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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAX PLANCK

FARMÁCIA

MARIANA ESCOBEDO 52217980


RAFAELLA GUIMARÃES DUARTE XAVIER 52217042
SHIRLAINE MELLO 51913974

RELATÓRIO:
Proteínas

INDAIATUBA
2023
PRINCÍPIO

Albumina

A albumina apresenta a capacidade de se conectar a uma ampla gama de


ânions orgânicos e moléculas complexas de corantes. O método de avaliação
fundamenta-se na alteração do ponto de maior absorção de um corante complexo
(como o verde de bromocresol) quando este se une à albumina. A intensidade da
coloração gerada é quantificada colorimetricamente em comprimentos de onda
entre 600 e 640 nm, e essa intensidade é diretamente proporcional à quantidade de
albumina presente na amostra, até um limite de concentração de 6,0 g/dL

Proteínas totais

Em um ambiente alcalino (usando o reagente de Biureto de cobre Cu²⁺), os


íons de cobre reagem com as ligações peptídicas presentes nas proteínas séricas,
resultando na formação de uma coloração púrpura. Essa coloração apresenta
absorção máxima a 545 nm e está diretamente relacionada com a concentração de
proteínas na amostra.

AMOSTRA

Para ambos os testes foi usado o sangue como amostra.

PROCEDIMENTO

Albumina

1. Em três tubos de ensaio, Branco, Teste e Padrão, adicionamos


1.0 mL de reagente de cor (nº 1);
2. Em seguida adicionamos 10µl da amostra no tubo Teste;
3. Adicionamos 10µl do padrão nº 2 no tubo padrão;
4. Agitamos os tubos de ensaios;
5. Determinamos a absorbâncias do teste e padrão em 630 nm;
Proteínas Totais

1. Em três tubos de ensaio, Branco, Teste e Padrão, adicionamos 1.0 mL


de reagente de cor (nº 1);
2. Em seguida adicionamos 20µl da amostra no tubo Teste;
3. Adicionamos 20µl do padrão nº 2 no tubo padrão;
4. Agitamos os tubos de ensaios;
5. Incubamos por 10 minutos em banho maria a 31ºC;
6. Determinamos as absorbâncias do teste e padrão em 545 nm.

CÁLCULO

Albumina

Absorbância do teste= 0,554

Absorbância do padrão= 1,298

0,554
𝐴𝑙𝑏𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎: 1,298
× 3, 8 = 1,621

Proteínas Totais

Absorbância do teste= 0,257

Absorbância do padrão= 0,238

0,257
𝑃𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠: 0,238
× 4 𝑔/𝑑𝐿 = 4, 319 𝑔/𝑑𝐿

IR ADULTO (BULA)

Albumina

3,5 a 5,5 g/dL

Proteínas Totais
6,0 a 8,0 g/dL

SIGNIFICADO CLÍNICO

Albumina

A albumina é a proteína mais importante do plasma humano, representando


40 a 60% do total de proteína. Os níveis plasmáticos de albumina, devido à sua
relação com o aporte de proteína e à produção no fígado, são frequentemente
usados como parâmetro para avaliação do estado nutricional e função hepática.

Diminuições da albumina ocorrem na cirrose e outras doenças hepáticas


incluindo o alcoolismo crônico, na gravidez associado ao uso de contraceptivos
orais, em muitas doenças crônicas incluindo neoplasias, síndrome nefrótica,
enteropatias com perda protéica (doença de Chron, colite ulcerativa), doenças
inflamatórias como as doenças autoimunes, imobilização prolongada, falência
cardíaca e outros estados catabólicos crônicos. A elevação da albumina sérica é
encontrada somente na desidratação.

Proteínas Totais

A dosagem isolada da proteína total tem pouco valor, porque a alteração em


uma das frações pode ser compensada por alteração oposta de outra fração, como
ocorre nas doenças crônicas em que há diminuição de albumina com aumento de
gamaglobulina. Ocorrência similar pode ser observada em respostas de fase aguda,
tais como infecções ou traumas, ocasião em que muitas proteínas plasmáticas
produzidas no fígado aumentam sua concentração, enquanto a albumina se reduz,
mantendo a concentração protéica total praticamente inalterada.

As proteínas estão aumentadas em algumas neoplasias, especialmente em


mieloma múltiplo; na macroglobulinemia; doenças autoimunes, como artrite
reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico; doenças granulomatosas como a
sarcoidose, leishmaniose visceral; endocardite bacteriana sub-aguda e
linfogranuloma; em alguns casos de doença hepática crônica, como hepatite
autoimune e na desidratação. As proteínas estão diminuídas na gravidez;
hiperhidratação, desnutrição grave, cirrose e outras doenças hepáticas, incluindo
alcoolismo crônico; imobilização prolongada; insuficiência cardíaca; nefrose e
insuficiência renal; hipertireoidismo; deficiência de cálcio e vitamina D e na
síndrome de má absorção.

A dosagem de proteína no líquido sinovial tem sensibilidade de 52% e


especificidade de 56% nas doenças inflamatórias. A determinação da concentração
de proteínas no líquido pleural é de pouco valor, exceto quando combinada com
outros parâmetros que permitam fazer a diferença entre exsudato e transudato.

Em 15 a 20% dos indivíduos com hepatopatias acompanhadas de ascite, a


concentração de proteína no líquido ascítico é superior a 2,5 g/dL. Nos pacientes
com ascite de etiologia neoplásica, as concentrações de proteínas são menores que
2,5 g/dL.

MEDICAMENTOS

Ao analisar as classes terapêuticas e os medicamentos mais prescritos aos


pacientes com hipoalbuminemia, encontramos os antiulcerosos (18,2%) sendo
representados pelo cloridrato de ranitidina e omeprazol; os antibióticos (16,9%),
representados pelo ceftriaxona, levofloxacino, ampicilina sódica associada ao
subactam e ciprofloxacino; os diuréticos (15,8%) furosemida, espironolactona e
hidroclorotiazida; os anti-hipertensivos (12,5%) captopril e nifedipino; o
anticoagulante enoxaparina sódica (9,8%); os cardiotônicos (5,7%) deslanósido e
digoxina; o analgésico dipirona sódica (5,1%); o antiemético metoclopramida
(4,4%); o ansiolítico diazepan (3,9%); o antiagregante plaquetário ácido
acetilsalicílico (3%); o anti-inflamatório corticosteroide hidrocortisona (2,4%) e o
antiarrítmico amiodarona (2,2%).

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