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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

CURSO: Biomedicina

DISCIPLINA: Métodos e Técnicas em análises Clínicas

NOME DO ALUNO: Andrea Momesso

R.A: 0569890 POLO: Birigui

DATA: 15/ /04 2023


TÍTULO DO ROTEIRO: Métodos e Técnicas em análises Clínicas

INTRODUÇÃO

A disciplina de Métodos e Técnicas em Análises Clínicas objetiva


informar aos alunos como trabalhar em laboratórios especializados na área,
auxiliando e executando atividades padronizadas, automatizadas ou técnicas
clássicas, necessárias ao diagnóstico nas áreas de parasitologia, microbiologia
médica, imunologia, hematologia, bioquímica, biologia molecular e urinálise. O
técnico em Análises Clínicas deverá ainda colaborar na investigação e
implantação de novas tecnologias biomédicas relacionadas às análises clínicas,
além de operar e zelar pelo bom funcionamento do aparato tecnológico do
laboratório. Além disso, fornecerá qualificação para a continuidade de estudos
na área de saúde.
Os laboratórios de análises clínicas são baseados em um processo
dinâmico que começa com a coleta de amostras para diagnóstico (amostra
biológica devidamente obtida para objetivos de diagnóstico laboratorial) e
finaliza com a emissão de laudo. Didaticamente, esse procedimento pode ser
separado em três etapas: pré-analítica, analítica e pós-analítica
A fase de pré-analítica inclui a preparação do paciente, coleta,
processamento e armazenamento de amostras de diagnóstico pré-analítico.
Isto é, abrange todas as atividades de testes pré-laboratoriais dentro e fora do
laboratório de análises clínicas. A fase analítica inicia-se com a validação do
sistema analítico, através do controle de qualidade interno na faixa normal e
patológica, e termina quando a determinação analítica gera um resultado. A
fase pós-analítica, por sua vez, inicia-se após a geração do resultado analítico,
quantitativo e/ou qualitativo e termina após a emissão do laudo pericial em
conformidade com a legislação aplicável.
Os laboratórios usam muitos métodos para prognosticar substâncias de
preocupação médica. Compreender os métodos usados no exame ajudará você
a ver os resultados de forma mais ampla. Os métodos laboratoriais são
baseados em princípios científicos envolvendo biologia, química e física e cobrir
todos os aspectos do laboratório clínico, desde a medição do colesterol no
sangue até a análise do DNA de uma pessoa ou cultura de microorganismos
que podem causar infecção.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Aula 1 Determinação da glicemia

Roteiro 1

O exame pode ser solicitado pelo médico com o objetivo de auxiliar no


diagnóstico de diabetes, pré-diabetes, resistência à insulina ou outras alterações
relacionadas às células pancreáticas. Esse exame é feito a partir da análise da
concentração de glicose no sangue em jejum e depois da ingestão de um líquido
açucarado fornecido pelo laboratório. Assim, o médico pode avaliar como o
organismo funciona frente a elevadas concentrações de glicose.

Este teste auxilia o seu médico no diagnóstico de alterações dos níveis de


glicose (açúcar) no sangue. Curva glicêmica

O exame compreende dosagens seriadas de glicose após estímulo com


75 gramas de glicose por via oral. As dosagens incluem os tempos basal, 30,
60, ou conforme solicitação médica. Quando gestante deverão ser abertos os
tempos basal, 60min e 120min. Exame de Determinação de curva glicêmica (2
dosagens) (www.gov.br)

Método direto:

Tomar 3 tubos de ensaio e marca-los para diferenciá-los.

Misturar devagar as amostras e colocar em banho-maria acima do nível


dos reagentes, 37ºC, por 15 min; determinar a absorbância do teste padrão em
505nm ou 490 a 540nm do filtro verde. Acertando o zero com o branco. A cor
fica estável por 60 min. Roteiro.pdf (unip.br)

Branco Teste Padrão

Amostra 0,01 mL

Padrão (nº2) 0,01 mL

Padrão (nº1) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL


O cálculo foi feito pelo método direto e de desproteinização.

𝐴𝐵𝑆𝑂𝑅𝐵Â𝑁𝐶𝐼𝐴 𝐷𝑂 𝑇𝐸𝑆𝑇𝐸
Glicose(mg/dL) = X 100
𝐴𝐵𝑆𝑂𝑅𝐵Â𝑁𝐶𝐼𝐴 𝐷𝑂 𝑃𝐴𝐷𝑅Ã𝑂

Glicose (mg/dL) = (∆A da Amostra / ∆A do Padrão) x 100


A1 Amostra = 0,104 A1 Padrão = 0,095
A2 Amostra = 0,181 A2 Padrão = 0,178

A2A - A1A / A2P - A1P = (0,181 - 0,104 ) (0,178-0,095)


0,077
𝐺𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 𝑚𝑔/𝑑𝐿 = x 100 = 93mg/dL Valor considerado normais dentro
0,083

dos parâmetros.

Aula 1 Determinação da TGP

Roteiro 2

TGO e TGP, também conhecidas como transaminases, são enzimas


normalmente dosadas com o objetivo de avaliar a saúde do fígado. TGO,
conhecido como transaminase oxalacética ou AST (aspartato
aminotransferase) é produzido em vários tecidos, como coração, músculos e
fígado, estando localizado no interior das células hepáticas.

Assim, quando há aumento nos níveis apenas de TGO, é comum que


esteja relacionado com outra situação que não relacionada com o fígado, isso
porque no caso de lesões hepáticas é preciso que a lesão seja mais extensa de
forma que as células do fígado se rompam e leve à liberação de TGO no sangue.
TGO e TGP: o que são, para que servem e valores normais (tuasaude.com)

TESTE : TGP substrato (nº 1) 0,25 mL - Colocar em banho-maria, a 37


ºC, por 2 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos
reagentes nos tubos de ensaio.
AMOSTRA: Amostra 0,05 mL - Misturar e incubar em banho-maria, a 37
ºC, exatamente por 30 minutos.

REAGENTE: Reagente de cor (nº 2) 0,25 mL - Misturar e deixar na


temperatura ambiente por 20 minutos.

NaOH de uso 2,5 mL - 4. Misturar e esperar 5 minutos. Determinar as


absorbâncias ou T% em 505 nm ou filtro verde (490 a 540), acertando o zero
com água destilada. A cor é estável por 60 minutos. Obter o valor de TGP usando
a curva de calibração. Roteiro.pdf (unip.br)

TESTE :

Amostra1
A1 = 1,018 nm
A2 = 1,284 nm
A3 = 1,292 nm
A4 = descartou

ΔA1 = A2 - A1
ΔA1 = 1,284 - 1,018 = 0,266
ΔA2 = A3 - A2
ΔA2 = 1,292 - 1,284 = 0,008
ΔA médio = 0,266 + 0,008/2 = 0,137

Resultado = U/L = 0,137 x 1746


U/L = 239,2 nm
Amostra 2
A1 = 1,268 nm
A2 = 1,308 nm
A3 = 1,348 nm
A4 = 1,386 nm

ΔA1 = A2 - A1
ΔA1 = 1,308 - 1,268 = 0,04
ΔA2 = A3 - A2
ΔA2 = 1,348 - 1,308 = 0,004
ΔA3 = A4 - A3
ΔA3 = 1,386 - 1,348 = 0,038
ΔA médio = 0,059

Resultado = U/L = 0,059 x 1746


U/L = 103,0 nm

Aula 1 Determinação de bilirrubina

Roteiro 3

A bilirrubina é uma substância produzida pelo fígado a partir da


hemoglobina que é liberada após a destruição dos glóbulos vermelhos do
sangue.

A bilirrubina produzida é naturalmente eliminada pelas fezes e pela urina,


no entanto a quantidade de bilirrubina circulante pode aumentar em caso de
doenças como anemia hemolítica autoimune, hepatite ou pedra nas vias biliares,
e uso de medicamentos, como alguns anti-inflamatórios e antibióticos.

A bilirrubina alta pode ser identificada através de sintomas como pele e


olhos amarelados e urina mais escura, devendo ser confirmada através do
exame de bilirrubina, também conhecido como dosagem de bilirrubina total e
frações. É importante que a causa da bilirrubina alta seja identificada pelo
médico, pois assim é possível que o tratamento mais adequado seja iniciado.

O exame de bilirrubina avalia os seguintes fatores:

Bilirrubina indireta ou não conjugada: é a bilirrubina que se forma no


momento da destruição dos glóbulos vermelhos no sangue e que depois é
transportada para o fígado;
Bilirrubina direta ou conjugada: é a bilirrubina que é produzida no fígado
a partir da bilirrubina indireta e está associada a um açúcar. Essa bilirrubina sofre
ação direta da bile no intestino e é eliminada nas fezes e na urina;
Bilirrubina total: é a quantidade total dos níveis de bilirrubina no sangue,
correspondendo à soma da bilirrubina indireta e direta.
O exame de bilirrubina normalmente é indicado para avaliar o
funcionamento do fígado e das vias biliares e quando se suspeita que
existam doenças do sangue que estão causando a destruição dos
glóbulos vermelhos. Bilirrubina: o que é, direta, indireta e porque está alta
(tuasaude.com)

Teste:
Bilirrubina total (mg/dL) = (Absorbância do Teste/Absorbância do Calibrador) x
CCal = 3,37

Teste A1 x 0,81 = 0,044


Calibrador A1 x 0,81= 0,058
Bilirrubina total (mg/dL) = (0,082-0,044/0,187-0,058) x 3.37
Bilirrubina total (mg/dL) = (0,294) x 3,37 = 0,99 mg/dL

Aula 2 Contagem diferencial de leucócitos e identificação de alterações


eritrocitárias
Roteiro 1

O hemograma é o nome dado ao conjunto de avaliações das células do


sangue que, reunido aos dados clínicos, permite conclusões diagnósticas e
prognósticas de grande número de patologias. A introdução do hemograma na
prática médica ocorreu em 1925 por meio de critérios estabelecidos pelo médico
e farmacêutico alemão V.Schilling. Entre todos os exames laboratoriais
atualmente solicitados por médicos de todas as especialidades, o hemograma é
o mais requerido. Por essa razão reveste-se de grande importância no conjunto
de dados que devem ser considerados para o diagnóstico médico, não se
admitindo erros ou conclusões duvidosas; os eritrócitos (ou série vermelha), dos
leucócitos (ou série branca) e das plaquetas (ou série plaquetária). A análise da
série vermelha é constituída pelas seguintes determinações básicas: 1 –
Contagem de eritrócitos (CE) :106 /mm3 2 – Dosagem da hemoglobina (Hb)
:g/dL 3 – Hematócrito (Ht) : % 4 – Volume Corpuscular Médio (VCM) : µm 3 ou
fm3 5 – Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) : pg 6 – Concentração da
Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): g/dL
Recentemente com a automatização das avaliações das células do
sangue, aliada a programas de informática, obtém-se dados sobre diâmetro ou
superfície celular, histograma e gráficos de distribuição de células.
Especificamente para a série vermelha a automatização fornece o índice RDW
que avalia a amplitude da superfície dos eritrócitos. A série branca, por sua vez,
é analisada por meio dos seguintes índices: 1 – Contagem total de leucócitos
(CTL) : 103 /mm3 2 – Contagem diferencial de leucócitos (CDL) Neutrófilos
(Bastonetes e Segmentados) : % e 103 /mm3 Eosinófilos : % e 103 /mm3
Basófilos : % e 103 /mm3 Linfócitos : % e 103 /mm3 Monócitos : % e 103 /mm3.
A contagem diferencial de cada leucócito é emitida em % (ou valor relativo) e em
103 /mm3 (ou valor absoluto). O valor absoluto tem melhor expressão
diagnóstica em relação ao valor relativo.
https://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/Artigos_cientificos/I
nterphemo.pdf
FONTE: ROTEIRO UNIP

Células Quantidade

Neutrófilos bastonetes 1

Neutrófilos segmentados 3

Linfócitos 6

Monócitos 1

Eosinófilos 1

Basófilos 1

AULA 2 Avaliação de Inflamação Aguda (PCR)

ROTRITO 2

A proteína C-reativa (PCR) é uma proteína produzida pelo fígado que,


geralmente, está aumentada quando existe alguma inflamação ou infecção
no corpo.

Essa proteína é muito utilizada para avaliar a possibilidade de existir


alguma infecção ou inflamação não visível, como apendicite ou aterosclerose,
por exemplo. No entanto, a PCR também pode ser usada para avaliar o risco
que uma pessoa tem de desenvolver doenças cardiovasculares, já que, quanto
mais alta, maior o risco de problemas cardíacos. Proteína C reativa (PCR): o que é,
valores e porque está alta (tuasaude.com)

AULA 2

ROTEIRO 3
CASO CLÍNICO

1) Qual a suspeita clínica da paciente pela descrição do caso clínico? De


acordo com o quadro clínico, suspeita-se de hepatite medicamentosa de
tipo II.

2) Os exames laboratoriais realizados e seus resultados apontam para a


suspeita clínica ou deixam margem para novas e outras possibilidades
diagnósticas? No decorrer da evolução do quadro e dos exames realizado
a etiologia infecciosa foi excluída, considerando a hipótese de hepatite
medicamentosa do tipo II.

3) Qual deve ser a conduta médica a ser adotada? O médico deverá


introduzir na paciente prednisolona 1 mg/kg ao dia.

4) Que outros exames poderiam colaborar para a resolução do caso e o que


poderia se prever em termos de resultados esperados? Outros exames
que poderiam auxiliar para revelar o diagnóstico do paciente são a
utilização de fosfatase alcalina e gama-GT.

Referências:
Exame de Determinação de curva glicêmica (2 dosagens) (www.gov.br)

Roteiro.pdf (unip.br)

TGO e TGP: o que são, para que servem e valores normais (tuasaude.com)

Roteiro.pdf (unip.br)

Bilirrubina: o que é, direta, indireta e porque está alta (tuasaude.com)

https://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/Artigos_cientificos/I
nterphemo.pdf
Proteína C reativa (PCR): o que é, valores e porque está alta (tuasaude.com)

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