Testes de Rastreio Cognitivo Infantil

COGNITIVAMENTE
Licenciado para - Vânia - 69277273968 - Protegido por Eduzz.com

COGNITIVAMENTE
Sabemos que existem dificuldades quando nos deparamos na seleção de
instrumentos de rastreio cognitivo infantil para montar um processo de
avaliação cognitiva. Encontramos um número alto de testes disponíveis a serem
utilizados, além disso, cada instrumento tem características peculiares
dificultando ainda mais tal escolha. Sendo assim, percebemos a necessidade de
informações sobre os instrumentos mais comumente utilizados no rastreio
cognitivo.
Espero que este material possa contribuir com o seu trabalho e ajude a
alcançar todo o seu potencial na reabilitação e estimulação cognitiva.
ÁLIDA ANDRADE
8
www.ecognitivamente.com
COGNITIVAMENTE
Álida Andrade é fundadora do

Cognitivamente®, um projeto voltado
para Reabilitação Cognitiva. Terapeuta
Ocupacional por formação, especialista
em Saúde Mental, especializada em
Neuropsicopedagogia Clínica e em
Neuropsicologia com ênfase em
Reabilitação Cognitiva.
Realiza atendimentos especializados em

Estimulação Cognitiva de idosos ativos e
com diagnóstico de demência. Atua com
crianças com déficit cognitivo e como
consultora em inclusão escolar.
Copyright © 2021 por Álida Andrade
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação ou do curso pode ser
reproduzida, distribuída ou transmitida por qualquer forma ou por qualquer meio,
incluindo fotocópia, gravação ou outros métodos eletrônicos ou mecânicos, sem a
prévia autorização por escrito da autora, exceto no caso de breves citações incluídas
em revisões críticas e alguns outros usos não-comerciais permitidos pela lei de
direitos autorais. Material e manuseio exclusivo dos alunos do curso, vinculados no
site do Cogntivamente®. Todo o conteúdo apresentado nesse documento foi
baseado em livros e artigos científicos. A referência ao material pesquisado encontra-
se na seção Referências Bibliográficas.
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COGNITIVAMENTE
INSTRUMENTOS DE RASTREIO COGNITIVO

INFANTIL
Os testes de rastreio cognitivo são uma parte fundamental de todo o
tratamento, pois somente conseguimos traçar um perfil cognitivo e organizar
um plano terapêutico após uma avaliação consistente que leva em
consideração a anamnese, os testes de rastreio cognitivo, o quadro clínico e
funcional de cada paciente ou estudante.
Após uma triagem positiva, seguindo os critérios da American Psychiatry
Association (DSM-V), o paciente deveria ser submetido a uma entrevista
aprofundada utilizando os exames neuropsicométricos completos para o
diagnóstico efetivo da doença e das etapas mais específicas no processo
diagnóstico, pois assim seria possível distinguir o declínio cognitivo normal e o
patológico. Os testes de rastreio cognitivo não podem ser utilizados para um
diagnóstico diferencial, mas devem ser aplicados para ajudar a definir um plano
de tratamento na estimulação cognitiva.
Portanto, os testes de rastreio cognitivo ajudam potencialmente nas
probabilidades de se diagnosticar dificuldades de aprendizagem escolar, nos
quais a intervenção terapêutica por reabilitação cognitiva apresenta melhores
resultados.
Portanto, seria ideal um instrumento de triagem de déficit cognitivo que
pudesse fornecer maior segurança possível para o rastreio cognitivo e que
tivesse as seguintes características:
a) rápido na sua administração (poucos minutos) para ter adesão entre os
profissionais de diversas áreas;
b) ser bem tolerado e aceitável pelos pacientes;
c) ser facilmente interpretado;
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COGNITIVAMENTE
d) ter independência cultural, de linguagem e adequado a crianças e
adolescentes;
e) poder ser bem reproduzido em outros estudos e ter desempenho
semelhante entre os examinadores;
f) ter valores elevados de sensibilidade e especificidade;
g) apresentar correlação com outros testes tradicionais e bem validados na
literatura, além de correlação com escalas de avaliação e diagnóstico clínico
de demência;
h) ter bom valor preditivo.
Sabemos que um instrumento com todas estas características,
infelizmente, não existe. Mas dos instrumentos mais adaptados e usados temos
a versão pediátrica do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), que é o teste mais
utilizado para avaliar a função cognitiva, principalmente em crianças, por ser
rápido, de fácil aplicação, não requerendo material especifico. É adaptado e
validado para crianças com idade entre 3 e 14 anos, a partir de um sistema de
escores de deficiências cognitivas. O instrumento avalia as funções mentais da
linguagem, orientação espacial e temporal, atenção, memória e praxia
construtiva.
Vale destacar que deve ser utilizado como instrumento de rastreamento
não substituindo uma avaliação mais detalhada, pois, apesar de avaliar vários
domínios, não serve como teste diagnóstico, mas sim pra indicar funções que
precisam ser investigadas.
Para crianças também são utilizadas o Teste de Fluência Verbal e a
Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem (ADL).
A seguir, está um breve resumo dos instrumentos que mais utilizamos
no protocolo do Cognitivamente.
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COGNITIVAMENTE
Mini Exame do Estado Mental – MEEM (Ouvrier et al.,1993). A versão em
português adaptada para a infância do MEEM (Santos et al.,2012) é um
instrumento com 11 questões, de aplicação individual.
FUNÇÕES COGNITIVAS AVALIADAS: O teste possui uma pontuação máxima de
35 pontos. é um instrumento com 11 questões, de aplicação individual. Avalia
aspectos cognitivos das funções mentais e é dividido em duas sessões. A
primeira requer respostas orais sobre orientação, memória e atenção, com
escore máximo de 21. A segunda parte avalia habilidades de nomeação, seguir
comandos verbais e escritos, escrever uma sentença espontaneamente, e a
cópia de um polígono complexo.
TEMPO DE APLICAÇÃO: A aplicação do instrumento não é cronometrada.
MATERIAIS UTILIZADOS: Utiliza-se apenas um lápis e uma folha de papel.
O Teste de FV é uma tarefa sensível para avaliar as funções do lobo
frontal, especialmente área pré-frontal esquerda. Pode ser aplicado com
crianças e adolescentes, com abrangência de 7 a 14 anos.
FUNÇÕES COGNITIVAS AVALIADAS: É extremamente simples e avalia a
memória semântica (conhecimento geral sobre o mundo, fatos, palavras, sem
relação com o momento do seu aprendizado).
APLICAÇÃO: Existem dois tipos de tarefas de fluência verbal: semântica e
fonêmica. No teste de fluência semântica o sujeito tem que dizer tantas
palavras quanto possível que pertença a uma determinada categoria (por
exemplo, animais, frutas, roupas). Já a tarefa de fluência fonêmica exige que a
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COGNITIVAMENTE
pessoa fale tantas palavras quanto possível que inicie, geralmente, com a letra
(F), (A) e (M), uma de cada vez por 1 (um) minuto cronometrado. A pontuação
varia de acordo com a produção de palavras pela pessoa avaliada, onde cada
palavra correta é pontuada com 1 ponto, obtendo-se o total. A análise é feita
comparando o total de palavras com a média e desvio padrão esperado para
cada faixa etária e se a criança ou adolescente estuda em escola pública ou
privada, sendo que a maior pontuação indica o melhor desempenho na
realização do teste.
MATERIAIS UTILIZADOS: Os testes requerem para sua aplicação, cronômetro,
folha para registro das respostas ou gravador.
A Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem (ADL) pode ser utilizada
por profissionais que lidam com crianças na idade pré-escolar como,
fonoaudiólogos, psicólogos do desenvolvimento e educadores especiais.
A ADL é um instrumento clínico para avaliar a aquisição e o
desenvolvimento da linguagem no que diz respeito ao conteúdo (semântica), a
estrutura (morfologia e sintaxe) e aos aspectos da memória auditiva em
crianças na faixa etária de um a seis anos e onze meses.
FUNÇÃO COGNITIVA AVALIADA: domínios da linguagem compreensiva e
expressiva.
APLICAÇÃO: A pontuação máxima possível é de 30 pontos. Para CCL o ponto
de corte é de 26 pontos, onde acima disso é considerada normal.
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COGNITIVAMENTE
TEMPO DE APLICAÇÃO: O tempo de aplicação é de aproximadamente 30
minutos
MATERIAIS UTILIZADOS: Manual do Examinador, Material Concreto – uma
bolsa com os seguintes objetos: um sino, um cachorrinho, uma bonequinha,
uma colherzinha, um pratinho, um copinho, um carrinho e três bolas de tênis.
Manual de Figuras: setenta e cinco folhas com ilustrações coloridas, sendo
cinquenta e uma páginas referentes a linguagem compreensiva e vinte e quatro
referentes a linguagem expressiva e o Protocolo para Aplicação e Pontuação.
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COGNITIVAMENTE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. JAIN, M. & PASSI G.R. (2005). Assessment of a Modified Mini-Mental Scale

for Cognitive Functions in Children. Indian Pediatrics; 42 (9), 907-12
2. FLAVELL J. H., MILLER PATRICIA H. & MILLER SCOTT A. (1999).

Desenvolvimento Cognitivo, (3a. ed.),Porto Alegre: Artmed.
3. MIOTTO, E. C. et al. (Org.) Manual de avaliação neuropsicológica: a prática

da testagem. São Paulo: Memnon
15

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avaliação cognitiva. Encontramos um número alto de testes disponíveis a serem

utilizados, além disso, cada instrumento tem características peculiares

dificultando ainda mais tal escolha. Sendo assim, percebemos a necessidade de

informações sobre os instrumentos mais comumente utilizados no rastreio

alcançar todo o seu potencial na reabilitação e estimulação cognitiva.

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Os testes de rastreio cognitivo são uma parte fundamental de todo o

tratamento, pois somente conseguimos traçar um perfil cognitivo e organizar

um plano terapêutico após uma avaliação consistente que leva em

consideração a anamnese, os testes de rastreio cognitivo, o quadro clínico e

funcional de cada paciente ou estudante.

Após uma triagem positiva, seguindo os critérios da American Psychiatry

Association (DSM-V), o paciente deveria ser submetido a uma entrevista

aprofundada utilizando os exames neuropsicométricos completos para o

diagnóstico efetivo da doença e das etapas mais específicas no processo

diagnóstico, pois assim seria possível distinguir o declínio cognitivo normal e o

patológico. Os testes de rastreio cognitivo não podem ser utilizados para um

de tratamento na estimulação cognitiva.

Portanto, os testes de rastreio cognitivo ajudam potencialmente nas

probabilidades de se diagnosticar dificuldades de aprendizagem escolar, nos

quais a intervenção terapêutica por reabilitação cognitiva apresenta melhores

Portanto, seria ideal um instrumento de triagem de déficit cognitivo que

pudesse fornecer maior segurança possível para o rastreio cognitivo e que

tivesse as seguintes características:

a) rápido na sua administração (poucos minutos) para ter adesão entre os

profissionais de diversas áreas;

b) ser bem tolerado e aceitável pelos pacientes;

c) ser facilmente interpretado;

d) ter independência cultural, de linguagem e adequado a crianças e

e) poder ser bem reproduzido em outros estudos e ter desempenho

semelhante entre os examinadores;

f) ter valores elevados de sensibilidade e especificidade;

g) apresentar correlação com outros testes tradicionais e bem validados na

literatura, além de correlação com escalas de avaliação e diagnóstico clínico

h) ter bom valor preditivo.

Sabemos que um instrumento com todas estas características,

a versão pediátrica do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), que é o teste mais

utilizado para avaliar a função cognitiva, principalmente em crianças, por ser

rápido, de fácil aplicação, não requerendo material especifico. É adaptado e

validado para crianças com idade entre 3 e 14 anos, a partir de um sistema de

escores de deficiências cognitivas. O instrumento avalia as funções mentais da

linguagem, orientação espacial e temporal, atenção, memória e praxia

Vale destacar que deve ser utilizado como instrumento de rastreamento

precisam ser investigadas.

Para crianças também são utilizadas o Teste de Fluência Verbal e a

Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem (ADL).

A seguir, está um breve resumo dos instrumentos que mais utilizamos

Mini Exame do Estado Mental – MEEM (Ouvrier et al.,1993). A versão em

português adaptada para a infância do MEEM (Santos et al.,2012) é um

instrumento com 11 questões, de aplicação individual.

FUNÇÕES COGNITIVAS AVALIADAS: O teste possui uma pontuação máxima de

35 pontos. é um instrumento com 11 questões, de aplicação individual. Avalia

aspectos cognitivos das funções mentais e é dividido em duas sessões. A

primeira requer respostas orais sobre orientação, memória e atenção, com

escore máximo de 21. A segunda parte avalia habilidades de nomeação, seguir

comandos verbais e escritos, escrever uma sentença espontaneamente, e a

cópia de um polígono complexo.