se baseia em percepções cientificas e sim no modo comum de
pensar que é utilizado no cotidiano, o senso comum pode ser tanto benéfico quanto
maléfico para os indivíduos que o propagam através do tempo, benéfico pois
norteiam comportamentos e crenças que configuram o bom convívio daquela
sociedade e maléficos pois é uma forma de conhecimento irrefletido ou seja os
indivíduos geralmente não pensam a respeito do mesmo podendo gerar ações com
valores morais e éticos duvidosos. A ‘’quebra’’ do senso comum veio com a ciência
moderna que é baseada no senso crítico e na racionalidade trazendo assim
conhecimento validado e respaldado por suas hipóteses e teses.

(MARTINS, José de Souza. “O senso comum e a vida cotidiana.” São Paulo:


USP, 1998. 8 p. v. 1.
Disponível em: <https://ensinosociologia.milharal.org/files/2011/08/Jose-Souza-
Martins-Senso-Comum-Vida-Cotidiana.pdf>. Acesso em: 04 de julho de 2018)

Teorias Explicativas:

Nas teorias explicativas, o porquê da ocorrência dos fenômenos é a pergunta chave,


tendo em vista que ela busca uma certa empiria, tentando englobar todos os
fenômenos e os reduzir à simples princípios gerais, assim, o objeto de análise é a
causa, e não os efeitos dela. Sendo assim, basicamente, uma teoria explicar algo, é
estabelecer relações entre variáveis, explicando as causas desta ocorrência em
determinadas situações, por quê o fenômeno ocorre em tais situações é a pergunta
a ser respondida. Já a causa do fenômeno, para as teorias explicativas pode ser
observada quando uma influência externa produz um efeito suficiente para a
particularização de algum fenômeno, para, assim, facilitar a classificação dos
fenômenos. Essas teorias, não implicam, necessariamente, a eliminação de
incertezas, mas, tenta avançar no poder descritivo, porém, nas ciências humanas há
um problema na causalidade de fenômenos, sendo assim, não importa o quão
perfeito o planejamento da pesquisa, há um problema de subjetividade na ação dos
sujeitos, não havendo como controlar os resultados, assim, dividindo as ciências
sociais em controláveis- com resultados recorrentes, e não controláveis- resultados
aleatórios.

(KING, G; KEOHANE, R. O; VERBA, S. “Designing social inquiry: scientific


inference in qualitative research”. Princeton: Princeton University Press, 1994.)
Teorias Compreensivas:

Nas teorias compreensivas, divergindo das explicativas a pergunta chave é o como,


buscando compreender e dotar de sentido a realidade, assim, entendendo como os
agentes agem, estando inseridos em um contexto, sendo também chamada de
“ciência da cultura “. A compreensão nessas teorias, é, basicamente, entender como
o agente dota de sentido a realidade com base no contexto em que vive, sendo
inaceitável teorias genéricas para entender a realidade, pois, estas, não respeitam a
particularidade de cada fenômeno. Sendo assim, não há a possibilidade de teorias
gerais, já que, estas são resultado de uma interpretação específica de mundo, e, a
realidade, é construída por nós mesmos, por meio da linguagem, então não
podemos separar o objetivo dos fenômenos ao subjetivo do sujeito. Podemos ver
nas teorias compreensivas também, uma retroalimentação dos processos, que
podem interagir entre si e se alimentar mutuamente, como por exemplo: os estados
podem buscar poder vivendo em um sistema anárquico, podendo chegar a guerra se
necessário, assim, reforçando a ideia de anarquia do sistema.

(FANTA, Daniel. “Sobre uma das categorias da sociologia compreensiva de


Max Weber.” Revista de Teoria da História, v.16, nº2, dezembro/2016, Universidade
Federal de Goiás
Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/teoria/article/view/44812/22211> Acesso
em: 4 de julho de 2018)

Teorias Normativas:

As teorias normativas buscam criar uma dimensão ética no estudo dos processos
internacionais, surgindo pensamentos de uma prescrição de princípios, políticas e
práticas nas relações internacionais. Porém, essa ética se relaciona muito a moral
que é individualista, sendo possível a pergunta de quem é a autoridade para
regulamentar essa ética internacional, que é dividida em duas vertentes de
pensamento: A vertente Cosmopolitanista, que preza o indivíduo como principal
referência da ética, prezando o direito geral individual e abandonando concepções
como fronteira tradicional, em que esse direito é relativo e variável de cultura à
cultura. Já a vertente Comunitarista preza valores individuais acima de tudo, como
identidades distintas de comunidade a comunidade, não podendo generalizar as
culturas, e precisando de um estado específico da comunidade para promover a
justiça. Ambas as concepções não buscam nos dar um resultado, mas sim uma
forma de observar o sistema internacional. Já as éticas que orientam o
comportamento dos estados são divididas em consequencialismo que é uma ética
baseada mais nos resultados das ações do que nos meios em si, e a deontologia
que preza sempre a moralidade dos atos.

(FREIRE, Inês, “Éticas Deontológicas e Éticas Consequencialistas.” [Recurso


Eletrônico]. [S. I.] 2014
Disponível em: <https://prezi.com/xfnuhp7g9zzs/eticas-deontologicas-e-eticas-
consequencialistas/> Acesso em 4 de julho de 2018)
Termos Optativos

Hipótese:

A palavra “Hipótese” vem das palavras gregas Hypo, que significa sob, e Thésis, que
significa posição. Uma hipótese é uma suposição feita com relação a algum
determinado assunto, e que virá posteriormente ser estudada e se provará se esta é
correta ou não. Nem sempre as hipóteses estarão corretas e nem sempre serão
definitivas, sendo que estas poderão ser substituídas por satisfazerem somente
respostas a uma condição momentânea.

No pensamento científico, a Hipótese surge após uma recolha de dados e da busca


de uma relação entre esses dados. Segundo o método, esta deverá ser seguida por
experimentações, que mostrarão se a hipótese será verificada ou refutada. Caso
seja verificada, ela passará a se chamar Postulado e, posteriormente, poderá se
tornar uma Lei.

Em uma perspectiva empirista, a Hipótese existe apenas para a verificação dos


fatos, em que a observação possui um papel primordial para a elaboração desta. Já
em uma perspectiva racionalista contemporânea, a Hipótese desempenha uma
função fundamental para a construção do conhecimento científico.

(PRAIA, João; CACHAPUZ, António; GIL-PÉREZ, Daniel. “A Hipótese e a


Experiência Científica em Educação em Ciência: contributos para uma
Reorientação Epistemológica.” Ciência & Educação, v. 8, n. 2, p. 253-262, 2002
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v8n2/09.pdf> Acesso em 03 de julho
de 2018)

Variáveis:
As variáveis são classificações ou medidas, são características do objeto de estudo
que podem ser medidas e enumeradas. É um elemento representante do conjunto
das possibilidades de resultados de algum fenômeno.

As Variáveis podem ser independentes ou dependentes. As primeiras são as que


influenciam ou determinam outras variáveis, ou seja, são as causas para um
determinado resultado, e são as que serão(geralmente), manipuladas pelo
pesquisador para que a relação de um determinado fator com o fenômeno seja
assegurada. As variáveis dependentes são os valores descobertos em virtude de
serem influenciados e afetados pelas variáveis independentes. Elas aparecerão ou
se modificarão à medida em que o investigador manipular as variáveis
independentes.

“A variável independente é o antecedente e a variável dependente a consequente.


Os cientistas fazem predições a partir de variáveis independentes para variáveis
dependentes; quando, ao contrário, querem explicar um fato ou fenômeno
encontrado- variável dependente- procuram a causa – variável independente”

(MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva. “Fundamentos de metodologia científica”.


5. ed. - São Paulo: Atlas 2003.
Disponível em:
<https://docente.ifrn.edu.br/olivianeta/disciplinas/copy_of_historia-i/historia-ii/china-e-
india> Acesso em 4 de julho de 2018.)

Positivismo:

Positivismo é um método cientifico de formação de conhecimento emergente do


século XIX e XX que busca responder o ‘’como’’ ocorreu as coisas e não analisa
causas naturais e sociais da problemática, este método versa a observação dos
fenômenos que podem ser percebidos pelos sentidos humanos, buscando formar
leis gerais através da relações de causalidade destes fenômenos estudados, o
positivismo opõe-se diretamente ao racionalismo e ao idealismo, pois prima a
experiencia sensível única e capaz de formar um conhecimento positivo e
verdadeiro, fundamentada na observação e imaginação do mundo físico opondo-se
ao mundo metafisico não observável, para Augusto Comte filosofo francês somente
o conhecimento cientifico é verdadeiro pois pode ser comprovado por métodos
científicos validos, desta forma opõe-se diretamente a outras formas de
conhecimento como o metafisico e o senso comum que não podem ser validados da
mesma forma, para os positivistas a humanidade só avança exclusivamente com
processos científicos que são capazes de transformar a humanidade e o planeta
Terra.
(TRINDADE, Hélgio. “O Positivismo: teoria e prática.” 3ª ed. Porto Alegre:
UFRGS, 2007)

Reflexivismo:

O Reflexivismo, que levou ao pós-positivismo, parte do pressuposto de que a


sociedade é socialmente construída, e, portanto, subjetiva. É um Método que foge
do Positivismo, e cujo objeto de estudo é a interpretação, e não somente a
observação, de normas mútuas entre instituições e atores. Dá importância aos
significados, crenças e à linguagem, e não defendem a ideia de verdade absoluta.
Enfatizam que a realidade mundial não é neutra e não pode ser observada de
maneira neutra, e prezam que os métodos de análise sejam qualitativos, buscando
sempre compreender e analisar cada fenômeno em sua individualidade, e
compreender as causas desses fenômenos, e a observação do contexto em que ele
está inserido.

A interdisciplinaridade é importante neste método, e prezam que os fenômenos são


passíveis de mudança. Além disso, discutem os limites epistemológicos e éticos das
teorias tradicionais.

O reflexivismo está presente em grande parte das teorias dissidentes das teorias
tradicionais, mas em escalas diferentes. Exemplos de teorias dissidentes são o Pós-
modernismo e o feminismo.

(ALESSIO, Felipe. “As relações Internacionais sobre o olhar das teorias


“dissidentes”: questionamentos epistemológicos.” [S. I.] 2012
Disponível em: <http://relacoesunisul.blogspot.com/2012/09/as-relacoes-
internacionais-sobre-o.html> Acesso em 04 de julho de 2018)

(SCOTELARO, Marina. “Parte II- Debates científicos em relações


internacionais.” Belo Horizonte - MG. 2018
Disponível em:
<https://drive.google.com/drive/folders/1EM2IXfb8NUu9FnqdXEPli9ZA0nG-0oin>
Acesso em 4 de julho de 2018)
Racionalismo:
O Racionalismo é uma teoria que advém dos pensamentos positivistas, e desta
maneira seguem a mesma corrente de pensamento. No racionalismo, se acredita
que o conhecimento válido seria o conhecimento que resulta de uma observação
detalhada e experimentações, e por meio destas descobrir um padrão nos
fenômenos analisados. Assim, buscam-se encontrar uma lei geral que permita que
todos os fenômenos sejam passiveis de previsão e dedução.

A crítica ao racionalismo é a mesma sofrida pelo positivismo: Não existe observação


neutra, e como cada fenômeno é individual a criação de leis gerais nem sempre é
válida, e esta mesma individualidade faz com que a previsão dos fenômenos não
funcione da maneira que é esperada.

Para os racionalistas, a cooperação entre as instituições no âmbito internacional é


possível, pois a razão seria capaz de criar princípios, sejam eles filosóficos ou
morais, que levariam à criação de instituições promotoras da sociabilidade.

(BARNABÉ, Gabriel Ribeiro. “A guerra em Hobbes, Locke e Grotius: Realismo e


Racionalismo na Teoria das Relações Internacionais.” Campinas, SP: [s. n.],
2006.
Disponível em:
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/278705/1/Barnabe_GabrielRibeiro
_M.pdf> Acesso em 4 de julho de 2018)
(SCOTELARO, Marina. “Parte II- Debates científicos em Relações
Internacionais.” Belo Horizonte – MG. 2018
Disponível em:
<https://drive.google.com/drive/folders/1EM2IXfb8NUu9FnqdXEPli9ZA0nG-0oin>
Acesso em 4 de julho de 2018)

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