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Centro Universitário Uninta – INTA

Estágio Supervisionado V
Preceptora: Georgea Guimarães

DIANA ROSA BENITEZ MACHADO

Atividade Complementar IV

Exames Bioquímicos e Imunológicos

Mucambo- CE
2023
EXAMES BIOQUIMICOS

1- GLICOSE
O exame de glicose, também conhecido como teste da glicose, é feito com
objetivo de verificar a quantidade de açúcar no sangue, que recebe o nome de
glicemia, e é considerado o principal exame para diagnosticar a diabetes. As
análises são efetuadas para perceber se os níveis de glicose no sangue estão
dentro dos valores normais, ou se estão alterados (ver valores de referência). As
análises da glicose são frequentemente realizadas como rotina, ou seja, como
forma de rastreio de várias doenças, sendo a diabetes a mais prevalente.

SIGNIFICADO CLINICO

Níveis elevados de glicose estão associados a diversas condições clínicas. A


hiperglicemia pode ser resultante de ausência na secreção da insulina ou estar
associada a outras doenças endócrinas. A elevação da glicose também pode
estar associada ao uso de fármacos que podem reduzir ou bloquear a liberação
da insulina. A dosagem de glicose é de grande importância para o diagnóstico e
monitoramento do Diabetes Mellitus, bem como no diagnóstico das acidoses
metabólicas, hipoglicemias e desidratações.

INDICAÇÃO

O médico recomenda a realização de análises da glicose quando o doente


apresenta os seguintes sinais e sintomas de hiperglicemia (níveis elevados de
glicose no sangue): Aumento da micção (vontade de urinar); Aumento da sede;
Visão turva; Fadiga (cansaço inexplicável); Feridas que demoram a cicatrizar.
Porém, o médico pode também recomendar as análises da glicose quando o
doente apresenta sinais e sintomas de hipoglicemia (níveis baixos de glicose no
sangue): Aumento da fome; Ansiedade; Sudorese (suor inexplicável); Tremores;
Confusão mental (mais frequente em idosos). Podem também ser
recomendadas análises da glicose a quem reúne um ou mais fatores de risco,
tais como: Obesidade (excesso de peso); Diabetes; Hipertensão arterial;
Doenças cardiovasculares; Hereditariedade (genética): familiares com história
de alguma das doenças acima apresentadas.

METODOLOGIA

Método: Enzimático (colorimétrico), automatizado.

1. Rotular os tubos de ensaios com as letras B (Branco), P (Padrão) e os tubos


das amostras dos pacientes. "Ex: T1 (Teste 1);

2. Nos tubos B, T e P, adicionar 1000 µL do reagente;

3. No tubo P, adicionar 10 µL da solução padrão;

4. No tubo T1, adicionar 10 µL da amostra do paciente 1.

5. Homogeneizar cada um dos tubos e incubar por 10 minutos em Banho-maria


(Temperatura: 37ºC).

2- UREIA / CREATININA
Ureia é uma substância produzida pelo fígado que permite analisar o
funcionamento não só do fígado, como também principalmente dos rins.
O exame de ureia serve para avaliar e monitorar a saúde destes órgãos. Essa
substância é resultado do nosso metabolismo reagindo às proteínas ingeridas
na alimentação. A ureia circula pelo nosso sangue, é filtrada pelos rins e então
é eliminada por meio da urina. Quando os rins não estão funcionando
regularmente, a ureia se acumula no sangue e não é devidamente eliminada.

A creatinina é uma substância inócua no sangue, sendo produzida e eliminada


de forma constante pelo organismo. Se o paciente mantém sua massa muscular
mais ou menos estável, mas apresenta um aumento dos níveis de creatinina
sanguínea, isso é um forte sinal de que o seu processo de eliminação do corpo
está comprometido, ou seja, os rins estão com algum problema para excretá-la.

SIGNIFICADO CLINICO
Creatinina e ureia são duas substâncias presentes na corrente sanguínea, que
podem ser dosadas através de exames de sangue quando se pretende fazer
uma avaliação da função dos rins. Quando os rins do paciente começam a
funcionar de forma inadequada e a sua capacidade de filtrar o sangue fica
afetada, as concentrações de ureia e creatinina no sangue tendem a ser elevar.
Quanto mais alta for a creatinina sanguínea, mais grave é a insuficiência renal.

INDICAÇÃO

O exame de ureia serve para analisar o nível de ureia no sangue e identificar


como está a saúde e a funcionalidade do fígado e dos rins. Quando há problemas
nesses órgãos, a quantidade de ureia tende a elevar, se tornando tóxica para o
organismo.

As análises da creatinina podem ser realizadas como rotina, para verificar


o funcionamento dos rins, ou quando o doente apresenta alguns sinais e
sintomas que podem surgir em casos de creatinina alta, incluem: Fadiga
(cansaço inexplicável); Perda de apetite; Sensação de falta de ar; Pés,
tornozelos ou rosto inchados; Aumento da micção (vontade de urinar), podendo
ser dolorosa. Existem algumas doenças que requerem uma avaliação regular
dos níveis de creatinina, como: Hipertensão arterial; Diabetes (tipo 1 e 2);
algumas doenças hereditárias.

METODOLOGIA

Método: Enzimático (colorimétrico).

UREIA

1- Misturar na proporção 4:1 os reagentes (Tampão e Substrato);


(4000 µL do Tampão e 1000 µL do Substrato)
2- Pipetar 1000 µL com a preparação no tubo;
3- Pipetar 10 µL da amostra do paciente;
4- Homogeneizar e imediatamente levar para o equipamento.

CREATININA

1- Misturar na proporção 4:1 os reagentes (Tampão e Substrato);


(4000 µL do Tampão e 1000 µL do Substrato)
2- Pipetar 1000 µL com a preparação no tubo;
3- Pipetar 100 µL da amostra do paciente;
4- Homogeneizar e imediatamente levar para o equipamento.

3- TGO/TGP

TGO e TGP, também conhecidas como transaminases, são enzimas


normalmente dosadas com o objetivo de avaliar a saúde do fígado. TGO,
conhecido como transaminase oxalacética ou AST (aspartato
aminotransferase) é produzido em vários tecidos, como coração, músculos e
fígado, estando localizado no interior das células hepáticas. Por outro lado, o
TGP, conhecido como transaminase pirúvica ou ALT (alanina aminotransferase),
é produzido exclusivamente no fígado e, por isso, quando há qualquer alteração
nesse órgão, é verificado aumento na quantidade circulante no sangue.

SIGNIFICADO CLINICO

A transaminase glutâmico oxalacética (TGO) e a transaminase glutâmico


pirúvica (TGP) são enzimas importantes para o metabolismo do nosso
organismo e alterações em seus níveis séricos têm importante significado clínico.
Normalmente, essas enzimas são encontradas em baixas concentrações no
soro, geralmente abaixo de 30 – 40 IU/L Tanto a TGO/AST quanto a TGP/ALT
são comumente utilizadas como biomarcadores hepáticos, visto que doenças
hepáticas são a causa mais importante do aumento das transaminases séricas.

INDICAÇÃO
O exame de TGO e TGP é indicado para avaliar o funcionamento do fígado e/
ou para investigar a presença de alguma alteração nesse órgão quando existem
sintomas como dor ou inchaço abdominal, pele e/ou olhos amarelados,
náusea, vômito, cansaço excessivo, mal-estar geral, febre, perda do apetite,
emagrecimento sem causa aparente, coceira, fezes claras ou urina escura, por
exemplo. Além disso, o exame de TGO e TGP também pode ser indicado pelo
médico nos casos de outras doenças que podem prejudicar o fluxo sanguíneo
para o fígado e interferir na sua função, como infarto ou lesões musculares, por
exemplo.

METODOLOGIA

Método: Enzimático (colorimétrico).

1- Misturar na proporção 4:1 os reagentes (Tampão e Substrato);


(4000 µL do Tampão e 1000 µL do Substrato)
2- Pipetar 1000 µL com a preparação no tubo;
3- Pipetar 100 µL da amostra do paciente;
4- Homogeneizar e imediatamente levar para o equipamento.
EXAMES IMUNOLÓGICOS

1- PROTEÍNA C REATIVA (PCR)

O exame de PCR (Proteína C Reativa), é um teste que avalia a concentração


sanguínea da proteína c reativa, feito através da coleta do sangue. O exame é
inespecífico, ele é capaz de apontar precocemente a existência de uma
inflamação/infecção.

CLASSIFICAÇÃO: Qualitativo e semi-quantitativo.

Método qualitativo: que indica a presença ou ausência de PCR através da


técnica de aglutinação em látex, executada manualmente com a aglutinação
detectada pela observação visual da formação de grumos.

Método semi-quantitativo: pela diluição seriada do soro e o título resultante do


teste é transformado em mg/L.

Para se determinar a concentração do teste semi-quantitativo, multiplicar o fator


de diluição pela sensibilidade do teste (6UI/mL).
Exemplo:
Aglutinação até o fator de diluição 1/2.
Fator de diluição = 2; sensibilidade = 6;
2 x 6= 12 UI/mL.

INDICAÇÃO: Funciona como um indicador de processos inflamatórios ou


infecciosos do organismo, mesmo que o paciente não apresente sintomas claros
e bem definidos. Ele pode servir como uma ferramenta no auxílio do diagnóstico
de condições como o lúpus, a apendicite, a doença inflamatória do intestino, a
pancreatite ou mesmo as infecções bacterianas.

SIGNIFICADO CLÍNICO: A Proteína C Reativa (PCR) é uma proteína de fase


aguda, cujos níveis séricos aumentam acentuadamente logo após ocorrer uma
agressão ao organismo. A PCR ativa a via clássica do complemento em resposta
à reação inflamatória.
RESULTADOS

Negativo
Ausência de aglutinação indicando um teor de PCR inferior a 6 mg/L. A
suspensão é homogênea semelhante ao padrão obtido com o Controle Negativo.
Positivo
Presença de aglutinação indicando um teor de PCR igual ou superior a 6 mg/L.
Visualiza-se uma aglutinação macroscópica que varia desde a formação de
grumos finos até grumos grosseiros.

Presença de aglutinação em 1 / 2 Presença de aglutinação em 1/2 e 1/4.


Fator de diluição = 2; Fator de diluição = 4;
Sensibilidade = 6 Sensibilidade = 6
2 x 6 = 12 mg/L 4 x 6 = 24 mg/L
2-VENEREAL DISEASE RESEARCH
LABORATORY- VDRL
O VDRL é um exame de sangue utilizado para o diagnóstico e acompanhamento
da sífilis. O VDRL é um teste não treponemico que utiliza como antígeno a
cardiolipina, que não é específico para os antígenos do Treponema pallidum,
mas apresenta-se elevado na sífilis. O VDRL é uma reação de floculação,
apresentando alta sensibilidade e baixa especificidade. A sensibilidade varia de
acordo com a fase da sífilis.

CLASSIFICAÇÃO: Qualitativo e semi-quantitativo.

Método qualitativo: é realizado com as amostras de soro puro (1/1) e diluído a


1/8. Você deve fazer as diluições a 1/8 em tubos antes de iniciar o teste.
Quando a reatividade da amostra estiver igual ao controle negativo, o resultado
será não reagente. Caso seja observada reatividade na amostra pura ou diluída
a 1/8, deverá ser feito o VDRL quantitativo para determinar o título da amostra.

Método semi-quantitativo: feito caso seja observada reatividade na amostra


pura ou diluída a 1/8 para determinar o título da amostra.

 Fazer a leitura da reação em microscópio óptico imediatamente após o


término da agitação.

INDICAÇÃO: Utilizado como rastreio da sífilis, solicitado pelo médico para


acompanhar o estado da doença em pacientes com diagnóstico positivo prévio,
verificando a efetividade do tratamento proposto. O teste também é solicitado
para mulheres que estão se preparando para engravidar e para as gestantes
durante a realização do pré-natal.

SIGNIFICADO CLINICO: VDRL é a sigla usada para Venereal Disease


Research Laboratory que, em tradução literal para o português, é o Estudo
Laboratorial de Doenças Venéreas. O método é usado para identificar pacientes
portadores da sífilis, uma doença sexualmente transmissível, causada pela
bactéria Treponema Pallidum.

RESULTADOS

O resultado do exame VDRL é dado em títulos: quanto maior o título, mais


positivo é o resultado do teste. Basicamente o resultado do exame VDRL pode
ser:

Positivo ou Reagente;

Negativo ou não reagente.

Se o resultado for negativo, significa que a pessoa nunca entrou em contacto


com a bactéria causadora da sífilis ou que está curada.

O resultado positivo normalmente indica que a pessoa tem sífilis, no entanto há


também possibilidade de haver resultados falso-positivos devido as reações
cruzadas que podem acontecer e, nesses casos, pode significar que a pessoa
pode ter outras doenças como brucelose, lepra, hepatite, malária, asma.

VDRL NÃO REAGENTE VDRL REAGENTE


REFERÊNCIAS
- Analisa. Sífilis- VDRL. Disponível em: < http:// www.goldanalisa.com.br/arquivos/%7
BEF7C06F8 -47DE-444B- 8A0D-E5237990336A%7D_SIFILIS_VDRL.PDF >. Acesso
em: 21/08/2023.

-Bioclin. Vdrl pronto para uso. Disponível em: <


https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/1622 f8261177135f?projecto r=1&messagePart
Id=0.2>. Acesso em: 21/08/2023.

- Glicose Liquiform: Instruções de uso, Labtest Diagnóstica, REF_133, 2011. Disponível


em: https://labtest.com.br/wp
content/uploads/2016/09/Glicose_Liquiform_133_Port.pdf. Acesso em: 21/08/2023.

- MD. SAÚDE. Creatinina e ureia: exame para avaliação dos rins. Disponível em:

<https://www.mdsaude.com/nefrologia/ureia-creatinina/>. Acesso em: 21/08/2023.

- Minha Vida Saúde, 2022. Proteína C- reativa (PCR): o que é, valores e para que
serve? Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/saude/tratamento/3959-
proteina-creativa>. Acesso em: 21/08/2023.

- NEWSLAB. TGO e TGP como biomarcadores hepáticos. Disponível em: <


https://newslab.com.br/tgo-e-tgp-como-biomarcadores-hepaticos/> Acesso em:
21/08/2023.

- Sanar, 2022. Proteína C- Reativa (PCR): o que preciso saber para a prática clínica?
Disponível em: <https://www.sanarmed.com/proteina-c-reativa-pcr-o-que-preciso-saber-
para-pratica-clinica-posmfc >. Acesso em: 21/08/2023.

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