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PROPÓSITO
Conhecer as diferentes teorias psicológicas, a importância da construção do conhecimento e
as diferentes áreas que lidam com o desenvolvimento humano a fim de que o profissional que
lida com os processos de ensino e aprendizagem possa construir um aporte teórico.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Identificar o que diferentes áreas do desenvolvimento humano podem oferecer para sua
atuação profissional
INTRODUÇÃO
1
Para tanto, no primeiro módulo, estudaremos a constituição histórica da Psicologia como
ciência e as principais características das teorias psicológicas, bem como seus grandes
pensadores.
2
Em seguida, conheceremos os conceitos que fundamentam a construção do conhecimento
quanto aos aspectos físicos, afetivos e sociais. Também trataremos a importância do estudo
dos processos de aprendizagem a fim de construir um aporte teórico que possa subsidiar sua
prática profissional.
3
Por último, estudaremos como diferentes áreas que lidam com o desenvolvimento humano
fornecem ferramentas teórico-conceituais que otimizam a compreensão dos processos de
aprendizagem.
MÓDULO 1
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA
A partir deste momento, estudaremos as características principais das teorias psicológicas,
desde os primeiros estudos da Psicologia, sua consagração enquanto ciência, até as correntes
mais difundidas na atualidade. A intenção aqui é proporcionar um panorama geral dessas
teorias para que você possa ser capaz de discernir qual (ou quais) delas poderá (ou poderão)
contribuir para sua atuação enquanto profissional.
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Os primórdios da Psicologia encontram-se na Grécia antiga (por volta de 700 a.C. até a
dominação romana). Foi entre os filósofos gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, que
surgiu a primeira tentativa de sistematizar o conhecimento entre o homem e sua interioridade.
Não é à toa que o termo “Psicologia” vem do grego psyque (alma) e de logos (razão), ou seja,
psicologia significa “estudo da alma”.
Sócrates foi quem deu consistência aos estudos da Psicologia na Antiguidade. Suas
indagações eram a respeito do que diferenciava o homem de outros animais. Ele postulou que
a característica essencialmente humana era a “razão” que se opunha ao “instinto” do restante
dos animais.
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Em seguida, Aristóteles o contraria, dizendo que alma e corpo são indissociáveis, ou seja, tudo
que cresce, se reproduz e se alimenta possui psyque ou “alma”. Assim, os vegetais e todos os
animais, incluindo o ser humano, teriam “alma”.
Como podemos observar, há mais de 2 mil anos antes de a Psicologia ser considerada ciência,
já havia duas teorias sobre os estudos do homem e sua interioridade:
A PLATÔNICA
Imortalidade da “alma” e separação entre “corpo” e “alma”
A ARISTOTÉLICA
Mortalidade da “alma” e sua relação de pertencimento ao “corpo”
São Tomás de Aquino reforça o monopólio da Igreja quanto aos estudos do psiquismo quando
afirma que o homem, na sua essência, busca a perfeição por meio da existência. Se Deus é o
único capaz de reunir essência e existência, logo, a busca de perfeição pelo homem seria a
busca de Deus.
O DUALISMO MENTE-CORPO
O Renascimento, que marca a transição da Idade Média para a Idade Moderna (séculos XV e
XVI), foi um período de grandes transformações no mundo europeu em diferentes áreas, como
na literatura, na arte, na política e no desenvolvimento da ciência, com as descobertas de
Copérnico (Terra não é o centro do universo) e de Galileu (estudos sobre a queda dos corpos -
gravidade).
ATENÇÃO
Descartes postulou a separação entre mente (alma, espírito) e corpo, afirmando que o ser
humano possui uma substância material e outra pensante, o que foi chamado de dualismo
mente-corpo.
DUALISMO MENTE-CORPO
O dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano depois da morte, o que não
era feito antes, já que o corpo era sagrado para a Igreja por ser a “casa da alma”. Isso
possibilitou o avanço da Anatomia, da Fisiologia e da própria Psicologia.
WILHELM WUNDT
ENQUANTO AS CIÊNCIAS HUMANAS ESTUDAVAM O PRÓPRIO
INDIVÍDUO
Você já pode imaginar tamanha dificuldade que as ciências humanas enfrentaram, já que seu
objeto de estudo era o próprio ser humano, seu comportamento e toda a sua subjetividade.
SAIBA MAIS
Conhecendo esse contexto, você compreenderá por que a Psicologia somente foi considerada
ciência após dois milênios de estudos e investigações de grandes filósofos. O argumento
anteriormente era de que se tratava de estudos que não podiam ser mensuráveis, replicáveis
e, portanto, não eram passíveis de comprovação científica ou até mesmo de generalizações.
A partir de meados do século XIX, a Psicologia deixou de ser estudada exclusivamente por
filósofos e passou a ser investigada também pela fisiologia, neurofisiologia e neuroanatomia,
graças aos possíveis estudos da parte de nosso corpo humano chamada cérebro. Com isso, o
rumo da psicologia foi determinado pelos fisiologistas a partir dos estudos da psicofísica.
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EXEMPLO
Pode-se dizer que a experiência possui um método, além de ser replicável, mensurável e poder
ser generalizada. Portanto, essas experiências presentes em estudos de química ou física
detêm o status de ciência.
A resposta vem dos estudos dos psicofisiologistas, como a Lei de Fechner-Weber, que
estabelece a relação entre estímulo e percepção, e a concepção do Paralelismo Psicofísico
elaborada por Wundt, que relaciona fenômenos mentais a fenômenos orgânicos. Tanto
Fechner e Weber quanto Wundt estudavam fenômenos psicofísicos que eram passíveis de
mensuração. Havia a partir desses estudos a possibilidade de medida do fenômeno
psicológico, o que até então era considerado impossível.
VOCÊ SABIA
LEI DE FECHNER-WEBER
PARALELISMO PSICOFÍSICO
LEI DE FECHNER-WEBER
PARALELISMO PSICOFÍSICO
Wundt dizia que uma estimulação física, como a picada de uma agulha na pele de um
indivíduo, teria uma correspondência na mente deste indivíduo. Para explorar a mente ou
consciência do indivíduo, Wundt cria um método chamado introspeccionismo, no qual o
experimentador pergunta ao sujeito os caminhos percorridos no seu interior por uma
estimulação sensorial como a picada da agulha (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001).
Retomando o método experimental da introspecção utilizado por Wundt, pode-se dizer que,
apesar de ter trazido o status de ciência para a Psicologia, sua utilização sistemática passou a
apontar limites que contribuíram para o surgimento de outros métodos de experimentação. O
principal limite que havia no método da introspecção é que dependia do relato do indivíduo que
se auto-observava, ou seja, o observador e o observado eram a mesma pessoa e isso
dificultava a fidedignidade dos dados.
O BEHAVIORISMO
É a ciência que estuda o comportamento humano.
A PSICOLOGIA HUMANISTA
Estuda a capacidade do próprio indivíduo como recurso de desenvolvimento.
A GESTALT
Estuda os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica.
A PSICOLOGIA GENÉTICA
Estuda o processo de desenvolvimento cognitivo do sujeito.
A PSICANÁLISE
Estuda o inconsciente e a natureza sexual da conduta humana.
A PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL
A Psicologia Comportamental ou Behaviorista (behavior em inglês significa comportamento)
está pautada em uma concepção ambientalista de desenvolvimento. O ambientalismo defende
a ideia de que o ser humano desenvolve suas características em função das condições
presentes no meio em que se encontra. Essa concepção deriva da corrente filosófica chamada
de “empirismo”, que enfatiza a experiência sensorial como fonte de conhecimento.
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CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS
Punição – diminui a frequência do comportamento de forma eficaz.
EXEMPLO A
A mãe deseja que a criança faça a tarefa escolar. Para tanto, dá um chocolate toda vez que a
criança termina a tarefa (criança sente prazer em comer o chocolate e isso faz com que
aumente a frequência do comportamento de fazer a tarefa escolar). → Reforço positivo
Se a mãe dissesse à criança que ela não precisaria lavar a louça caso fizesse a tarefa escolar,
estaria retirando um estímulo aversivo (lavar a louça) para aumentar a frequência do
comportamento desejado (fazer a tarefa). → Reforço negativo
EXEMPLO B
A mãe deseja que a criança pare de fazer birra no supermercado. Para tanto, deixa de comprar
o alimento preferido da criança, por exemplo, um chocolate (a criança percebe que se
continuar chorando não ganhará o chocolate, por isso, para de chorar, ou seja, diminui a
frequência do comportamento, da birra, já que traz uma consequência negativa, ficar sem o
doce). → Punição
EXEMPLO C
A mãe deseja que a criança pare de fazer bagunça para chamar sua atenção. Para tanto,
ignora o comportamento da criança, ou seja, quebra-se o elo estabelecido entre o
comportamento indesejado (bagunça) e a consequência (atenção da mãe). Isso faz com que o
comportamento indesejado seja eliminado. → Extinção
ATENÇÃO
CONDICIONAMENTO OPERANTE
Assim, após esbarrar “sem querer” várias vezes e receber essa recompensa, o animal percebe,
ou seja, “aprende” que, ao acionar a alavanca (resposta), recebe um alimento (estímulo).
Skinner criou inúmeras variantes dessas caixas, como, por exemplo, a que o animal, para
evitar uma punição como um choque elétrico, salta antes de recebê-lo por ser “avisado” por um
sinal luminoso ou som.
A PSICOLOGIA HUMANISTA
A Psicologia Humanista estuda a capacidade que o próprio indivíduo tem para se desenvolver
de forma criativa e saudável.
Rogers, discípulo de Maslow, formulou a famosa “terapia centrada na pessoa”, bem como o
“ensino centrado no aluno”. Em linhas gerais, o “ensino centrado no aluno” baseia-se em uma
complexa percepção do aluno em vários aspectos de sua vida e na formação de sua
personalidade. Assim, é possível compreender de que maneira ele adquire o conhecimento e
quais são suas dificuldades, a fim de conduzi-lo a se autoconhecer e a aprender a aprender.
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A PSICOLOGIA DA GESTALT
A Gestalt, também conhecida por “Psicologia da forma”, teve seus estudos baseados na
percepção e sensação dos movimentos. Havia a preocupação em compreender os processos
psicológicos envolvidos quando o estímulo físico é percebido de maneira diferente da
apresentada na realidade, o que chamamos de ilusão de ótica.
OS GRANDES PENSADORES DESSA TEORIA SÃO
CHRISTIAN VON EHRENFELS,
WOLFGANG KÖHLER E KURT KOFFKA.
Para eles, o comportamento deveria ser estudado em seus aspectos mais globais, levando em
consideração as condições que alteram a percepção do estímulo.
A ideia geral dessa teoria era baseada no isomorfismo, no qual as partes estavam relacionadas
ao todo. A percepção é norteada pela busca do fechamento, da simetria e da regularidade dos
pontos que compõe uma figura, por exemplo. A Gestalt encontra nesses fenômenos da
percepção a chave para compreender o comportamento humano.
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Na figura, pode-se perceber uma ambiguidade, ora vemos uma taça ora dois perfis. Isso corre
porque, dependendo da função que damos a uma linha, alteramos a relação entre figura-fundo.
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SAIBA MAIS
A teoria da Gestalt vê a aprendizagem como a relação entre o todo e as partes, em que o todo
tem papel fundamental na compreensão da parte percebida. É o que ocorre, por exemplo,
quando uma criança de 3 anos, que ainda não sabe ler, reconhece a logomarca de um
refrigerante e o identifica corretamente. Nesse caso, a criança não reconheceu as letras e as
uniu, mas, sim, deu significado ao todo da palavra.
A PSICOLOGIA GENÉTICA
A Psicologia Genética teve como principal representante Jean Piaget, teórico que defendeu a
visão interacionista de desenvolvimento e a abordagem construtivista de conhecimento. Piaget
investigou profundamente a maneira pela qual a criança constrói as noções fundamentais do
pensamento lógico como espaço, tempo, objeto, casualidade etc.
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VOCÊ SABIA
Piaget não tinha intenção de estudar os processos de aprendizagem, muito menos métodos de
ensino, e sim analisava o desenvolvimento cognitivo. O que ocorre, atualmente, é a
apropriação dos conceitos formulados por Piaget sobre a gênese do conhecimento para
elaborar estratégias pedagógicas de ensino e aprendizagem.
A ASSIMILAÇÃO
Refere-se à captação e à obtenção de novas informações que são incorporadas às ideias já
existentes no psiquismo.
A ACOMODAÇÃO
Diz respeito à adaptação das informações novas, ou seja, a acomodação ocorre quando uma
estrutura mental precisa ser alterada para se adaptar às novas informações.
Cada fase ou etapa define um momento de desenvolvimento pelo qual a criança constrói suas
estruturas cognitivas. São três etapas: sensório-motora, pré-operatória e operatória, sendo que
esta última é subdividida em duas - operatória concreta e operatória formal.
ATENÇÃO
É importante ressaltar que, apesar de Piaget ter definido uma faixa etária para cada uma
dessas etapas com base em seus experimentos, é possível considerar variações de idades
devido a inúmeras evoluções de nossa realidade, como, por exemplo, a tecnologia e as
condições sociais e culturais em que a pessoa está inserida.
ETAPA SENSÓRIO-MOTORA
Essa etapa vai do nascimento aos dois anos de idade. A criança baseia-se exclusivamente
em percepções sensoriais e em esquemas motores para resolver seus problemas. Nessa fase,
considera-se que a criança ainda não possui pensamento, mas está construindo o
conhecimento enquanto se relaciona com o meio (pega, balança, joga, bate, morde etc.).
Dentre as principais aquisições desse período, estão a noção da construção de “eu”,
diferenciando o mundo externo de seu próprio corpo. Elabora sua organização psicológica
básica quanto aos aspectos motor, perceptivo, afetivo, social e intelectual.
ETAPA PRÉ-OPERATÓRIA
Essa etapa vai de aproximadamente dos dois aos sete anos de idade. A principal aquisição
desse período é o desenvolvimento da linguagem, por meio da qual a criança é capaz de
construir esquemas de ação interiorizados, chamados de esquemas representativos ou
simbólicos. É possível, a partir desse momento, que a criança pegue uma caixa de leite e a
represente como um carrinho, ou ainda, que se refira a pessoas ou objetos sem que eles
estejam em seu campo de visão.
A etapa operatória concreta recebe esse nome porque é a fase em que a criança só consegue
pensar corretamente se os objetos e materiais estiverem ao seu alcance e servirem de apoio
para a construção de seu pensamento.
Já na etapa operatória formal, o pensamento se liberta do concreto, ou seja, a criança é capaz
de representar e pensar de forma abstrata. Nessa fase, a partir dos 13 anos de idade, o
indivíduo é capaz de raciocinar logicamente mesmo se o conteúdo do seu raciocínio é falso.
A PSICANÁLISE
Segundo Aranha (2003), o conceito de Psicanálise tem três sentidos: é um método
interpretativo, uma forma de tratamento psicológico e uma teoria, ou seja, um conhecimento
que o método produz.
O PRINCIPAL REPRESENTANTE DA PSICANÁLISE É
SIGMUND FREUD.
COMENTÁRIO
A metáfora do iceberg representa bem essa ideia, pois é como se a montanha de gelo que
conseguimos ver fora da água fosse nosso consciente e a parte da montanha de gelo
submersa fosse nosso inconsciente.
O principal colaborador de Freud foi Joseph Breuer, médico vienense que já realizava na
Áustria pesquisas de tratamento de histeria com a hipnose. Breuer tinha uma paciente histérica
que ficou muito famosa no caso Ana O. Esse foi o primeiro caso clínico a ser tratado dentro do
modelo que daria origem à Psicanálise. Esse método de eliminar os sintomas com a retomada
de recordações traumáticas passadas se tornou conhecido como método catártico - a cura pela
fala.
Os fracassos nos tratamentos e o fato de muitos pacientes não conseguirem ser hipnotizados
levou Freud a abandonar a hipnose. Ele, então, passou a utilizar a sugestão pós-hipnótica, que
consiste em um procedimento sugestivo de afirmar ao paciente que ele se recordaria de fatos
presentes no inconsciente. As recordações inconscientes emergiriam para a elaboração e o
domínio da consciência com a ajuda do próprio paciente.
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Freud, ao construir sua teoria durante suas experiências com os pacientes, elaborou alguns
conceitos que dariam forma à psicanálise. Por exemplo, formulou os conceitos de resistência
e repressão, as quais agem como em um jogo de forças, sendo movidas pelo próprio paciente
no intuito de afastar a angústia diante de um trauma.
RESISTÊNCIA
REPRESSÃO
RESISTÊNCIA
É a força que se opõe à percepção consciente do fato significativo. Protege o indivíduo da dor
e do sofrimento que seriam trazidos junto com o seu conhecimento. As forças do próprio
paciente, ou seja, de sua consciência, podem passar a ser mobilizadas para vencer a
resistência.
REPRESSÃO
É a força que se mobiliza para negar o conhecimento à consciência e para que o indivíduo não
seja ferido em seus ideais éticos e estéticos. Ela tira da consciência a percepção de
acontecimentos cuja dor o indivíduo não poderia suportar. A repressão é consequência lógica
da resistência.
O ego é o intermediário entre o desejo e a realidade. Ele apresenta as reais possibilidades de
satisfação desse desejo, agindo entre os processos internos (id-superego) e a relação destes
com a realidade.
O superego é o responsável pela estruturação interna dos valores morais, é a internalização
das normas, do que é proibido e do que é valorizado e deve ser ativamente buscado.
EXEMPLO
Em outras palavras...
Sabe aquela festa de aniversário da sua amiga que você vai todos os anos e sempre é muito
divertida? Pois bem, é 2020 e ela está fazendo 20 anos! Mesmo com o panorama da pandemia
causada pela COVID-19, ela decide fazer a famosa festa de aniversário.
1) Quando você recebe o convite, imediatamente pensa: “Vou à festa! Não vai acontecer nada!
Eu realmente vou ficar muito feliz!” (ID).
3) Assim, é capaz de chegar à seguinte conclusão: “A festa realmente será muito divertida,
gostaria muito de ir, mas preciso pensar nas consequências desse ato. Por isso, esse ano não
vou à festa, vou proteger a mim e as pessoas que eu amo” (EGO).
É claro que esse exemplo mostra como agem os constructos de forma muito simplificada
diante da complexidade de cada um dos conceitos, mas possibilita uma breve compreensão de
seus significados.
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EXEMPLO
Sabe quando algo não dá certo e, depois disso, tudo fica sem graça? Quando você briga com
um irmão, reclama que o arroz está sem sal... ou não gosta de ir ao psicólogo e “sem querer”
perde o horário toda semana? Há ainda aquela situação de seminário, que você tem que expor
o trabalho oralmente e sempre acontece algo que você precisa sair mais cedo. Em todos esses
casos, está implícito um mecanismo de defesa, seja uma agressão, uma fuga ou negação,
dentre vários outros.
FASE ORAL
A zona de erotização é a boca. Desde o nascimento do bebê, a estrutura sensorial mais
desenvolvida é a boca. É pela boca que começará a provar e a conhecer o mundo. É pela boca
que o bebê fará sua primeira e mais importante descoberta: o seio.
FASE ANAL
A zona de erotização é o ânus. No início do segundo ano de vida, a libido passa da
organização oral para a anal. No segundo e terceiro anos de vida, dá-se a maturação do
controle muscular na criança. É o período que se inicia o andar, o falar e o controle de
esfíncteres.
FASE FÁLICA
A zona de erotização é o órgão sexual. Por volta dos três anos de idade, a libido inicia nova
organização. A erotização passa a ser dirigida para os genitais; desenvolve-se o interesse
infantil por esses órgãos, a masturbação torna-se frequente e normal. A preocupação com as
diferenças sexuais entre meninos e meninas torna-se frequente.
PERÍODO DE LATÊNCIA
Fase que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades
sexuais, isto é, há um intervalo na evolução da sexualidade. A energia da libido é canalizada
para outras finalidades (energia mobilizadora). Ela é canalizada para o desenvolvimento
intelectual e social da criança – realizações socialmente produtivas.
FASE GENITAL
O objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, e sim em um objeto
externo ao indivíduo — o outro. Alcançar a fase genital para a Psicanálise significa atingir o
pleno desenvolvimento de um adulto normal. Freud define um adulto normal: “O homem normal
é aquele que é capaz de amar e trabalhar”.
COMENTÁRIO
B) Definir seu objeto de estudo, formular métodos e teorias com conhecimentos da área.
C) Abandonar o conceito de dualismo mente-corpo e definir a alma como seu objeto de estudo.
GABARITO
1. Assinale a alternativa que indica os critérios que a Psicologia deveria satisfazer para
adquirir o status de ciência:
Entre os inúmeros conceitos da Psicanálise, a importância da libido como fonte de energia para
o desenvolvimento foi uma das maiores descobertas de Freud (afirmativa I). A Psicologia
Genética, teoria interacionista de desenvolvimento, elaborada por Piaget, considerou que se
investigasse profundamente a maneira pela qual a criança constrói as noções fundamentais do
pensamento (afirmativa II). O Behaviorismo defende a ideia de que o ser humano desenvolve
suas características em função das condições presentes no meio em que se encontra, um de
seus principais representantes é Skinner (afirmativa III).
MÓDULO 2
CONTRIBUIÇÕES DA PEDAGOGIA: A
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E O
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
A construção do conhecimento, bem como os processos de aprendizagem, ocorre a partir da
relação que o ser humano estabelece com o meio em que vive.
EXEMPLO
Para compreender como se dá essa relação, tomemos o exemplo do caso indiano de Amala e
Kamala, duas crianças que foram criadas por uma família de lobos. Quando elas foram
descobertas em 1920, Amala tinha um ano e meio e Kamala oito anos de idade. As meninas
apresentavam comportamentos semelhantes aos dos animais com quem conviviam: andavam
em quatro apoios, alimentavam-se de carne crua, à noite eram mais ativas e uivavam como os
lobos. Elas foram acolhidas em uma instituição que as ensinou comportamentos tipicamente
humanos.
Amala morreu após um ano e Kamala após nove anos. Kamala levou seis anos para aprender
a andar, adquiriu um vocabulário de 50 palavras e apresentou poucas atitudes afetivas e
emocionais ao longo desse tempo. Assim como esse, existem muitos outros casos relatados na
história que permitem entender em que medida as características humanas e o processo de
aprendizagem tipicamente humano dependem do convívio social.
Com base nesse exemplo, é possível dizer que a construção do conhecimento, bem como a
aprendizagem, é o processo pelo qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da
experiência humana, daquilo que seu grupo social conhece. Para que a criança aprenda, é
necessário que ela interaja com as pessoas, sejam crianças sejam adultos. É na interação que
a criança vai se desenvolver integralmente. Ela vai, gradativamente, ampliando suas formas de
lidar com o mundo e construindo significados para as ações e experiências que vive, para que
assim possa adquirir o conhecimento cultural acumulado pela humanidade.
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ATENÇÃO
A interação que se estabelece entre crianças, entre adultos e crianças e, principalmente, entre
os profissionais (professor, psicopedagogo, psicólogo) e as crianças são fundamentais para a
construção do conhecimento e para que os processos de aprendizagem sejam efetivados com
sucesso.
A aprendizagem se inicia desde o nascimento e ocorre até nossa morte! É um erro pensar que
a criança começa seu processo de aprendizagem apenas quando entra na escola. Desde o
momento em que nasce, ela interage com o mundo à sua volta e passa a construir seu
conhecimento a respeito dele. Quando ela entra na escola e é exposta ao ensino formal, já
possui em si hipóteses do conhecimento que foram construídas ao longo do tempo.
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Também é responsável por organizar, articular e orientar o pensamento, função essa que é
imprescindível para o processo de escrita.
RESUMINDO
O ato de escrever nada mais é do que a transposição em código do seu pensamento. Assim,
quando você tem uma linguagem bem desenvolvida, um pensamento organizado e
estruturado, ao adquirir o código, será capaz de produzir uma escrita coerente e coesa.
É importante ressaltar que, apesar de se dar muita ênfase à linguagem verbal, existem outros
tipos de linguagem que são igualmente importantes para o processo de formação do
pensamento lógico e abstrato, como, por exemplo, a linguagem a partir de estímulos visuais,
gestuais, sonoros e táteis.
Estudos sobre a linguagem e sua relação com a aprendizagem foram realizados por diversos
teóricos. Tomemos como exemplo o psicólogo Lev Semyonovich Vygotsky, defensor da teoria
histórico-cultural. De acordo com esse teórico, a linguagem possui duas funções: intercâmbio
social e pensamento generalizante.
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O intercâmbio social é uma necessidade. Para que os seres humanos possam se comunicar
de maneira mais sofisticada, é necessário que sejam utilizados signos compreensíveis por
outras pessoas e que traduzam ideias, sentimentos, vontades, pensamentos ou objetos.
EXEMPLO
A palavra “cachorro”, por exemplo, tem um significado preciso em nossa língua e corresponde
a um conjunto de elementos do mundo real. O conceito de cachorro pode ser traduzido por
essa palavra e todos irão compreender a que se refere, mesmo que suas experiências com
esse conceito sejam distintas.
RESUMINDO
Esse conceito de zona de desenvolvimento proximal é muito importante para refletir sobre a
mediação simbólica que ocorre por meio da intervenção pedagógica ou psicopedagógica. É na
zona de desenvolvimento proximal que o profissional deve incidir para que a criança passe de
um nível X para um nível X+1 de aprendizagem.
RECOMENDAÇÃO
O profissional deve atuar enquanto mediador desse processo. Para isso, deve conhecer a
criança, seus conhecimentos prévios e ter em mente os objetivos de aprendizagem que deseja
alcançar, bem como quais ferramentas pretende utilizar.
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA
LEITURA E DA ESCRITA
O processo de leitura e escrita pode ser compreendido a partir da relação entre
desenvolvimento e aprendizagem, pois conhecendo o processo de aquisição, mesmo antes da
entrada da criança na escola, é possível pensar alternativas de intervenção para otimizar esse
processo.
Na mesma direção, Luria (2006) define a aquisição da escrita como uma função que se
realiza, culturalmente, por mediação. Para o autor, escrever é uma das funções culturais típicas
do comportamento humano. Assim, a escrita tem uma característica funcional, pois, em vez de
armazenar diretamente uma ideia em sua memória, uma pessoa a escreve e a registra,
fazendo uma marca que trará de volta à mente a ideia registrada.
LURIA
COMENTÁRIO
O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO
LÓGICO-MATEMÁTICO
O processo de aprendizagem do pensamento lógico-matemático, assim como na aquisição da
leitura e da escrita, é complexo e dinâmico. Para compreender como ele ocorre, vamos
recorrer mais uma vez a Piaget. Em seus estudos e experimentos, o teórico chegou a algumas
conclusões que nos permitem refletir sobre a construção do conceito de número e o
pensamento lógico-matemático. Para ele, há uma diferença entre:
CONHECIMENTO FÍSICO
CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO
PARA QUE VOCÊ ENTENDA ESSA DIFERENÇA,
CONSIDERE O SEGUINTE EXEMPLO:
EXEMPLO
A partir da observação de um lápis, você poderá citar algumas características, como, por
exemplo, “é um lápis grafite que pesa 10g”. Você obtém informações a partir de uma
observação, um conhecimento físico. No entanto, se você observar dois lápis, um verde e um
azul, poderá notar a diferença de cores entre eles e fazer uma relação. Denominamos esse tipo
de conhecimento de lógico-matemático.
O conceito de número é a relação criada mentalmente por cada indivíduo. Kamii (1990)
reportando a Piaget, ressalta que a criança progride na construção do conhecimento lógico-
matemático pela coordenação das relações simples que anteriormente criou entre os objetos.
Dessa maneira, pode-se dizer que o conhecimento lógico-matemático consiste na coordenação
de relações como, por exemplo, relações de “igual”, “diferente” e “mais”, o que a conduzirá no
futuro a fazer operações.
A ORDEM
A INCLUSÃO HIERÁRQUICA
Para garantir que uma criança conte corretamente quantos lápis foram dados a ela, é preciso
que:
ELA OS COLOQUE EM UMA ORDEM (QUE PODE SER
MENTALMENTE OU DE FORMA ABSTRATA) PARA GARANTIR
QUE NENHUM LÁPIS FOI ESQUECIDO OU CONTADO DUAS
VEZES.
ELA INCLUA ESSES LÁPIS EM DADO CONJUNTO, OU SEJA,
PARA QUANTIFICAR OS OBJETOS COMO UM GRUPO, É
PRECISO QUE A CRIANÇA OS COLOQUE EM UMA RELAÇÃO
DE INCLUSÃO HIERÁRQUICA.
Isso significa que o fato de a criança contar corretamente os objetos que lhe foram dados não
quer dizer que ela tenha compreendido o conceito de número e alcançado o pensamento
lógico-matemático, já que para Piaget o conhecimento social não é suficiente para que a
criança compreenda a relação. Em outras palavras, pode-se ensinar as crianças a darem as
respostas corretas “1 + 2= 3”, mas isso não implica ensinar a relação que está implícita nessa
adição.
CONHECIMENTO SOCIAL
Aquele que é transmitido socialmente para a criança, por exemplo, os nomes dos
números – um, dois, três
AS FORMAS DE ENSINAR E AS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Como já sabemos, o processo de aprendizagem do ser humano ocorre desde o seu
nascimento e se prolonga por toda a vida. Estamos constantemente aprendendo coisas novas.
Porém, quando se trata de uma aprendizagem escolar, mais sistematizada, intencional,
dirigida, como diz Libâneo (2006), em um nível cognitivo, que envolve apreensão consciente,
compreensão e generalização das propriedades e relações essenciais da realidade,
precisamos nos atentar também aos recursos que vamos utilizar para facilitar a ocorrência
dessa aprendizagem.
Um dos grandes pesquisadores da área da Pedagogia, José Carlos Libâneo, em seu livro
Didática, traz reflexões a cerca da relação entre ensino e aprendizagem. Segundo Libâneo
(2006), a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, e sim, recíproca, na qual se
destaca o papel dirigente do professor e as atividades dos alunos.
A tarefa principal do ensino é assegurar a difusão e o domínio dos conhecimentos
sistematizados acumulados pela humanidade.
A unidade entre ensino e aprendizagem não deve ser caracterizada pela memorização, mas,
sim, pelo envolvimento ativo da criança.
ATENÇÃO
O CONTEÚDO
Refere-se ao conhecimento sistematizado, formando a base para a concretização dos
objetivos.
O ENSINO
É a atividade de organização, seleção e explicação dos conteúdos, organização das atividades,
objetivos e escolha de métodos.
A APRENDIZAGEM
É a atividade de assimilação de conhecimentos e habilidades.
RECOMENDAÇÃO
Nesse sentido, para que o processo de ensino e aprendizagem ocorra com sucesso, é
necessário que o profissional identifique as dificuldades dos sujeitos durante a assimilação
ativa dos conteúdos e busque procedimentos para que eles próprios superem tais dificuldades
e progridam em seu desenvolvimento.
As dificuldades que o sujeito pode enfrentar no processo de aprendizagem são inúmeras. Visca
(1991) denomina essas dificuldades como obstáculos de aprendizagem e os divide em três
tipos: epistêmico, epistemofílico e funcional.
O obstáculo epistemofílico refere-se à falta de amor pelo conhecimento ou ao medo de
aprender.
O obstáculo funcional corresponde a causas emocionais ou estruturais.
CONTRIBUIÇÕES DA PEDAGOGIA: A
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E O
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
A especialista Andresa Aparecida Ferreira fala sobre como o conhecimento e a
aprendizagem acontecem desde o nascimento, reconhecendo a natureza social da
aprendizagem:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) Da afirmativa I, apenas
GABARITO
As crianças têm contato com os números muito antes de entrar na escola. As mais
recentes pesquisas sobre a didática da Matemática e o desenvolvimento do pensamento
lógico-matemático mostram que, se esse conhecimento for levado em consideração
durante o processo de ensino, a aprendizagem torna-se mais eficaz. Essa afirmativa está
em coerência com qual prática pedagógica abaixo?
MÓDULO 3
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Como a da Psicologia, que nos oferece diferentes correntes teóricas que nos ajudam a pensar
o desenvolvimento humano e a construção do conhecimento.
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A área da Pedagogia, com suas ferramentas didáticas e a relação que existe entre conteúdo,
ensino e aprendizagem.
ATENÇÃO
Nenhuma área é mais importante que a outra, todas se complementam, trazendo conceitos e
estudos que juntos, de maneira entrelaçada, fornecem apoio para interpretar esse dinâmico
processo que ocorre para a aprendizagem do ser humano.
PAULO FREIRE
Paulo Reglus Neves Freire (1921 – 1997) nasceu em Recife e é reconhecido como
Patrono da Educação Brasileira. Esse autor foi um grande educador e pensador que
influenciou de maneira significativa a pedagogia a nível mundial, contribuindo no
movimento de Pedagogia Crítica.
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Para Freire, o processo de aprendizagem só será efetivado quando a ação educativa for
permeada de uma reflexão sobre o ser humano e seu meio de vida, seu contexto social. Na
abordagem freiriana, o ser humano é sujeito da educação. Segundo Freire (1974), é
preciso que a educação esteja comprometida a permitir ao homem chegar a ser sujeito,
construir-se como pessoa, transformar o mundo e estabelecer com os outros homens relações
de reciprocidade, fazendo a cultura e a história.
ESSA RELAÇÃO ENTRE HOMEM E SOCIEDADE
TAMBÉM É ESTUDADA PELA LINGUÍSTICA, POIS A
INTEGRAÇÃO ENTRE POVOS E CULTURAS TROUXE
UMA NECESSIDADE DE ESTRUTURAR UM PROCESSO
LINGUÍSTICO EM UMA SOCIEDADE CADA VEZ MAIS
HETEROGÊNEA.
A FONOAUDIOLOGIA E A
PSICOMOTRICIDADE
A Fonoaudiologia é uma área da saúde que trabalha com os diferentes aspectos da
comunicação humana. Ela traz inúmeras contribuições para compreender o processo de
aprendizagem, como os estudos que envolvem a linguagem e o desenvolvimento e aquisição
da leitura e da escrita.
ATENÇÃO
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A Psicomotricidade tem como objeto de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento
e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber,
atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. A Psicomotricidade está relacionada
ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e
orgânicas. Ela tem como objetivo ajudar no desenvolvimento e nos distúrbios da integração
entre corpo e mente.
Para que isso seja possível, segundo Almeida (2008), o trabalho com a Psicomotricidade
precisa de vários fatores como:
CONCEPÇÃO
Refere-se ao planejamento do trabalho da Psicomotricidade, o qual precisa de objetivos claros
para ser realizado.
COMPORTAMENTO
Diz respeito à observação, através da qual o profissional deve estar atento às atividades e às
relações das crianças para introduzir as práticas com objetivos psicomotores.
COMPROMISSO
Refere-se ao aproveitamento do tempo de trabalho.
MATERIAIS
São necessários para ampliar as ações, possibilitar que a criança possa intervir e se relacionar
com objetos concretos, tornando o processo educativo mais próximo e mais pertinente.
ESPAÇOS
Devem ser ambientes psicomotores educativos que buscam explorar toda ação que ali
acontece.
Por meio da evolução tecnológica e da criação de diversos aparelhos e exames não invasivos,
tem sido possível aos pesquisadores analisar e interpretar as conexões cerebrais dos seres
humanos, durante a execução de diferentes atividades. Essas possibilidades abriram caminho
para outras áreas de pesquisa com foco na observação do funcionamento do encéfalo, o que
tem contribuído de modo significativo com as práticas educacionais.
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AS NEUROCIÊNCIAS
São tradicionalmente consideradas como um ramo da Biologia, mas podem estar associadas a
outras áreas de conhecimento. Esse campo científico estuda o sistema nervoso, com o objetivo
de conhecer:
• O seu desenvolvimento
• O seu funcionamento
• A sua estrutura
• As suas alterações
A) Sociologia e Psicomotricidade
B) Linguística e Psicomotricidade
C) Linguística e Fonoaudiologia
D) Sociologia e Psicomotricidade
E) Sociologia e Fonoaudiologia
GABARITO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo dos módulos estudados, você aprendeu a importância das ciências humanas e
naturais para a compreensão do processo de aprendizagem.
Em seguida, foram apresentadas informações a respeito da construção do conhecimento e do
desenvolvimento da aprendizagem da leitura, da escrita e da matemática. Além disso, vimos as
ferramentas didáticas que nos são úteis para pensar formas de ensinar com o intuito de facilitar
o processo de aprendizagem do sujeito.
Por último, vimos algumas contribuições de outras áreas, como: Sociologia, Linguística,
Fonoaudiologia, Psicomotricidade, Medicina, Neurociência e Neuropsicologia.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, G. P. Teoria e prática em psicomotricidade: jogos, atividades lúdicas, expressão
corporal e brincadeiras infantis. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2008.
BOCK, A. M.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias. 13. ed. São Paulo: Saraiva,
2001.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
LEONTIEV, A. N. O Desenvolvimento da Escrita na Criança. 10. ed. São Paulo: Ícone, 2006.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortês, 2006.
EXPLORE+
Para aprofundar os seus conhecimentos a respeito do estudado:
Assista ao filme norte-americano Freud além da alma, de 1962, dirigido por John Huston.
Assista ao filme enigma de Kaspar Hauser, de 1974, de Werner Herzog. Trata-se de uma
história bem interessante que retrata a importância da linguagem.
CONTEUDISTA
Andresa Aparecida Ferreira
CURRÍCULO LATTES