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Fernando Julião Mafuiane

Mussa Samuel

Onόria Basílio

Silva Moisés Ferrão Murrumela

Zacarias Joaquim

Resenha Historial Sobre Educação Especial

(Licenciatura em ensino da Língua Portuguesa)

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2023
Fernando Julião Mafuiane

Mussa Samuel

Onόria Basílio

Silva Moisés Ferrão Murrumela

Zacarias Joaquim

Resenha Historial Sobre Educação Especial

Trabalho em grupo da cadeira de


Necessidades Educativas Especiais, a ser entregue
no departamento de letras e ciências sociais, de
carácter avaliativo. Sob orientação de: Msc.
Fernando Fernandes Pinto.

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2023
Índice
Introdução.........................................................................................................................................3

Objectivos.........................................................................................................................................3

Resenha Historial da Educação Especial..........................................................................................4

Contexto Histórico da Educação Especial........................................................................................5

Educação Especial............................................................................................................................6

Estádio de desenvolvimento das atitudes em relação as crianças excepcionais...............................7

Necessidades educativas especiais...................................................................................................8

Abordagem Actual da Educação Especial......................................................................................10

Excepcionalidade............................................................................................................................10

Objectivos das NEE........................................................................................................................12

Princípios das NEE.........................................................................................................................13

Tipos de NEE.................................................................................................................................13

Importância do estudo das NEE.....................................................................................................13

Critérios param as adaptações curriculares....................................................................................16

Possíveis decisões em função de alunos com Necessidades Educativas Especiais........................17

Conclusão.......................................................................................................................................20

Bibliografia.....................................................................................................................................21
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Introdução

O persente trabalho de pesquisa, tem com tema Resenha Historial Sobre Educação Especial.
Que é um processo de desenvolvimento global das potencialidades de pessoas com deficiência de
condutas típicas e de altas habilidades e que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de
ensino. Fundamenta-se em referências teóricas e práticas, compatíveis com as necessidades
especificas do seu alunado. O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial
até aos graus superiores de ensino. Sob o enfoque sistémico, a educação especial integra o
sistema educacional vigente, identificando-se com a sua finalidade que é a de formar cidadãos
conscientes e participativos.

Portanto, este trabalho, está organizado de uma forma sequencial, apresentando conteúdo
de acordo com a ordem dos acontecimentos. E para a realização deste trabalho contou com a
consulta enriquecida em alguns manuais e com a pesquisa bibliográfica de: LIBÓRIO, Renata
Maria Coimbra. (Valores, preconceitos e praticas educativas)

Objectivos

Objectivo Geral

 Abordar de uma forma contextualizada aspectos relevantes quanto a educação especial.

Objectivos Específicos

 Apresentar um breve historial da educação especial;


 Explicitar de uma forma minuciosa sobre Necessidades Educativas Especiais.
 Mencionar de um modo descritivo, estádio de desenvolvimento das atitudes em relação
as crianças excepcionais.
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Resenha Historial da Educação Especial

O começo da Educação Especial data do séc.XVIII, antes deste século, as crianças com
deficiência eram negligenciadas, rejeitadas, ignoradas. Fazia-se a prática de infanticídio ou
exorcismo (morto). A partir do séc. XVIII surge a educação especial como quem diz.

Nos finais do séc. XVII e no começo do séc. XVIII, estes eram conservados em orfanatos,
manicómios, prisões e em outros tipos de instituições. Podiam viver mas não tinham direito a
educação.

No princípio do séc. XIX começa o período da institucionalização especializada para as pessoas


com deficiências. É nesta altura que surge a educação especial, com o cristianismo. Começa-se a
proteger as crianças portadoras de deficiência. As primeiras escolas eram feitas fora das
populações em lugares isolados porque ainda se tinha a concepção de estas crianças estavam
carregadas de espíritos maléficos e como tal o portador de deficiência era um perigo para a
sociedade.

As primeiras escolas especiais que surgiram ao longo do séc.XIX eram para crianças cegas e
surdas e mais tarde para as crianças com problemas de impedimentos mentais.

E no séc.XX começa o início da obrigatoriedade e expansão da escolarização de educação básica.


Antes as crianças eram ensinadas coisas muito simples.

A partir desta fase começa a existir a pedagogia, organização dos programas de ensino para estas
crianças. Esta pedagogia tinha que se enquadrar em níveis de capacidades intelectuais.

São criadas etiquetas e rótulos para distinguir as crianças com impedimentos de aprendizagem, a
partir dai surgem as classes especiais.

Os grupos considerados por alguns autores são crianças, sendo cegas, impedimentos mentais,
paralisias cerebrais são a sua categorização.

Outros autores preferem estabelecer três quadros de desenvolvimento. KIRK e GALLAGHER na


sua obra desenharam quatro estádios de desenvolvimento das atitudes em relação as crianças
excepcionais.
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Contexto Histórico da Educação Especial

Divide-se esta abordagem histórica em três épocas: uma primeira, que pode-se considerar
como a pré-histórica da Educação Especial; uma segunda, aquela em que surge a Educação
Especial entendida como o cuidado com a assistência, e por vezes também com a educação
prestada a um certo número de pessoas e caracterizada por decorrer em situações e ambientes
separados da educação regular; uma última etapa, muito recente em que nos encontramos
actualmente, com tendências que nos levam a supor uma nova abordagem do conceito e da
prática da educação especial.

1º Era pré-cristã; esta época é caracterizada pela ignorância e rejeição do indivíduo deficiente.
Nesta época era normal o infanticídio quando se observavam anormalidades nas crianças.

2º Era cristã; durante a idade média a igreja condenou o infanticídio, mas por outro lado,
acalentou a ideia de atribuir causa sobrenaturais as anormalidades de que padeciam as pessoas.
Considerou-as possuídas pelo demónio e outros espíritos maléficos e submetia-as a práticas de
exorcismo.

No séc. XVII e XVIII os deficientes mentais eram internados em orfanatos, manicómios,


prisões e outros tipos de instituições estatais. Ali ficavam junto dos delinquentes, velhos,
pobres... Indiscriminadamente.

3º Era das instituições; finais do séc.XVIII e princípios do séc.XIX surge a educação especial
propriamente dita, caracteriza-se em cuidados e assistência as pessoas portadoras de deficiência,
elas passaram a ter o direito a educação regular, esta época era também caracterizada pela
institucionalização especializada das pessoas portadoras de deficiência.

A primeira escola pública para surdas foi criada pelo Abade Charles Michel
(1712-1789) em 1755 tendo-se rapidamente convertido no Instituto Nacional de surdos-
mudos.
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Em 1784, Valentin Hany criou em Paris um Instituto para crianças cegas. Entre os seus alunos
encontrava-se Louis Braille (1806-1852), que viria mas tarde a criar o famoso sistema de leitura
e escrita conhecido precisamente por sistema Braille.

A sociedade toma consciência da necessidade de prestar apoio a este tipo de pessoas embora esse
apoio se revestisse, a princípio de um carácter mais assistencial do que educativo.

Impera a ideia de que era preciso proteger a pessoa normal da não normal ou seja, esta última era
considerada como um perigo para a sociedade. Nesta era também separa-se o deficiente, segrega-
se, descrimina-se.

Abrem escolas fora das povoações, argumentava-se que o campo lhes proporcionaria uma vida
saudável e alegre.

Educação Especial

 Termo restrito carregado de múltiplas conotações pejorativas;

 Afasta-se dos alunos/as consideradas normais;

 Tem implicações educativas de carácter marginal, segregador;

 Pressupõe uma etiologia estreitamente pessoal das dificuldades de aprendizagem e / ou


desenvolvimento.

 Faz referência aos PEI partindo de um esquema curricular especial.

Necessidades Educativas Especiais

 Termo mais amplo, geral e propício para a integração escolar. Não é nada pejorativo para
o aluno;

 As NEE referem-se às necessidades educativas do aluno/a e, portanto, englobam o termo


E.E.
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 Admite como origem das dificuldades de aprendizagem e/ou desenvolvimento, uma causa
pessoal, escolar ou social;

 As suas implicações educativas têm um carácter marcadamente positivo;

 Referem-se ao currículo normal e as adaptações curriculares individualizadas que partem


do esquema curricular normal.

Estádio de desenvolvimento das atitudes em relação as crianças excepcionais

1º Estádio

Estes consideraram o primeiro estádio de desenvolvimento a pré-cristã. Nesta era as crianças


eram negligenciadas ou maltadas.

2º Estádio

Começa na época de difusão do cristianismo onde eles diziam que todo ser humano tem direito a
vida.

3º Estádio

Corresponde ao séc. XVIII e XIX quando surgem as primeiras instituições para fornecer uma
educação separada das outras crianças.

4º Estádio

Corresponde a última metade do séc.XX, a era de uma maior abertura no processo de


aprendizagem ou direito a uma educação para melhor integração a sociedade. A Constituição da
República de Moçambique (1990), concede as pessoas portadoras de deficiências, um gozo pleno
e igual dos direitos e deveres em relação a todos os cidadãos.

Diz a lei fundamental que é garantida (a) a todo cidadão:

 A igualdade perante a lei e o gozo dos mesmos direitos e deveres, independentemente da


cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição
social, estado civil dos pais ou profissão (Art.66);
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 A igualdade entre o homem e a mulher perante a lei e em todos os domínios da vida


política, económica, social e cultural (Art.67);

 O gozo pleno dos direitos e deveres consignados, para as pessoas portadoras de


deficiências com excepção daquelas cujo exercício ou cumprimento para os quais estejam
incapacitados (Art.68);

 O direito e o dever ao trabalho, à educação física e ao desporto e a assistência médica e


sanitária (Art.88, 93, e 94).

A Lei nº. 6/92, de 06 de Maio, sobre o Sistema Nacional de Educação (SNE), através do Ensino
Especial, cujo objectivo é “... Proporcionar uma formação em todos graus de ensino e a
capacitação vocacional que permita a integração destas crianças e jovens em escolas regulares,
na sociedade e na vida laboral...” (Boletim da República, 104-11:1992), assegura a escolarização
de crianças e jovens com necessidades educativas especiais.

A Resolução nº. 8/95, de 11 de Outubro sobre a Política Nacional de Educação (1995), aprovado
pelo governo na área de Educação Especial, estabelece as seguintes medidas estratégicas para a
escolarização de crianças e jovens com NEE:

 Promoção do princípio de integração através da sensibilização e mobilização de escolas


regulares e comunidades para o programa de educação especial integrado.

 Formação de professores de apoio itinerantes, fornecimento de materiais de ensino e


equipamento e concepção de planos de estudo flexíveis...” (pp.180)

O termo pessoa portador de deficiência tem sido habitualmente empregue para se fazer referência
a todo indivíduo que possui uma insuficiência orgânica ou mental (congénita ou adquirida).

Necessidades educativas especiais.

Segundo a UNESCO (06:1994), o termo “ necessidades educativas especiais” refere-se a todas


as crianças e jovens cujas necessidades se relacionam com deficiências ou dificuldades de
aprendizagem” no processo da sua escolarização, originadas por factores diversos de natureza
socioeconómica, sociocultural e psico-orgânica, ou seja, “crianças com deficiências ou
sobredotadas, crianças da rua ou crianças que trabalham, crianças de populações remotas ou
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nómadas, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos


desfavorecidos ou marginais”.

Estatisticamente, existem poucos registos informativos confiáveis sobre prevalência de pessoas


portadoras de deficiência na população moçambicana. As referências disponíveis são de carácter
universal e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que uma em cada dez
crianças, é portadora de deficiência (UNICEF, 1980).

Em Moçambique, os problemas de atendimento colocados a este grupo populacional minoritário


são semelhantes aos da maioria dos países em desenvolvimento, determinados por factores
histórico-culturais, político-ideológicos e socioeconómicos. É assim que a maior parte de crianças
e jovens com necessidades educativas especiais destes países nasce e cresce privada de um
convívio desejável com o meio contextual no qual está integrada, o que a dificulta de exercer o
seu direito de acesso `a aprendizagem básica e de cidadania.

Torna-se inadiável, dentro do quadro actual de atendimento ao portador de deficiências, mudar as


práticas profissionais e instituições vocacionadas de um sistema assistencialista para
emancipatório considerando as seguintes premissas:

 O abandono do enfoque individual a favor do familiar e/ ou comunitário;

 O respeito pelas características, necessidades e ritmos de desenvolvimento, socialização,


comunicação e aprendizagem do portador de deficiências;

 A convicção de que o portador de deficiência possui capacidades latentes de socialização,


comunicação e aprendizagem.

A formulação e o ajustamento da actual legislação, onde se julgar necessário, e o reconhecimento


e sistematização das práticas e experiências formais e informais de atendimento ao portador de
deficiências, devem constituir instrumentos de garantia da participação social cada vez melhor da
criança e do jovem com necessidades especiais no seu contexto de vida, em cumprimento das
Declarações dos Direitos do Homem e de Educação Para Todos, equacionadas pela Declaração
Mundial de Salamanca, sobre Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade, promovida
internacionalmente pela UNESCO.
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Abordagem Actual da Educação Especial

A Declaração de Salamanca, define princípios, política e prática na área da escolarização de


pessoas com necessidades educativas especiais, salientando que cada individuo tem:

 Direito à educação e deve ter oportunidades de conseguir e manter um nível aceitável de


aprendizagem;

 Características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são


próprias.

Deste modo:

 Os sistemas de educação devem ser planeados e os programas educacionais


implementados, tendo também em vista as necessidades de aprendizagem dos alunos com
as necessidades educativas especiais

 As escolas, guiando-se pela abordagem inclusiva, devem ser os meios mais capazes para
combater as atitudes discriminatórias dos actuais sistemas de ensino, visando atingir-se a
meta de uma educação para todos.

Excepcionalidade

A questão de educação para todas resultou na ideia de declaração de 1948 segundo a qual todas
têm direito a educação incluindo aquelas que tem deficiência. Para algumas crianças excepcionais
são aquelas que têm problemas na aprendizagem. Também são consideradas excepcionais que
apresentam talentos pouco comuns. A criança típica que apresenta desvios das normas é
excepcional.

O termo excepcionalidade tanto pode designar a portadora de deficiência, talentosas ou aquela


que desviam da norma. Podemos ainda encontrar uma outra contradição: criança excepcional é
aquela que se difere das outras pelas suas capacidades sensoriais, físicas ou motoras, intelectuais
ou mentais, capacidades afectivas, cognitivas, capacidades evolutivas, de comunicação,
capacidades múltiplas, capacidades comportamentais.
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Na perspectiva actual uma criança excepcional é aquela que se difere da típica ou “normal” por
suas capacidades sensoriais, por suas características mentais, difere-se da típica por seu
comportamento social pelas suas capacidades neuro-motoras ou físicas, pelas suas capacidades de
comunicação e também pelas suas capacidades múltiplas.

Estas diferenças devem ser suficientemente notáveis ao ponto de requerer a modificação das
práticas escolares ou então necessitar de serviços de necessidades educativas especiais para
possibilitar o desenvolvimento das suas capacidades até ao limite máximo. A criança é
educacionalmente excepcional quando o desvio do seu comportamento atinge um tipo ou um
grau que requere providencia pedagógicas desnecessárias para a maioria das crianças.

Para fins didácticos normalmente as crianças são agrupadas com características semelhantes, isto
é, as crianças excepcionais são com frequência agrupadas para facilitar a comunicação entre os
profissionais.

É comum encontrar-se as seguintes classificações

1- Desvios mentais, incluindo crianças que são:

a) Intelectualmente superiores- os super-doptados

b) Lentas quanto a capacidade de aprendizagem mentalmente retardadas;

2- Deficiências sensoriais incluindo as crianças com:

a) Deficiências auditivas

b) Deficiências visuais

3- Desordens de comunicação incluindo crianças com:

a) Distúrbios de aprendizagem

b) Deficiências de fala e linguagem

4- Desordens de comportamento incluindo as crianças com:

a) Distúrbio emocional
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b) Desajustamento social

5- Deficiências múltiplas e graves, incluindo várias combinações

a) Paralisia cerebral e retardamento mental

b) Surdez e cegueira

c) Deficiências físicas e intelectuais graves, etc.

Esta classificação faz-se considerando que as dificuldades semelhantes, mesmo terminadas por
causas diferentes implicam necessidades semelhantes.

Objecto de estudo e objectivos da cadeira de Necessidades educativas Especiais

Os objectos de estudo da disciplina de Necessidades Educativas Especiais são crianças e jovens


com desvios no desenvolvimento sensório motor e psicossocial que interfere na aprendizagem.

Objectivos das NEE

 Educar esse grupo de acordo com as suas capacidades e necessidades;

 Estudar as melhores formas de atende-las;

 Munir os futuros profissionais de educação de conteúdos capaz de facilitar a comunicação


com o grupo alvo.

 Formar integralmente a personalidade da criança com NEE

 Estudar as tendências de desenvolvimento e as perspectivas de EE

 Desenvolver ao máximo as capacidades de cada aluno de acordo com as suas


potencialidades individuais, sobre a base de um trabalho correctivo-compensatório e
educativo.

 Corrigir e compensar as deficiências, assim como a integração do indivíduo na vida


socioprofissional, tendo em conta as suas possibilidades e capacidades.
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Princípios das NEE

 Princípio da influência educativa-correctiva

 Princípio de correcção e compensação

 Princípio de atenção precoce das crianças com NEE

 Princípio da influência terapêutica multilateral

 Princípio da necessidade de partir dum diagnóstico confiável e científico.

Tipos de NEE

 Deficiência visual, auditiva, mental

 Deficiência físico motora

 Distúrbios de aprendizagem

 Distúrbios emocionais

 Impedimento oral e escrito

 Problemas de comportamento

 Altas capacidades/habilidades

Importância do estudo das NEE

 Ajuda a situar o aluno em relação as respostas educativas, isto é, deve-se responder ou/ e
orientar o aluno com NEE (o que se deve dar? O que se deve fazer para melhor orientar o aluno
c/ NEE)

 Ajuda numa melhor elaboração e planificação dum plano interventivo actualizado para
responder com eficácia as NEE.

 Permite tomar decisões sobre as adaptações curriculares à aplicar.


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Adaptações são todos elementos que modificam ou provém num determinado currículo.

Pressupostos para o êxito da integração

a) Formação de Professores: devem adquirir novas competências de ensino e treinadas em


técnicas de integração para melhor darem respostas as NEE das crianças. Assim, os
resultados da integração serão eficazes.

b) Preparação do aluno: deve-se preparar a criança as exigências académicas e de condutas


globais da classe regular, isto para que a integração seja bem-sucedida.

c) Treinar para adquirir competências e aptidões sociais que os ajudam a funcionar com
sucesso na classe regular.

Deve-se ter em conta as relações positivas que se vai desenvolver com os alunos (colegas)
ditos ou considerados “normais”, pois é um factor determinante e fundamental para o
êxito da integração.

d) Interacção entre educadores: deve-se estimular os professores para união de esforços e


para que haja trocas de experiência com intuito de desenvolver programas de integração
que satisfaçam as necessidades educativas das crianças.

e) Programas de integração; antes dever-se-á integrar a criança numa classe regular e


observa-se para que seja feita posteriormente um programa eficaz e depois determina-se à
um ambiente educacional apropriado.

f) Tecnologias de informação e comunicação;


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A ESCOLA ACTUAL NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO

Adaptações curriculares param crianças com necessidades educativas especiais

São muitos autores que escreveram sobre esta temática entre eles, César Coll, Gimeneo
Sacristan, J. Kemmmis e outros. Nesta perspectiva a nossa reflexão está virada a pensar numa
adaptação curricular para crianças portadora de deficiências nas condições do projecto da
UNESCO “Escolas Inclusivas”. Etimologicamente entende-se por currículo “ uma carreira ou
curso”. O conceito currículo vitae, é a carreira da vida.

Do ponto de vista da pedagogia se denomina currículo ao conjunto de estudos e práticas


destinadas a que o aluno desenvolva plenamente suas capacidades.

O currículo é a expressão e a concretização do plano cultural que uma instituição escolar faz para
dentro de determinadas condições que matizam este projecto.

Adaptações curriculares: são modificações que se realizam em objectivos, conteúdos, critérios,


procedimentos da avaliação e metodologias para atender as diferenças individuais dos alunos.

Nas adaptações curriculares deve se ter em conta.

 Proporcionar maior participação dos alunos com necessidades educativas especiais no


currículo ordinário.

 Tornar possível que os alunos nestas condições alcancem os objectivos de cada etapa
educativa através de um currículo adequado às suas necessidades especificas.

 Resposta educativa aos alunos com necessidades educativas especiais.

Tendo em conta o currículo oficial a escola, faz uma análise correspondente à sua realidade e às
condições próprias do meio em que se encontra situada. Posteriormente a mesma análise se faz
em diferentes etapas ou ciclos e para cada classe.

 Adaptações de acesso ao currículo e adaptações curriculares

A resposta as necessidades educativas especiais, não se deve buscar fora do currículo ordinário,
senão a partir de ajustes que se fazem a este currículo permite corrigir ou compensar as
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dificuldades na aprendizagem dos alunos, por outro lado logram que as instituições ordinárias
estejam em disposição de proporcionar esta ajuda, para que não seja necessário segregar estes
alunos.

Adaptações de acesso ao currículo: são modificações ou previsões de recursos especiais,


materiais ou de comunicação que vão facilitar que alguns alunos com necessidades educativas
especiais, possam estar vinculados ao currículo ordinário ou ao currículo adaptado.

Adaptações curriculares: modificação que se realizam desde a programação de objectivos,


conteúdos, metodologias, critérios, procedimentos de ensino e de avaliação para às diferenças
individuais, que podem ser significativas e não significativas.

Significativas: modificações que se realizam em diferentes elementos de programação que


implicam a eliminação de alguns conteúdos básicos do currículo ordinário.

Não significativas: modificação que se realizam em diferentes elementos da programação


desenhadas para todos alunos de uma aula ou de um ciclo para responder às diferenças
individuais, mas que não afectam os conteúdos básicos do currículo oficial. Podem ser aplicadas
a qualquer aluno, independentemente de ser ou não portador de deficiência.

Exemplo, se está previsto no programa de Geografia da 6ª classe dar 20 rios de Moçambique para
alunos nestas condições apenas dou 10 rios mais importantes e aqueles que estão na área onde o
aluno vive.

Critérios param as adaptações curriculares

Partir sempre de uma análise detalhada e profunda do aluno através de um diagnóstico exaustivo
e da análise do contexto em que se vai levar a cabo o processo de ensino-aprendizagem.

1. Partir do currículo oficial.

2. Fazer com que as adaptações curriculares afastem o aluno das exigências comuns, a observar:

a) Adaptações de acesso ao currículo;

b) Adaptações de como ensinar e avaliar;


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c) Adaptações de quando ensinar e avaliar, combinados os critérios da realidade e de êxito.

Estilos de aprendizagem, aspectos a ter em conta.

 Condições físico-ambientais;

 Respostas e preferência dos alunos;

 Necessidades educativas e potencialidades;

 Nível de concentração;

 Disposição de enfrentar uma responsabilidade;

 Estado de ânimo;

 Estratégia que utiliza para resolver problemas;

 Satisfação ou não pelo trabalho que realiza.

Possíveis decisões em função de alunos com Necessidades Educativas Especiais

Como ensinar (estratégias)?

 Introduzir e utilizar na prática quotidiano o sistema de comunicação para os alunos com


necessidades educativas especiais;

 Seleccionar para todas as aulas as técnicas e estratégias que sendo especialmente


benéficas para alunos com necessidades educativas especiais, sejam úteis também para
todos;

 Potenciar o uso de técnicas e estratégias favoráveis à experiência directa, reflexão e à


expressão;

 Ter em conta na apresentação dos conteúdos aqueles canais de informação que sejam
mais adequados para os alunos;

 Utilizar estratégias para centrar a atenção da turma;


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 Estabelecer momentos de troca de opiniões e de experiências entre os alunos sobre a


matéria a leccionar;

 Oferecer aos alunos com necessidades educativas especiais, uma explicação mais clara
sobre as características das actividades a realizar.

Grupo

 Combinar grupos heterogéneos com outros de carácter mais homogéneo;

 Aproveitar as actividades do grupo para melhorar a clima e a relação entre os alunos;

 Utilizar os grupos mais espontâneos para melhorar as relações entre os mesmos.

Matérias

 Seleccionar matérias que podem ser utilizadas para todos os alunos;

 Adaptar as matérias do programa oficial;

 Situar as matérias de forma que favoreçam a aprendizagem dos alunos;

 Informar aos alunos o material que existe na sala de aula, incluindo o específico para os
alunos com necessidades educativas especiais, e a sua utilidade.

Espaços e tempo

 Descobrir adequadamente o espaço para compensar as dificuldades de determinados


alunos;

 Reduzir o ruído na sala de aula;

 Assegurar uma iluminação adequada;

 Fazer um horário de aulas tendo em conta os momentos de apoio que os alunos


necessitam em termos de níveis de ajuda;

 Reduzir a quantidade de alunos por turma


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Como avaliar?

 Utilizar diversos instrumentos e procedimentos para avaliar, partindo sempre da


potencialidade dos alunos;

 Elaborar as provas e instrumentos adequados à realidade dos alunos.


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Conclusão

Portanto, Alunado da Educação Especial- é constituído por educandos que requerem recursos
pedagógicos e metodologias educacionais específicas. Genericamente chamados de necessidades
educativas especiais, classificam-se: portadores de deficiência (visual, auditiva, mental, física e
múltipla) portadores de conduta típicas (problemas de conduta decorrentes de síndromes de
quadros psicológicos ou neurológicos que acarretam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no
relacionamento social) e os de altas habilidades (com notável desempenho e elevada
potencialidade em aspecto académicos, intelectuais, psicomotores/ e ou artísticos).
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Bibliografia

Faculdade Padre Anchieta - Jundiaí - Pedagogia (Agosto de 2011). «Fonte de informações».


Revista Escola. Consultado em 4 de abril de 2015

CARMO, Apolónio Abadio do. Deficiência física: a sociedade brasileira cria, “recupera” e
discrimina. Brasília: Secretaria dos Desportos/PR, 1991

JIMENEZ, R. B. (org) Necessidades educativas especiais. Dinalivro: Lisboa, 1997.

MANTOAN, Maria Teresa. Egler. Compreendendo a deficiência mental: novos caminhos


educacionais. São Paulo: Scipione, 1989

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