Você está na página 1de 3

Leitura Complementar

A história da Psicologia
A história da psicologia é complexa e multifacetada, envolve muitos
indivíduos, teorias e descobertas ao longo do tempo e, é entre os filósofos
gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar a Psicologia.
Diante isso, é de fundamental importância o estudo da história da
Psicologia como uma forma de apreensão a criação humana quanto a esse
tema, entendendo como e por que ela foi criada, o que traz consigo a
possibilidade de contextualizar a origem da ciência psicológica e, assim a
compreensão das linhas teóricas que permeiam as investigações e
produções teóricas atuais.
O primeiro tem sua origem no pensamento grego e se estende até o final
do século XIX e princípio do XX, período considerado como marco do
surgimento da Psicologia Científica, o segundo momento.
A origem da Psicologia, considerada inicialmente como parte da Filosofia
Mental, pode ser localizada no IV e V séculos a.C. com os filósofos gregos
Sócrates, Platão e Aristóteles, que levantaram questionamentos e
reflexões sobre o funcionamento da mente.
Porém, antes de nos referirmos a esses estudiosos com mais atenção, é
preciso colocar que a Filosofia Pré-Socrática (Conjunto de teorias que
antecederam o filósofo Sócrates) tinha como foco o estudo a relação do
homem com o mundo, por intermédio da percepção. Isso permitiu a
Sócrates (469-399 a.C.) dar maior consistência ao que viria ser a Psicologia,
principalmente por defender a noção de que o homem diferia dos animais,
pois era dotado de razão, ou inteligência. Ainda sobre a Filosofia Pré-
Socrática. Ela se ocupou em entender o que era a physis, noção complexa
que envolvia o mundo, os deuses e o homem, bem como a compreensão
da natureza como algo dinâmico, vivo. Essa filosofia natural, explicitada no
raciocínio demonstrativo, era um trabalho racional, sim, mas não se pode
excluir do processo de compreensão do mundo, a percepção. Com
Sócrates, um novo objeto passou a ser estudado, aquilo que ele chamou de
alma, de unidade do ser individual.
Platão (427-347 a.C.). Ele foi discípulo de Sócrates, defendia a existência de
três tipos de alma: com sede na cabeça (alma racional); com sede no peito
(alma irascível); e com sede no ventre (alma concupiscível). As pessoas se
diferenciavam pela predominância de uma das três almas. No momento da
morte, o corpo, que era matéria, desapareceria e a alma se desprendia do
corpo, estando livre para ocupar um novo corpo.
Quanto a Aristóteles (384-322 a.C.), esse filósofo foi discípulo de Platão,
porém, com uma compreensão diferente de seu mestre; defendeu que
alma e corpo não podem ser dissociados e que tudo aquilo que cresce, se
reproduz e se alimenta, tem uma alma ou psique. Assim, além do homem,
animais e vegetais também teriam alma, como um princípio vital, animador.
O estuo que realizou sobre as diferenças entre a razão, a percepção e as
sensações, foi sistematizado no livro De Anima, considerado como um dos
primeiros tratados em Psicologia.
Mas, antes de passarmos ao século XIX, é preciso que destaquemos alguns
pensadores que contribuíram para o desenvolvimento da Psicologia. Um desses
pensadores foi René Descartes (1596-1659), que defendeu a separação entre
mente e corpo, afirmando que o homem possui uma substância material e uma
substância pensante e, o corpo, sem o espírito, é apenas uma máquina. Isso
proporcionou, mais tarde, o surgimento de uma Psicologia direcionada ao uso
do estudo dos processos mentais.
Outro que deu sua contribuição importante foi o psicólogo alemão Wilheim
Wundt (1832-1926) cria na universidade de Leipzig, na Alemanha, o primeiro
laboratório para realizar experimentos na área da Psicofisiologia. Por esse fato
e sua extensa produção teórica na área, ele é considerado o pai da psicologia
moderna ou científica. Cerca de vinte anos mais tarde, o psicólogo alemão
Wilheim Wundt fundou uma disciplina a que chamou de Psicologia.
Os pioneiros da Psicologia procuraram, dentro as possibilidades atingir tais
critérios e formular teorias. Entretanto os conhecimentos produzidos inicialmente
caracterizavam-se, muito mais, como postura metodológica que norteava a
pesquisa e a construção teórica. Embora a Psicologia cientifica tenha nascido na
Alemanha e, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido
crescimento. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em
Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.
Essas abordagens são: o Funcionalismo, de William James (1842-1910), o
Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927) e o Associacionismo, de
Edwar L. Thorndke (1874-1949)
O funcionalismo teve em Williams James o seu maior expoente. James foi um
dos mais influentes psicólogos norte-americanos, ensinou Filosofia e Psicologia
na Universidade de Harvard. Sua proposta conceitual foi construía a partir de
rigorosas observações de si mesmo e dos outros. Ele se opunha ao
Estruturalismo porque o via como artificial, limitado. Na visão dele, a consciência
era um dado pessoal que está em continua mudança, evoluindo com o tempo e
sendo seletiva na escolha dos estímulos que incidem sobre ela, o que torna o
homem capaz de se adaptar ao seu ambiente.
O Estruturalismo foi defendido pelos pioneiros da Psicologia Científica (Wundt
e Edward B. Titchner) que entendiam que o importante seria determinar os dados
imediatos da consciência: as características principais e especificas dos
processos da consciência, e seus elementos fundamentais. Para Titchner até
mesmo os mais complexos dos pensamentos e sentimentos, podem ser
reduzidos a elementos simples. Titchner via o papel da psicologia como sendo o
de identificar esses elementos e mostrar o modo como eles podem ser
combinados e integrados.
O Associacionismo teve como seu principal representante Edward L. Thorndike
que defendia uma produção de conhecimento pautada na utilidade do mesmo.
Sua teoria, considerada como a primeira teoria sobre a aprendizagem na
Psicologia, concebia a aprendizagem como um processo de associação de
ideias, as quais acontecem sempre das mais simples para as mais complexas.
E foi a partir de então que essa Psicologia cientifica, se constituiu de três escolas:
Associacionismo, Estruturalismo e Funcionalismo E, foi substituída, no século
XX, por novas teorias.

As principais Teorias da Psicologia do século XX

As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia neste século são


consideradas por inúmeros autores como sendo o Behaviorismo ou Teoria (S-
R) (do inglês Stimuli-Respond--Estímulo-Resposta), a Gestalt e a Psicanálise.
• O Behaviorismo, que nasce com Watson, o mesmo afirmava que você não
pode ver e nem definir a consciência, assim como não pode observar a alma.
Para Watson, a psicologia era o estudo de comportamento observáveis,
mensuráveis e nada mais.
• A Gestalt, a psicologia da Gestalt, traduzida grosseiramente do alemão, a
palavra Gestalt significa “todo” ou “forma”. Que tem seu berço na Europa, surge
como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada
pelas tendências da Psicologia científica do século XIX, postulando a
necessidade de se compreender o homem como um todo. A psicologia Gestalt
lançou os fundamentos modernos da percepção.
• A Psicanálise, que nasce com Freud, na Áustria, a partir da pratica médica,
recupera para a Psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente
como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da
consciência e da razão.

Você também pode gostar