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Neuroarquitetura: a influência de bem estar no ambiente


projetado
Analu Marisol Obugalski Dal’Maso - solinteriores@gmail.com
Master em Neuroarquitetura
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Ribeirão Preto, SP, 15/07/2022

Resumo
A presente pesquisa refere-se a neuroarquitetura e a influência que provoca no bem
estar do ambiente construído. A problemática que motiva a pesquisa é compreender
como a aplicação de estímulos neurológicos podem melhorar ainda mais o projeto
arquitetônico e sua destinação. Parte do princípio que os estímulos cerebrais são
responsáveis por grande parte dos sentimentos dos seres humanos, com isso,
incentivando-os, se transita por um sentimento de pertencimento ao local
frequentado, seja ele particular ou para uso corporativo, a trabalho. O objetivo geral
desta pesquisa consiste em analisar a aplicação da neuroarquitetura e compreender
sua forma na prática. Para compreender tais implicâncias do tema, foi aplicada a
metodologia de pesquisas bibliográficas e on-line, além da apresentação de
referências já construídas. Os resultados obtidos atestam que a neuroarquitetura
quando aplicada de forma correta traz consigo inúmeros benefícios para um projeto
e execução, uma vez que provoca um estado de bem estar e conforto em seus
usuários, e isso reflete diretamente em sua produtividade e capacidade de criar afeto
com o ambiente em que se está inserido.

Palavras-chave: Neuroarquitetura. Atividade cerebral no espaço. Arquitetura.


Estímulo neurológico.

Abstract
The present research refers to the neuroarchitecture and it’s influence on the well-
being of the built environment. What motivates this research is to understand how the
application of neurologic stimulations can improve even more the architectonic
project and it’s destination. Starts on the principle that neurological stimulation are
responsible for great part of the human feelings, encouraging them, one transits
through a feeling of belonging to the frequented place, which can be for private or
corporate use, to work with. The main objective of this search consists on the
application of neuroarchitecture analysis, and the it’s practical form. To fully
understand the implications of the theme, it was applicated the bibliography research
methodology and on-line, besides the already build references. The results obtained
prove that neuroarchitecture, when applied correctly, brings benefits to a project and
execution, since it causes a state of well-being and comfort in its users, it reflects
directly on their productivity and capacity on develop affection with the environment
which are involved.

Keywords: Neuroarchitecture. Brain activity in space. Architecture. Stimulus


available.
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1. Introdução
As metodologias de criação de projetos transitam por diferentes formas ao longo do
tempo, e durante toda a história obtiveram-se diversas diretrizes técnicas e formais,
mas isso tem se modificado ao longo do tempo, a utilização do conhecimento
científico se tornou um grande aliado para a criação de projetos completos e com
qualidades que transpassam as relações formais e funcionais. As preocupações
passaram a ser outras, e mais do que nunca a relação homem x espaço está sendo
considerada muito influente e importante na organização dos espaços.

A responsabilidade do arquiteto vai bem além do desenho de


ambientes eficazes em termos de conforto e segurança, que
atendam às necessidades funcionais dos usuários para a
realização das atividades. Pressupõe, também, compreender
as necessidades formais e estéticas do usuário a fim de lhe
assegurar um espaço agradável, de prazer e bem-estar (BINS
ELY, 2003).

De maneira geral, a elaboração de projetos arquitetônicos esteve por um longo


período atreladas a funcionalidade e consequentemente sua forma, desta forma, os
projetos eram direcionados: casa, trabalho, estudo e assim em diante. Mas agora
passam a ser elaborados pensando em como, quem, quando irá utilizar aquele
espaço, de que forma será melhor aproveitado e de que forma se pode obter o
melhor resultado em termos de bem estar para o ser humano.
A neuroarquitetura é uma área que relaciona a psicologia, arquitetura e
neurociência, compreendendo o sistema nervoso e como o mesmo funciona, e
buscando estimular a resposta cerebral cada vez mais. Por conseguinte, a presente
pesquisa busca apresentar a relação da arquitetura com a neurociência, analisando
como isso pode impactar a vida das pessoas. Como a rotina muitas vezes exaustiva
de cada dia pode ser minimizada, criando empreendimentos que desenvolvam afeto,
conexão, acolhimento e valores emocionais.
Além disso, também pretende verificar como as edificações podem sim influenciar
de maneira, seja ela negativa ou positiva a área psicológica humana. Para justificar
a área de estudo escolhida é importante visualizar as novas rotinas em que os seres
humanos estão inseridos, uma vez que se viveram longos períodos de home office,
rotina de isolamento e adequações necessárias com as intempéries passadas nos
últimos anos, de certo modo, isso influenciou diretamente os resultados produtivos
dos seres humanos, tornando-os em alguns casos, mais depressivos, introspectivos
e infelizes com a rotina no mesmo ambiente todos os dias.
É certo dizer que os ambientes em que as pessoas passam a maior parte do seu
tempo, sejam eles para trabalho, moradia ou lazer, são importantes para um bom
relacionamento pessoal. Desta forma, a presente pesquisa utilizou do embasamento
teórico para justificar tais afirmações.
Por fim, é possível notar a influência da arquitetura na rotina de cada ser humano,
seja caminhando pelas cidades, vivendo em seu lar, ou trabalhando em um
ambiente corporativo. E por isso, a neuroarquitetura chega para organizar os fatos,
delinear as prioridades e priorizar o que é mais importante no planejamento de
projetos arquitetônicos: seus usuários.

2. Método Adotado
A pesquisa será baseada metodologicamente em revisão bibliográfica e pesquisa
online. Para Salomon (1974), uma bibliografia é uma coleção de obras derivadas
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sobre um determinado assunto escritas por diferentes autores em diferentes


momentos usando toda ou parte da fonte. O mesmo se aplica à pesquisa online
dada a utilização de um conjunto de trabalhos sobre um determinado tema.
Assim como Prodanov e Freitas (2013), definem a dialética como a base para que
tudo na natureza seja interconectado e transformado, e que sempre há um outro
lado para todo fenômeno ou objeto discutido e estudado, é importante que os
pesquisadores estudem tudo. Alguns desses aspectos, independentemente de
ideias prontas e formadas, levam em conta que o mundo e a natureza estão sempre
mudando.
Métodos qualitativos também serão aplicados a tais estudos, que, segundo Zanella
(2013), envolvem a compreensão da realidade dos sujeitos da pesquisa na
perspectiva dos agentes participantes, sem o uso de estatísticas. Além disso, os
autores ressaltam que essa abordagem pode estar vinculada ao direito empírico,
também conhecido como direito pragmático, popular ou de senso comum. São
conhecimentos adquiridos por tentativa e erro, pela observação da vida e baseados
na experiência cotidiana, e são afirmações baseadas na experiência subjetiva.
Diante do exposto, a pesquisa se estrutura da seguinte maneira: compreendendo a
neuroarquitetura, compreendendo a atividade cerebral no espaço, e visualizando
referências arquitetônicas para melhor materialização da pesquisa.
3. Neuroarquitetura
A Neuroarquitetura surge de uma nova necessidade de compreender além da
questão projetual, a funcionalidade do cérebro e os processos mentais, integrando
os conhecimentos e realidade. A partir de 1970 a fundação da Society for
Neuroscience nos EUA, possui um grande feito com as produções de neuroimagens,
e em 1990 se expandindo ainda mais, e nos últimos 25 anos o avanço se torna
considerável, incluindo marketing, psicologia, economia, direito, e com isso também,
a arquitetura (DIONIZIO, 2022).
Em resumo, é a ciência que trabalha com a interdisciplinaridade e relaciona
conhecimentos de neurociências a técnicas de neuroimagem no ambiente e seus
usos. Compreende-se que a atividade cerebral é o principal foco aplicado na
arquitetura, ou seja, há estudos e comprovações que apresentam que o cérebro se
desenvolve muito mais em um ambiente com estímulos, desta forma, afirmando a
capacidade que o espaço físico tem de alterar o cérebro e melhorar o processo de
capacitação, cognição, memória, entre outros estímulos cerebrais (GONÇALVES e
PAIVA, 2018).
Para Maclean (1990) em seu livro O cérebro Trino na Evolução: O Papel nas
Funções Paleocerebrais, a teoria dividia o cérebro em três partes: os sistemas
reptiliano, límbico e córtex. As áreas são ativadas e demonstram o quanto as
interações com o ambiente podem afetar o ser humano, fazendo com que a
arquitetura ultrapasse os conceitos estéticos e funcionais, e atinjam contextos
biológicos. Cada um dos três sistemas são responsáveis por três forças no ser
humano: instinto, afeto e razão, e a ponte que liga o externo ao cérebro são estes
sentidos. A percepção e a interação do homem com o ambiente fazem com que a
relação seja interpretada de forma positiva, deixando-o com mais bem estar,
conforto e criando mais laços com o ambiente em que se está inserido.

Portanto, em neuroarquitetura, a experiência que se busca


ofertar ao usuário se inicia no ato de proporcionar
determinadas emoções, as quais poderão vir a ser traduzidas,
por meio da percepção desse ambiente, em determinados
comportamentos dentro do espaço planejado. (CRIZEL,
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2020:44)

Dentro da neurociência existem estudos que demonstram mais ainda os resultados


nas pesquisas da neurociência aplicadas à arquitetura, que se compreende como a
Biofilia. Este estudo demonstra como o homem age ao ambiente do seu entorno, ou
seja, inserindo o homem de forma natural e confortável ao ambiente construído.
Para Salingaros (2015), existem oito características da biofilia que podem melhorar o
bem-estar humano: iluminação natural, cor, gravidade, fractais, curvas, detalhes,
água e vida. Em suma, compreende que o ser humano precisa de interações muito
fortes com a natureza para que tenha cada vez mais bem-estar.

Hoje em dia, a neurociência procura desvendar processos que


vão além dos estudos patológicos ou da funcionalidade das
partes do sistema nervoso, investigando a mente, a
consciência, o inconsciente e o comportamento a partir da
complexa construção do cérebro humano. (TIEPPO, 2019:29)

Por fim, existem disciplinas que compõem a Neuroarquitetura, que segundo Dionizio
(2022), é a arquitetura sensorial, que proporciona por meio de sons, texturas e cores
estímulos sensoriais; a arquitetura cognitiva, em que os pensamentos, experiências
e memórias criam a identidade com o local; e a arquitetura comportamental, em que
as condicionantes do espaço definem os comportamentos do ser. Estas arquiteturas
direcionam para a arquitetura, neurociência e psicologia ambiental, que forma então,
a neuroarquitetura.

4. A atividade cerebral no espaço


Na arquitetura e urbanismo, quanto mais tempo se passa em um determinado
ambiente e a frequência que se retorna nele, interferem em como impacta o ser
humano. Desta forma, os espaços que tendem a ser mais ocupados e frequentados
são as cidades, locais de trabalho e habitações, por suas ocupações de longo prazo
e com isso, mais potencial de gerar efeitos duradouros nos sentimentos dos seus
usuários. Um exemplo muito relevante destes processos foram os períodos longos
de isolamento social durante a pandemia em 2020, isso fez com que as pessoas
passassem meses sem sair de casa, e com isso, prejudicassem sua saúde física e
mental. Quando se trata de ambiente físico, as ocupações de duração mais curta,
como lojas, tendem a gerar reações mais imediatas, ou seja, transmitir emoções de
forma mais acelerada, sejam elas positivas ou não. E isso demonstra algo que deve
ser levado em consideração, que os efeitos da arquitetura não dependem somente
das características físicas do espaço, mas também do período de duração de cada
grupo de usuário. Por isso, a aplicação da neuroarquitetura deve levar em
consideração requisitos como este para suas estratégias projetuais (PAIVA, 2021).
A neurociência faz com que seja possível mensurar as sensações humanas dentro
do ambiente, e construindo assim uma forma de compreender e satisfazer o ser
mais ainda, além do mais, um dos princípios muito importantes da arquitetura é que
ela depende dos estímulos visuais para que construa, conceba, projete, experimente
e apresente os projetos ao espectador.
Para Oliveira (2012), as experiências vivenciadas pelo ser humano acaba por ser
uma consequência dos resultados das atividades cerebrais. Na arquitetura é
importante se atentar a relação do espaço físico e o cérebro, ou seja, formar
ambientes capazes de compreender as relações físicas e as necessidades
emocionais e psicológicas, realmente integrar a persona e o ambiente. Na medida
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em que o indivíduo adentra em determinados lugares, o cérebro passa a funcionar


de forma exaustiva, de forma que não passa apenas a observar as dimensões, mas
observar formas, cores, texturas, além do conjunto de sentimentos que lhe
proporciona um ambiente como este, os sentimentos que são despertados. O autor
ainda destaca um ponto mais que importante para que a neurociência seja ativada e
provocada dentro da arquitetura, a luz. Os seres humanos são circadianos, isto é, a
maior parte dos processos que ocorrem com o ser humano estão sincronizados com
os períodos diurnos, iluminações destacando suas atividades e incentivos
fisiológicos diários.
O tema da neurociência gera uma empolgação afetuosa entre os profissionais da
arquitetura, pois é um feito grandioso que exista a possibilidade de aplicação de
estímulos neurológicos dentro de um projeto. Mas é claro que ainda há muito a ser
testado e descoberto. A façanha de os ambientes arquitetônicos serem capazes de
aumentar a qualidade de vida dos seres humanos, diminuindo intempéries e
aumentando capacidades cognitivas e produtivas dentro do espaço construído faz
com que o processo seja ainda mais excitante (OLIVEIRA, 2012).
Compreendendo o principal intuito da atividade da neuroarquitetura no cérebro, é
importante destacar que na neuroarquitetura o indivíduo passou a ser o objeto mais
importante dos projetos. Isso porque a base é a percepção do indivíduo sobre o
ambiente em que se está inserido. Calcula-se que em média 90% do tempo dos
seres humanos são passados em ambientes projetados, portanto os projetos
passaram a ser mais humanizados, os ambientes corporativos prezam pela
possibilidade de locais que otimizem as atividades profissionais, os comerciais
possuem o intuito de despertar sensações que levem o cliente a se envolver e
consumir os produtos, e os ambientes residenciais prezam pelo conforto, atender
necessidades e ser acolhedor (CRÍZEL, 2020).
Para definir de forma mais exata os projetos com neuroarquitetura aplicada, os
principais efeitos investigados são: iluminação, layout do espaço, coloração e
dimensão dos ambientes. Avaliando estes requisitos entende como o inconsciente
humano irá responder pelo espaço, entendendo também, quais são os benefícios
diretos e indiretos ao ser humano.
Bencke (2018), aborda o assunto com mais profundidade em relação às cores e
ruídos, a autora destaca que as cores atingem uma área cerebral diferente, partindo
da nossa visão e gerando comportamentos diferentes em cada indivíduo. Portanto a
coloração deve ser um fator de extrema relevância no momento de projetar,
principalmente quando se trata de ambientes de trabalho, uma vez que é um
ambiente estressante, cansativo. Ainda, as cores trabalham muito com o impacto
das iluminações, se uma luz está baixa por exemplo, ocasiona um ambiente muito
mais cansativo e maçante. É preciso utilizar de iluminação natural, mas cuidar com
suas influências nos materiais de trabalho.
Já em relação aos barulhos e ruídos, a autora destaca que, por mais que o barulho
seja interno ou externo, ele deve ser estudado, com o anseio de otimizar os
espaços, muitas vezes as acústicas ficam prejudicadas, e o barulho é um causador
nato de estresse e ansiedade, uma vez que são contínuos e podem ser
provocativos. Uma solução ótima é a presença de vegetação, barreiras acústicas e
boa distribuição do espaço.
Logo, entende-se que para que um espaço seja criado de maneira que atenda aos
critérios seguindo a linhagem da neuroarquitetura, ele precisa de um
desenvolvimento funcional e estético, os dois precisam trabalhar em conjunto para
que se tenha um resultado satisfatório no quesito estética e funcionalidade.
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Valorizando a qualidade, conforto e bem-estar do indivíduo no ambiente.


Valorizando a sensibilidade projetual, e entendendo como a construção pode
influenciar os sentimentos, personalidades, atitudes e vontade de frequentar o
ambiente no dia a dia (CARDEAL e VIEIRA, 2021).

A importância da estética do ambiente construído é também


revelada através do fato que sua qualidade estética pode
influenciar além das atitudes e bem estar das pessoas, os seus
comportamentos já que somos atraídos a ir e a voltar a
ambientes esteticamente atraentes e a evitar ou a se recusar a
ir a locais esteticamente desagradáveis. (NASAR, 1998 apud
REIS et al., 2014, p. 2).

Em suma, é importante mencionar que o ambiente com aplicação da


neuroarquitetura é capaz de assegurar um ambiente adequado a necessidades
humanas, e isso faz com que o ser humano possua afinidade com o ambiente, além
de ter o sentimento de ambiente agradável e confiável para se conviver (CARDEAL
e VIEIRA, 2021).
Além dos estímulos mencionados, é importante destacar que este processo leva a
outras reflexões, como as questões de permeabilidade visual, a permeabilidade
visual se traduz ao indivíduo no ato de se permitir a passagem da visualização de
algo, ou seja, a capacidade de observar o contexto ou situação em que se está
inserido, Saboya (2013) defende que as conexões visuais são os primeiros artefatos
que promovem a vitalidade no local já construído. A proximidade física só é
possibilitada através de uma proximidade visual atrativa, ou seja, estando dentro de
alguma edificação e visualizando um atrativo, os estímulos sensoriais que
acontecem dentro do visual, promovem a integração com os ambientes de forma
vital. Também, Severini (2014), discorre sobre a permeabilidade visual como uma
forma de hospitalidade, a permissão de transitar de forma agradável visualmente faz
com que o entorno seja muito mais valorizado e beneficiado em relação à ambiência
sensorial que não somente é o espaço físico, mas o encontro de adequação das
condições materializadas com o exercício de identificação pessoal criada por cada
indivíduo.
Para Pallasmaa (2011), a psicanálise foi capaz de introduzir o esquema corporal
como centro das integrações, e isso também se aplica a arquitetura. Onde o corpo
está em constate interação com o ambiente. Todas as experiências sentimentais
que envolvem a arquitetura é uma representação multissensorial, medimos tudo a
partir dos nossos cinco sentidos, e a arquitetura corrobora para que a materialização
da experiência existencial de cada ser humano seja pertencida ao mundo, e isso é
parte de uma identidade pessoal, o que cada ser humano é nos lugares que
compõem suas rotinas, desde seu ambiente particular até o convívio social.

4. Influência na prática e referências arquitetônicas


De fato, para compreender visualmente como a neuroarquitetura funciona com a
influência de bem estar no ambiente projetado, existem obras muito significativas já
aplicadas neuroarquitetura que exemplificam bem o embasamento teórico discorrido
até aqui.
A Arena Corinthians, em São Paulo (figuras 1, 2 e 3), desenvolveu um espaço
destinado a pessoas com TEA – Transtorno do Espectro Autista. O espaço permite
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que os ruídos sejam minimizados e que os torcedores aproveitem a partida da


mesma forma.

Figura 1 – Espaço TEA Arena Corinthians


Fonte: Kaio Lakaio/Revista VEJA

Figura 2 – Espaço TEA Arena Corinthians


Fonte: Kaio Lakaio/Revista VEJA

Figura 3 – Espaço TEA Arena Corinthians


Fonte: Kaio Lakaio/Revista VEJA
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O espaço foi elaborado à prova de som, para que quem possui TEA, possa
acompanhar os jogos e vibrar com seu time do coração. Além do mais, a sala conta
com brinquedoteca, tapetes, TVs, videogames e um espaço aconchegante. Os
torcedores com a condição podem assistir o jogo totalmente gratuito, com um
acompanhante, mediante preenchimento de solicitação. Com isso, é o primeiro
estádio do Brasil que é inclusivo. É possível analisar que, quando não há tal
preocupação, as pessoas não frequentarão ou não voltarão a frequentar tal espaço.
Outro ponto importante a se observar, que vai além do espaço construído, e adentra
em como o espaço é construído, são os fatores de iluminação, como já
mencionados, estes fatores fazem com que se atribua uma relação confortável em
meio a frequência de pessoas.
É possível observar (figuras 4 e 5), como a iluminação influencia no ambiente de
forma visual e também pratica.

Figura 4 – Iluminação natural


Fonte: Folha – UOL

Figura 5 – Ambiente sem iluminação natural


Fonte: Folha – UOL
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É notável a diferença entre os ambientes retratados, a iluminação natural implica em


quesitos importantes de conforto, tranquilidade e produtividade em cada ambiente. E
um ponto a ser considerado dentro deste processo, são os valores necessários para
que um projeto seja considerado aplicando a neuroarquitetura. Estas imagens
demonstram que a parte visual e funcional do projeto trabalha em conjunto para que
transmita uma boa impressão e que o ambiente se torne convidativo, acolha as
pessoas e as incentivem a permanecerem por mais tempo.
Já no que implica na aplicação de cores na concepção do espaço torna-se de
grande importância para que o ambiente seja ainda mais receptivo, segundo Foglia
(1987), a visão das cores é um aspecto muito interessante e motivador, e o estudo é
utilizado em diversas áreas, abrangendo fisiologia, psicologia e as engenharias. As
cores passam mensagens e são um canal de comunicação com nossa visão. Para
compreender melhor os efeitos, as figuras 6, 7 e 8 exemplificam a questão.

Figura 6 – Ambiente em coloração Azul


Fonte: Abril

Figura 6 – Ambiente em coloração vermelha


Fonte: Kris Bristot Arquitetura
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Figura 6 – Ambiente em coloração branca


Fonte: Casa Claudia

É possível observar que a coloração azul é uma cor terapêutica, provocando


tranquilidade, já a coloração vermelha é uma cor mais marcante, forte e que
estimulam apetite, já o branco transmite paz, limpeza, vida, luminosidade. A
percepção visual que estas imagens trazem consigo demonstram o quanto as cores
podem afetar de formas. Além disso, a iluminação trabalhada junto com a coloração
traz resultados diferentes em diferentes edificações. Assim como os elementos
construtivos e de volume, as cores impactam de forma direta o aspecto visual do
ambiente, e por fim, entende-se que a neuroarquitetura se aplica de diversas
maneiras, mas destacam-se aqui algumas delas: os ambientes pesados para certo
público, a iluminação adequada e a coloração pertinente.

6. Bem estar
A muito tempo as questões de promoção à saúde de forma geral e ao bem estar tem
sido priorizada. É possível visualizar em diversas áreas a preocupação com estes
fatores, desde ações individuais como fazer exercícios, comer melhor, dormir bem,
até ações de moradia, trabalho e saúde (ROSSI et. al, 2020). O interesse sobre
proporcionar o bem estar transita por diversos assuntos, e não seria diferente, por
isso os assuntos abordados resultam neste sentimento.
Ryff (2014), destaca o bem estar psicológico como o pleno funcionamento do
indivíduo, autoconhecimento e domínio para os diferentes domínios da vida. O
desenvolvimento das pessoas pode mudar durante o percurso da vida, e o que faz
isso se alterar são suas vivências e experiências, os locais frequentados, sua rotina
diária, sua família, seus relacionamentos, quais conexões são criadas ao longo da
vida para que se atinja um estágio de bem estar.
O crescimento do desejo de atingir o bem estar dentro de empresas caminha junto
com cada desejo pessoal de atingir o bem estar, uma vez que isso aumenta
significativamente a produtividade, qualidade do trabalho entregue e força de
vontade. O envolvimento com o trabalho é a área da vida que representa o vinculo
do empregado com o trabalho que realiza, ou seja, suas tarefas rotineiras feitas
diariamente, sejam elas desafiadoras ou mais tranquilas, como ficar sentado atrás
do computador no escritório, ambas exigem conhecimento, disposição, força de
vontade e capacidade de produção equivalente ao que foi proposto (ROSSI et. al,
2020).
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A humanização do espaço quando realizada faz com que ocorra vitalidade por parte
de quem o frequenta, seja vitalidade em volume ou vitalidade em qualidade espacial,
e a neuroarquitetura vem justamente com este intuito, compreender a resposta
humana ao espaço projetado. Biologicamente falando, pode-se citar alguns pontos
importantes: humanização do ambiente, melhora na saúde e aumento da
concentração.
Além de todo o processo, existe também as questões de ergonomia, ou seja, a
relação das pessoas com o ambiente, o uso dos móveis e objetos, considerando
postura, sensibilidade, coloração, disposição, espaçamento, iluminação. O fato é,
que a criação de ambientes inteligentes que influenciem no bem estar, acabam por
resultar em influencias positivas no comportamento de cada pessoa, proporcionando
o bem estar por meio de motivação, concentração, relaxamento, pertencimento e
assim por diante (PACIFIC, 2021).
Migliani (2020), destaca muito bem sobre a questão projetual e o pertencimento:

Ao projetar espaços baseados na neuroarquitetura, é preciso


ter em mente de que cada usuário recebe e decodifica os
estímulos do ambiente de forma única. Ou seja, não há regras,
apenas determinados aspectos a serem considerados. Um
deles aborda a necessidade do ser humano em pertencer. A
"necessidade de pertencer", definida pelo psicólogo americano
Abraham Maslow, se refere à urgência que o ser humano tem
em pertencer a um grupo social. Essa teoria do pertencimento
foi bastante difundida e adaptada à neuroarquitetura como
"teoria do pertencimento", considerando a necessidade
humana em se sentir parte de um espaço físico. Por exemplo,
é sabido que as boas lembranças são sempre decodificadas de
forma positiva pelo cérebro. Por isso investir em memórias
(visuais, auditivas ou olfativas), pode ser bastante interessante
na hora de projetar interiores nos quais os usuários sintam-se
pertencentes.

Acredita-se que podemos chamar a neuroarquitetura de uma tendência que deve ser
tomada como definitiva no planejamento de projetos, as abordagens alteram as
práticas e geram inovação nos projetos com práticas mais humanizadas. Na prática
faz com que tudo fique interligado, e os impactos da saúde física e mental
ocasionam o bem estar de forma geral no ser humano.
Um dos maiores exemplos da promoção do bem estar aplicando a neuroarquitetura
é a aplicação no ambiente hospitalar, Paiva (2018) destaca sobre o assunto que a
neuroarquitetura pode contribuir para a arquitetura hospitalar através de conceber
ambientes que não sejam somente estéticos, mas funcionais e que priorizem o bem
estar. Entender as necessidades de diversos tipos de uso dentro do ambiente
hospitalar faz com que o processo seja mais completo.
O ambiente físico do hospital pode atrapalhar de forma significativa os resultados de
tratamentos terapêuticos, principalmente por estar diante de um ambiente
estressante, uma vez que há isolamento, falta de estímulos e convivência rotineira
que antes ocorria. O ideal dentro dos ambientes hospitalares com neuroarquitetura é
que cada hospital pudesse focar em uma área específica para tratamento, assim
podiam direcionar as necessidades de forma mais adequada, e embora não seja
possível que isso ocorra, o processo pode ser minimizado com a utilização de cores,
vegetação, conexão com a natureza por meio de iluminação natural
(POMPERMAIER, 2021).
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Os estabelecimentos de saúde passam a ser uma das referências positivas na


aplicabilidade da neuroarquitetura principalmente pelo ambiente que se trata, os
projetos em si não são uma tarefa simples, e torna-los ambientes de cura e
promoção de bem estar além do principal propósito, se torna uma tarefa mais
trabalhosa ainda. Existem muitos condicionantes que devam ser considerados,
fluxos, funcionalidade, além de normas de biossegurança, o arquiteto precisa se
atentar ao processo como um todo, pois é possível analisar diante de todo o assunto
discorrido que a neuroarquitetura une o melhor dos estímulos, das artimanhas
projetuais e das estratégias construtivas, física e psicologicamente
(POMPERMAIER, 2021).
O espaço, segundo Bencke (2020), deve der visualizado com outras perspectivas,
precisa ser um refúgio, e além, promover a realização das atividades com bem estar,
a maior comprovação da funcionalidade acerca da neuroarquitetura pode der
comprovada pela relação entre o indivíduo com o espaço, o tempo de permanência
passa a ser maior, ocorrendo a vitalidade nos lugares.
Bestetti (2014) menciona que a arquitetura se trata de uma arte concebida para
atender os desejos de uma sociedade, buscando atender suas funções comuns, que
giram em torno de moradia, trabalho e lazer. Ou seja, o ambiente em que somos
inseridos diariamente emite estímulos de diversas formas, que podem nos deixar
confortáveis ou desconfortáveis, e caso haja algum desequilíbrio entre estes
processos, pode acabar por ocasionar um desafeto com o espaço. Para tanto, a
neuroarquitetura surge com o maior intuito de construir ambientes pesados para
pessoas e destinados ao bem estar de quem o utiliza, sendo importante considerar
que a abordagem cultural do espaço é o que mais determina o que é agradável ao
usuário ou não, uma vez que as vivências no espaço são ocasionadas pelo
ambiente construído, o afeto do usuário é resultado do ambiente projetado.
Em suma, os cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar são os sentidos
que fazem com que a neuroarquitetura seja experenciada pelo seu usuário. Por isso
as aplicações da neuroarquitetura são amplas, pois é natural do ser humano
interagir com os ambientes em que ele convive, e quanto mais dinâmicos e
simbólicos forem, mais ocasionam uma identificação individual em cada usuário,
estudando e compreendendo como o cérebro funciona e interpreta o ambiente.

6. Conclusão
Partindo da leitura desta pesquisa apresentada e no embasamento teórico
formulado, é possível concluir a importância e necessidade da arquitetura na vida de
todos os seres humanos, além da importância física, a neuroarquitetura abre
espaço para o debate da importância psicológica também, visualizando a curto e
longo prazo como os sentimentos e efeitos visuais trazem retorno positivo no bem
estar pessoal.
Um ambiente bem planejado e bem sucedido transita por diversos fatores que fazem
com que esta implicação seja verdadeira, e a aplicação da neuroarquitetura somente
testifica algo importante a se considerar, passa-se de forma ou função, e chega no
psicológico.
Logo, também é possível compreender que a neuroarquitetura é fundamental, pois
compreende-se com o embasamento teórico que esta ciência é capaz de
movimentar a vida dos usuários do espaço construído, seja com formas, cores,
organizações, iluminação, entre outros fatores, a arquitetura precisa causar
emoções, realizações e sentimento de pertencimento para que se faça com
qualidade, para que as pessoas possuam um bom desenvolvimento mental e físico.
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E mais, é possível observar a necessidade desta aplicação ainda mais com o


período que vivemos nos ultimos anos, com pandemia, isolamento social, muitas
pessoas passando longos períodos completamente sozinhas em diversos
ambientes.
É importante mencionar aqui também, que uma das melhores notícias sobre a
neuroarquitetura é também que ela pode ser aplicada a qualquer ambiente,
residencial, comercial, corporativo, hospitalar, entre outros.
Apesar de o tema ainda ser um pouco limitado e estar crescendo a exploração dos
estímulos neurológicos dentro da arquitetura, o acesso a conteúdos sobre o tema foi
um pouco limitado, poucos livros abordam o assunto dentro da arquitetura e isso faz
com que as referências sejam mais em arquivos on-line. E, embora haja essa
dificuldade, é um tema que precisa ser mais explorado e colabora diretamente com
as melhorias que precisam acontecer cada vez mais dentro da arquitetura,
principalmente quando se tratam de temas que priorizam pessoas dentro da questão
projetual, seus sentimentos e sensações.
Uma das maiores motivações da pesquisa pode se destacar em compreender como
os sentimentos e emoções podem ser afetados direta ou indiretamente com os
projetos executados.
Desta forma, embora haja limitação, a presente pesquisa acaba por colaborar com
os conhecimentos acerca do tema proposto, adquirindo novos horizontes e também
entendendo como os estímulos neurológicos podem ser benéficos também a
arquitetura, como em tantas outras áreas.
Por fim, a pesquisa ainda abre as possibilidades de instigar o conhecimento e a
fomentar dúvidas maiores para que sejam recorridas, pesquisadas, e que o tema
atinja cada vez mais profissionais e ambientes e possa ser vislumbrado projetos de
grande qualidade, criando emoções, bem estar e sentimentos positivos em seres
humanos com a arte de projetar.
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Referências
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