Você está na página 1de 24

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

DEPARTAMENTO DE DIREITO
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

EMPIRISMO, POSITIVISMO E NEOPOSITIVISMO

DAVID OLIVEIRA DE LUCENA


SÓSTENES CAVALCANTE SOARES SALES
VITÓRIA SILVA
EDINALRIA FERREIRA DA SILVA
KAUAN PEDROSA DE ALMEIDA MOTA
LUÍSA EVELYN SOARES DA SILVA
RAISSA RODRIGUES GOMES HOLANDA

IGUATU
2022
EMPIRISMO
O empirismo é uma corrente filosófica, referente à teoria
do conhecimento, que tem suas origens na filosofia
aristotélica.Na Modernidade, quando a possibilidade do
conhecimento tornou-se central para a produção
filosófica, a corrente empirista foi impulsionada por
filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e David
Hume.Estes se opunham aos racionalistas, que
defendiam que o conhecimento é puramente racional e
não depende da experiência. Os racionalistas eram,
consequentemente, inatistas, pois defendiam a existência
do conhecimento inato no ser humano, ou seja, que o
conhecimento já está inserido no intelecto humano.O
empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é
formada com base na experiência prática, de modo que,
quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas
experiências, mais amplo e profundo torna-se o nosso
conhecimento. Aristóteles já defendia que o
conhecimento advém da experiência, contrariando as
teses platônicas, que eram essencialmente inatistas.
Hobbes retomou a teoria do conhecimento
aristotélica para enumerar o conhecimento
como o despertar de vários graus, a saber:
a sensação, a percepção, a imaginação, a
memória e a experiência. A sensação é o
primeiro despertar do conhecimento, que
fornece dados para a percepção. A
percepção, por sua vez, ativa a imaginação
(somente imaginamos aquilo que podemos,
de algum modo, conhecer na prática). Tudo
isso fornece dados que podem ativar a
memória, e o acúmulo de memória constitui
o conjunto de saberes denominado
experiência.
Bacon é o primeiro grande
teórico do método filosófico e
científico da indução. O
método indutivo afirma que o
conhecimento rigoroso é
obtido pela repetição de
experiências e pode ser
controlado por meio da
observação metódica do ser
humano.
Locke formula uma espécie de empirismo crítico.
A epistemologia de John Locke admite que há
apenas uma categoria inata no ser humano: a
capacidade de depreender conhecimento com
base nas experiências. Segundo Locke, as
estruturas cartesianas erram, desde o início, ao
separar o ser humano em duas categorias
distintas: corpo e alma. Segundo o filósofo, o ser
humano é composto por corpo e alma
simultaneamente, sem separações. E isso faz com
que a alma impulsione o corpo a conhecer, pois
não há qualquer tipo de conhecimento racional
inato.
Para Hume, as ideias não são
inatas, mas derivam das sensações
e das percepções que o ser
humano adquire. As sensações e
percepções são fruto de um
conjunto de vivências que
adquirimos por meio dos sentidos.
O que determina o grau e a
capacidade de conhecimento
humano são o nível e a intensidade
das experiências adquiridas pelos
sentidos.
Referência de pesquisa

https://mundoeducacao.uol.com.br/filo
sofia/empirismo.htm
POSITIVISMO
Iniciando no século XIX, o Positivismo é
um conceito que abrange vários
significados, englobando visões
filosóficas e científicas do século XIX e
também do século seguinte.
Auguste Comte foi quem deu o ponto de
partida para esse novo cononceito. A
palavra “positivismo” teve seu sentido
mudado radicalmente ao longo desses
anos, incorporando diferentes sentidos,
sendo muitos deles opostos e
contraditórios entre si. Como qualquer
mudança revolucionária nos séculos mais
antigos, o Positivismo sofreu com a falta
de apoio da sociedade, principalmente por
pregar que a teologia e a metafísica
deveriam ser afastadas da vida humana.
Teológico: Ponto de partida. Imaginação, religião.

Metafísico ou abstrato: Transição.


Razão, filosofia.

Positivo: Maturidade racional.


Observação, experimentação, ciência.
POSITIVISMO JURIDICO

• Pensamento que possui grande influência nos dias atuais


(vertentes de pensamento juridico e filosófico);

• Marcou uma era de ligação entre ciência e o direito;

• Seguida por alguns doutrinadores (Hans Kelsen, em sua


Teoria Pura do Direito);

⚫ Noção de P. júridico não nasceu com Augusto comte


(anterior a ele);

"positivistas foram e têm sido todos os que, onde haja


sociedade humana e organização politica, se especializaram no
estudo e aplicação de normas, cuja vigência e eficácia são

POSITIVISMO
limitadas a uma fração qualquer de tempo e de espaço"

⚫ ou seja, contem influencia de pensadores sofistas anteriores

JURÍDICO
a Sócrates;

⚫ P. júridico em seu sentido mais amplo, ou seja, abrangendo


um método positivo de se estudar direito;
POSITIVISMO FILOSOFICO

• Posteriormente surge o positivismo


filosófico (pós-Revolução Francesa);

⚫ Augusto Comte;

• "lei dos très estados", que atribui à


humanidade três estágios históricos
sucessivos fundamentais (teológico,
metafísico e positivo);

⚫ Miguel Reale sobre o positivismo de


Augusto Comte: só é possível o
conhecimento cientifico a partir de

POSITIVISMO
fatos ou de suas relações, sendo os
fenômenos a essência do
conhecimento. Ou seja, desta maneira,
é constituído objetivamente, resultante
da experiência.
FILOSOFICO
POSITIVISMO JURÍDICO E FILOSÓFICO
ASPECTOS COMUNS JURIDICO E FILOSÓFICO

⚫ as correntes estão interligadas (mesmo que sejam distintas);

⚫ P. Juridico são consequências lógicas de um dos principios fundamentais do positivismo


filosófico, qual seja, o de que o conhecimento verdadeiro é o científico, alcançado apenas pela
observação e inferência da realidade;

• A rejeição da metafísica e a redução da filosofia à uma enciclopédia das ciências são

consequencias logicas (modelo aceito e acolhido pelo positivismo);


HANS KELSEN

1. Indescritivel a contribuição do kelsen para


construção e consolidação da ciência do Direito;

2. O Direito deixa de ser uma ciência humana para


ser uma ciência quase exata;

3. Base da doutrina Kelsen (direito um papel


meramente descritivo, sustenta-se

pressuposto do positivismo);

O pensamento de Hans Kelsen é, sem dúvida,


marcado pela tentativa de conferir à ciência
juridica um método e objeto próprios, que
pudessem propiciar a superação de diversas
confusões metodológicas e de possibilitar uma
autonomia cientifica aos juristas.
Referência bibliográfica
NOVA FILHO, F. R. P. V. . A TRAJETÓRIA DO POSITIVISMO CRIMINOLÓGICO: DA ORIGEM À
SOBREVIVÊNCIA NORMATIVA. Portal de Trabalhos Acadêmicos, [S. l.], v. 4, n. 3, 2021. Disponível em:
http://54.94.8.198/index.php/academico/article/view/1649. Acesso em: 21 nov. 2022.

COELHO, Luiza Tângari. O positivismo jurídico de Hans Kelsen. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862,
Teresina, ano 16, n. 2776, 6 fev. 2011. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/18443. Acesso em: 21 nov.
2022.
NEOPOSITIVISMO
O Neopositivismo Lógico consistiu
em um grupo heterogêneo de
filósofos e cientistas que assumiu
corpo e expressividade em Viena, daí
é também conhecido como “Círculo
de Viena”, onde seus encontros
sistemáticos tinha a finalidade de
discutir problemas relativos à
natureza do conhecimento científico.
A maior característica deste
movimento seria a redução da
Epistemologia à Semiótica,
demonstrando seu enorme interesse
pela linguagem, como o instrumento
por excelência do saber científico
Para os neopositivistas, os únicos enunciados que podem ser considerados científicos são os
submetidos a verificação logica e os que não podem ser submetidos a verificação logica empírica são
considerados sem sentido e absurdos.
Segundo Lukács, o neopositivismo busca a manipulação dos fenômenos praticamente ao
infinito e imagina se relacionar com eles de modo “completamente neutro”. O autor faz
referência ao papel específico que o positivismo e o neopositivismo ocupam no
desenvolvimento da filosofia, afirmando que:
"aparecem com a pretensão de assumir uma
posição de perfeita neutralidade em todas as
questões relativas à concepção de mundo, de
deixar simplesmente em suspenso todo o
ontológico e de produzir uma filosofia que
remove por completo de seu âmbito o
complexo de problemas referente àquilo que é
em si, tomando-o como pseudoproblema,
irrespondível por princípio”
(LUKÁCS, 2012, pp. 53-4)5.

O positivismo e o neopositivismo, salienta


Lukács, apossam-se da herança do idealismo
subjetivo, no qual a concretude da realidade
dada é apresentada como produto da
subjetividade cognoscente, permanecendo o em-si
como um “fantasma inalcançável” que “apenas a fé
pode atingir”.
Referência de pesquisa
HONESKO, Vitor Hugo Nicastro. Hans Kelsen e o Neopositivismo Lógico: aspectos de uma teoria
descritiva da ciência do direito. Revista Jurídica da UniFil, [S.l.], v. 1, n. 1, p. 163-177, set. 2018. ISSN 2674-
7251. Disponível em: <http://periodicos.unifil.br/index.php/rev-juridica/article/view/546>. Acesso em: 16
nov. 2022.

LOPES, Tomás Jobin Coutinho. Reflexões sobre hermenêutica clássica e filosófica. Revista Jus
Navigandi, Teresina, ano 20, n. 4256, 25 fev. 2015. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/32380>.
Acesso em: 16 nov. 2022.

Você também pode gostar